sexta-feira, 31 de maio de 2013

Página à mulher espírita


No momento em que os valores humanos padecem injunções lamentáveis e os postulados éticos em que se devem estruturar os ideais de engrandecimento da criatura malogram no báratro das paixões, o Evangelho, como ocorreu no passado, constitui a única bússola, a segura rota mediante a qual a hodierna civilização poderá encontrar a solução para os múltiplos problemas e os graves compromissos que pesam negativamente na economia da felicidade geral.

As Religiões, na sua feição de Instituições Organizadas, disputando as primazias e mais preocupadas com a dominação e promoção transitórias do que com o "reino de Deus" que é "tomado de assalto" e se estabelece nas paisagens ignotas da alma, fracassaram lamentavelmente, no tentame de consolar e conduzir a Jesus.

Os seus triunfos aparentes se fixam no terreno falso dos destaques mundanos, faltando-lhes as estruturas morais legítimas e os comportamentos espirituais relevantes com que seja possível pôr cobro à anarquia social e ao desequilíbrio moral que grassam, voluptuosamente, tudo conduzindo de roldão... Isto, porque os padrões em que ainda se firmam asfixiam o espírito do Cristo que deveria vigir nas suas expressões e serviços.

Sem dúvida em todas elas, como em qualquer lugar, a presença do Amor e a manifestação da Divina Misericórdia constituem sinal de esperança. Sem embargo, a necessidade da vivência evangélica se impõe urgente, impostergável.

Em decorrência de tal malogro, aos cristãos novos, os adeptos da Revelação Espírita, está reservado significativo ministério, relevante apostolado: viver o Cristo e representá-Lo em atos ao aturdido viandante destes dias.

Não assume esta uma tarefa de absurda possibilidade, exceto se o candidato se recusar integração com fidelidade real ao programa de recristianização da Terra. Nesse sentido, à mulher espírita se reserva preponderante atividade, ou seja a de transformar- se, médium da vida que é, em mensageira da dignificação moral, da santificação da sexualidade, da redenção espiritual... Arrostando diatribes e espezinhamentos chulos, deverá volver às bases nobres do amor com a consequente valorização da maternidade, reconstituindo a família e elevando os sentimentos.

Programada pelo Pai para o sagrado compromisso de co-criadora, a sua libertação, ao invés do nivelamento nos fossos das sórdidas paixões dissolventes, se deve caracterizar pela própria grandeza, que a alça à condição de modelo e paradigma da Humanidade, que se inicia no lar, onde deve reinar, soberana e respeitada.

Organizada essencialmente para o amor, no seu mais nobre significado, dela muito dependem as novas gerações, o homem do futuro.

Pouco importem os contributos da renúncia e de sacrifício. Nesta arrancada para os novos tempos do amanhã, a mulher espírita desempenhará superior desiderato porque modelada, como todas para ser mãe, mesmo que suas carnes não se enfloresçam com as expressões dos filhos, far-se-á o anjo tutelar dos filhos sem mães, mãe pelo coração e pela dedicação a todas as criaturas.

Do livro: Sementes de Vida Eterna, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo P.Franco

DA MULHER


“E, respondendo, disse-lhe Jesus: - Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária: e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.” (LUCAS, 10:41 e 42)

Compenetrar-se do apostolado de guardiã do instituto da família e da sua elevada tarefa na condução das almas trazidas ao renascimento físico.

Todo compromisso no bem é de suma importância no mundo espiritual.

Afastar-se de aparências e fantasias, consagrando-se às conquistas morais que falam de perto à vida imperecível, sem prender-se ao convencionalismo absorvente.

O retorno à condição de desencarnado significa retorno à consciência profunda.

Afinar-se com os ensinamentos cristãos que lhe situam a alma nos serviços da maternidade e da educação, nos deveres da assistência e nas bênçãos da mediunidade santificante.

Quem foge à oportunidade de ser útil, engana a si mesmo.

Sentir e compreender as obrigações relacionadas com as uniões matrimoniais do ponto de vista da vida multimilenária do Espírito, reconhecendo a necessidade das provações regenerativas que assinalam a maioria dos consórcios terrestres.

O sacrifício representa o preço da alegria real.

Opor-se a qualquer artificialismo que vise transformar o casamento numa simples ligação sexual, sem as belezas da maternidade.

Junto dos filhos apagam-se ódios, sublima-se o amor e harmonizam-se as almas para a eternidade.

Reconhecer grave delito no aborto que arroja o coração feminino à vala do infortúnio.

Sexo desvirtuado, caminho de expiação.

Preservar os valores íntimos, sopesando as próprias deliberações com prudência e realismo, em seus deveres de irmã, filha, companheira e mãe.

O trabalho da mulher é sempre a missão do amor, estendendo-se ao infinito.

Do livro: Conduta Espírita, pelo Espírito André Luiz, Psicografia de Waldo Vieira

quinta-feira, 30 de maio de 2013

José Gonçalves Pereira



José Gonçalves Pereira nasceu em São José do Barreiro, Vale do Paraíba (São Paulo - Brasil) em 14 de junho de 1906, filho de Horácio Gonçalves Pereira e Alvina Rodrigues Gonçalves Pereira.


Em 1927, já na cidade de São Paulo, capital do Estado de São Paulo (Brasil), casa-se com Luíza Miranda (nascida em 18 de maio de 1911, no bairro do Cambuci) e começa a trabalhar como vendedor na empresa multinacional de origem inglesa "Gessy Lever".

A empresa nesta época tentava introduzir um novo produto no mercado, sem muito sucesso - era um novo sabão em barras - e o Sr. Gonçalves teve a idéia de fazer uma campanha mostrando a lavagem de roupa em público, onde se demonstrava a superioridade do produto sobre os concorrentes.

O sucesso da campanha, inédita na época, levou rapidamente o Sr. Gonçalves a posição de Diretor Comercial, na qual permaneceu até sua aposentadoria em 1964. A aposentaria foi solicitada para que pudesse dedicar-se a Casa Transitória Fabiano de Cristo, da qual falaremos adiante.

Foi levado a Federação Espírita do Estado de São Paulo por um amigo. O objetivo era conversar com o Comandante Edgard Armond, autor do livro "Mediunidade", que o interessará bastante. Por convite de Edgard Armond, passou a participar das reuniões e a integrar-se nas tarefas do grupo.

As atividades de Assistência Social, o auxílio aos mais necessitados, sempre tiveram grande importância no movimento espírita paulista, desde os tempos de Batuíra, e naturalmente constituíam um das áreas de atuação da FEESP.

Em 1937 surgiu o "Departamento Damas da Caridade" para prestar assistência à infância desvalidas, as gestantes carentes e socorrer os pobres em suas penúrias. Em 1938 surge o "Setor de Assistência Social" ligado ao "Departamento das Damas de Caridade", com o auxílio de médicos voluntários prestando assistência médica, odontológica e farmácia. Em 1940 o "Setor de Assistência Social" ganhou autonomia e seu primeiro diretor foi o médico paulista Dr. Militão Pacheco.

Participando ativamente da FEESP, o Sr. Gonçalves foi nomeado em 1949 - pelo Secretário Geral, o Cte Edgard Armond - Diretor do Departamento de Assistência Social.

Durante os anos em que dirigiu este departamento, desenvolveu diversas atividades novas e estendeu grandemente o número de benefícios prestados a sociedade. O trabalho iniciou-se em um terreno atrás da sede da Federação (Rua Maria Paula), onde havia um galinheiro desativado, estendeu-se no casarão posteriormente adquirido na rua Santo Amaro e em 1960 culminou com a inauguração da "Casa Transitória Fabiano de Cristo" na Marginal do Tiête.

Outra das iniciativas do Sr. Gonçalves na FEESP foi a "Campanha da Fraternidade Auta de Souza" (03/02/1953). Esta campanha surgiu da necessidade de arrecadar-se mantimentos para as famílias assistidas pelo Departamento de Assistência Social e inicialmente se chamaria "Campanha do Quilo" (idéia apresentada por Ninpho Correa).

O nome e a forma definitiva surgiram após visita a Chico Xavier em Pedro Leopoldo. No encontro com Chico Xavier este lhe informou que "está aqui presente uma jovem desencarnada, irradiando intensa luminosidade, dizendo-nos ser participante das tarefas do atendimento aos necessitados do Departamento de Assistência Social, junto aos seus voluntários". Esta jovem era Auta de Souza.

Em uma da visitas que fez a Francisco Cândido Xavier, o Sr. Gonçalves notou que um grupo de jovens copiava, em cadernos escolares, as mensagens psicografadas e trechos dos livros de Allan Kardec. O motivo era a dificuldade de terem acesso aos livros impressos, então caros e raros.

Para amenizar esta situação o Sr. Gonçalves criou, em 18 de abril de 1953, o grupo "Os Mensageiros" com a finalidade de distribuir mensagens espíritas impressas. A impressão e distribuição foi inicialmente custeada pelo próprio Sr. Gonçalves, mas aos poucos se juntaram outros colaboradores e o grupo existe até hoje (sua página na internet éhttp://www.mensageiros.org.br), tendo já atingido a marca de 1 Bilhão de mensagens distribuídas para o mundo todo.

Já a Casa Transitória surgiu da necessidade de um espaço mais adequado para as atividades assistenciais da FEESP e foi construída em terreno cedido pelo governador Jânio Quadros as margens do rio Tiête. O terreno era um verdadeiro charco e foi um trabalho imenso transforma-lo nos pavilhões rodeados de jardins que lá se encontram agora.

