segunda-feira, 19 de setembro de 2022

ESTAMOS DE VOLTA!

Olá amigo de ideal espírita, depois de um período, retornamos com nosso estudo de livros espíritas. Agora em novo formato e muito mais interativo, afinal nesses 4 anos a tecnologia nos trouxe novas oportunidades de interação.

A partir do dia 28 de setembro, iniciaremos o estudo do livro Psiquiatria Iluminada, abordando várias questões atuais que norteiam nossa rotina diária!


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https://youtu.be/OqYAQOUVZwU

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Dica de Leitura: O Semeador de Estrelas

O Clube do Livro Espírita, indica esse maravilhoso livro de Suely Caldas Schubert, que fala sobre a trajetória do palestrante e médium Divaldo Pereira Franco.

"O programa de Divaldo para a existência atual, iniciou-se na Espiritualidade, dando prosseguimento a tarefas específicas por ele exercidas em antecedente reencarnação, já no exercício da mediunidade. Comprometeu-se ele, por certo, a ser um semeador de Jesus. A semear o Evangelho a todas as gentes, tanto quanto lhe fosse possível e por todos os meios ao seu alcance. Mas, semear a Boa Nova em sua feição de Consolador, de Cristianismo puro que a Doutrina veio revivescer."

Esse livro é indicado aos estudiosos da Doutrina Espírita que desejam aprender mais sobre a mediunidade e renovação moral. 

Nós desejamos uma boa leitura!!!!

sábado, 12 de janeiro de 2019

Dica de Leitura: Liberta-te, alma irmã!




Querido irmão de ideal espírita, indicamos esse livro abençoado, que nos oferece mensagens para nos libertarmos das sombras... Nós recomendamos, é nossa leitura diária, ao acordar e antes de dormir!

"Alma irmã, este livro é teu! Toma-o em tuas mãos a cada amanhecer, por dois minutos apenas, entre uma e outra lágrima, lê uma só frase e ela será a chave de tua libertação, libertando -te das sombras que ameaçam o teu direito de ser feliz (...)"
Brunilde Mendes do Espírito Santo

Mensagens do Espírito Icléia e Médium Brunilde Mendes

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Sexo e Obsessão - Terceira Parte


Data da reunião: 25/07/2018


11. RETORNO À CIDADE PERVERTIDA

Um pouco preocupado, o Benfeitor achou por bem convocar uma nova reunião, para qual foram chamados Manoel Philomeno, Dilermando, o médium Ricardo, acompanhado pela sua mentora, o psicoterapeuta espiritual Felipe e outros assessores, que formavam um grupo de oito desencarnados e dois reencarnados.
Convidou a nobre Benfeitora Madre Clara de Jesus que proferiu sentida oração – ver página 140 do livro.
Quando silenciou, lágrimas orvalhavam-lhe o rosto e eis que chegaram dois jovens espíritos acompanhados de cães da raça mastim, mas bem amestrados e mansos. Segundo os Espíritos nobres da Codificação, o tempo em que eles – os cães – permanecem no mundo espiritual é pequeno, retornando ao mundo físico quase imediatamente. A propósito, os jovens que os conduziam pareciam excelentes amestradores.
Pouco depois, o Benfeitor iniciou a explicação da excursão, percebendo-se que tudo girava em torno dos desmandos do Marques de Sade e seus seguidores, que pretendiam assaltar a Instituição, influenciando seus membros, interrompendo o amor dignificante que ali se desenvolvia, investindo com todas as suas forças sobre os dedicados obreiros do Evangelho; pretendiam, entre outras verdades, que o uso do sexo fosse desarmonizado, para que derrapasse na vulgaridade e no desrespeito entre todos.
Após breve silêncio o Benfeitor continuou a exposição, lembrando que muitos que reencarnaram, homens e mulheres, apesar do compromisso assumido previamente, vem tombando ante as facilidades em favor do uso do sexo irresponsável comprometendo-se gravemente e gerando perturbação nos companheiros. Quando os instrumentos do mal voltam seus olhos para alguém, a insistência é tão grande e pertinaz que são poucos os que escapam – vigiai e orai; vendem a ideia que a pessoa está perdendo chance de ser feliz, de um prazer inenarrável, doentio, que a vida não pode ser levada tão a sério que dispense concessões carnais... Outras vezes, recorrem a inspirações perturbadoras, procurando diminuir a gravidade dos compromissos sem responsabilidade, a banalização de relacionamentos apressados, àquelas “conversinhas secretas”.
Muitos daqueles que sofrem essas ações vem buscando proteção, seja através da oração, da leitura de obras edificantes, trabalhando em ações de caridade, enfim, fugindo dessas influências nefastas, que o afastariam do compromisso assumido e, por vezes, jogando fora a felicidade alcançada. Quando perseguidos por pessoas amigas que se transtornaram, que tombaram, e passam a acedia-los, o problema se lhe faz mais grave.
O Benfeitor reconhece que não é fácil o transito na esfera carnal, pois também aqui já estivera e sabe que não se pode perder tempo no que concerna a auxiliar àqueles que estão sendo atacados e sugeriu que todos deveriam volitar em direção à cidade pervertida, por sinal, muito bem guardada, recomendando prudência para todos.
Quando alcançaram a região pantanosa próxima às cavernas que serviam de morada aos infelizes habitantes, um odor pútrido pairava no ar, denunciando o teor vibratório de baixíssimo nível moral de onde procedia, ouvindo-se o clamor e o estardalhaço rompendo o silencio.
Para dificultar a identificação dos vigilantes, todos se cobriram com capuzes e aí os cães cumpriram seu papel, como se tivessem acompanhado o grupo ao Planeta e agora retornavam. Só o Mentor respondia às perguntas dos vigilantes de plantão que se convenceram franqueando a entrada do grupo.
Descomunal pandemônio reinava. Loucura total. Desfile de carros alegóricos cm genitálias deformadas e absurdas, grupos praticando atos, estatuas horrendas, decorações absurdas, sensualismo chocante, músicas estridentes com letras chulas, seres humanos seminus com rédea e chicote e argolas grosseiras penduradas em várias partes do corpo, etc. O grupo reteve-se numa das laterais por onde desfilava o cortejo das aberrações acompanhado de gritos, gargalhadas zombeteiras e mutilações. Nesse momento surgiu um grupo de anões disfarçados de crianças, usando de atitudes grotescas, agressivas, encimadas por atos libidinosos estarrecedores, despertando a atenção dos pedófilos; provavelmente muitos líderes das aberrações que se apresentam na Terra buscam ali inspiração para seus atos, em nome da falsa cultura e proclamando a “liberdade de expressão”, exigindo leis que discriminem usos e comportamentos vis.
Surge nesse momento de fugazes reflexões, a voz do Benfeitor, lembrando-nos que a função daquele grupo não era de julgamento e sim de auxílio, preservando a sincera compaixão fraternal. Oremos e vigiemos!!! Oportuna e abençoada advertência. De imediato, todo o espetáculo passou a ter outro sentido e significado, o que permitiu que nos deixássemos embalar pela musicalidade intima da oração de misericórdia e, de ternura em favor dos espíritos confundidos em si mesmos, experimentando outro estado interior de paz e de compaixão.

Resumo elaborado por Adilson Ferreira. Favor manter os créditos.

