sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Nas Fronteiras da Loucura - Quarta Parte

Nas Fronteiras da Loucura

Quarta Parte

Reunião: 31/01/2018


16. CONSIDERAÇÕES SOBRE SESSÕES MEDIÚNICAS

Neste capítulo observaremos:

-Preparação para a morte

-Valorização da vida

-Comunhão de pensamentos

-Reforma íntima do trabalhador espírita

 No final do dia a equipe de atendimento junto com Dr. Bezerra foram até a enfermaria onde estavam Fábio e o seu amigo, recuperando-se através da terapia do sono.
Os recém desencarnados estavam agitados e experimentavam enormes dores.

Bezerra esclarece que as sensações são provenientes do momento do sepultamento, onde as famílias não aceitam a separação dos entes queridos e os chamam desesperadamente, inconformados, transformando esses sentimentos em “agentes mentais dilaceradores”, que os alcançam. Eles ouvem as rogativas, porém não compreendem o que está acontecendo e também não tem preparo para lidar com a situação.
Primeiro Bezerra aplicou uma carga energética anestesiante em Fábio, que prontamente acalmou-se; fez o mesmo com seu amigo, que chorava em profunda perturbação.

E elucidou:

“Este é um dos instantes mais difíceis para o recém desencarnado que perdeu o corpo, sem dele libertar-se. Há, como é natural, em casos desta e de ordem semelhante, um apego aos despojos físicos muito acentuado. Demais, os vínculos familiares são fortes cadeias que amarram as criaturas umas às outras, nestas horas mais poderosos, quando se percebe a nulidade de qualquer recurso que atenue a angústia de uma separação, que muitos ainda supõe eternas.”

Dr. Bezerra nos informa que em tais situações, a morte se transforma em fator que pode deixar o indivíduo neurótico, psicótico e pode até conduzir a loucura ou ao suicídio.
Nos diz também que as religiões tradicionais não preparam os seus seguidores para a separação, desmistificando a morte como sendo um descanso eterno.

“Ao Espiritismo, com a sua estrutura ético-religiosa firmada no Evangelho de Jesus, cabe a grandiosa tarefa de diluir das mentes o pavor da morte, educando os homens sobre a maneira de encará-la, ao mesmo tempo ensinando a VALORIZAÇÃO DA VIDA”

Então Bezerra começa a explicar a importância do intercâmbio mediúnico como função consoladora, aliviando as saudades e dores dos que ficaram, mas também dos que partiram para o plano espiritual; “ensinando pela dor a correta vivência do amor.”
As comunicações poderão ser feitas através da psicografia, da psicofonia, nas materializações ou até mesmo nas fortes induções mentais de caráter intuitivo.

“Escola de bênçãos superiores, a sessão de intercambio é medicação para os Espíritos de ambos os lados da vida, estímulo e prova da sobrevivência, por cujo valiosos concursos assumem-se responsabilidades morais e coragem para vencer as vicissitudes do caminho de ascensão...”

Dr. Bezerra alerta que de tempos em tempos, surgem no próprio movimento espírita pessoas que levantam bandeiras para que se encerrem as práticas mediúnicas. Essas pessoas sofrem influencias negativas de entidades perversas que querem acabar com os trabalhos de mediunidade digna, mas acabam sendo desmascaradas.
Ainda se recorda que Jesus no Monte Tabor, acompanhado dos discípulos, se transfigurou e, parlamentou sobre questões de alta relevância, com Moises e Elias materializados.

Atendeu o obsessor que atormentava o jovem convulsionado e, com a Sua autoridade expulsou o obsessor e liberou o paciente.
“Ali se realizara uma perfeita fluidoterapia com o obsesso, socorro ao obsessor e um intercâmbio superior com os lideres israelitas desencarnados, qual ocorre nos trabalhos espíritas práticos, sob os rígidos códigos da moral evangélica.”

Então se Jesus utilizava-se do intercambio espiritual para auxiliar encarnados e desencarnados, porque os médiuns não poderiam?
Os grupos antimediunistas alegam excesso de animismo, exagero no mediunismo, que esse período de manifestações está superado, outros até dizem que a mediunidade é prejudicial à saúde mental e emocional.