A participação do plano espiritual na sua criação foi grande, inclusive durante grave enfermidade enfrentada pelo Sr. Gonçalves ele foi levado espiritualmente a visitar a instituição do plano espiritual da qual a Casa emprestou o nome, e dali trouxe também a inspiração para sua arquitetura.

A Casa foi fundada em 25 de janeiro de 1960, com duas linhas principais de trabalho:

- O objetivo de "amparar a criança reajustando-lhe a família";

- O trabalho voluntário em todos os setores possíveis (uma das poucas exceções foi o abrigo de idosas, que necessita de presença permanente de enfermeiros e médicos);

Assim o socorro às gestantes carentes é apenas a linha de frente de um grande trabalho de reajuste, complementado por cursos de higiene e cuidados básicos com os nenês, assistência médica e cursos profissionalizantes.

Colaboradores diversos ao longo dos anos, entre eles esportistas famosos como o lutador Éder Jofre, criaram cursos de futebol (para manter afastadas as crianças da rua), horta (para suprir o refeitório), atividades diversas para as crianças e adultos no intuito de renovar-lhes os valores e esperanças.

Na direção da Casa, a qual dedicou-se integralmente após aposentar-se, o Sr. Gonçalves contou com o apoio de sua esposa. A presença e atividade de ambos orientou o trabalho dos voluntários e serviu de inspiração e de ponto de agregação durante os anos de consolidação da instituição. Pelo testemunho dos voluntários que o conheceram, sua personalidade marcou a vida de todos que com ele tiveram contato. Outras instituições, como a Casa Transitória Fabiano de Cristo foram ao longo dos anos, criadas e se pautaram pelos idéias do Sr. Gonçalves.

Em 25 de agosto de 1989, após uma vida repleta de ações em prol do próximo, desencarna José Gonçalves Pereira. Seu corpo foi velado em um dos pavilhões da Casa Transitória, enquanto que seu espírito certamente despertava para a vida verdadeira. No dia seguinte ao de sua desencarnação, em reunião publica no "Grupo Espírita da Prece" de Uberaba, o espírito Maria Dolores envia através da mediunidade de Chico Xavier uma mensagem em que o denomina "Apóstolo do Bem e Herói da Caridade":



DÁDIVAS DE AMOR

Uma carta... um olhar, uma palavra boa;

Uma frase de paz que asserena e abençoa;

Leve prato de sopa ou um simples pão

Podem livrar alguém de cair na exaustão;

Antigo cobertor, atirado ao vazio,

Aquece o enfermo pobre esquecido ao frio;

Uma peça de roupa remendada,

Talvez seja o agasalho ao viajor da estrada;

Meio litro de leite à viúva sem nome,

Amapara-lhe o filhinho, a esmorecer de fome;

Todas essas doações supostas pequeninas

São serviços do Bem, nas paragens divinas;

São flores da fé viva, a derramarem luz,

Revelando o fulgor do Reino de Jesus;

Aqui, saudamos nós, Gonçalves, nosso irmão,

Que ontem foi conduzido à Celeste Mansão;

Que o Céu do Amor o guarde, ante a nossa saudade,

Do Apóstolo do Bem e Herói da Caridade;

Maria Dolores

Mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier


Só como observação final, "Os Mensageiros" é o título de um dos livros de André Luiz, psicografados por Francisco Cândido Xavier, e a "Casa Transitória Fabiano de Cristo" é uma instituição no plano espiritual dedicada ao atendimento aos espíritos sofredores, descrita no livro "Obreiros da Vida Eterna", também de André Luiz.

Fonte: http://www.autoresespiritasclassicos.com


Joaquim Alves


Temos a satisfação de falarmos sobre um espírito que na sua vida inteira, esteve trabalhando a favor da divulgação dos livros e da Doutrina Redentora do Nosso Mestre Jesus.

Joaquim Alves, mais conhecido no meio espírita por "Jô", nasceu na capital paulista, em 10 de julho de 1911.

Logo que se aposentou, mudou-se para Matão - SP, onde já vinha colaborando intensamente na continuidade do trabalho editorial do O Clarim e da Revista Internacional do Espiritismo, após o desencarnação de Watson Campello.

Após alguns anos de trabalho naquela cidade, retorna a São Paulo onde inicia um trabalho de evangelização junto aos detentos da Penitenciária do Carandiru. Se desliga do Conselho da Federação do Estado de São Paulo, para que possa cuidar melhor da tarefa na Penitenciária. Consegue até mesmo uma visita de Chico Xavier, numa festa de Natal, aos companheiros detentos.

Era capista, onde fez trabalhos para diversas editoras, colaborando desta forma também, com o meio editorial espírita.

Preparou um livro sobre a vida e a obra de nosso Chico Xavier, que não chegou a publicar, sob orientação dada pelo próprio Chico, que considerava desnecessário mais um livro sobre a sua vida.

Trabalhou em várias atividades assistenciais da Federação Espírita do Estado de São Paulo, sempre levando às criaturas necessitadas palavras de consolo e de carinho, dentro dos ensinamentos que a Doutrina nos ensina.

Joaquim Alves, descendente de portugueses, não se casou, doando sua vida ao próximo. Esteve em Portugal e em alguns países da África, levando as palavras consoladoras da Doutrina de Jesus.

O nosso querido Jô, retorna à pátria espiritual em 31 de julho de 1985, onde temos a certeza, está continuando o trabalho que se iniciou entre nós, levando aos corações dilacerados, o consolo, a piedade, o amor; colhendo bálsamos de luz, e absorvendo as vibrações das criaturas o qual ele sempre amparou, esclareceu, abraçou!

Temos o nosso Jô como um companheiro de equipe, que faz parte da equipe espiritual.

Ernesto Bozzano




  Nasceu em 1862, em Gênova, Itália e desencarnou em 1943, na mesma localidade. Professor da Universidade de Turim, foi, antes de se converter ao Espiritismo, materialista, céptico, positivista.


Pesquisador profundo e meticuloso, escreveu mais de trinta e cinco obras, todas de caráter científico. Organizador de estudo experimental, com o valioso concurso de 76 médiuns. Elaborou nove monografias inconclusas. Essa a folha de serviço de um dos mais eruditos pensadores e cientistas italianos. Seu nome: Ernesto Bozzano.

Numa época em que o Positivismo empolgava muitas consciências, Bozzano demonstrava-lhe nítida inclinação. Dos postulados positivistas gravitou para uma forma intransigente de materialismo, o que o levou a proclamar mais tarde: Fui um positivista-materialista a tal ponto convencido, que me parecia impossível pudessem existir pessoas cultas, dotadas normalmente de sentido comum, que pudessem crer na existência e sobrevivência da alma.

O fato de representantes da Ciência oficial levarem a sério a possibilidade da transmissão de pensamento entre pessoas que vivem em continentes diferentes, a aparição de fantasmas e a existência das chamadas casas mal-assombradas escandalizava Bozzano.

Somente após ler diversas outras obras é que Ernesto Bozzano resolveu dedicar-se com afinco e verdadeiro fervor ao estudo aprofundado dos fenômenos espíritas, fazendo-o através das obras de Allan Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne, Paul Gibier, William Crookes, Alexander Aksakof e outros.

Como medida inicial para um estudo profundo, Bozzano organizou um grupo experimental, do qual participaram muitos professores da Universidade de Gênova.

No decurso de cinco anos consecutivos, graças ao intenso trabalho desenvolvido, esse pequeno grupo propiciou vasto material à imprensa italiana e, ultrapassando as fronteiras, chegou a vários países. Havia-se obtido a realização de quase todos os fenômenos, culminando com a materialização de seis Espíritos, de forma bastante visível, e com a mais rígida comprovação.

Dentre as mais de trinta e cinco obras escritas, citamos “A Crise da Morte”, A Hipótese Espírita e as teorias Científicas”, “Animismo ou Espiritismo”, “Comunicações Mediúnicas entre Vivos”, “Pensamento e Vontade”, “Fenômeno de Transfiguração”, “Metapsíquica Humana”, “Os Enigmas da Psicometria”, “Fenômenos de Talestesia”, etc.

O seu devotamento ao trabalho fez com que se tornasse, de direito e de fato, um dos mais salientes pesquisadores dos fenômenos espíritas, impondo-se pela projeção do seu nome e pelo acendrado amor que dedicou à causa que havia esposado e que havia defendido com todas as forças de sua convicção inabalável.

Um fato novo veio contribuir para robustecer a sua crença no Espiritismo. A desencarnação de sua mãe, em julho de 1912, serviu de ponte para demonstração da sobrevivência da alma. Bozzano realizava nessa época sessões semanais com um reduzido grupo e com a participação de famosa médium. Realizando uma sessão na data em que se dava o transcurso do primeiro ano da desencarnação de sua genitora, a médium escreveu umas palavras num pedaço de papel, as quais, depois de lidas por Bozzano o deixara assombrado. Ali estavam escritos os dois últimos versos do epitáfio que naquele mesmo dia ele havia deixado no túmulo de sua mãe.

Fonte: http://www.autoresespiritasclassicos.com

Eusápia Paladino


Eusápia Paladino foi a primeira médium de efeitos físicos a ser submetida a experiências pelos cientistas da época, tais como César Lombroso, Alexandre Aksakof, Charles Richet e muitos outros.


Nasceu em Nápoles, Itália, em 31 de janeiro de 1854, e desencarnou em 1918, com a idade de sessenta e quatro anos.

Sua mãe morrera quando ela nasceu e o pai quando ela alcançou a idade de doze anos.