12. ESTRANHO ENCONTRO
Miranda não sabia como seria a ação naquele local, mas o Mentor já tinha plano muito bem elaborado e sensato. À medida que sucedia o desfile, os grupos diminuíam. Atendendo ao Instrutor, fomos em direção a um edifício, cuja entrada era guardada por dois serviçais vestidos como aristocratas napoleônicos, imundos e maltrapilhos com dois cães que em verdade eram humanos zoantropizados. O grupo não chamava a atenção porque trajavam pesados mantos que foram se desgastando no percorrer da cidade. Todos em silêncio, podiam ouvir as instruções mentais do Mentor explicando que os trajes eram de substância própria para aquele lugar, para não despertar a curiosidade dos residentes.
Miranda descreve o local como de tonalidade agressiva e odor pútrido, um cheiro de fumo e outras emanações insuportáveis, repleto de entidades lascivas e debochadas, onde se ouviam gritos e gargalhas. O governante, criador daquela psicosfera, era cercado de mulheres de sensualidade depravada, que se contorciam ao som de guitarras e tambores eletrizantes, rostos com expressões de exaustão misturavam aos de semblantes tediosos.
O grupo transitou por aquele inferno de falso prazeres, sentindo a psicosfera bem pastoso, até se aproximar do ridículo trono de Sade. O mentor então lhe comunicou que trazia uma solicitação de Rosa Keller. O marquês respondeu de forma histérica e mandou seus guardas o prenderem. O mentor nada receou e aguçou a curiosidade de Sade, acerca do teor da solicitação de Rosa, lhe dizendo que ela tinha acusações graves que pretendia levar ao Soberano das Trevas.
O marquês desejou então ouvir o Mentor. O Guia então de forma serena disse que Rosa Keller foi prisioneira do Castelo de Y e abençoada pela desencarnação, livrou-se da loucura psíquica em que vivia na terra para ser aprisionada por comparsas que a vampirizaram continuamente.
O marques perdeu a paciência mas o Mentor lembrou que estavam ali com lucides e coragem para servir a Jesus Cristo. O marques pareceu se descontrolar socando o ar.
O mentor concluiu dizendo que Rosa estava sob a proteção espiritual e que desejava um encontro com o Marques para esclarecimentos.  O marques fez várias perguntas, achando petulante o convite para ele ir visita-la, mesmo depois de Anacleto esclarecer que Rosa, por estar em tratamento, não poderia procurá-lo.
O marquês ameaçou impedir a saída do grupo, mas serenamente Anacleto explicou que se ali permanecessem, iniciariam um processo de conversão daqueles espíritos e que poderiam apelar para proteção divina, já que ali estavam não por afinidade.
Anacleto em conversa com o marques demonstrou conhecer a sua vida na terra, usando de sinceridade, porém logo retornou ao tema central da visita e o marques concordou com o encontro no dia seguinte as 2h da manhã.
O grupo se retirou sendo escoltado por dois servidores do marquês e logo estavam de volta ao centro de atividades, onde fizeram uma oração de agradecimento.
Ao terminar a oração, o grupo estava em lágrimas de emoção. A tarefa que se iniciara tinha perspectivas muito felizes de sucesso futuro.
O amanhecer trouxe bonita paisagem possibilitando pela contemplação de sua beleza, reflexões em torno do amor de Nosso Pai e Sua Sabedoria.
Resumo elaborado por Ana Cecília Santos. Favor manter os créditos.
13.DECISÕES FELIZES
A cabeça de Miranda fervilhava de interrogações. A visita a cidade perdida transcorrera com muita tranquilidade.
O contato com o Marques o deixara com diversas questões que necessitavam de respostas, principalmente no que dizia a respeito de não terrem sido detectado pelos os seguidores do Marques, que se encarregavam pela segurança do local.
Por outro lado, a informação sobre Rosa Keller o tinha deixado chocado, desarmando-o e mostrando-lhe a fragilidade em que se refugiava.
A sabedoria do condutor espiritual, que havia tomado providencias preventivas, evitaram qualquer cometimento inesperado, inclusive, foram acompanhados de cães que amedrontavam as estranhas personagens que, ao defrontá-los, não ocultavam o receio que se lhes estampava nas faces deformadas.
O domingo amanhecera ensolarado. O grupo desfizera-se. Alguns retornaram a seus compromissos enquanto Dilermano, Miranda e o Benfeitor permaneceram.
A catedral estava repleta de fies. Alguns estavam ali sem qualquer vínculo com o culto religioso. Tratava-se apenas de uma convivência social, onde a exibição da aparência física tinha mais importância. Para outros, era um lugar para comunga com Deus.
A homilia lida pela Sua Eminencia advertia os fies sobre o comportamento aberrante, às extravagancias dos séculos, aos tormentos e facilidades da luxuria.
Miranda constatou que providencias espirituais haviam sido tomadas nos diversos segmentos religiosos, chamando a atenção dos fieis para os valores morais e cristãos, na preservação do matrimonio, da família e dos grupos sociais, a fim de evitarem comportamentos primitivos e perversos.
Os ensinamentos de Jesus eram enfatizados pela Sua Eminencia, advertindo os ouvintes sobre a responsabilidade dos pais e educadores na formação da consciência humana desde os seus primórdios, na infância e na juventude.
O que estava sendo proposto era perfeitamente compatível com o trabalho que estava sendo realizado na esfera espiritual. Libertar a criatura humana da servidão dos desejos nefastos e selvagens era o objetivo, tanto na esfera física como na espiritual.
Após a leitura da homilia, foi lido o versículo 33, do Capitulo VI, do Evangelho de São Mateus: "Mas buscai primeiro o reino de Deus e Sua justiça, e tudo vos será acrescentado".
Em seguida, Sua Eminencia, exortou os ouvintes a mudança de comportamento, em relação a Deus, a si mesmos e à convivência com o seu próximo, fazendo um paralelo entre o que se pode, mas não é licito realizar. Essa tomada de consciência leva o indivíduo relutante entre os valores do mundo e os de Deus, a eleger primeiro aqueles que conduzem ao reino dos Céus.
Foi evidenciado a necessidade da renúncia ao secundário - o mundo físico - ante o primordial - o mundo espiritual, optando assim, pelas questões superiores do Espirito imortal na busca da sua plenitude.
Alguns sinceros ouvintes estavam emocionados ao final do sermão.
Terminado o ato litúrgico, o bispo se dirigiu a Sacristia para a entrevista com o casal, que não ocultava a ansiedade e angustia.
O Sr. Renato, esposo de D. Eutimia foi quem deu início a narrativa, esclarecendo que ninguém melhor do que a autoridade eclesiástica para o orientar o comportamento desejável naquele momento grave.
Bom ouvinte, o bispo tinha o cenho carregado, demonstrando preocupação, enquanto preservava a atenção alerta.
Dr. Eutimia, meio constrangida, narrou ao prelado o fato sem exagero nem omissão. Tal ato a tinha deixado em estado de choque, o que resultou na expulsão do sacerdote das dependências escolares.
Esclareceu que não presenciara qualquer cena de sexo explícito, mas implícito, em face das circunstâncias e caracteres com que se apresentava o padre envolvido pelos desejos libidinosos em relação a criança. Agradecia a Deus por ter interrompido o ato.
D. Eutímia disse que após um sonho, que acredita ser a resposta divina, sentiu-se mais calma, apoiando-se na certeza de que agira corretamente, ao salvar a criança daquela situação.
Sem ocultar seu sofrimento, o bispo disse ao casal que o padre Mauro já o tinha procurado, marcado por sincero arrependimento, tentando reparar, através da confissão o seu comportamento criminoso, que fora providencialmente interrompido pela diretora. Reconhecia sua culpa e não sabia explicar por que fora vítima de tão penoso processo de loucura. O bispo evitou comentar as aberrações confessadas pelo seu discípulo.
O bispo disse que providencias seriam tomadas. Inicialmente Mauro seria encaminhado a uma clínica psiquiátrica, mantida pela igreja. E, após o tratamento, o sacerdote receberia a punição canônica, conforme a gravidade do delito prevista no Direto, e o mal não mais se repetiria.
O infeliz incidente não deveria ser comentado e assim, se evitaria desnecessário escândalo. Durante o tratamento, a explicação para ausência do sacerdote seria de que ele se encontrava enfermo e tinha viajado para tratamento de sua saúde fora da cidade.
O bispo agradeceu ao casal pela sua excelente cooperação e abençou-os.
De sua parte, desejava evitar que fosse percebido o seu constrangimento e decepção, pois que Mauro era-lhe muito estimado. Reconhecia que o sexo constituía terrível aguilhão cravado na alma de todos os seres. Somente através da oração, de sacrifícios e renuncias, abnegação e fé na Providência Divina poderia encontrar a serenidade e o equilíbrio para lidar com a questão sexual. Ele mesmo tivera que vencer diversas etapas na superação dos impulsos sexuais. E foi através do amor ao próximo e dos serviços religiosos que conseguiu, com a benção do tempo e os exercícios espirituais, tranquilizar-se.
O casal saiu reconfortado, por terem tomadas as melhores atitudes que o caso pedia e por saberem das medidas preventivas e punitivas tomadas, sem negar a Mauro a oportunidade da regeneração.
Eram comportamento sábios, já que não se pode destruir o infrator e nem inutilizar o criminoso, e sim, auxilia-lo a libertar-se do crime e redimir-se perante a sociedade.
O bispo optou por não evidenciar o mal, que em nada ajudaria a sociedade.
Delineou um programa operacional especifico e começou a agir, sem comunicar a outras autoridades eclesiásticas ou ao poder civil, com a intenção de proporcionar ao infeliz a reabilitação.
O bispo receou que o drama tomasse outro curso, porém, preferiu correr o risco, confiante no esforço sincero do paciente e no tratamento. Ele próprio buscaria a melhor clínica e lhe daria assistência pessoal, para que Mauro não enveredasse pela loucura ou viesse a cometer o crime do suicídio.
Se não fosse a ajuda Divina, Mauro teria se suicidado, conforme fora induzido pelos seus inimigos espirituais.
Outras providencias ficariam para o dia seguinte.
Resumo elaborado por Francisca Passos. Favor manter os créditos.
14. VISITA OPORTUNA

