terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Seminário: Paulo e Estevão por Haroldo Dutra Dias

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Ler e Estudar

“Muitos virão em meu nome dizendo: ‘eu sou o Cristo’,e enganarão a muitos.”
Jesus (Mateus, 24:5)

“Desconfiai dos falsos profetas.”
(ESE, XXI, Item 9)

Ler, sim, e ler sempre, mas saber o que lemos.
Isso é o mesmo que reconhecer o impositivo da alimentação física, na qual,
todas as criaturas de bom­senso, atendam à seleção necessária.
Ninguém adquire gêneros deteriorados para a formação dos pratos que
consome.
Pessoa alguma compra pastéis de lodo para serviço à mesa.
Estudar, sim, e estudar sempre, mas saber o que estudamos.
Isso é o mesmo que reconhecer o impositivo da instrução, na qual todas as
criaturas de bom­senso atendem ao critério preciso.
Ninguém adquire páginas dissolutas para fortalecer o caráter.
Pessoa alguma compra gravuras pornográficas para conhecer o alfabeto.
O homem filtra a água, efetua os prodígios da assepsia, imuniza produtos
do mercado popular e vacina­se contra moléstias contagiosas, no entanto, por mais
levante os princípios de controle da imprensa, encontra, a cada passo, reportagens
sanguinolentas e livros enfermiços, nos quais o vício e a criminalidade,
freqüentemente, comparecem disfarçados em belas palavras, semelhando cristais de
alto preço, carreando veneno.
Assevera o apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Tessalonicenses:
“examinai tudo e retende o bem.”
A sábia sentença, decerto, menciona tudo o que pode e deve ser geralmente
anotado, de vez que o meio microbiano, para efeitos científicos, se reserva ao exame
de técnicos que, aliás, o fazem, munidos de luva conveniente.
Leiamos e estudemos, sim, quanto nos seja possível, honrando o trabalho
dos escritores de pensamento limpo e nobre que nos restaurem as forças e nos
amparem a Vida, mas evitemos as páginas em que a loucura e a delinqüência se
estampam, muitas vezes, através de alucinações fraseológicas de superfície deleitosa
e brilhante, porquanto, buscar­lhes o convívio equivale a pagar corrosivo mental ou
perder tempo.

Fonte: "Livro da Esperança", Cap. 74, Pelo Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Candido Xavier

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Teresa de Lisieux


Tereza, como tão singelamente a chamamos é a mesma Terezinha de Lisieux, carmelita em sua última existência que, naturalmente, pertence à falange de Thereza D´Avilla, espírito de categoria superior que reúne sob sua tutela vários grupos de espíritos identificados com seus ideais de renovação e reeducação das almas sob a égide de Jesus.

Assim sendo, Terezinha de Lisieux é uma das tuteladas de Thereza D´Ávilla, cumprindo sob sua orientação uma missão de consolação e esperança junto aos encarnados em processo de regeneração, porquanto, "a importância das missões corresponde às capacidades e à elevação dos Espíritos", segundo nos ensina Kardec em "O Livro dos Espíritos" (questão 571).

Em 25 de dezembro de 1934, D. Pedrita funda a Instituição "Cabana de Antônio de Aquino". Nesta Instituição, surgiu a médium receitista e, talvez, a primeira médium pictógrafa de que se tem noticia, no Brasil: D. Dinorah Simas Enéas. Médium mecânica, os Espíritos levavam de dois a quatro minutos para pintar por suas mãos, em "crayon" ou a óleo.

Foram, assim, retratados, nas Reuniões Públicas, a figura iluminada de Antônio de Aquino e de centenas de outros Espíritos, formando uma galeria de quadros que, até hoje, podem ser admirados na Cabana de Antonio de Aquino.

Em uma tarde, D. Dinorah pintou a óleo o retrato de uma irmã de caridade, lindíssima, com um "bouquet" de rosas, e no rodapé foi escrito:

"Que as rosas do perdão do Céu se desfolhem em chuva sobre vossos corações. Pela graça de Deus, sou Teresa."

Nesse momento, diante dos que admiravam o belíssimo quadro, Icléia revelou pertencer ao grupo espiritual que se reunia em torno do Espírito Tereza, em tarefa dedicada à orientação de crianças e jovens.