As primeiras manifestações de sua mediunidade consistiram no movimento e levitação de objetos, quando ainda muito jovem, pois contava apenas quatorze anos. Esses fenômenos eram espontâneos e se verificavam na casa de um amigo com quem ela morava. Somente aos vinte e três anos é que, graças a um espírita convicto, Signor Damiani, ela conheceu o Espiritismo.

Por volta do ano 1888 é que Eusápia tornou-se conhecida no mundo científico em virtude de uma carta do Prof. Ércole Chiaia enviada ao criminalista César Lombroso, relatando detalhadamente as experiências já realizadas por ele com a médium, carta essa publicada no jornal "Il Fanfulla dela Domênica".

Entre outras coisas, dizia o missivista:

"A doente é uma mulherzinha de modestíssima condição social, com cerca de trinta anos, robusta, iletrada e cujo passado, porque vulgaríssimo, não merece esquadrinhado; que nada apresenta de notável, a não ser as pupilas de fascinante brilho e essa potencialidade, que os criminalistas diriam irresistível."

Em outro trecho da carta, dizia:

"Quando quiserdes, essa mulherzinha será capaz de, encerrada numa sala, divertir durante horas, por meio de surpreendentes fenômenos, todo um grupo de curiosos mais ou menos céticos, ou mais ou menos acomodatícios".

Através dessa carta, convidava, também, o célebre alienista, a investigar, diretamente, os fenômenos por ele constatados na médium.

Três anos mais tarde, em 1891, Lombroso aceitou o convite, realizando, com Eusápia, uma série de sessões. Esses trabalhos foram seguidos pela Comissão de Milão, integrada pelos professores Schiaparelli, diretor do Observatório de Milão; Gerosa, Catedrático de física; Ermacora, Doutor em Filosofia, de Munique, e o prof. Charles Richet, da Universidade de Paris. Além dessas sessões, muitas outras foram realizadas, com a presença de homens de ciência, não só da Europa, como também da América.

Lombroso, diante da evidência dos fatos, converteu-se ao Espiritismo, tendo declarado:

"Estou cheio de confusão e lamento haver combatido, com tanta persistência, a possibilidade dos fatos chamados espíritas."

A conversão de Lombroso deveu-se também ao fato de o Espírito de sua mãe haver-se materializado em uma das sessões realizadas com Eusápia.

Antes de encerrarmos esta ligeira exposição sobre a preciosa mediunidade de Eusápia Paladino, convém citarmos um trecho do relatório apresentado pela Comissão de Milão que diz:

"É impossível dizer o número de vezes que uma mão apareceu e foi tocada por um de nós. Basta dizer que a dúvida já não era possível. Realmente, era uma mão viva que víamos e tocávamos, enquanto, ao mesmo tempo, o busto e os braços da médium estavam visíveis e suas mãos eram seguras pelos que achavam a seu lado."

Como se vê, a Comissão que ofereceu este relatório era constituída por homens de ciência, o que não deixa dúvida quanto à veracidade dos fenômenos por eles constatados.

O prof. Charles Richet, em 1894, também realizou várias sessões experimentais em sua própria casa, obtendo levitações parciais e completas da mesa, além de outros fenômenos de efeitos físicos.

Sir Oliver Lodge, prof. de Filosofia Natural do Colégio de Bedford, Catedrático de Física da Universidade de Liverpool, Reitor da Universidade de Birmingham, e que foi, também, por longos anos, presidente da Associação Britânica de Cientistas, após as experiências realizadas com Eusápia, apresentou um relatório à Sociedade de Pesquisas da Inglaterra, dizendo, entre outras coisas, o seguinte:

"Qualquer pessoa, sem invencível preconceito, que tenha tido a mesma experiência, terá chegado à mesma larga conclusão, isto é, que atualmente acontecem coisas consideradas impossíveis... O resultado de minha experiência é convencer-me de que certos fenômenos geralmente considerados anormais, pertencem à ordem natural e, como um corolário disto, que esses fenômenos devem ser investigados e verificados por pessoas e sociedades interessadas no conhecimento da natureza".

Eis aí, em linhas gerais, o que foi a excepcional mediunidade de Eusápia Paladino, figura de destaque na história do Espiritismo, que veio à Terra para cumprir a sublime missão de demonstrar a sobrevivência do Espírito, após a desencarnação.

Fonte: http://www.autoresespiritasclassicos.com

Eurípedes Barsanulfo




Nasceu em Sacramento (MG), em 01 de maio de 1880, foi o terceiro filho de quinze, do casal Hermógenes Ernesto de Araújo e Jerônima Pereira de Almeida.


Teve uma vida marcada pela prática do bem, da verdade, da justiça, da lógica e da ordem. Foi um missionário que se impôs de maneira fulgurante, fez reviver, nas terras sacramentanas, os passos de Jesus nos caminhos da humildade, do perdão e do amor.

O nome de Eurípedes está profundamente ligado à história educacional de Sacramento de 1889 a 1918, participando com sua extraordinária vocação pedagógica.

Era muito religioso, desde pequeno ajudava a missa como "coroinha", também era membro da irmandade São Vicente de Paulo. Porém, após contato com o Espiritismo não conseguia mais esconder o abalo que sofrera em suas convicções católicas e fora orientado pelo mentor espiritual Vicente de Paulo, o apóstolo da caridade, para que abandonasse o cargo na congregação vicentina e afastasse de vez da Igreja, criasse uma instituição calcada nos ensinamentos básicos de Jesus, porque o Senhor oferece um campo mais amplo de serviço e amor ao próximo.

Em 27 de janeiro de 1905 cria o Grupo Espírita Esperança e Caridade, na sua própria residência onde desenvolveu um dos mais luminosos mandatos mediúnicos, que o mundo já conheceu, sempre oportunamente dinamizados no caminho do bem.

Em 31 de janeiro de 1907 fundou o Colégio Allan Kardec, sob a égide da sublime mãe de Jesus. Tem início a maior campanha educacional de Sacramento. Eurípedes incluiu no currículo escolar matérias como Astronomia e Fundamentos da Doutrina Espírita.

Por essa época, Bezerra de Meneses, numa mensagem solicita a Eurípedes, que morava no Colégio, que volte para o lar paterno a fim de iniciar a tarefa da farmácia, no que foi prontamente atendido pelo missionário sacramentano.

Atuou como homem público de 1907 a 1912 investido no mandato de Vereador, Eurípedes ocupou os cargos de membro das Comissões de Legislação e Finanças, de Obras Públicas e Instrução Pública.

Nesse período a cidade recebeu as seguintes construções: uma usina hidrelétrica para 400 KW; uma ferrovia de 13 km, à tração elétrica; a canalização da água; o cemitério; o matadouro e outros foi um momento de grande crescimento para Sacramento.

Famoso ficou o caso do embate entre o Padre Feliciano Iague, pregador de Campinas, levado a Sacramento e Eurípedes Barsanulfo que defendeu a Doutrina das seguintes acusações:

1) O Espiritismo é o ateísmo;

Defesa - O Ateísmo nega Deus. O Espiritismo o afirma. Logo, o Espiritismo não é ateísmo. O Espiritismo não contradiz o Cristo, este afirma por palavras e fatos a pluraridades das existências, hoje verificada cientificamente... Ora, a reencarnação, "o tornar a nascer" exclui o inferno pagão, vulgarizado pela Igreja Católica e outras. Logo, o Cristo, ensinando o "nascer de novo" não afirmou, nem poderia tê-lo afirmado, o lugar para onde se entrando, de lá não mais se sai. Não podia ensinar ou afirmar o inferno, como compreende a Igreja, porque mantido o critério da negação de um atributo divino, negado está Deus, a mansão de penas eternas é a mais formal negação da justiça, do amor, da sabedoria divinos; do que se conclui: existindo o inferno, não existe Deus: existindo Deus, não existe o inferno.

2) Os fatos preternaturais do Espiritismo não se podem explicar sem a intervenção diabólica;

3) O Espiritismo não é religião;

4) O Espiritismo não é ciência.

Eurípedes foi brilhante na defesa da Doutrina, após a palavra serena, cheia de amor, este encaminho-se para o reverendo e abraçou-o, num gesto de envolvente fraternismo. Populares exaltados carregaram-no em triunfo pelas ruas de Sacramento, apesar de seu íntimo constrangimento, inspirado na humildade de Missionário do Cristo.

O calendário marcava 25 de abril de 1918 quando Eurípedes em transe sonambúlico de meia hora teve pela segunda vez a certeza que sua missão, nesta encarnação, estava chegando ao fim.

No dia 22 de outubro, achava-se Eurípedes junto aos auxiliares, no atendimento ao receituário e à expedição dos mesmos. Em meio ao trabalho, dirige-se aos companheiros nestes termos:

- Vai desencarnar uma pessoa em Sacramento, que terá um féretro concorridíssimo. Muitas Flores e um número incalculável de coroas. Todas as pessoas, participantes do cortejo fúnebre levam flores. E como choram! Lágrimas... muitas lágrimas...

Nessa época Sacramento é atacada pela "gripe espanhola" que se alastrou assustadoramente pela cidade e localidades vizinhas, impondo a Eurípedes e a seus dedicados colaboradores, um acervo de trabalhos jamais alcançado. Acometido pela doença nefasta, Eurípedes não descansa no atendimento aos enfermos, que são muitos.