Na volta do palácio episcopal, Miranda aproveitou para perguntar ao Guia se os cuidados tomados na visita à cidade perversa não foram exagerados, visto que a incursão foi muito fácil.
O guia explicou que para lidar com a indignidade, imoralidade, violência e crueldade nenhuma precaução é inútil, pois surpresas e enfrentamentos difíceis podem surgir. Destacou ainda que a presença da mentora trouxe bênçãos ao grupo pois o envolveu em vibrações defensivas.
Miranda o indagou acerca da ligação entre Mauro e o marques e ele explicou que o marques frequentava a mansão da Madame X, residência da luxúria e corrupção que abrigava numeroso cortejo de doentes do sexo em harmoniosa sintonia com desencarnados alucinados.
Por sugestão do marques de Sade, Madame X transformou o porão da mansão em várias celas onde atrocidades sadomasoquistas eram protagonista de espetáculos de horror, que quando não implicavam em morte, resultavam em doenças mentais aos poucos aflitos que dali escapavam.
A Polícia mais de uma vez tentou deter Madame X, sem sucesso, visto a influência de seus clientes que não tardavam em protegê-la.
Com a decadência do império napoleônico, Madame X caiu em desgraça e terminou seus dias na obscuridade e solidão.
Independentemente de ter ou não mudado de comportamento na velhice, como alega seus biógrafos, o marques de Sade, após desencarnar, foi conduzido a cidade preserva, dando curso as suas alucinações e recebendo logo depois a Madame X.
Em resposta a Dilermando, o instrutor explicou que Mauro é a quarta reencarnação após a vivência como Madame X. Foi mulher duas vezes na França, com deformidades físicas e sendo vítima de estupros de mendigos e ciganos. A culpa foi menor na segunda reencarnação, onde viveu na mesma localidade da anterior.
No Brasil viveu como homem atormentado e voltou como Mauro ligado a religião dominante, a que se dedicara em passado não muito distante.  Sobre a mãezinha, o amigo disse a Dilermando que ela o acompanha desde os tempos de São Francisco de Assis, quando Mauro, homem italiano de destaque desejou sinceramente segui-lo. Protelou a decisão, e só se juntou a ordem franciscana após a desencarnação de seu fundador, que resultou em graves enganos na condução da ordem. O espírito de Mauro derrapou na ambição. Desde ali, sua mãezinha, espírito vinculado à irmã Clara vem lutando por sua libertação.
Miranda se comoveu com a explicação, sentia repugnância e dor ao imaginar os inúmeros irmãos encarnados na Terra que são oriundos da cidade perversa e até hoje lá buscam inspiração durante o sono, mas seu sentimento transformou-se em ternura e alegria ante o exemplo da perseverança e amor da mãe de Mauro. Ela personificava o argumento contra o dogma tradicional do inferno. “Aquela mãe, que vivia o céu interior, nãos e permitia plenitude enquanto não arrancasse o filho amado do seu inferno de paixões internas, a fim de rumarem ambos de mãos dadas para o Paraíso, onde o trabalho e a misericórdia, são o cotidiano de todos.”
De volta ao centro espírita, instituição sempre movimentada pelos deveres de caridade e intercambio fraterno entre os dois planos da vida, Miranda encontra-se a porta da sala de atividades mediúnicas, onde também ocorria atendimentos cirúrgicos no períspirito e percebeu o diálogo de Anacleto com alguns mentores.   Sua sabedoria e dedicação inspirava respeito de todos.
O grupo recebeu a visita de Bezerra de Menezes, enchendo a todos de alegria. O nobre doutor, cientificado pela madre Clara de Jesus, pareceu se desculpar por não informar antes da sua visita, esclarecendo que decidiu participar do trabalho programado em relação ao marques e o fez, de acordo com o que declarou, para aprender sempre mais.
Bezerra disse que “O sexo, na Terra, ainda é instrumento de alucinação, quando deveria ser abençoado mecanismo de vida,..”
“...não pouco indivíduos encarceram-se no gozo....abrindo espaços para as ações criminosas do aborto delituoso e da separação dilaceradora dos sentimentos.”
O Instrutor solicitou cooperação de Bezerra que se prontificou a fazer breve dissertação a respeito do sexo e da obsessão. Comovidos e atentos sentaram-se para ouvi-lo envoltos em dúlcidas vibrações.

Resumo elaborado por Ana Cecília Santos. Favor manter os créditos.