Após essa revelação, sempre pela mesma médium, tiveram início as "Aulas de Teresa", sendo que Icléia, através da psicofonia, contava histórias de moral cristã para as crianças que se reuniam na Cabana.

Cremos, então, que Tereza, como tão singularmente a chamamos, é a mesma Teresinha de Lisieux, carmelita em sua última existência e, naturalmente, integrante da falange de Teresa d'Ávila, Espírito de categoria superior, que reúne, sob sua tutela, vários grupos de Espíritos identificados com seus ideais de renovação e reeducação das almas, sob a égide de Jesus.

Sendo assim, Icléia estaria ligada às tarefas dirigidas por Teresinha de Lisieux e esta às de Teresa d'Ávila, porquanto a "importância das missões corresponde às capacidades e à elevação do Espírito" segundo nos ensina Allan Kardec, em "O Livro dos Espíritos" (questão nº 571).

Em 1978, ocorreu um fato que veio, por assim dizer, confirmar a nossa suposição, já que, até então, os Espíritos nada nos haviam revelado que respondesse à pergunta que se fazia, e ainda se faz: Qual das duas é a patrona do nosso Lar: Teresa de Lisieux ou Teresa d'Ávila?

Eis o fato:

Uma pessoa residente em São Paulo telefonou-nos, pedindo - nos um S.O.S... Sua cunhada passara a registrar a presença de um Espírito muito brincalhão, mas que a assustava muito. Ela não sabia o que fazer. Nada conhecia de Espiritismo e tinha medo de buscar soluções equivocadas.

Nessa época, tínhamos relação de amizade com uma médium que, em Brooklin Novo, bairro da capital paulista, mantinha um Centro Espírita muito sério - o Centro Espírita Maria de Nazaré. Fomos, portanto, a São Paulo, para tentar orientar a jovem.

Em chegando com ela ao Centro Espírita, nossa amiga dirigente dos trabalhos nos recebeu meio apressadamente. Havíamos chegado com algum atraso e as tarefas já haviam se iniciado. Mostrou-nos a sala do atendimento fraterno, para onde a jovem foi encaminhada e, pedindo-nos desculpas, disse-nos:

"- Gostaria de mostrar a você a nossa Casa, mas só o farei quando terminarem as tarefas. Para que você não permaneça sozinha, vou encaminhá-la à nossa Cabine de Consultas".

"- O trabalho, disse-nos, desenvolve-se com um grupo de cinco médiuns dispostos em meio círculo. No primeiro dia de consulta, o paciente traz por escrito o seu nome, endereço e o relato das dificuldades que atravessa, entregando tais informações ao responsável pelo setor. Toma passes e se retira".

"-Na semana seguinte, ele volta e dá seu nome apenas. Senta-se, toma passes e, enquanto recebe esse benefício, os cinco médiuns, que só tomaram conhecimento do seu nome naquele momento, vão descrevendo tudo o que lhes é revelado através da vidência, com respeito ao seu problema."

Enquanto nos colocava a par desses procedimentos, ia nos conduzindo pela escada de acesso ao primeiro andar. Entramos numa pequena sala que tinha uma porta de comunicação com outra um pouco maior, onde já se encontravam instalados todos os médiuns videntes e as coordenadoras das tarefas.

Naturalmente, como visitantes, não poderíamos participar do círculo, por isso nossa amiga colocou-nos numa cadeira situada bem na porta de acesso, de modo que pudéssemos apenas assistir ao desenvolvimento das tarefas.

Permanecemos concentradas, em prece, tentando "não atrapalhar..."

O trabalho se processou de modo muito interessante, considerando, principalmente, que nunca assistíramos nada idêntico. Muitos pacientes, vindos de vários Estados, mostravam-se surpresos e emocionados com os resultados apresentados. Alguns choravam, agradeciam, falavam do alívio que sentiam com a orientação dada através desse interessante trabalho mediúnico.

Duas horas já se haviam passado, quando, tendo saído o último paciente, a coordenadora pediu que todos elevassem seus pensamentos a Jesus, para fazer a prece de encerramento.

Logo que a prece foi iniciada, uma das médiuns, que embora estivesse na sala onde se realizara o trabalho, tinha a sua cadeira mais próxima do local onde nos encontrávamos, começou a chorar tomada de uma incontrolável emoção.