Eurípedes liberta-se dos laços fluídicos que o traziam preso ao corpo carnal às 5:30h do dia 01 de novembro de 1918 e seu corpo foi enterrado às 17h daquele mesmo dia em concorridíssimo cortejo fúnebre, molhado por uma chuva fina, como se a natureza chorasse a dor da separação do filho querido que partira para continuar sua caminhada em outras moradas.

Fonte: http://www.autoresespiritasclassicos.com

Emmanuel



Emmanuel, exatamente assim, com dois "m" se encontra grafado o nome do espírito, no original francês "L'évangile selon le spiritisme", em mensagem datada de Paris, em 1861 e inserida no cap. XI, item 11 da citada obra, intitulada "O egoísmo".


O nome ficou mais conhecido, entre os espíritas brasileiros, pela psicografia do médium mineiro Francisco Cândido Xavier. Segundo ele, foi no ano de 1931 que, pela primeira vez, numa das reuniões habituais do Centro Espírita, se fez presente o bondoso espírito Emmanuel.

Descreve Chico: "Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença, mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz."

Convidado a se identificar, apresentou alguns traços de suas vidas anteriores, dizendo-se ter sido senador romano, descendente da orgulhosa "gens Cornelia" e, também sacerdote, tendo vivido inclusive no Brasil.

De 24 de outubro de 1938 a 9 de fevereiro de 1939, Emmanuel transmitiu ao médium mineiro as suas impressões, dando-nos a conhecer o orgulhoso patrício romano Públio Lentulus Cornelius, em vida pregressa Públio Lentulus Sura, e que culminou no romance extraordinário: Há dois mil anos.

Públio é o homem orgulhoso, mas também nobre. Roma é o seu mundo e por ele batalha. Não admite a corrupção, mostrando, desde então, o seu caráter íntegro. Intransigente, sofre durante anos, a suspeita de ter sido traído pela esposa a quem ama. Para ela, nos anos da mocidade, compusera os mais belos versos: "Alma gêmea da minhalma/ Flor de luz da minha vida/ Sublime estrela caída/ Das belezas da amplidão..." e, mais adiante: "És meu tesouro infinito/ Juro-te eterna aliança/ Porque eu sou tua esperança/ Como és todo o meu amor!"

Tem a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Jesus, mas entre a opção de ser servo de Jesus ou servo do mundo, escolhe a segunda.

Não é por outro motivo que escreve, ao início da citada obra mediúnica: "Para mim essas recordações têm sido muito suaves, mas também muito amargas. Suaves pela rememoração das lembranças amigas, mas profundamente dolorosas, considerando o meu coração empedernido, que não soube aproveitar o minuto radioso que soara no relógio da minha vida de Espírita, há dois mil anos."

Desencarnou em Pompéia, no ano de 79, vítima das lavas do vulcão Vesúvio, cego e já voltado aos princípios de Jesus.

Cinquenta anos depois, no ano de 131, ei-lo já de retorno ao palco do mundo. Nascido em Éfeso, de origem judia, foi escravizado por ilustres romanos que o conduziram ao antigo país de seus ascendentes. Nos seus 45 anos presumíveis, Nestório mostra no porte israelita, um orgulho silencioso e inconformado. Apartado do filho, que também fora escravizado, tornaria a encontrá-lo durante uma pregação nas catacumbas onde ele, Nestório, tinha a responsabilidade da palavra. Cristão desde os dias da infância, é preso e, após um período no cárcere, por manter-se fiel a Jesus, é condenado à morte.

Junto com o filho, Ciro, e mais uma vintena de cristãos, num fim de tarde, foi conduzido ao centro da arena do famoso circo romano, situado entre as colinas do Célio e do Aventino, na capital do Império. Atado a um poste por grossas cordas presas por elos de bronze, esquelético, munido somente de uma tanga que lhe cobria a cintura, até os rins, teve o corpo varado por flechas envenenadas. Com os demais, ante o martírio, canta, dirigindo os olhos para o Céu e, no mundo espiritual, é recebido pelo seu amor, Lívia.

Pelo ano 217, peregrina na Terra outra vez. Moço, podemos encontrá-lo nas vestes de Quinto Varro, patrício romano, apaixonado cultor dos ideais de liberdade.

Afervorado a Jesus, sente confranger-lhe a alma a ignorância e a miséria com que as classes privilegiadas de Roma mantinham a multidão.

O pensamento do Cristo, ele sente, paira acima da Terra e, por mais lute a aristocracia romana, Varro não ignora que um mundo novo se formava sobre as ruínas do velho.

Vítima de uma conspiração para matá-lo, durante uma viagem marítima, toma a identidade de um velho pregador de Lyon, de nome Corvino. Transforma-se em Irmão Corvino, o moço e se torna jardineiro. Condenado à decapitação, tem sua execução sustada após o terceiro golpe, sendo-lhe concedida a morte lenta, no cárcere.

Onze anos após, renasce e toma o nome de Quinto Celso. Desde a meninice, iniciado na arte da leitura, revela-se um prodígio de memória e discernimento.

Francamente cristão, sofreu o martírio no circo, amarrado a um poste untado com substância resinosa ao qual é ateado fogo. Era um adolescente de mais ou menos 14 anos.

Sua derradeira reencarnação se deu a 18 de outubro de 1517 em Sanfins, Entre-Douro-e-Minho, em Portugal, com o nome de Manoel da Nóbrega, ao tempo do reinado de D. Manoel I, o Venturoso.

Inteligência privilegiada, ingressou na Universidade de Salamanca, Espanha, aos 17 anos. Aos 21, está na faculdade de Cânones da Universidade, onde freqüenta as aulas de direito canônico e de filosofia, recebendo a láurea doutoral em 14 de junho de 1541.

Vindo ao Brasil, foi ele quem estudou e escolheu o local para a fundação da cidade de São Paulo, a 25 de janeiro de 1554. A data escolhida, tida como o dia da Conversão do apóstolo Paulo, pretende-se seja uma homenagem do universitário Manoel da Nóbrega ao universitário Paulo de Tarso.

O historiador paulista Tito Lívio Ferreira, encerra sua obra "Nóbrega e Anchieta em São Paulo de Piratininga" descrevendo: "Padre Manoel da Nóbrega fundara o Colégio do Rio de Janeiro. Dirige-o com o entusiasmo de sempre. Aos 16 de outubro de 1570, visita amigos e principais moradores. Despede-se de todos, porque está, informa, de partida para a sua Pátria. Os amigos estranham-lhe os gestos. Perguntam-lhe para onde vai. Ele aponta para o Céu.

No dia seguinte, já não se levanta. Recebe a Extrema Unção. Na manhã de 18 de outubro de 1570, no próprio dia de seu aniversário, quando completava 53 anos, com 21 anos ininterruptos de serviços ao Brasil, cujos alicerces construiu, morre o fundador de São Paulo.

E as últimas palavras de Manoel da Nóbrega são: `Eu vos dou graças, meu Deus, Fortaleza minha, Refúgio meu, que marcastes de antemão este dia para a minha morte, e me destes a perseverança na minha religião até esta hora.'

E morreu sem saber que havia sido nomeado, pela segunda vez, Provincial da Companhia de Jesus no Brasil: a terra de sua vida, paixão e morte."

A título de curiosidade, encontramos registros que o deputado Freitas Nobre, já desencarnado na atualidade, declarou, em programa televisivo da TV Tupi de São Paulo), na noite de 27 para 28 de julho de 1971, que ao escrever um livro sobre Anchieta, teve a oportunidade de encontrar e fotografar uma assinatura de Manuel da Nóbrega, como E. Manuel.

Assim, o E inicial do nome do mentor de Francisco Cândido Xavier se deveria à abreviatura de Ermano, o que, segundo ele, autorizaria a que o nome fosse grafado Emanuel, um "m" somente e pronunciado com acentuação oxítona.

Fonte: http://autoresespiritasclassicos.com


Amor e Ódio - Clube do Livro Junho 2013



Prezado amigo, compartilhamos a apresentação do resumo do grupo, realizada no Encontro do dia 26 de junho de 2013. Os créditos das imagens são da Internet e as músicas são de Chopin, Debussy, Albinoni, Beethoven e Schubert 

 





Reunião do Clube do Livro Espírita

terça-feira, 21 de maio de 2013

SE TENS FÉ


Em doutrina espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver.

Desse modo, não te restrinjas à confiança inerte, porque a existência em toda parte nos honra, a cada um, com a obrigação de servir.

Se tens fé, não permitirás que os eventos humanos te desmantelem a fortaleza do coração.

Transitarás no mundo, sabendo que o Divino Equilíbrio permanece vigilante e, mesmo que os homens transformem o lar terrestre em campo de lodo e sangue, não ignoras que a Infinita Bondade converterá um e outro em solo adubado para que a vida refloresça e prossiga em triunfo.

Se tens fé não registrarás os golpes da incompreensão alheia, porquanto identificarás a ignorância por miséria extrema do espírito e educarás generosamente a boca que injuria e a mão que apedreja.

Ainda que os mais amados te releguem à solidão, avançarás para a frente, entendendo e ajudando, na certeza de que o trabalho te envolverá o sentimento em nova luz de esperança e consolação.

Se tens fé, não te limitarás a dizê-la simplesmente, qual se a oração sem as boas obras te outorgasse direitos e privilégios inadmissíveis na Justiça de Deus, mas, sim, caminharás realizando a vontade do Criador, que é sempre o bem para todas as criaturas.