15. SEXO E OBSESSÃO

Dr. Bezerra, muito lúcido, concentrou-se e começou a irradiar claridade de várias tonalidades produzindo enorme emoção nos presentes.
Convocou os participantes a reflexões profundas e significativas sobre o sexo:
·        É departamento importante do aparelho genésico com finalidade específica para a procriação.
·        É responsável pela reprodução dos seres vivos, constitui extraordinário investimento da vida, que o vem aperfeiçoando através de milênios, a fim de o transformar em feixe de elevadas emoções que exaltam a Criação.
·        Compreendido nos objetivos para os quais foi elaborado transforma-se em fonte geradora de felicidade, emulado ao amor e à ternura, através da vitalidade e bem estar.
·        Quando mal utilizado faz-se sórdido.
·        Acionado pelo instinto, manifesta-se automaticamente por meio de impulsos que induzem à coabitação para o ‘milagre’ da criação de novas formas de vida.
·        É responsável pelo invólucro material, nosso corpo, instrumento de progresso espiritual, no planeta material.
·        As energias sexuais possuem características próprias em cada fase do processo evolutivo, nos humanos alcança seu estágio mais elevado, porque está vinculado as emoções.
·        Essa energia é responsável pelos grandes envolvimentos na arte, na beleza, na fé, no conhecimento cientifico e filosófico, ainda não conhecemos todo o seu potência.
“Em razão das explosões iniciais dos impulsos mais animalizados, em governando a sociedade humana através dos tempos, constituindo-se instrumento de crimes hediondos e de guerras lancinantes, destrutivas, gerando consequências imprevistas para a sociedade de todas as épocas.”
Bezerra diz que homens e mulheres, de destaque na História, utilizaram o sexo para fins desprezíveis, obedecendo as paixões primitivas e dominantes. Porém, outros utilizaram essa energia sexual para produção de obras de incomparável beleza, onde a renúncia e a abnegação, o sacrifício e o holocausto foram as únicas opções para dignifica-lo.
É o pensamento materialista que faz com que a criatura se entregue as ilusões transitórias, onde as paixões, transitam nas existências em sofrimentos dilaceradores. Mas quando se vivencia o sofrimento com resignação, ocorrem estímulos para o crescimento íntimo e para a conquista da plenitude.
“É incontestável a ação do sexo no comportamento da criatura humana, merecendo estudos cuidadosos e enobrecedores, a fim de ser avaliado no grau e significado que possui.”
A energia é tão grande que vai além do corpo físico, e se imprime nos tecidos sutis do períspirito, gerando caos emocional. É necessário muito cuidado, porque a fixação dessas sensações acompanha o espírito na erraticidade.
“É, nessa fase, nesse terrível transtorno, que surgem as auto obsessões, as obsessões que são impostas às criaturas terrenas que estagiam na mesma faixa de desejos ou entre os desencarnados do mesmo nível vibratório.”
“Reunidos em grupos afins, as suas exteriorizações morbíficas eliminam energias de baixa qualidade, que se convertem em elemento construtor de regiões infelizes onde enxameiam em convulsões penosas e retêm aqueles que se lhes fazem vítimas, demorando-se por tempo indeterminado até que a exaustão dos sentidos e o tédio os induzam a mudanças de atitude, permitindo-se a ajuda do Amor que os libertará.”
Bezerra nos diz que o amor estimula a coragem, propicia bom ânimo, o desejo de lutar e evoluir, modificando a estrutura do homem e a condição da humanidade, transformando-se para melhor.
“O amor é o mais vigoroso instrumento de incitação para os logros que parecem impossíveis de serem conquistados. Ele se manifesta através de mil faces, expressando-se em todas as aspirações do enternecimento, da comunhão afetiva, da fusão dos sentimentos, que seriam o êxtase da plenitude do sexo no seu sentido mais elevado e puro.”
O Mentor esclarece que a potencialidade das energias sexuais da alma são enormes, porém mal utilizadas, pois falta aos homens o ideal de enobrecimento.
“Como mecanismo de fuga dos compromissos de luta e de renovação, milhões de criaturas estúrdias e ansiosas atiram-se aos resvaladouros das paixões sexuais, procurando, no prazer imediato e relaxante, o que não conseguem através dos esforços renovadores do amor sem jaça e do bem sem retribuição. Eis por que, a obsessão do sexo, decorrente do seu uso e sempre exigente de mais prazer, apresenta-se dominadora na sociedade terrestre dos nossos dias.”
Bezerra alerta que cada vez mais jovens e crianças, vendo o sexo sendo vendido naturalmente nos veículos de comunicação, são arrastados para a depravação. A situação se torna mais grave a cada dia, com a massificação da vulgaridade, a reeducação e a preservação da saúde emocional, psíquica e moral da criatura humana é cada vez mais difícil.
Os Espíritos viciosos e dependentes desses fluidos degenerativos, das sensações perversas, sincronizam suas mentes nos comportamentos dessas criaturas invigilantes; a cada reencarnação a saúde sexual dessas criaturas piora, pois se comprometeram com o uso devido das energias sexuais e desviam-se na primeira oportunidade, em busca do prazer momentâneo.
Por causa dessas viciações, serão vítimas de si mesmos, porque a Lei e Causa e Efeito, o chama para a prestação de contas.
Bezerra expressava dor e compaixão em sua fala...
“Destituído de equipamentos sexuais, o Espírito é neutro na forma da expressão genésica, possuindo ambas as polaridades em que o sexo se expressa, necessitando, através da reencarnação, de experiência uma ou outra manifestação, a fim de desenvolver sentimentos que são compatíveis com os hormônios que produzem. Em face dos processos evolutivos, muitos Espíritos transitam na condição homossexual, o que não lhes permite comportamentos viciosos, estando previsto para o futuro, um número tão expressivo que chamará a atenção dos psicólogos, sociólogos, pedagogos que deverão investir melhores e mais amplos estudos em torno dos hábitos humanos e da sua conduta sexual.”
“Jamais, porém, se deve esquecer que o sexo, como qualquer outro órgão que constitui o corpo, foi elaborado para a vida e não esta para aquele. Respeitar-lhe a função, utilizar-se dela com a dignidade e elevação, reflexionar em torno dos objetivos da vida, fazem parte do compromisso para com a existência, sem o que são programados dores e conflitos muito graves durante o trânsito das reencarnações.”
O abuso na conduta sexual constitui grave desrespeito às Leis Divinas, e o resgate se torna difícil e de longo prazo.
Bezerra anuncia que naquela noite, receberão um dos Espíritos mais infelizes que responde pela inspiração da onda de loucura e insensatez nas vivências sexuais. Apresentou a sociedade do seu tempo aberrações monstruosas geradas por sua mente doentia... era o Marques de Sade.
“Ante a situação deplorável em que muitos estorcegam nas apertadas malhas dos vícios sexuais e daqueles outros que acompanham, tais o alcoolismo, o tabagismo, a toxicodependência, a banalização dos valores éticos e da vida, a Lei de destruição, conforme assevera Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos (728 a733) exercerá a função, destruindo para renovar, isto é, chamando ao sofrimento e aos desastres coletivos, às aflições chocantes, às lutas ensandecidas, aos trágicos acontecimentos, para que, por fim, os Espíritos rebeldes despertem para a realidade, para o significado da existência terrena, para os objetivos que tem pela frente, utilizando-se do corpo, do sexo, mas não vivendo apenas e exclusivamente deles ou para eles. Esse abuso resultante da utilização descabida responde pela loucura generalizada que a vida se encarregará de eliminar.”
A dor trabalha no ser humano, através desse burilamento se renovará moralmente, sendo conduzido novamente a estrada reta para a auto iluminação e o crescimento em direção do Pai.
As forças sexuais da alma serão utilizadas como energias construtivas, pelos desejos elevados, do belo, do útil, do nobre e do feliz. Mas, até chegar nesse ponto, as criaturas ainda passarão por séculos de dor e provação.
Bezerra estava emocionado e estava próximo da chegada do Marques...
Começaram os preparativos para aquele encontro, os que vieram ouvir Bezerra, mas não eram partícipes do trabalho, saíram, ficaram apenas a equipe de obreiros daquela tarefa específica: Dr. Bezerra, Madre Clara, dois assessores, D. Martina, Padre Mauro e o médium Ricardo- ambos desdobrados, e uma Entidade assinalada pelo horror, com terríveis deformações perispirituais, fora acolhida em leito especial. Tratava-se de Rosa Keller, em profunda hibernação de forma dolorosa, gerando constrangimento e compaixão.
Estavam também um grupo de enfermeiros; trouxeram, também, um aparelho que irradiava suave claridade, que poderia ser utilizado se o Marques e seus asseclas não se comportassem adequadamente.
Madre Clara convida todos a prece silenciosa, para se prepararem para a tarefa.