Bezerra nos diz que esses grupos estão equivocados, o animismo existe, mas cabe ao estudioso da Doutrina Espírita, ao invés de coibi-lo, educa-lo através do estudo disciplinado e criterioso, tal qual nos recomenda Allan Kardec em O Livro dos Médiuns.
O intercambio mediúnico é tão valioso para os encarnados quanto para os desencarnados.

“Os chamados excessos mediúnicos não são da responsabilidade das sessões, senão da desinformação dos experimentadores e pessoas que se aventuram nas suas realizações desarmadas do conhecimento doutrinário e da vivência das suas execuções.”

Dr. Bezerra ainda nos informa da importância do estudo de O Livro dos Médiuns para os trabalhadores da mediunidade, mas que ainda é pouco conhecido até pelos que estudam com carinho e afinco a Doutrina Espírita.

“Nunca estarão ultrapassadas as realizações mediúnicas de proveito incontestável, além do poder que exercem para fazer novos adeptos que então passam a interessar-se pelo estudo da Doutrina e seu aprofundamento.”

Bezerra ainda nos diz que o despreparo dos indivíduos que faz com que o trabalho não saia de acordo com o que se esperava, há necessidade do conhecimento, da preparação doutrinária e das condições morais do trabalhador, que são fatores predominantes para um bom resultado das sessões.

“Conforme as coordenadas mentais que defluem da vivência moral de seus membros – como ocorre em qualquer atividade – estarão presentes Entidades equivalentes, oferecendo o que se merece e não o que se deseja. Indispensável, portanto, que o conhecimento, a cultura doutrinaria tenham como suporte o ESFORÇO MORAL do aprendiz, a fim se situar-se em clima de paz e privar de convivências superiores.”

Não podemos ter medo nem vergonha de sermos Espíritas, ao contrário devemos nos elevar moralmente e intelectualmente para aprendermos as verdades divinas, mas principalmente aplica-las na vida em sociedade.
Devemos respeitar todos, em seus graus evolutivos, mas devemos valorizar os trabalhadores anônimos da mediunidade, que trabalham os prol dos desencarnados pelo sacrifício, abnegação e fidelidade, que se dedicam a consolação e caridade que flui e reflui das sessões mediúnicas sérias: de curas, de fluidoterapia, de desobsessão, de desenvolvimento ou de educação da mediunidade, de materialização com objetivos sérios e superiores, favorecendo o exercício de várias faculdades mediúnicas para a edificação e vivencia do bem.

Esses trabalhadores laboram na construção do Mundo Novo de amanhã...
Fábio e seu amigo permaneciam calmos.

Bezerra informa que a irmã Ruth está ao lado dos familiares para acalmá-los. No momento do desdobramento do sono físico todos se encontrarão.

“Tudo volverá à normalidade, enquanto amanhã é dia novo de realizações, que surgirá para todos nós.”
Resumo elaborado por Maria Fernanda Ribeiro. Favor manter o crédito.

17 – APONTAMENTOS NECESSÁRIOS

O último dia de carnaval foi marcado por excessos de toda natureza. No ar uma psicosfera tóxica e alucinada. A festa dos sentidos físicos tomava conta das criaturas. Esqueciam-se dos escrúpulos, confundindo-se em uma linha comum de alienação.
Grupos de trabalhadores espirituais atentos esmeravam-se nos cuidados aos encarnados imprevidentes, como se fossem crianças inexperientes em situações difíceis.

Miranda foi convidado para participar de uma reunião mediúnica. Tratava-se de uma reunião de socorro aos desencarnados, incluindo consolação a algumas pessoas aflitas pela perda de familiares queridos.
Para Miranda aquele seria uma reunião extraordinária, considerando que era dia de carnaval.
Irmão Genésio, disse que estava surgindo uma corrente inovadora, com as quais não concordavam, visto que alguns irmãos encarnados preferiam fechar as portas da casa espírita nos primeiros meses do ano, sob a alegação de férias coletivas, o que não fazia sentido, já que o trabalho tinha primazia, conforme citação de Jesus:

“Meu Pai trabalha até hoje e eu também”.

Irmão Genésio, reconhece a necessidade do repouso, sendo normal que alguns companheiros, por motivos óbvios, procurem o refazimento em férias e recreações mas haverá sempre companheiros dispostos a permanecer, prosseguindo e sustentando algumas atividades na Casa Espírita. Ajudando e esclarecendo.
Um outro grupo, diz ser imprescindível que a casa espírita não abra nos dias de carnaval devido a vibrações negativas.