Se tens fé, sustentarás, sobretudo, o esforço diário do próprio burilamento, através das pequeninas e difíceis vitórias sobre a natureza inferior, como sendo o mais alto serviço que podes prestar aos outros, de vez que aperfeiçoando a nós mesmos, estaremos habilitando a consciência para refletir, com segurança, o amor e a sabedoria da Lei.

Do livro: Espírito da Verdade, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira, FEB.

AÇÃO DA PRECE - ESE


TRANSMISSÃO DO PENSAMENTO

(O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XXVII – item 12 a 17 - Allan Kardec)

12. Se em duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos (cap. V, nº 4), ver-se-á que a segunda, em quantidade, excede de muito à primeira. Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, às quais se pouparia, se sempre obrasse com sabedoria e prudência.

Não menos certo é que todas essas misérias resultam das nossas infrações às leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente, seríamos inteiramente ditosos. Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação das nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes que as doenças acarretam. Se puséssemos freio à nossa ambição, não teríamos de temer a ruína; se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear a queda; se fôssemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho abatido; se praticássemos a lei de caridade, não seríamos maldizentes, nem invejosos, nem ciosos, e evitaríamos as disputas e dissensões; se mal a ninguém fizéssemos, não houvéramos de temer as vinganças, etc.

Admitamos que o homem nada possa com relação aos outros males; que toda prece lhe seja inútil para livrar-se deles; já não seria muito o ter a possibilidade de ficar isento de todos os que decorrem da sua maneira de proceder? Ora, aqui, facilmente se concebe a ação da prece, visto ter por efeito atrair a salutar inspiração dos Espíritos bons, granjear deles força para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta. Nesse caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, porém, sim, desviar-nos a nós do mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio. Agem, contudo, à nossa revelia, de maneira imperceptível, para nos não subjugar a vontade.

O homem se acha então na posição de um que solicita bons conselhos e os põe em prática, mas conservando a liberdade de segui-los, ou não. Quer Deus que seja assim, para que aquele tenha a responsabilidade dos seus atos e o mérito da escolha entre o bem e o mal. É isso o que o homem pode estar sempre certo de receber, se o pedir com fervor, sendo, pois, a isso que se podem, sobretudo aplicar estas palavras: “Pedi e obtereis”.

Mesmo com sua eficácia reduzida a essas proporções, já não traria a prece resultados imensos? Ao Espiritismo fora reservado provar-nos a sua ação, com o nos revelar as relações existentes entre o mundo corpóreo e o mundo espiritual. Os efeitos da prece, porém, não se limitam aos que vimos de apontar. Recomendam-na todos os Espíritos. Renunciar alguém à prece é negar a bondade de Deus; é recusar, para si, a sua assistência e, para com os outros, abrir mão do bem que lhes pode fazer.

13. Acedendo ao pedido que se lhe faz, Deus muitas vezes objetiva recompensar a intenção, o devotamento e a fé daquele que ora. Daí decorre que a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus e sempre mais eficácia, porquanto o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que somente nascem do sentimento da verdadeira piedade. Do coração do egoísta, do daquele que apenas de lábios ora, unicamente saem palavras, nunca os ímpetos de caridade que dão à prece todo o seu poder. Tão claramente isso se compreende que, por um movimento instintivo, quem se quer recomendar às preces de outrem fá-lo de preferência às daqueles cujo proceder, sente-se, há de ser mais agradável a Deus, pois que são mais prontamente ouvidos.

14. Por exercer a prece uma como ação magnética, poder-se-ia supor que o seu efeito depende da força fluídica. Assim, entretanto, não é. Exercendo sobre os homens essa ação, os Espíritos, em sendo preciso, suprem a insuficiência daquele que ora, ou agindo diretamente em seu nome, ou dando-lhe momentaneamente uma força excepcional, quando o julgam digno dessa graça, ou que ela lhe pode ser proveitosa.

O homem que não se considere suficientemente bom para exercer salutar influência, não deve por isso abster-se de orar a bem de outrem, com a ideia de que não é digno de ser escutado. A consciência da sua inferioridade constitui uma prova de humildade, grata sempre a Deus, que leva em conta a intenção caridosa que o anima. Seu fervor e sua confiança são um primeiro passo para a sua conversão ao bem, conversão que os Espíritos bons se sentem ditosos em incentivar.

Repelida só o é a prece do orgulhoso que deposita fé no seu poder e nos seus merecimentos e acredita ser-lhe possível sobrepor-se à vontade do Eterno.

15. Está no pensamento o poder da prece, que por nada depende nem das palavras, nem do lugar, nem do momento em que seja feita. Pode-se, portanto, orar em toda parte e a qualquer hora, a sós ou em comum. A influência do lugar ou do tempo só se faz sentir nas circunstâncias que favoreçam o recolhimento. A prece em comum tem ação mais poderosa, quando todos os que oram se associam de coração a um mesmo pensamento e colimam o mesmo objetivo, porquanto é como se muitos clamassem juntos e em uníssono. Mas, que importa seja grande o número de pessoas reunidas para orar, se cada uma atua isoladamente e por conta própria?! Cem pessoas juntas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três, ligadas por uma mesma aspiração, orarão quais verdadeiros irmãos em Deus, e mais força terá a prece que lhe dirijam do que a das cem outras. (Cap. XXVIII nos 4 e 5.)

Preces Inteligíveis

16. Se eu não entender o que significam as palavras, serei um bárbaro para aquele a quem falo e aquele que me fala será para mim um bárbaro.

– Se oro numa língua que não entendo, meu coração ora, mas a minha inteligência não colhe fruto. – Se louvais a Deus apenas de coração, como é que um homem do número daqueles que só entendem a sua própria língua responderá amém no fim da vossa ação de graças, uma vez que ele não entende o que dizeis? – Não é que a vossa ação não seja boa, mas os outros não se edificam com ela.
(S. PAULO, 1ª aos Coríntios, 14:11, 14, 16 e 17.)

17. A prece só tem valor pelo pensamento que lhe está conjugado. Ora, é impossível conjugar um pensamento qualquer ao que se não compreende, porquanto o que não se compreende não pode tocar o coração. Para a imensa maioria das criaturas, as preces feitas numa língua que elas não entendem não passam de amálgamas de palavras que nada dizem ao espírito. Para que a prece toque, preciso se torna que cada palavra desperte uma ideia e, desde que não seja entendida, nenhuma ideia poderá despertar. Será dita como simples fórmula, cuja virtude dependerá do maior ou menor número de vezes que a repitam. Muitos oram por dever; alguns, mesmos, por obediência aos usos, pelo que se julgam quites, desde que tenham dito uma oração determinado número de vezes e em tal ou tal ordem. Deus vê o que se passa no fundo dos corações; lê o pensamento e percebe a sinceridade. Julgá-lo, pois, mais sensível à forma do que ao fundo é rebaixá-lo. (Cap. XXVIII, nº 2.)

Fonte: http://www.lardetereza.org.br/repu.htm

Divaldo Perreira Franco



Divaldo Pereira Franco, melhor conhecido como Divaldo Franco ou simplesmente Divaldo foi o último dos treze filhos do casal Francisco Pereira Franco e Ana Alves Franco, já falecidos. Nasceu em 05 de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana-BA, é um professor, médium e orador espírita brasileiro.


É, há quase sessenta anos, um importante orador e escritor espírita, com mais de cinqüenta anos devotados à mediunidade, e mais de quarenta dedicados a cuidar dos meninos de rua de Salvador, na Bahia. Para este último fim fundou, em 15 de agosto de 1952, junto com Nilson de Souza Pereira, a casa de assistência Mansão do Caminho, responsável pela orientação e educação de mais de 33 mil crianças e adolescentes carentes.

PRIMEIROS ANOS

Divaldo cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, onde recebeu o diploma de Professor Primário em 1943. Desde a infância relata comunicar-se com os espíritos.

Quando jovem, foi abalado pela morte de seus dois irmãos mais velhos, o que o deixou traumatizado e enfermo, sendo conduzido a diversos especialistas, na área da Medicina, sem, contudo, lograr qualquer resultado satisfatório. Nessa época conheceu a Sra. Ana Ribeiro Borges, que o conduziu à Doutrina Espírita, o que o teria libertado do trauma e trazido consolações, tanto para ele como para toda a sua família. Divaldo dedicou-se, então, ao estudo do Espiritismo, ao tempo em que foi aprimorando suas faculdades mediúnicas, pelo correto exercício e continuado estudo do Espiritismo.

Transferiu residência para Salvador no ano de 1945, tendo feito concurso para o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE), onde ingressou a 5 de Dezembro de 1945, como escriturário, permanecendo como funcionário daquele Instituto até sua aposentadoria, na década de 70.

Já espírita convicto, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção (CECR), em 7 de Setembro de 1947.

Em A Veneranda Joanna de Ângelis (Salvador: LEAL, 1987), escrito por Divaldo e Celeste Santos, constam biografias do médium baiano e de sua mentora espiritual, Joanna de Ângelis, bem como informações sobre o trabalho educacional e assistencial desenvolvido pela Mansão do Caminho, além de entrevistas com Divaldo e relatos sobre supostas reencarnações de Joanna de Ângelis.

ATIVIDADES COMO MÉDIUM PSICÓGRAFO

Divaldo apresentou, desde jovem, diversas faculdades mediúnicas. Destaca-se, dentre elas, no entanto, a psicografia.

É um médium de excelentes recursos medianímicos (tanto de efeitos físicos quanto de efeitos intelectuais) - psicofonia, vidência, clariaudiência, psicografia, etc. -, educados à luz da Doutrina codificada pelo sábio de Lion.