Terminada a oração, essa médium se aproximou de nós e nos disse:

"- Minha senhora, perdoe-me as lágrimas, mas o que vi agora foi lindo demais. Não a conheço, mas gostaria que a senhora, inclusive, confirmasse o que me foi mostrado... Quando começamos a oração, vi como que se derramasse sobre o ambiente uma chuva de pétalas de rosas, todas em luz, e surgiu uma freira com vestes resplandecentes. Então, me disse, sorrindo, apontando para a senhora: - É ela quem dirige o meu Lar, no Rio..."

Nesse momento, como não podia deixar de ser, foi a nossa vez de chorar...

Brunilde

(Extraído do livro: SIGAMOS JUNTOS, de Brunilde Mendes do Espírito Santo - editado pelo Lar de Tereza)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Yvonne do Amaral Pereira



Nascida em Rio das Flores (RJ), Yvonne completaria 78 anos de idade no dia 24 de dezembro de 1984, ano em que faleceu. Sua desencarnação ocorreu em março.

Solteira, Yvonne residia com uma irmã e sobrinhos no bairro da Piedade, no Rio, após ter residido nas cidades mineiras de Lavras e Juiz de Fora, o que levou muitos confrades a pensarem que ela tivesse nascido em Minas Gerais, terra de grandes médiuns e vultos notáveis do Espiritismo, como Chico Xavier, Eurípedes Barsanulfo, Abel Gomes e tantos outros.

Entre os anos 1960 e 1980, Yvonne do Amaral Pereira teve artigos seus publicados na revista Reformador, sob o pseudônimo de Frederico Francisco, nome escolhido em homenagem ao compositor polonês F. F. Chopin, com quem ela certamente mantinha estreitos laços espirituais com origem no passado.

Yvonne apresentou como médium diversas aptidões mediúnicas, assunto a que ela se refere da seguinte forma:

Tipos de mediunidade − Como médium psicógrafa trabalhei a vida inteira, desde 1926 até 1980, como receitista, assistida por entidades de grande elevação, como Bezerra de Menezes, Bittencourt Sampaio, Augusto Silva, Charles, Roberto de Canalejas e outros cujos nomes nunca soube. Fui e até hoje sou médium conselheiro (ver O Livro dos Espíritos, classificação dos médiuns), psicoanalista e passista, assistida pelos mesmos Espíritos.

Como médium de incorporação, não fui da classe de sonambúlicos, mas falante (ver O Livro dos Médiuns) e tive especialidade para os casos de obsessão e suicidas, e um longo trabalho tenho exercido nesse setor.

Materializações − Fui igualmente médium de efeitos físicos (materializações) e cheguei a realizar algumas materializações à revelia da minha vontade, naturalmente, sem o desejar, durante sessões do gênero a que eu assistia, em plena assistência, isto é, sem cabina ou outra qualquer formalidade. Eram luminosas essas materializações. Mas não cheguei a me interessar por esse gênero de fenômeno, nunca o apreciei e não o cultivei, a conselho de Bezerra de Menezes e Charles, que não viam necessidade de me dedicar a tal setor da mediunidade.

Curas − Durante 54 anos e meio pratiquei curas espíritas através do receituário homeopata e passes e até através de preces. Consegui, muitas vezes, curas em obsidiados com certa facilidade, coadjuvada por companheiros afins. Senti sempre um grande amor pelos Espíritos obsessores e sempre os tive como amigos. Fui correspondida por eles e nunca me prejudicaram.

Burocracias como obstáculo à prática do bem − Conservei-me sempre espírita e médium muito independente, jamais consenti que a direção dos núcleos onde trabalhei bitolasse e burocratizasse as minhas faculdades mediúnicas.

Consagrei-as aos serviços de Jesus e apenas obedecia, irrestritamente, à Igreja do Alto, e com ela exercia a caridade em qualquer dia e hora em que fosse procurada pelos sofredores. Para isso, aprofundei-me no estudo severo da doutrina, a fim de conhecer o terreno em que caminhava e conservar com razão a minha independência. No entanto, observei a rigor o critério e os horários fixados pelos poucos centros onde servi, mas jamais me submeti à burocracia mantida por alguns. Se não me permitiam atender necessitados no Centro, por isso ou por aquilo, em determinados dias, eu os atendia em qualquer outra parte, fosse em minha residência ou na deles, e assim consegui curas significativas, pois aprendi com o Evangelho e a Doutrina Espírita que não há hora nem dia para se exercer o bem.