Resumo elaborado por Maria Fernanda Ribeiro. Favor manter os créditos.

Sexo e Obsessão - Segunda Parte


DATA DA REUNIÃO: 30/06/2018

6. SOCORROS ESPIRITUAIS

Eutímia perplexa conduziu a criança, que de nada se apercebera, à sua sala. Iniciou um oração silenciosa par acalmar seu coração, sendo envolvida por Dilermando que a inspirou ao equilíbrio, pois um escândalo em nada auxiliaria, ao contrário a mídia os colocaria em situações embaraçosas. Decidiu pedir a uma auxiliar que levasse o menino à sala de aula, enquanto o conflito permanecia em sua mente, com auto-interrogações acerca do que realmente havia flagrado. Ponderada, resolveu aguardar o reencontro com Mauro.
Naquela noite o benfeitor providenciara atrair o obsessor de Mauro à atividade mediúnica, contanto com o trabalhador devotado da Casa Espírita Felipe.
Durante a reunião a mentora Casa trouxe palavras sucintas de orientação, dentre os médiuns em transe, Ricardo havia se destacado pela psicofonia e psicografia e demonstrava condições de servir aos objetivos da noite.
 O obsessor de Mauro ficara emaranhado nas vibrações imperceptíveis de Anacleto, sendo conduzido e na hora certa foi trazido por imantação psíquica para “incorporar-se” a Ricardo. Ao perceber o que acontecia o obsessor agitou-se e Felipe sereno e inspirado pelo mentor lhe explicou que não se tratava de uma armadilha e sim um encontro feliz na Casa de Jesus. Blasfemou e tentou justificar que suas ações eram justas pois que impostas ao infeliz Mauro. Serenamente o doutrinador que a vingança é sempre um ato inferior que não tem amparo nos Códigos Superiores.
Por fim escapou do espírito infeliz uma confissão: “já nem sei se o odeio ou se me agrada o conúbio com a sua degradação.” Felipe ponderou que os semelhantes se atraem e lembrou que Mauro se deixava levar a cidade perversa em razão de sua mente distorcida e vulgar. O espírito endurecido apresentava aspecto de lesma disforme, bastante deformado e dizia que desejava a morte de Mauro. Mesmo sentindo-se aprisionado ao corpo do médium, disse que estava ali porque assim desejava, ao que Felipe concordou e disse que o objetivo do encontro era proporcionar felicidade ao infeliz obsessor.
O obsessor afirmou que era feliz pois desfrutava de atividades sexuais com adultos e crianças. Felipe lembrou que aquele prazer era ilusório fruto de fixações reminiscentes da vida material, por meio da auto-hipnotização, que permite vivenciar o que não pode mais ocorrer.
Felipe o convidou a refletir sobre as energias de paz e esperança que naquele momento o invadiam e que essa ação terapêutica que estava sendo imposta a ele era semelhante a ação negativa que ele impunha a Mauro. Por fim o obsessor disse que nada o faria mudar. Felipe lhe respondeu que sua guerra era íntima e que “Ninguém pode prosseguir por tempo indeterminado nos propósitos inferiores sem que haja a intervenção divina.”
Felipe aplicou energias balsamizantes a Jean-Michel, o espírito obsessor de Mauro que muito blasfemava. Em seguida Felipe lhe  disse que o diálogo estava encerrado e que ele seria mantido em tratamento especializado.
Miranda perguntou a Anacleto se não seria uma violência ao seu livre-arbítrio trazer o obsessor a contragosto. Anacleto explicou que o livre-arbítrio é concessão divina que tem caráter relativo: O Nosso ato é de misericórdia e de compaixão, não constituindo violência, porque o seu discernimento encontra-se obliterado pela paixão alucinada.”
As paredes da Casa espírita haviam desaparecido na percepção de Miranda, o fluxo de espíritos era intenso naquele espaço pequeno de socorro. Tudo era supervisionado pela Mentora da Casa, assessorada por um grupo de especialistas. Vibrações vigorosas vinculavam uns aos outros trabalhadores, formando um círculo luminoso. Fora da mesa as tonalidades variavam. Os que tinham o pensamento indisciplinado não tinham luminosidade.
Na etapa final dos trabalhos, passes coletivos foram aplicados aos encarnados presentes, energias condensadas foram dispersadas e Anacleto, convidado pela Mentora da Casa, transmitiu mensagem final de encorajamento e iluminação a todos os presentes usando os recursos psicofônicos de Ricardo, transformando o ambiente em local de vibração intensa de paz, levando à lacrimas de pura emoção a ambos os planos da vida. A oração de graças proferida por Felipe ocorreu em meio a um espetáculo de luzes espirituais que traduziam a emoção de gratidão ao Pai.

Resumo elaborado por Ana Cecília Santos. Favor manter os créditos.