Inicialmente, diversas mensagens foram escritas pelo seu intermédio, sob a orientação dos benfeitores espirituais, até que um dia, ele recebeu a recomendação para que fosse queimado o que escrevera até ali, pois não passavam de simples exercícios.

Com a continuação, vieram novas mensagens assinadas por diversos espíritos, dentre eles, Joanna de Ângelis, que durante muito tempo apresentava-se como "um Espírito Amigo", ocultando-se no anonimato, à espera do instante oportuno para se fazer conhecida. Joanna revelou-se como sua orientadora espiritual, escrevendo inúmeras mensagens, num estilo agradável, repassado de profunda sabedoria e infinito amor, que conforta aos mais diversos leitores e necessitados de diretriz espiritual.

Em 1964, Joanna de Ângelis selecionou várias das mensagens de sua autoria e enfeixou-as num livro, que recebeu o sugestivo título de Messe de Amor. Foi o primeiro livro que o médium publicou. Logo em seguida, Rabindranath Tagore ditou Filigranas de Luz. O que se seguiu constitui-se hoje em um verdadeiro fenômeno editorial, pois, em 31 anos de atividade como médium, teve publicado 240 títulos, totalizando mais de quatro milhões e quinhentos mil exemplares, muitos deles ocupando lugar de destaque na literatura, no pensamento e na religiosidade universal. Dessas obras, houve 80 versões para 15 idiomas (alemão, castelhano, esperanto, francês, italiano, polonês, tcheco, braille e outros). Os livros englobam uma grande variedade de estudos literários, como prosa, romances, narrações e etc., abrangendo temas filosóficos, doutrinários, históricos, infantis, psicológicos e psiquiátricos.

Os livros possuem uma grande variedade de estilos literários, como: prosas, crônicas, contos, ensaios, romances, narrações etc., abrangendo temas filosóficos, doutrinários, históricos, infantis, sociológicos psicológicos e psiquiátricos.

Nessas obras psicografadas, apresentam-se 211 alegados autores espirituais, além de Joanna de Ângelis, entre eles, Manoel Philomeno de Miranda, Victor Hugo, Amélia Rodrigues, Ignotus, Vianna de Carvalho, Carlos Torres Pastorino, Bezerra de Menezes, Rabindranath Tagore, João Cléofas, Eros e Simbá.

PSICOGRAFIAS DE JOANNA DE ÂNGELIS

Por meio das obras de Joanna de Ângelis, Divaldo pôde alcançar o reconhecimento não apenas entre os religiosos e espiritualistas, mas também em outras linhas de conhecimento, como a psicologia e a parapsicologia. Isso se deu principalmente em função dos livros publicados na Série Psicológica, onde tratou dos malefícios das fugas da realidade e enfatizou a importância do auto conhecimento e auto-enfrentamento.

A Série Psicológica foi escrita à luz dos pensamentos de Allan Kardec e de pesquisadores da psique humana, a exemplo de Carl Jung. Na referida série se encontram duas obras voltadas à psicologia transpessoal: Autodescobrimento (1995) e Triunfo Pessoal (2002).

A maioria das obras escritas por Divaldo Franco sob inspiração de Joanna de Ângelis almeja incentivar o autodescobrimento e facilitar a aplicação no dia-a-dia dos ensinamentos morais de amor fraterno contidos nos Evangelhos e na Doutrina Espírita, incentivando o leitor a enfrentar as dificuldades cotidianas de modo mais prático e otimista.

Grande parte das obras ditadas a Divaldo por Joanna de Ângelis foi publicada pela Editora LEAL, de Salvador (BA). Um dos mais recentes lançamentos de Joanna de Ângelis chama-se Conflitos Existenciais (LEAL, 2005), obra que analisa os principais conflitos do ser humano, as suas causas, origens e formas de terapia - inclusive, estuda as tentativas atuais de se preencherem os vazios existenciais, a exemplo de relacionamentos efêmeros por meio da Internet.

ATIVIDADES COMO ORADOR

Como orador, Divaldo começou a fazer palestras em 1947, difundindo a Doutrina Espírita e hoje apresenta uma histórica e recordista trajetória no Brasil e no exterior, sempre atraindo multidões, com sua palavra inspirada e esclarecedora, acerca de diferentes temas sobre os problemas humanos e espirituais. Há vários anos, viaja em média 230 dias por ano, realizando palestras e também seminários no Brasil e no mundo. Em um levantamento preliminar suas atividades no exterior foram:

Mais de 10 mil conferências proferidas no Brasil e no exterior.

* Américas: Esteve em 18 países, em mais de 119 cidades, onde realizou mais de 1.000 palestras, concedeu mais de 180 entrevistas de rádio e TV para cerca de 113 emissoras, inclusive por 3 vezes na Voz da América, a maior cadeia de rádio do continente. Recebeu cerca de 50 homenagens de vários países, destacando-se o honorífico título de Doutor Honoris Causa em Humanidades, concedido pela Universidade de Concórdia em Montreal, no Canadá, em 1991. Por 3 vezes fez palestras na ONU, no departamento de Washington e fez conferências em mais de 12 universidades do continente.

* Europa: Esteve em mais de 20 países, em mais de 80 cidades, onde realizou mais de 500 palestras, concedeu mais de 50 entrevistas de rádio e TV para cerca de 40 emissoras, tendo recebido homenagens de vários países; fez conferência em cerca de 10 universidades européias e, por 2 vezes, na ONU, departamento de Viena.

* África: Esteve em mais de 5 países, em 25 cidades, realizando 150 palestras, concedeu mais de 12 entrevistas de rádio e TV, em 11 emissoras; recebeu 4 homenagens.

* Ásia: Esteve em mais de 5 países, em 10 cidades, realizando mais de 12 palestras.

Em 31 de agosto de 2000 participou, a convite da ONU, do Primeiro Encontro Mundial da Paz, reunião de cúpula com líderes religiosos de expressão internacional para se discutir e formular proposta de paz.

É considerado um dos maiores divulgadores do espiritismo no Brasil e no exterior. Na península ibérica se destacou pela assistência ao movimento espírita português e espanhol durante a ditadura fascista de ambos os países.

Suas palestras promovem o pacifismo, comparam a doutrina espírita com correntes filosóficas niilistas, hedonistas e orientais, estabelecem pontos de convergência entre a doutrina espírita e a ciência (principalmente a psicologia) e incentivam a busca constante pelo autoconhecimento, ancorada em conhecimentos sobre psicologia e doutrina espírita.

Divaldo Franco já foi homenageado por várias centenas de instituições públicas e privadas, tanto no Brasil como no exterior, pela sua obra em favor dos desfavorecidos e sofredores, e pela paz que tem trazido às consciências.

Desde 2007 existe no site da Mansão do Caminho o programa de entrevistas Encontro com Divaldo.

MANSÃO DO CAMINHO

Divaldo, desde jovem, teve vontade de cuidar de crianças. Educou mais de 600 "filhos", hoje emancipados, a maioria com família constituída e a própria profissão, no magistério, contabilidade, serviços administrativos e até medicina, tem 200 "netos". Na década de 60 iniciou a construção de escolas-oficinas profissionalizantes e de atendimento médico. Hoje a Mansão do Caminho é um admirável complexo educacional que atende a 3.000 crianças e jovens carentes, na Rua Jaime Vieira Lima, 01 – Pau de Lima, um dos bairros periféricos mais carentes de Salvador; tem 83.000 metros e 43 edificações. A obra é basicamente mantida com a venda de livros mediúnicos e das fitas gravadas nas palestras.

O Centro Espírita Caminho da Redenção administra, dentre outros, os seguintes órgãos assistenciais:

* Mansão do Caminho (semi-internato para crianças e jovens carentes), fundado em 15 de agosto de 1952;

* A Manjedoura (creche para crianças carentes de 2 meses a 3 anos de idade);

* Escola Jesus Cristo (ensino fundamental), fundada em março de 1950;

* Escola Allan Kardec (ensino fundamental), fundada em 1965;

* Escola de Informática;

* Escola de Educação Infantil Alvorada Nova, fundada em fevereiro de 1971 com o nome de Esperança;

* Escola de Evangelização (ensino espírita para público infantil);

* Juventude Espírita Nina Arueira (ensino espírita para público jovem);

* Caravana Auta de Souza (auxilia idosos e pessoas inválidas portadoras de doenças irrecuperáveis e degenerativas);

* Casa de Assistência Lourdes Saad (distribuição diária de sopa e pão);

* Casa da Cordialidade (assiste a famílias carentes);

* Centro de Saúde J. Carneiro de Campos;

* Evangelização Nise Moacyr (evangelização de crianças);

* Juventude Espírita Nina Arueira (evangelização de jovens);

* Grupo Lygia Banhos (esclarecimento e consolo a comunidades carentes);

* Livraria Espírita Alvorada (editora e gráfica).

Divaldo Franco é um ser integral, de convivência singular, de conversa agradável, simples e alegre. Sempre de bom humor e com palavras confortadoras.

Fonte: http://autoresespiritasclassicos.com

Os Passes

Compreendendo a gravidade do ministério e instrumentalizando-se moral e espiritualmente, o passista deve alterar completamente a conduta mental e comportamental anterior, a fim de enriquecer-se de forças psíquicas e bioenergéticas para melhor transmiti-las.

A superação dos hábitos viciosos, o desencharcamento dos tóxicos fluídicos inferiores, dos pensamentos vulgares e insanos, do tabaco, do álcool e de outras drogas químicas aditivas, energizam o devotado obreiro da saúde física e espiritual que, munido dos tesouros do amor e da oração, se coloca a serviço dos Espíritos superiores para tornar a vida humana melhor e mais rica de saúde e de paz.