As curas que consegui foram realizadas com simplicidade, sem formalismo nem inovações na prática espírita. Fui sempre avessa à propaganda dos meus próprios trabalhos e jamais aceitei as homenagens que me quiseram prestar.

Federação Espírita Brasileira − Amei e respeitei a Casa-Máter do Espiritismo no Brasil desde a minha infância, guiada por meu pai, que igualmente a amava e respeitava. A ela submeti-me mais tarde, aconselhada por meus amados Guias Espirituais Bezerra de Menezes e Charles.

Diziam-se as duas entidades: ‘Somente à Federação Espírita Brasileira confia as tuas produções literárias mediúnicas. Se, um dia, alguma delas for rejeitada, submete-te: Guarda-a, a fim de refazê-la mais tarde, ou destrua-a. Mas, não a confies a outrem.’

Essa foi a razão pela qual nunca doei nenhum livro por mim recebido às editoras que me solicitaram publicações.

No texto que segue, Yvonne A. Pereira fala de sua infância, de seus pais e do surgimento do fenômeno mediúnico em sua vida e informa que, ao contrário do que muitos pensam, não chegou a formar-se professora:

Descendência − Nasci a 24 de dezembro de 1906, após um baile na residência de minha avó materna, num sítio nos arredores do Rio de Janeiro, hoje cidade de Rio das Flores.

Por linha paterna, certamente que descendo de judeus portugueses... e também descendo de índios brasileiros da tribo Goitacás, pois que minha bisavó paterna era Índia Goitacás.

Influência dos pais − Meu pai era generoso de coração, muito desinteressado dos bens de fortuna, e por essa razão não pôde ser bom negociante. Por três vezes foi negociante e arruinou-se, visto que favorecia os fregueses em prejuízo próprio.

Fui criada com muita modéstia, mesmo pobreza, conheci dificuldades de todo gênero, coisa que me beneficiou muito, pois bem cedo alheei-me das vaidades do mundo.

Aprendi assim, com meus pais, a servir o próximo mais necessitado do que nós, pois, em nossa casa, eram acolhidas com carinho e respeito, e até hospedadas, pobres criaturas destituídas de recursos e até mesmo mendigos, alguns dos quais foram por eles sustentados durante muito tempo.

Influência religiosa − Nasci em ambiente espírita, por assim dizer, e por isso nunca tive outra crença senão a espírita. Meu pai tornou-se espírita, embora não militante, desde antes do meu nascimento.

Recebi, portanto, de meu próprio pai as primeiras lições de doutrina espírita e prática do Espiritismo e Evangelho.

Ele fazia, já naquele tempo, reuniões de estudos doutrinários com os filhos, semanalmente, o que a todos nós solidificou na Doutrina Espírita.

Escolaridade − Ao contrário do que muitos amigos supuseram a meu respeito, não sou professora diplomada nem fiz outro qualquer curso escolar, a não ser o primário, fato que, para mim, constituiu grande provação.

Surgimento da mediunidade − A mediunidade apresentou-se em minha vida ainda na infância.

Com um mês de idade, ia sendo enterrada viva devido a um fenômeno de catalepsia, 'morte aparente', que sofri, fenômeno que no decorrer de minha existência repetiu-se muitas vezes.

Aos 5 anos eu já via Espíritos e com eles falava.

Desenvolvimento mediúnico − Nunca desenvolvi a mediunidade, ela apresentou-se por si mesma, naturalmente, sem que eu me preocupasse em atraí-la, pois, em verdade, não há necessidade de se desenvolver a faculdade mediúnica, ela se apresentará sozinha, se realmente existir, e se formos dedicados às operosidades espíritas.

A primeira vez em que me sentei a uma mesa de sessão prática recebi uma comunicação do Espírito Roberto de Canalejas, tratando de suicídios.

Decepção no primeiro encontro com a FEB

O primeiro encontro de Yvonne A. Pereira com a cúpula da Federação Espírita Brasileira não poderia ter sido mais decepcionante.

Eis como Yvonne se refere ao assunto:

A primeira vez que visitei a FEB, levando uma obra mediúnica, esta não foi recebida, nem mesmo lida. Foi pelo ano de 1944, e quem me recebeu, no topo da escadaria principal, foi o Sr. Manuel Quintão, na época um dos seus diretores e examinadores das obras literárias a ela confiadas.