7. PROGRAMAÇÕES ABENÇOADAS

Após a conclusão dos trabalhos mediúnicos e os encarnados encaminhado aos seus lares, o grupo do Irmão Anacleto deu continuidade ao atendimento espiritual junto àqueles que necessitavam de uma terapia mais acurada. Alguns seriam transferidos para esfera de ação do Grupo do Irmão Anacleto, enquanto outros ficariam alocados na instituição espírita.
Irmão Anacleto, Philomeno e Dilermando rumaram à Casa Paroquial com a finalidade de trazerem Mauro a reflexão através do desdobramento pelo sono. Em seguida se dirigiram ao Lar da Professora Eutímia, que permanecia com a mente em torvelinho.
De origem de família bem estruturada e mãe dedicada de duas crianças entre 8 e 10 anos. O esposo, um homem sério e voltado para as questões religiosas que professavam em bases cristãs.
Ao entrarem, depararam com alguns Espíritos amigos que ali se domiciliavam. Tudo transpirava paz e bem-estar.
Irmão Anacleto adentrou o quarto e após breve diálogo com os Espíritos amigos, trouxe em desdobramento parcial, a Sra. Eutímia, que seria conduzida à Entidade espírita, onde deveriam dar continuidade aos trabalhos de renovação das almas.
Na Casa espirita estavam Mauro, sua mãe, D. Eutímia e Jean-Michel que de quando em quando se agitava.
A pedido do Mentor, Philomento e Dilermando foram convidados ao recolhimento pela prece. Havia uma psicosfera de paz e gratidão a Deus.
Após a prece, todos foram despertados.
O Mentor explicou-lhes que estavam reunidos em nome de Jesus, com a finalidade de estudarem o drama envolvendo o sacerdote Mauro. Foi solicitado que não estranhassem aquele acontecimento, pois que era mais comum do que podia parecer, em razão dos fenômenos da vida terem sua causa em programações na Esfera da realidade.
D. Eutímia, mais desperta, identificou Mauro e teve receio. O instrutor disse que tudo estava sob controle. Mauro por sua vez, não pôde se furtar ao constrangimento imposto pela sua consciência culpada.
Antes que Jean-Michel pudesse intervir, O Irmão Anacleto esclareceu:
“O grave assédio de Mauro à criança, constitui crime hediondo... Sem diminuir-lhe a responsabilidade..., é justo considerarmos que o mesmo se encontra fora do equilíbrio emocional e racional, vitimado por conflitos hórridos e sob a injunção de forças desconexas do mundo espiritual inferior, que o aturdem e comandam mentalmente. Açodado na libido pelo vicio mental e pela ação nefasta de um perseguidor espiritual, planejava abusar da inocência de uma criança. Felizmente não teve tempo para consumar o infeliz programa.”
O objetivo daquela reunião era de se evitar maiores danos à criança, de criar prejuízo moral para a escola, bem como o de encontrarem uma melhor solução para atender o infrator.
Todo o erro pode ser reparado antes que seja transformado em uma tragédia. E, aquele era o momento de ser dada a Mauro a oportunidade de reparação, a fim de que ele pudesse se libertar dos tormentos que o assediava desde o berço. Anacleto esclarece que Mauro trazia em seus sentimentos heranças odientas, e os laços que o vinculavam aos lugares que habitava eram vigorosos.
Irmão Anacleto esclarece que a melhor solução naquele momento não era de caráter punitivo ao infrator e sim ter como objetivo reeducar. Assim, foi sugerido que a professora entrasse em contato com a autoridade religiosa superior, e que os fatos fossem narrados com serenidade para que fosse encontrada uma solução ideal e que exigisse a transferência do sacerdote. Anacleto diz acreditar que o Bispo, sendo notificado a respeito da gravidade do comportamento do sacerdote saberia como encaminhar a questão a instancia superior, caso seja necessário.
O objetivo não era ocultar o erro nem agir de forma conivente com o comportamento moral do paciente. O paciente precisava de tratamento e não de exposição. O afastamento do infrator do convívio infantil, impedindo novos contatos com vítimas em potencial, seria uma terapia eficiente e de grande efeito moral.
Anacleto pede que confiem na prudência e nos bons ofícios da esclarecida professora. Ao termino dos esclarecimentos, a professora tinha lágrimas nos olhos. Forrada pelos sentimentos de sua fé religiosa, podia compreender que ao pecador se deve conceder a benção da reparação.
Imbuída de sentimentos fraternos, levantou e se aproximou de Mauro, falando-lhe que buscaria providencias cautelosas conforme as diretrizes que lhe foram oferecidas. Mauro abraçou-a, agradecendo com sinceridade.
Dirigindo-se a Mauro, o Mentor diz que ele não ignorava a extensão do erro cometido. Reconhecia que se tratava de um crime grave, que ocultava as aflições, justificada por ele mesmo, por ter passado pela mesma situação na infância.
Anacleto diz que a raiz daqueles erros, estavam em seu passado espiritual, que tinham sido marcados pelo deboche e pelo desrespeito a outras vidas. “Ninguém atinge esse patamar de miséria sem que não haja transitado pelos pântanos das paixões sórdidas e asfixiantes”.
Importava agora que a existência de Mauro fosse marcada por novos rumos. Necessitava de tratamento especializado e de um afastamento de suas obrigações sacerdotais. Um demorado estudo de si mesmo e reeducação dos hábitos, começando pelos mentais. As imagens de intercâmbio com outros doentes morais devem ser interrompidas, visto que elas trazem altas cargas de sensações perturbadoras.
Mauro foi informado que ao acordar teria nítidas lembranças dos acontecimentos do qual havia participado. Um novo programa seria delineado e deveria ser seguido com os olhos postos no amanhã feliz. “Somente o bem incessante te constituirá refúgio e garantia de saúde moral sob as bênçãos de Jesus”
Jean- Michel questionou se o infeliz não iria pagar por seus Crimes. Onde estava o cumprimento das Leis e como era possível acobertar tanta miséria, através de artifícios piegas de compaixão e de terapias de mentiras? Mauro era um criminoso consciente e deveria responder pelo mal que vinha praticando contra a pobre infância.
Com serenidade o Irmão Anacleto respondeu: “Se considerarmos a questão do crime no caso em discursão, o responsável não é somente aquele que transita no corpo físico, mas também o nosso astuto amigo. ...Com que autoridade reclamas justiça, tu que tens sido o execrando comparsa do exausto hospedeiro das tuas vis sensações? Acreditas que os teus sofismas perturbem a claridade do nosso raciocínio? Enganas-te.... estamos habituados a lidar com vítimas e algozes, com psicopatas aferrados ao sexo em desalinho, desde o período em que nos encontrávamos na Terra”...
O Mentor então pediu que Jean-Michel ficasse em silencio que logo mais falaria com ele. Jean-Michel, aquietou-se embaraçado.
Irmão Anacleto deixou claro que vem se dedicando a sexologia há muito tempo. Começara quando ainda se encontrava no corpo físico. Sua folha de serviços prestados aos enfermos e a outros portadores de distúrbios na área genésica era grande, havendo sido designado por Instância superior para a tarefa na qual todos se encontravam investidos.
Dando prosseguimento, O Mentor orientou a Sra. Eutímia que conversasse com o esposo e com ele buscasse um contato com o Sr. Bispo, pondo-o a par de tudo, evitando que a imprensa irresponsável, que se compraz no lixo das misérias humanas, divulgasse a situação de forma escandalosa.
D. Eutimia questiona se perante as Leis de Deus, um sacerdote que jura ser fiel a verdade e a conduzir as ovelhas que o Pai lhes confiou, ficará impune diante de tal conduta e como ficam as vítimas.
 Mentor responde: “Ninguém foge as Leis de Deus que vigem em toda parte e que estão escritas na consciência de todos ”.
Mauro não poderá fugir de si mesmo, dos desmandos que se permitiu, do remorso que o dominará por longo período.
“A punição divina ao pecado mortal nunca se faz de maneira destrutiva do pecador, mas de forma que o edifique, convidando-o a reparar todos os danos perpetrados, mediante ações dignificantes e restauradoras do equilíbrio”.
Por desconhecimento das causas profundas, é muito difícil o julgamento correto, que somente a Consciência Cósmica penetra. “... ninguém se libera da culpa sem padecer-lhe os efeitos danosos e cruéis...”
O Mentor observa que a renovação de Mauro começou a partir do instante em que se deu conta da própria loucura. A Misericórdia Divina facultar-lhe-ia um longo período de isolamento clinico, onde iria se reajustar aos padrões de comportamento saudável, inspirando-o a cuidar de crianças portadoras de alienações mentais e distúrbios nervosos, assistindo-as, amando-as, sendo repudiado, maltratado e, as Entidades perversas que as obsediam, sabendo de seu passado, agirão agressivamente tentando desanimá-lo. Nestes momentos luzirá o amor do Pai, inspirando-o a prosseguir e sua genitora será o seu anjo da guarda, insistindo para a sua renovação. Nessa jornada não faltará outros socorros porque o bem é a coroa da vida e jamais segue a sós.
As crianças danificadas emocionalmente também receberão igualmente o melhor conforto moral e espiritual.
O Mentor continuando, diz que aprisionar Mauro no cárcere entre bandidos, onde poderia ser assassinado, como vem ocorrendo no mundo, não iria deter a eclosão de episódios de pedofilia. Antes irá estimular outros enfermos a serem mais hábeis, a investirem mais no turismo sexual, que rende fortunas aos seus exploradores.
O Mentor diz que chegará um dia em que a perversidade desaparecerá da Terra. A falta de decoro das almas será substituída pela compaixão e pelos sentimentos de amor com respeito à vida. Estes comportamentos desregrados na sexologia farão parte da História como pertencentes a um período de brutalidade e primitivismo da criatura humana, qual ocorre a tantos outros fenômenos do passado.
Mauro precisava da ajuda de todos, considerando que a vida são bênçãos e que todo “aquele que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra”.
Em seguida o Benfeitor dirigiu-se a Jean-Michel que se apresentava aturdido com o que ouvira. Perdera o discernimento e tombara no abismo do ódio, da perversão moral e da criminalidade, não tivera o ensejo de refletir em torna da vida, dos objetivos essenciais ao crescimento para Deus. Dava-se conta do engodo que se permitira. Quase atoleimado, ouviu o Benfeitor falar.
“Chegou o momento de te libertares também da canga odienta do sofrimento bestial, que em nada te ajuda, antes, mais te alucina. Hipnotizado pelo prazer selvagem, já perdeste o rumo dos teus nefandos objetivos, que eram de perseguição... tornando-te vítima de ti mesmo e dos teus planos diabólicos Renascerá na carne, chagado e aflito, com os estigmas que cravaste nos tecidos sutis do Espirito”.
O futuro de Jean-Michel seria marcado por uma infância de anomalias mentais e físicas de vária natureza. Seria visitado por seus companheiros de depravação e teria suas energias exploradas. Mauro seria o seu benfeitor. 
O Mentor diz que sempre que for possível estarão com ele. Não lhe faltará ajuda no cumprimento do dever. Jean-Michel, encolheu-se, desejando esconder as formas degeneradas, caindo em prantos.
Neste momento Mauro assumiu a forma de Madame X, a antiga dama dos tempos de Napoleão. Abraçou Jean-Michel, pedindo perdão para que juntos possam reabilitar-se de todo o mal que fizeram através do bem que possam fazer.  Naquele abraço foi selado o compromisso de resgastes futuros.
Finalizando, o Benfeitor recomendou que retornassem ao corpo físico e recordassem do abençoado sonho no país da Realidade.
Terminada a reunião, os participantes foram encaminhados a seus lares, com exceção de Jean-Michel que seria encaminhado para outro lugar, onde seria preparado para futura reencarnação.