Concomitantemente, cabe-lhe instruir o paciente com informações claras e enérgicas, que o auxiliem a não retornar aos comprometimentos anteriores a que se entregava, para que não lhe aconteça nada pior, conforme advertia Jesus.

A terapia pelos passes, destituída de gestual cabalístico ou de propostas sugestivas, supersticiosas, deve infundir ânimo e despertar reflexão naqueles que lhe recorrem ao processo de recuperação.

Por meio de uma sintonia harmônica com as Esferas espirituais elevadas, agente e paciente da terapia pelos passes conseguirão harmonia interior, saúde e paz, mesmo quando por ocasião dos momentos difíceis do testemunho e das provações.

Ao alcance de todos quantos desejem renovação, os passes deverão servir de procedimento de emergência antes de serem tomadas outras providências, assim constituindo notável contributo de sustentação para as atitudes posteriores a serem utilizadas. Através dos passes, da transmissão de forças vivas, canalizadas para os enfermos de ambos os planos da Vida, os Espíritos perversos e alucinados igualmente se beneficiam e podem ser deslocados dos seus hospedeiros, ensejando a recuperação moral da vítima e o esclarecimento do algoz.

Nos transtornos, portanto, obsessivos, os passes são de salutar resultado, propiciando a renovação do campo vibratório do enfermo e alterando a indução perturbadora que é imposta pelo hóspede indesejado, mas portador de grande energia deletéria. Face aos problemas perturbadores nas áreas da saúde e da conduta, os passes constituem precioso recurso terapêutico que deve ser buscado, a fim de que ocorra a instalação do bem e da alegria de viver em todas as criaturas.

Allan Kardec, na sabedoria que o caracterizava, denominou esses psicoterapeutas que se dedicavam aos passes como médiuns curadores, responsáveis, portanto, pelo ministério do restabelecimento do equilíbrio orgânico, emocional e psíquico dos seus pacientes.

Manoel Philomeno de Miranda

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na sessão mediúnica do dia 29 de agosto de 2001, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)

Sono Inimigo

A disciplina mental constitui fator decisivo para o êxito de qualquer empreendimento.

Sem uma equilibrada ordem de idéias, hábito salutar de meditação, exercício de fixação do pensamento nos informes, atenção cuidadosa, os tentames para a liberação do pessimismo e dos pontos de vista arraigados fazem-se precários, quando não totalmente inócuos.

Isto porque a acomodação natural ao “já sabido” predispõe o homem a uma indiferença pelo conhecimento novo, quando não lhe ocorre a obliteração do discernimento, através de uma anestesia nos centros da razão.

No que tange ao estudo e à assimilação do Espiritismo, o fenômeno amiúde se repete desanimador.

A quase generalidade de adeptos acostumados às expressões do culto exterior das religiões, ao transporem a ponte para a comunhão direta, sem as fórmulas nem os condicionamentos externos a que se habituaram, padecem estranhos mal-estares, inquietação e derrapam no sono dominador.

Ultrapassados os primeiros momentos de deslumbramento e entusiasmo, sutilmente a modorra se lhes instala e os desprevenidos aprendizes tombam vitimados pelos vapores entorpecentes.

A questão exige de imediato uma cuidadosa e contínua reação, a fim de impedir-se o agravamento do mal.

O estudo de qualquer doutrina impõe o contributo do esforço e da persistência.

Para uma perfeita aprendizagem do conteúdo da Doutrina Espírita, uma leitura apressada e interrompida não produz o resultado desejado. Não obstante a quase totalidade das suas lições morais poder ser armazenada em decorrência de breves exames, os seus complexos mecanismos filosóficos e científicos — base para a valorização do comportamento religioso — exigem maior soma de esforços. Isto, porém, somente será possível mediante um estudo metódico, organizado, contínuo, através do qual se abarcam os conhecimentos libertadores, fonte da perfeita integração nas nobres informações de sabor insuperável que são os princípios doutrinários.

A inúmeros candidatos, dotados de fé natural, parece não interessar as complexidades doutrinárias, atendo-se, naturalmente, à elevada feição ético-religiosa com que se enriquecem de paz.

Dedicam-se à prática da caridade, por todos os meios possíveis, participam dos trabalhos práticos, promovem Cultos Evangélicos do Lar; todavia, logo se candidatam ao esclarecimento pela leitura ou audição das mensagens, nas conferências, são tomados pela insuportável sonolência.

De início, deve-se levar em conta o cansaço, a monotonia da voz que lê ou a falta de motivação do ensino dado pelo palestrante. Além disso, convém salientar-se a psicosfera do recinto, saturada, quiçá, de fluidos perniciosos.

Todavia, não se deve considerar secundária a interferência de mentes viciosas do Mundo Espiritual, adversárias algumas dos candidatos à renovação, que o intoxicam, perturbam ou produzem hipnose de longo alcance com que os impedem de aprender, melhorar e progredir.

Apresentam-se esses companheiros loquazes bem dispostos, enquanto se movimentam. Logo, porém, se aquietam, ao invés da interação mental na concentração, assimilam o torpor que os invade, e dormem, avassalados pela força que lhes parece superlativa.

Pessoas asseveram que se encontram atentas e melindram-se quando admoestadas, informando “estar ouvindo tudo”. Outras justificam que se trata de fenômeno de “desprendimento mediúnico para trabalhar em parcial desdobramento”. Terceiras alegam que em “espírito aprendem melhor, adquirindo cabedal que retorna à consciência no momento próprio”.

São alegações desculpistas, sem fundamento, carecentes de lógica.

Impostergável o esforço de combater a “epidemia da sonolência” nas atividades e estudos da Doutrina Consoladora.

Ensejar-se um relax antes de dirigir-se à Sociedade Espírita é condição valiosa para predispor-se convenientemente.

Poupar-se à alimentação exagerada ou de difícil assimilação, a fim de não ser molestado pelo fenômeno orgânico da digestão.

Motivar-se interiormente para o que vai ler ou ouvir, participando dinamicamente, ao invés de deixar-se apenas arrastar, reflexionando, discutindo mentalmente o assunto exposto.

Sentar-se bem, não, porém, comodamente em exagero, que propicia, pela má postura, o fácil adormecimento.

Orar antes dos sinais da indisposição, renovando a paisagem psíquica.

Sorver água fresca ou borrifar a face com água fria quando a ocorrência suceder no lar e reencetar a tarefa.

Acima de todas as regras expostas, insistir, porfiar, trabalhar-se até criar condições salutares, hábito novo para as idéias revitalizadoras e abençoadas de que não pode prescindir no compromisso da evolução espiritual.

O sono à hora em que se impõe a vigília torna-se inimigo cruel.

Nenhuma chance deve-se dar ao sono, nos recintos de estudo e aprendizagem, locais de meditação e prece, Santuários do intercâmbio mediúnico e de iluminação interior.

Ou o candidato vence o sono ou o sono desta ou daquela procedência, especialmente o produzido pelos Espíritos Inferiores, inutiliza e vence o aprendiz das lições superiores, impedindo-o temporariamente de avançar e com ele se comprazendo, retidos na retaguarda.

Do livro "Enfoques Espíritas", pelo Espírito Vianna de Carvalho,  Psicografia de Divaldo Pereira.

sábado, 18 de maio de 2013

CAMPANHAS DE SOLIDARIEDADE


HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA


Conhecido por espíritas e não-espíritas por seu trabalho de auxílio ao próximo, sobretudo a portadores da grave doença dermatológica pênfigo-foliáceo, o popularmente chamado “fogo-selvagem”, o Lar da Caridade, de Uberaba, no Triângulo Mineiro, está enfrentando sérias dificuldades.

Fundado em 1957, vive hoje um dos seus momentos mais delicados, sobretudo por conta da crise mundial, que levou muitos colaboradores a suspenderem as suas contribuições. Para se ter uma idéia da gravidade da situação, a folha de pagamento da instituição está em aberto desde janeiro e as dívidas ao mês podem chegar a R$55 mil.

Se algo não for feito rápido, o futuro do Lar pode até estar ameaçado.

O Lar da Caridade – Hospital do Fogo Selvagem é presidido atualmente por Ivone Aparecida Vieira da Silva, neta de Dona Aparecida, cuja instituição está localizada na Rua João Alfredo, 437 – Abadia – CEP 38025-300 Uberaba, MG.

Doações, de qualquer valor, podem ser feitas pelas seguintes contas-correntes:

* BANCO DO BRASIL -  CONTA CORRENTE:3724-9, Agência 3278-6

* BRADESCO - CONTA CORRENTE: 14572-6, Agência 0264-0.

O CNPJ da instituição é 25440835/0001-93.

MAIORES INFORMAÇÕES PELO TELEFONE (34) 3318-2900 ou EMAILS: fogoselvagem@terra.com.br
larcaridade@hotmail.com

O SANATÓRIO ESPÍRITA PEDE SOCORRO!!!


O Sanatório Espírita de Uberaba – SEU, foi fundado em 31/12/1933, pela estimada Maria Modesta Cravo. Atualmente o Sanatório possui 120 leitos e com uma média de 130 internações por mês.


Para garantir todo esse tratamento, o Sanatório conta com uma equipe de 92 funcionários, além das 12 equipes de médiuns passistas que fazem o tratamento espiritual de segunda-feira a sábado nos períodos matutino e noturno.