A Instituição Espírita que se baseia e se sustenta na doutrina, tem estruturas de defesa em ambos os lados da vida. Depois, cumpre aos dirigentes maior vigilância, impedindo a intromissão de desordeiros ou doentes sem condição de ali permanecer.

“Acautelar-se, em exagero, do mal é duvidar da ação do bem”.

Finalizando o assunto, Genésio contou o caso de um abnegado servidor que foi se queixar ao seu Mentor sobre as lutas que vinha travando, através de familiares exigentes, amigos ingratos e etc. Após listar os vários impedimentos, pediu ao benfeitor que o orientasse na melhor maneira de proceder.
O benfeitor então contou que um anjo preparava seu pupilo para vir a terra. Primeiro deu a ele uma guarda-chuva, tempos depois, galochas, mais tarde um chapéu e uma capa impermeável sem lhe dar maiores explicações.

Certo dia começou a chover torrencialmente e o pupilo gritou: Chove! Que faço? O Anjo respondeu: Use o material que lhe dei... Você tem recebido a luz e o discernimento do Evangelho e o apoio do mundo espiritual, não como prêmio à inutilidade, senão como recurso de alto valor para os momentos difíceis que sempre chegam... Use esses tesouros ocultos que vem guardando e não tema.
Genésio então concluiu: O médico não teme o contágio do enfermo, porque sabe defender-se.... O espírita consciente, que não usa argumentos desculpistas, sabe enfrentar vibrações de teor baixo, armado do escudo da caridade e da prece, partindo para o serviço que se faz necessário, onde dele precisam.

Por volta das 19:30 horas dirigiram-se os três à Casa Espírita. O Edifício dividia-se em várias dependências. Uma parte era dedicada a meninas carentes. Respirava-se alegria infantil sem exageros. Tudo era simples, agradável e ordeiro.
Espíritos amigos os saudaram, informando que tudo transcorria em ordem.
Foram conduzidos para uma sala que havia sido preparada com antecedência pelos espíritos amigos que já se encontravam no ambiente.

Participantes desencarnados seriam trazidos para que fosse feita a sincronia fluídica dos mesmos com os médiuns.
Havia dois jovens recém-desencarnados e um cavalheiro ansioso, que tentavam o intercâmbio com os familiares. Sentindo a presença dos entes queridos, choravam, enquanto recordações surgiam em formas idioplasmáticas, retratando as cenas vividas.

Genésio percebendo meu interesse, explicou que os dois haviam sido vítimas de acidente. Um de carro e outro de moto. Já o cavalheiro teve morte natural. O que não os tornava diferentes.
Todos estavam ansiosos pelo encontro, a fim de poderem repousar.

A mente da família, fixada neles, os fazia reviver as lembranças que gostariam de esquecer.
A recordação do instante da morte era sustentada pelos familiares, obrigando-os a reviver o que poderia ter sido amortecido em suas memorias.

Desta forma, este intercâmbio faria com que os familiares, além de serem confortados, teriam ciência da sobrevivência da alma, através de fatos que os identificariam com segurança, permitindo que eles remorram (significa morrer de novo, conforme explicação do Irmão Genésio).

Genésio diz que, a morte do corpo não desobriga o Espírito de permanecer atado ao mesmo. As impressões que se demoram, como no caso das partidas mais violentas para o mundo espiritual, aturdem o ser espiritual que oscilam entre as duas situações vibratórias, a anterior e a atual, sem fixar-se numa ou noutra.
Chamados pelos entes queridos, condensam fluidos que deveriam diluir-se.

Terminando o atendimento e estando os familiares reconfortados, os elos se romperão e finalmente eles poderão repousar, num sono de morte com fins terapêuticos.
Os familiares sempre desejam que seus afetos estejam bem, fruindo de felicidades e paz a que nem sempre fazem jus. As mensagens seriam necessariamente controladas a fim de evitar lamentações injustificáveis como informações inoportunas.

As comunicações se fazem sob o amparo dos instrutores para que haja um clima de paz. Nem sempre poderão escrever com larga lucidez, mas os destinatários não se darão conta. O importante são as noticiais tranquilizadoras e o conteúdo imortalista de que se farão objeto.
Demais, para uma comunicação psicofônica ou psicográfica consciente exige-se prática e conhecimento da aparelharem mediúnica que vai ser utilizada. Nem todos, predisposto para o trabalho mediúnico, possuem as condições exigíveis, havendo, desse modo, soluções próprias, que resolvem a dificuldade.
Resumo elaborado por Francisca Passos. Favor manter o crédito.