Resumo elaborado por Francisca Passos. Favor manter os créditos.

8. ATENDIMENTO FRATERNO

Ao acordar D Eutímia estava eufórica e otimista, sentiu urgente necessidade de conversar com o marido. Ela era acompanhada pelos amigos espirituais para que sua memória não sofresse bloqueio.  Narrou ao esposo com naturalidade o que havia presenciado, explicou que temia um escândalo na escola e o sonho que tivera. Estava decidida a conversar com o bispo e seu marido concordou em acompanha-la no próximo domingo.
Anacleto convidou o grupo a visitar Mauro na Casa Paroquial, onde ele desperto, mostrava-se envolto em angustias, sobressaltado. Após saudar a mãe de Mauro, Anacleto se aproximou e o aconselhou a orar, recordar-se do exemplo de Jesus que nos momentos finais na Terra, sofreu e mesmo não tendo culpa, não recusou o cálice de amarguras. Anacleto buscava inspirá-lo a não fugir, não buscar justificativas. Mauro conseguia captar a influência do mentor e em singela capela ajoelhou-se, fechou os olhos e abriu o Evangelho, permitindo que seus dedos fossem conduzidos pelo benfeitor para escolher a passagem de Jesus no Horto das Oliveiras. Mauro chorou emocionado em sua leitura, experimentando sofrimento, abatimento íntimo intenso e plena lucidez de seus atos infelizes.
Mauro pensou em se confessar com o bispo, rogar-lhe perdão, auxílio, misericórdia e oportunidade para recomeçar longe dali. A decisão partia de seu livre arbítrio, pois não havia sugestão dos amigos espirituais para assim proceder.  Aproveitando a ova psicosfera, Anacleto convidou o grupo a deixar Mauro com seus pensamentos, pois o paciente necessitava ouvir-se, assumir compromissos, sendo apenas assessorado pela mãezinha.  
A genitora passou a recordar Heraldo pai de Mauro, que a havia abandonado pouco antes de desencarnar. Ela não havia recebido notícias do esposo no plano espiritual e preocupava-se fraternalmente com ele. Orou com ternura e perdão, rogando misericórdia e compaixão pois julgava que Heraldo, como qualquer criatura de Deus, era merecia ser alcançado pelo amor divino.
Com o amanhecer, o grupo passou a acompanhar os atendimentos fraternos da instituição onde estavam albergados. A atividade reunia duas equipes: encarnados e desencarnados, cada qual com um responsável. 
Os companheiros que militavam naquela Casa Espírita era, treinados espírita e psicologicamente e periodicamente reavaliados e reciclados, de modo a promoverem cooperação bondosa e sensata, a luz da doutrina Espírita.
As pessoas que desejavam orientação eram reunidas em uma sala ampla, recebiam esclarecimento por meio de leitura e comentários de uma página espírita e recebiam passes coletivos. Os que desejassem podiam seguir ao atendimento pessoal, discreto e carinho em salas diversas.
O grupo acompanhou três atendimentos fraternos:
1)           Uma mulher em quadro obsessivo bem caracterizado foi atendida por uma senhora trabalhadora da casa, de aspecto gentil e claridade espiritual. Uma entidade afável a inspirava a palestra de modo a afastar momentaneamente o obsessor.
Ainda ofegante, a obsidiada apenas comentou que sua vida era um verdadeiro inferno e isso a tornava uma criatura insuportável em casa, no trabalho e consigo mesma. Algo a amedrontava: algum médium havia revelado o processo obsessivo em que estava envolvido e ela buscava consulta com Ricardo para auxiliá-la.  A trabalhadora explicou que havia uma triagem para encaminhamento a Ricardo, em razão da grande procura, dos casos mais graves.
Julgando portadora de caso grave, a senhora queria confirmar com a trabalhadora que estava de fato obsidiada, porém a gentil ouvinte esclareceu que
 “Todos o somos, porque momentos há em nossas vidas em que o desequilíbrio nos toma conta, e atraímos Espíritos ociosos, perversos, vingativos, dos quais não sabemos como libertar-nos.”
“Acredito sim, que você vem agindo sob inspiração perturbadora, como é natural, em face dos muitos problemas que relata, mas isso não a deve afligir, porque se encontra onde poderá receber reforço de coragem e recursos para a libertação.”
A trabalhadora enfatizou a necessidade da oração e vigilância e recomendou a leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo, passes, palestras e estudos do Espiritismo, para libertar-se não só do obsessor, mas ajudar os que também estão na mesma situação.
Miranda observou que o atendimento prestado evitou o interrogatório desnecessário, que o atendente mais ouviu que falou e que aconselhou conforme a doutrina, não caindo em achismos e interpretações de sua vivência.
2)           Uma senhora foi encaminhada a uma jovem atendente pouco experiente, embora psicóloga.
Inquieta a senhora passou a narrar seu sofrimento conjugal. Seu casamento de 10 anos passava por crise sexual: o marido com quem tinha relação sexual equilibrada, passou a visitar motéis e assistir filmes eróticos, pornográficos, exigindo dela conduta semelhante. O sentimento de ultraje, repulsa e nojo a invadia, ao mesmo tempo que temia a separação, caso se recusasse a ceder aos caprichos do esposo. Buscava uma resposta objetiva sobre o que deveria responder ao marido.
A atendente tranquila, começou a explanação fazendo-a entender que seu drama era usual, pois que “o sexo tornou-se objeto de perturbação e de infelicidade.” Ela lembrou que o matrimonio é um contrato social e moral, que envolve laços de amor na edificação de uma família, portanto de resultados espirituais para ambos os cônjuges.
No entanto, de forma bastante sensata, afirmou que não caberia a ela dizer como deveria proceder, o que iria ferir seu livre arbítrio. Que entendia que o companheiro estava doente, necessitava de terapia com um sexólogo. Sugeriu que o casal conversasse serena e sinceramente, que a senhora buscasse a oração para se manter serena e amando o esposo desajustado. Recomendou O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Espíritos e convidou o casal a frequentar a casa, para usufruir da atmosfera psíquica de amor e paz.
Agradecida a senhora partiu beneficiadas pelas palavras amigas e pelos fluidos do assistente espiritual.
3)           Um casal de meia idade, de face amargurada e debilidade orgânica foi recebido por um trabalhador afável que percebeu pelo tremor e silêncio a angústia de seus corações. Diante de saudação carinhosa, deixaram-se dominar por lágrimas de saudade do filho único que haviam perdido em um acidente cruel. A dor os fazia pensar em morrer, pois a vida não tinha mais sentido. Buscaram a casa espírita para saber se o filho ainda vivia e se estava bem no plano espiritual.
O atendente explicou que ninguém perde um filho, pois q a morte não é o fim da vida, apenas o começo de uma nova etapa. Lembrou então do sofrimento de Maria com a morte de Jesus na Cruz e de sua aparição em espírito três dias depois. Convidou o casal a refletir sobre Jesus e afirmou que o filho estava bem, caso o acidente não tenha resultado de imprudência ou desequilíbrio. Em poucas palavras e de forma simples explicou a reencarnação, a lei de ação e reação e a felicidade de retornar a pátria espiritual, libertando-se do corpo material. Por fim, ele os encaminhou ao atendimento com Irmão Ricardo, enquanto o atendente espiritual aplicava passes reconfortantes.
Nos três atendimentos Miranda notou que fisicamente eram anotados nomes e endereços e que espiritualmente essas informações eram repassadas pelo Mentor espiritual a um membro da equipe de visitadores a fim de oferecer assistência espiritual conforme a receptividade dos que ali buscavam ajuda.
Miranda não cabia em si de contentamento ao observar o atendimento fraterno realizado. Anacleto acercou-se dele e explicou
“Quando o amor dirige os sentimentos e o pensamento, as ações, inegavelmente, são corretas e dignificadoras. O Espiritismo é a chave que decifra os enigmas existenciais. Vivê-lo com simplicidade, desvesti-lo das complexidades com que algumas pessoas desejam envolve-lo, por preterirem sempre as complicações ao equilíbrio, é dever de todos nós, encarnados e desencarnados, que lhe somos afeiçoados.” 
Anacleto convida Miranda aguardar a noite, quando irão acompanhar o atendimento prestado por Ricardo aos que lhe foram encaminhados.