Quando expliquei que levava dois livros ao exame da Federação (eram eles Memórias de um Suicida e Amor e Ódio), aquele senhor cortou-me a palavra, dizendo: −Não, não e não! Aqui só entram livros mediúnicos de Chico Xavier. Estou muito ocupado, tenho duzentos livros para examinar e traduzir e não disponho de tempo para mais...

E voltou a conversar com o Dr. Carlos Imbassahy, com quem falava à minha chegada.

Retirei-me sem me agastar. Eu reconhecia a minha incapacidade e não insisti. Aliás, eu mesma não soubera compreender o enredo de 'Memórias de um Suicida', acreditava tratar-se de uma grande mistificação e, silenciei.

Em chegando à minha residência, tomei de uma caixa de fósforos e dos originais dos dois livros e dirigi-me ao quintal, a fim de queimá-los, pois nem mesmo tinha local conveniente para guardá-los. Mas, ao riscar o fósforo e aproximar as páginas da chama, vi, de súbito, o braço e a mão de um homem, transparentes e levemente azulados, estendidos como protegendo as páginas, e uma voz assustada, dizendo-me ao ouvido: ‘ − Espera! Guarda-os!’ Meu coração reconheceu-a como sendo vibrações de Bezerra de Menezes.

Certa manhã, porém, após as preces e o receituário que eu fazia em meu humilde domicílio, para os necessitados que me procuravam, apresentou-se Léon Denis dizendo: − Vamos refazer o livro sobre o suicídio. Ele está incompleto, não poderá ser publicado como está.

Então, compreendi que o Sr. Quintão fora inspirado pelos amigos espirituais para não me receber quando o procurei na Federação.

De fato, foi somente no ano de 1955 que Yvonne pôde concluir a obra de Camilo Castelo Branco, então corrigida doutrinariamente por Léon Denis e legar à humanidade essa preciosidade literária mediúnica intitulada Memórias de um Suicida, que acabou sendo publicada pela FEB.

A desencarnação de Yvonne

Yvonne A. Pereira desencarnou em 9 de março de 1984, no Rio de Janeiro, aos 77 anos de idade. O sepultamento do seu corpo foi realizado no dia 10, às 16h30, no Cemitério de Inhaúma, com acompanhamento de familiares e confrades, dentre os quais havia muitos jornalistas e escritores espíritas e dirigentes de Centros Espíritas, doInstituto de Cultura Espírita do Brasil e da Federação Espírita Brasileira.

Yvonne dedicou-se à mediunidade desde os 20 anos de idade, psicografando inúmeros livros e mensagens de Espíritos como Dr. Bezerra de Menezes, Bittencourt Sampaio, Augusto Elias da Silva, Charles, Roberto de Canalejas, Léon Tolstoi, Camilo Castelo Branco e outros.

Dentre as obras que psicografou destacam-se o clássico Memórias de um Suicida, obra escrita por Camilo Castelo Branco, e o romance Amor e Ódio, de Charles, que é, juntamente com Ave, Cristo, de Emmanuel, considerado por muitos estudiosos o melhor romance espírita já produzido em nosso País.

Foi em Lavras (MG) que ela exerceu sua primeira atividade de grande responsabilidade no meio espírita, quando, ainda muito jovem, pertenceu à diretoria do Centro Espírita de Lavras, como secretária. Ali ela dirigiu o Posto Mediúnico e foi durante vários anos a médium responsável pelo intercâmbio espiritual no setor de receituário e de curas.

Em Juiz de Fora (MG), foi secretária, bibliotecária e vice-presidente da Casa Espírita, além de colaboradora na Fundação João de Freitas. Na Casa Espírita fundou aBiblioteca James Jansen e ensinou trabalhos manuais no Instituto Profissional Eugênia Braga, gratuitamente.

Em Barra do Piraí (RJ), participou ativamente do Grêmio Espírita de Beneficência, como médium receitista e expositora de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho segundo o Espiritismo. Na mesma época, ensinou moral cristã às crianças no Colégio Ismael e integrou o grupo de senhoras que cuidavam da área de assistência social doGrêmio Espírita de Beneficência.

Fonte: http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/biografias/yvonne.html

ESTAMOS DE VOLTA!

Olá amigo de ideal espírita, depois de um período, retornamos com nosso estudo de livros espíritas. Agora em novo formato e muito mais inter...