18. CORRESPONDÊNCIAS DO ALÉM 

Após a instrução psicofônica do Orientador, iniciaram-se as comunicações através de abnegado médium. Como nada ocorre nem se repete igual, cada ser desperta “post-mortem” com características que lhes são próprias. Em reuniões mediúnicas sérias, médiuns e doutrinadores irradiam luzes que diferem na cor e no tom, em sintonia com as Entidades que se fazem presentes. Na supervisão dos trabalhos, o Mentor ajudava àqueles com maior dificuldade de comunicação, facilitando grandemente a delicada operação; ao mesmo tempo, evitava discussões inoportunas, transmitindo vibrações de amor.
Algumas Entidades mais rebeldes eram hipnotizadas; por sua vez, induções hipnóticas do doutrinador porque carregadas de energia faziam-se portadoras do mais alto teor vibratório, atingindo os Espíritos, que, de imediato, cediam ao sono reparador, sendo transferidos para os leitos já reservados, para outras providencias necessárias. Nesse passo, o Irmão Genésio faz o convite para que acompanhássemos o trabalho do médium Jonas, trabalho esse que merecia destaque; o corpo dele, em transe profundo, era manipulado pelos Mensageiros Superiores.

Após ligeira conversa com ele, nesse interim o Mentor nos trouxe um jovem que se acidentara com moto, em deplorável estado psíquico. Antes de ali chegar, já fora atendido previamente por abnegada tia desencarnada, também presente, que já o fizera saber do novo estado em que se encontrava. Na sua confusão mental, pretendia escrever uma carta familiar, o que foi possível graças a ajuda do Diretor, contornando certa dificuldade pela falta de treino do próprio missivista; o Mentor, por sua vez, cuidava de filtrar as palavras e os pensamentos, dando-lhes a forma necessária, fazendo com que a emotividade do comunicante fosse canalizada para oferecer aos pais esperanças, e diminuindo o impacto da morte nesse momento difícil para os familiares. O ato culminante, o da assinatura ao final, foi conseguido com êxito.
Ato continuo, acercou-se outro jovem que perecera num acidente automobilístico; o Espírito encarnado que o atendia, cuidava de escrever com independência mental uma nova carta aos familiares dentro do estilo do próprio comunicante.

Diante do assombro dos presentes, o Diretor esclareceu: “A grande sensibilidade do médium poderia sofrer graves danos se ficasse sob a indução fluídica do comunicante, que, face ao perturbador estado em que se encontrava, prejudicaria a organização mediúnica e a saúde do cooperador humano. O caro Jonas atua comandando o corpo com muita facilidade como se fora um desencarnado e a comunicação é fiel, até sob o ditado de pessoa analfabeta.”
Apesar da dificuldade compreensível, o instante da assinatura evidenciou a autenticidade da caligrafia. Dr. Bezerra cuidou de ajudar a escrita da terceira página, face a diluição das energias do comunicante.

Uma coisa ficou evidenciada nesses trabalhos: - nada na Obra Divina se perde e vários são auxiliados nessas ações socorristas, pois a cada um segundo os seus atos.
O horário chega ao fim e após as instruções finais, o Mentor, às 21:30 encerrou os trabalhos; as luzes foram acesas, as páginas psicografadas foram lidas sob emoção geral e hinos íntimos de gratidão a Deus. Algum tempo depois, todos voltaram ao Posto Central.

Lá fora, prosseguia a alucinação carnavalesca...
Resumo elaborado por Adilson Ferreira. Favor manter o crédito.
19 – CONVITE AO OTIMISMO

A Terra possui ao seu redor faixas vibratórias concêntricas, sendo a mais interna condensada e a mais externa sutil. Elas são vitalizadas pelas ondas mentais dos habitantes do planeta, assim como são permeáveis a força psíquica mais sutil.
Por sintonia, os desencarnados ligavam-se àqueles que são afins moralmente.