O Sanatório está passando por dificuldades financeiras, por isso, lançou a campanha “O Sanatório Espírita Pede Socorro”.

Se você desejar ajudar o Sanatório Espírita de Uberaba, faça sua doação:

• Conta Poupança do Sanatório Espírita de Uberaba – Caixa Econômica Federal – Agência: 1538 – Conta: 013.7394-6.

• Conta Corrente do Sanatório Espírita de Uberaba – Banco do Brasil – Agencia – 3278-6 – Conta Corrente– 3763-X

Para efetuar transferência bancárias, o CNPJ é: 25.445.347/0002-50.

Outras informações pelo telefone (34) 3312-1869 com Marcio Roberto Arduni

Jornal Espírita de Uberaba – Ano 6 – Nº 76 – Janeiro/2013

http://www.jornalespiritadeuberaba.com.br/edicoes/76.pdf

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO!

DIVULGUEM E AJUDEM SE PUDEREM!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Maria Dolores



Maria Dolores veio ao mundo como Maria de Carvalho Leite, na cidade sertaneja de Bonfim de Feira (BA), no dia 10 de setembro de 1900, filha de Hermenegildo Leite, escrivão da Prefeitura, e da doméstica Balbina de Carvalho Leite. Em Bonfim passou a infância. Do casal Hermenegildo e Balbina nasceram, com Dolores, três homens e duas mulheres. Os biógrafos, sem exceção, desconheceram o fato de que a grande poetisa baiana possuía dotes mediúnicos.


Em 1916, diplomou-se professora pelo Educandário dos Perdões, considerada pelas colegas e professores como adolescente prodígio, graças à rara inteligência.

A poesia, Dolores começou a senti-la na cidade natal, ainda quase criança, a transformar-se, mais tarde, na poetisa de bons versos que todos conhecemos.

Lecionou no Educandário dos Perdões e no Ginásio Carneiro Ribeiro, em Salvador. Além disso, também ministrava aulas particulares. Daí por que entendemos seu modo todo especial de ensinar, por meio dos versos, às almas aflitas.

Seu Espírito não se limitou somente aos versos. Ela tocava piano, pintava, gostava da costura e da arte culinária. Humana por excelência, viveu desenvolvendo em si qualidades inatas.

Sua vida não poderia, porém, ser somente flores: estava-lhe reservada uma prova de sofrimentos morais.

Casada com o médico Odilon Machado, suportou o infeliz consórcio durante alguns anos, o qual se interrompeu finalmente pela solução do desquite. Não houve filhos dessa união, como nunca os teria Maria Dolores.

Em sua peregrinação, morou em várias cidades da Bahia e foi em Itabuna que conheceu Carlos Carmine Larocca, italiano radicado no Brasil, de quem se tornou companheira ajudando-o, ombro a ombro, em suas atividades. Proprietário do Café Baiano e de uma tipografia denominada A Época. Por ocasião da II Guerra Mundial, o Sr. Larocca foi prisioneiro político devido à sua nacionalidade. Em 1947, mudou-se para Salvador, onde Maria Dolores continuou com suas sessões mediúnicas.

Notamos em seus versos o quanto sofrera, buscando algo que não encontrava: a sua complementação afetiva, tal como fora planejado pela Providência, para que buscasse o Amor Maior, que ela soube encontrar um dia: Jesus! Tanto sofrimento, contudo, não foi capaz de torná-la indiferente ao sofrimento humano.

Na imprensa, falava dos direitos humanos e do sofrimento dos menos felizes. Não foi compreendida: tacharam-na de "comunista", pelo que teve de responder às acusações que lhe faziam, pois fora a isso intimada.

Em menina, fora católica; em adulta, o sofrimento fizera-lhe conhecer a Doutrina de Allan Kardec e veio a consolação, a aceitação do sofrimento.

A dor que suportou a fez conhecer o então combatido Espiritismo. De alma caridosa integrou-se à Legião da Boa Vontade, fundada pelo saudoso Alziro Zarur. Era frequente ver-se Maria Dolores dedicando-se aos sofredores dos bairros pobres da cidade de Salvador. Afastando-se das lides literárias, Maria Dolores dedica-se, então, à caridade infatigável, criando meninas, sonhando edificar o Lar das Meninas sem Lar.

Receando a apreciação da crítica especializada, guardou para si sua obra poética durante muito tempo, segundo confessa no prefácio do livro Ciranda da Vida, cuja renda possibilitou a realização de seu antigo desejo. Com isso, Maria Dolores, que não fora mãe biológica, tornava-se mãe espiritual de várias meninas, abrigando em seu próprio lar crianças desvalidas, orientando e assistindo-as.

Sendo reconhecida na Capital pela sua arte, passou a escrever nos jornais Diário de Notícias e O Imparcial sendo, neste último, redatora-chefe da Página Feminina. Durante 13 anos, escreveu nos jornais citados, mostrando o mundo de ternura que trazia dentro de si, com o pseudônimo de Maria Dolores.

Apelidada pelos amigos e familiares de Madô e Mariinha, era reconhecida pela simpatia e bondade com que a todos cativava.

Fazia campanhas, prendas para os bazares realizados em sua própria casa. Fundou um grupo que se reunia em sua residência todas as semanas, quando saíam para distribuir, nos bairros carentes escolhidos, farnéis, roupas, remédios... Chamavam-se As Mensageiras do Bem. No Natal, faziam campanhas e distribuíam donativos assim como no Dia das Mães.

Dolores costurava enxovais, vendia o que era seu ou os empenhava e, às vezes, contraía dívidas para desse modo ajudar alguém. Uma de suas filhas adotivas relatou certa vez que, quando ela desencarnou, alguém viera com joias que lhe pertenceram, as quais foram dadas por ela para que se tornasse viável uma das campanhas que então se fazia.

No trabalho do Senhor, na dedicação à causa evangélica, foi desenvolvendo diversas faculdades mediúnicas. Isso a ajudou a suportar injúrias, como quando fora acusada de "comunista", e outros sofrimentos que, em vez de abaterem-na, elevavam-na.

Perdoando sempre por cima de suas lágrimas, qual ensinou Jesus, trazia em si um grande sentido maternal e, como não lhe foi dado o direito da maternidade, adotou seis meninas.

Carlos (o esposo) estava na Itália quando Dolores adoeceu. A pneumonia a atacara de forma violenta. Antonieta Bastos foi visitá-la com José e Faustino e, vendo seu estado dispneico e de real abatimento, providenciaram o internamento no Hospital Português. Inúteis foram, porém, os esforços médicos. Poucos dias depois, quatro ou cinco dias, em 27 de agosto de 1959, partiu de volta à Pátria Espiritual. Era 1h40 min. E, como disse Mara, em sua crônica, Partiu-se o Guizo de Cristal. Nilza foi avisar, imediatamente, Antonieta e Maria Alice. Levaram o corpo para a Casa de Tia Sara − sede da LBV − e de lá partiu, com grande acompanhamento, para o Campo Santo.

Numa carta escrita a Maria Alice, Francisco Cândido Xavier narra o seguinte: Maria Dolores lhe aparecera no dia 29 de março de 1964, bela e remoçada. As lágrimas vieram-me aos olhos, de vê-la tão claramente junto a mim. Que emoção!

Dolores era alva, de cabelos e olhos pretos, alegre e brincalhona, de estatura mediana e robusta de físico. Desencarnara aos 59 anos, mas a sua lira continuou vibrando em benefício do amor, da caridade e do perdão, o seu hino ao Senhor, não diferente dos hinos que tocava e cantava cheia da alegria de servir.

Perguntaram a Chico Xavier qual o primeiro poema que Maria Dolores escreveu por seu intermédio, e ele disse ser o belíssimo Anseio de Amor, inserido nas páginas deAntologia da Espiritualidade.

Desde então, ela nos envia, antes pelas mãos abençoadas do médium mineiro e ainda por intermédio de Divaldo Franco, suas páginas normalmente em forma de poesia e rimas, sendo muito comum enviar as tradicionais mensagens das mães e do Natal, por ocasião dessas comemorações.

Maria Dolores, a poetisa que ressurgiu pelas mãos abnegadas de Francisco Cândido Xavier, quando encarnada quase sempre engavetava os seus poemas. Em seu livroCiranda da Vida ela diz o porquê: O pavor à crítica, cujos apupos são uma das formas mais comuns em que se extravasa a vaidade humana, tem-me feito recuar ante a possibilidade de publicar os meus versos simplórios e passadistas. E, por isso, foi-se a mocidade, chegou a velhice, e eles continuam a entulhar o fundo de velha gaveta. Nunca tive jeito para versejá-lo moderno, atualizado até por alguns poetas da velha guarda. Nem mesmo cheguei a tentá-lo. Agora, porém, com a reforma espiritual que traçou um novo caminho para este meu fim de vida, sinto-me disposta e capaz de enfrentar a crítica, porque este livro se destina, com sua venda, a oferecer pequena ajuda a algumas instituições de caridade. Despretensiosa a minha atitude. Mas sincera. Bem intencionada.

Não tardou, porém, e a poetisa reaparece com seu iniludível estilo depois de uma existência inteira consagrada ao próximo, compondo, sobretudo para os leitores espíritas, os mais belos poemas de encorajamento e reconhecimento da excelsitude de Jesus.

Fonte: http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/biografias/mariadolores.html







ESTAMOS DE VOLTA!

Olá amigo de ideal espírita, depois de um período, retornamos com nosso estudo de livros espíritas. Agora em novo formato e muito mais inter...