A faixa mais condensada é densamente povoada, aonde a dor e o sofrimento predominam. Essa população que vive em estado de erraticidade inferior, é levada para lugares ermos, cavernas e pântanos do planeta, onde estão os culpados e os tombados pelos seus algozes desencarnados, que os exploram em colônias construídas e governadas por verdadeiros gênios do mal.
Nessas colônias, a crueldade predomina e a justiça é realizada pelo governante de forma perversa. Nesses locais são programados atentados contra os homens, atividades para o extinção do bem e a instalação dos impiedosos senhores absolutos do planeta. Lutam contra os Emissários da Luz, que penetram nessas regiões para tarefas libertadoras, demonstrando-lhes a fragilidade do grupo.

Eles são instrumentos da Justiça Divina que a todos alcançam, conforme a necessidade de cada um.
Os operários da caridade trabalham nesses densas regiões de sofrimentos que aprisionam inumeráveis desencarnados, que passam por momentos ou séculos nessas regiões purgatórias, até serem libertados e conduzidos para outros planos vibratórios.

Nessas regiões existem postos de socorro cristão, núcleos de apoio, centros de atendimento, todos sustentados por abnegados agentes do bem. Estes, sofrem pela ação da carga fluídica que sustenta essas regiões. São cireneus, que se sacrificam e renunciam pelo bem ao próximo. Muitos têm títulos de enobrecimento que permitiriam ir para campos mais elevados e pacíficos, porém preferem ficar aonde a dor predomina, mesmo que tenham que provar dela.
 Nessa última noite de carnaval, era possível perceber a densa e larga (alguns quilômetros) de faixa vibratória envolvendo a cidade. Essa faixa era formada pelas vibrações da mente enlouquecida dos que participavam da festa. Além dessa concentração mental, havia a influência dos desencarnados que bloqueavam os centros da razão e estimulavam a ânsia pelo prazer daquela multidão enlouquecida.

Apesar de milhões de pessoas estarem envolvidas nesse faixa vibratória, outras, mais amadurecidas, utilizavam o feriado para estudos, meditação, lazer e renovação espiritual. Há um progresso moral evidente, as atividades que permitem a evolução do ser humano tem aumentado, o preconceito tem diminuído, os direitos respeitados, as classes sociais menos favorecidas já não são desprezadas, as leis são mais benignas, entre outros avanços.
 O que ainda observamos, são resquícios do nosso passado que não foi ainda superado, apesar da força magnética de Jesus nos puxar em direção ao luz.

Da mesma forma, que aqueles que socorrem, ontem estavam mergulhos na ilusão, chegará o dia em que os irmãos encarnados estarão do mesmo lado, marchando juntos em direção a evolução.

" O nosso mestre foi o mensageiro da alegria, da esperança e da paz. Todo o evangelho é um hino de eloquente beleza à vida. Nos Seus passos, ficaram sementes que ora enflorescem o mundo, modificando a árida paisagem que Ele encontrou. Mesmo a tragédia do Gólgota, assinalada pelas Suas dores, é o prenúncio da madrugada da ressurreição em plenitude de luz e felicidade. "

Estamos no momento de transição moral do planeta. Desta forma, todos esses espíritos presentes nestas faixas inferiores, ainda ligados aos instintos agressivos, vem reencarnado em massa, para ter a oportunidade de escolher entre a liberdade ou o exílio.
Deus oferecem oportunidades iguais a todos. O serviço permitirá o crescimento e as aflições de que são portadores permitirão a desenvolveram responsabilidades.

Para ajudar, temos inumeráveis colônias de amor, de criação recente, próximas à Terra, derivadas da renúncia de apóstolos do bem, que por caridade permaneceram aqui para iluminar a noite interior dos homens de ambas as esferas da vida.
Na crosta, surgem novos postos de atendimento e em vários lares, a luz tem moradia, devido ao evangelho no lar.

O grupo se deslocou em direção ao hospital, para visitar Noemi.

Resumo elaborado por Débora Loures. Favor manter o crédito. 

20 – CAUSAS ANTERIORES DOS SOFRIMENTOS

Na UTI o irmão Arthur assistia o despertar da filha que adormecera devido à medicação e à hemorragia. Aos poucos as lembranças retornavam, acompanhadas da dor física. Sem o perseguidor espiritual a sensação de bem estar durou pouco, pois ela se deixou impregnar pela mágoa, lamentando não ter morrido. A angústia a dominou, seguida de revolta e inquietação. O benfeitor sugeriu ao irmão Arthur que inspirasse o médico a retornar ao leito de Noemi que chorava de forma exagerada só parando com sedativos que foram misturados ao soro. O genitor envolveu a filha em ondas calmantes para adormecer, liberando o espírito que continuava em agitação ruminando vingança.
 O diretor explicou que isso era esperado já que aquele espírito era comprometido e imaturo. A mágoa causa desarticulação dos equipamentos do sistema nervoso central, interrompendo o ritmo das respostas.

“A precipitação, que é irmã da revolta, responde por muitos males que poderiam ser evitados...”

“Por isso, cada qual elege e constrói o paraíso ou o inferno que prefere, no íntimo, passando a vivê-lo na esfera das realidades em que transita.”

O amoroso Guia chamando o espírito de Noemi à responsabilidade, o acalmou como que despertando de um pesadelo para encontrar seu pai Arthur. Comovida diante de Arthur, Noemi chorava esquecendo a ira e os planos de vingança, apenas a dor foi ao encontro do carinho paterno. Quando recuperou a fala, Noemi questionou a justiça divina, sentindo-se vítima, porém seu pai mencionando a bondade infinita do criador, lembrou que o suicídio é atitude de rebeldia das mais vis, não sabendo dizer qual o espírito mais errado dos três.

“Agir corretamente, não nos credencia a louros nem prêmios extras,...” “O certo e iniludível é que ninguém sofre sem uma ponderável razão, nem pessoa alguma que delinque fugirá de ser recambiado à justiça que nela própria vige, sob a ação da inderrogável1 Justiça Divina.”

Para facilitar o entendimento da filha, o pai comparou a vida a um rio, com obstáculos, impedimentos, que são superados de modo a alcançar o oceano da paz. Explicou que as reencarnações nos levam ao trabalho contínuo para que aprendamos a tomar as decisões corretas, superando as dificuldades.
Arthur afirmou que convidou Bezerra de Menezes para auxiliá-la e agradece à Deus o socorro alcançado.  Ao apresentá-lo, Noemi se emociona com a irradiação do benfeitor julgando estar diante de um anjo de luz. Bezerra humildemente responde: “sou somente seu irmão...”

Sob seu tratamento, Noemi recorda uma de suas existências e a cena que vê se passa em outubro de 1832 em Porto, Portugal, onde ela, viúva com idade inferior a 40 anos, herdara propriedade e desfrutava de prestígio na comunidade. Ela se viu participando de reunião política, onde sugeriu o rapto de uma criança de 8 anos, filha de um considerado traidor miguelista.  Eram dias de luta entre liberais e absolutistas, liderados por D. Pedro IV (que abdicara no Brasil como D. Pedro I) e príncipe D. Miguel.
O raptor enfurecido com o choro da criança a enforcou. Sr. Manuel Trindade também desencarnou na ocasião, tornando-se perseguidor espiritual de Noemi na vida atual.

A criança cresceu em espírito, aguardando com a avó, a oportunidade que só agora alcançava.
Noemi na vida anterior era soberba e egoísta, além de tramar o rapto, havia seduzido o capataz das suas terras, atual Cândido, estimulando-o a assassinar a esposa, que na atual existência retorna ao seu convívio como Enalda.

Bezerra a convida a praticar o perdão incondicional e a irrestrita confiança em Deus. Sobre suas perguntas sobre o futuro, ele esclarece que o tio Agnaldo, irmão de Arthur, irá convidá-la para sua casa e ela deverá aceitar o convite, pois ele será um grande amigo capaz de ajudá-la a se refazer após a separação que deve ser amigável e discreta. Bezerra recomenda que ela não detalhe a traição infeliz.
Com ressentimentos, Noemi pergunta por Enalda e Cândido e Bezerra responde. “Cada um responde pelos seus atos.” Eles não ficarão indenes2 a reeducação.

A jovem recebeu assistência, também ministrada ao corpo por operação fluidoterápica até que um enfermeiro do posto central chegou para continuar o amparo à Noemi.

Resumo elaborado por Ana Cecília Santos. Favor manter o crédito.

1- inderrogável = que não pode ser anulado

2- indene= ileso, intacto, que não sofreu dano
Próxima reunião: 28/02/2018

ESTAMOS DE VOLTA!

Olá amigo de ideal espírita, depois de um período, retornamos com nosso estudo de livros espíritas. Agora em novo formato e muito mais inter...