Resumo elaborado por Ana Cecília Santos. Favor manter os créditos.

9. LUTAS E PROVAÇÕES ACERBAS

Anacleto levou o grupo até o palácio episcopal, para onde Mauro se dirigia. Mauro solicitou falar com o bispo em particular, pois o assunto era grave. Na capela interna, de joelhos, Mauro desabafou que havia pecado é que para esse erro não havia perdão.
O confessor ficou chocado à medida que os acontecimentos eram relatados, jamais imaginaria a gravidade da confissão do sacerdote. A sua experiência e sua sinceridade no cumprimento do dever, permitiu orientar o jovem atormentado.
E sabendo que apenas a dona Eutimia tinha conhecimento do comportamento inadequado de Mauro, orientou que este aguardasse até amanhã, pois iria atender o esposo dela que havia solicitado uma audiência.
O bispo perguntou a Mauro como ele pôde, durante tanto tempo, agir desta forma, denegrindo a sua imagem, ferindo vidas em formação. Então, ele pediu que Mauro retornasse ao lar e se submetesse a pena que ele iria lhe passar. Além disso, ele não poderia celebrar nenhum ato litúrgico e, sua suspensão iria ser justificada devido a uma enfermidade.
Ainda em choque, o confessor disse que não poderia absolvê-lo do pecado, sem saber a versão da diretora e de consultar os códigos do Direito Canônico. Ele pediu que Deus o perdoasse, pois ele não era capaz e que ele não fizesse mais nada para piorar a sua situação. O sacerdote pálido e envergonhado retornou ao lar.
O bispo era um homem sincero e dedicado ao seu apostolado e conhecia as misérias humanas, porém a confissão do sacerdote feriu-o profundamente. Assim, após a saída de Mauro, ele foi até o altar-mor e ajoelhado orou por mais de meia hora, retornando em seguida as suas atividades.
Anacleto e o grupo se deslocaram até a Instituição Espírita, para acompanhar o atendimento fraterno realizado pelo médium Ricardo.
 palestra que estava sendo dada era sobre a Conquista da consciência ante o conhecimento espírita.
Algumas pessoas assistiam à palestra extasiada umas cochilavam, pois estavam vinculadas a Entidades que as anestesiavas para que não aproveitassem os benefícios do aprendizado e nem das energias salutares do ambiente.
Ao término da reunião doutrinária, aqueles que iriam ser atendidos pelo médium se acomodaram nos lugares reservados.  Bem humorado e jovial, o médium, amparado pela sua mentora, conversava com os selecionados, transferindo energias saudáveis aos aflitos, esperança aos alucinados e cépticos e paz aos desesperados.
Após saudar o casal que havia perdido o filho de forma trágica, o médium os instruiu de que a morte era libertadora. Que muitas vezes a sua ocorrência nos revoltava, devido à perda do ser amado. Porém, se tivéssemos conhecimento da imortalidade, compreenderíamos que morrer é libertar-se, Mara mais tarde nos reencontramos. A morte é bem-vinda, não sendo uma tragédia e nem motivo de aflição.
Marcos, o filho amado, não havia morrido, apenas mudara- se para um Mundo melhor, sem dores, sem separação e amarguras. Naquele momento estava ali e o médium podia vê-lo e ouvi-lo.
O casal, que antes olhavam o médium com simpatia e esperança, começou a chorar e a mãe de Marcos levantou-se, segurou na mão do médium e começou a perguntar sobre o filho. Em seguida, foi contida pelo marido.
Ricardo, comovido com a dor e alegria da mãe, disse que Marcos estava bem e recuperado. O que parecia um grande mal, na verdade, era uma benção. Fora uma desencarnação por merecimento. Ele partiu, porque não mereciam, nem ele e nem eles, sofrer, caso ele permanecesse vivo, pois ficaria em estado vegetativo. Deus que é todo Todo-Amor amenizou a dor de todos, reconduzindo Marcos ao Lar. 
Marcos agradeceu o carinho que recebeu dos pais e a felicidade que desfrutou durante os seus vinte e seis anos de vida, o que foi suficiente para alcançar as metas estabelecidas.
O casal agradeceu a Deus pela oportunidade de esclarecimento e reflexão. Aquela reunião mudaria completamente as suas existências.
Ricardo informou que o filho deles havia recebido toda a assistência ao desencarnar e que foi recebido pela avó materna, que também estava presente os envolvendo com doces vibrações. 
Durante algum tempo, o casal ainda foi esclarecido e orientado a estudar as obras básicas da doutrina espírita, deixando a casa espírita renovado e vitalizado.
Anacleto fez algumas explicações: "a mediunidade com Jesus é uma ponte de duas mãos que faculta a viagem de ida na direção do Senhor é traz a mensagem de volta em Seu nome. Por mais se deseje encarcerar o Espiritismo nas faltas científica e filosófica, dissociando-o dos seus conteúdos ético-morais-religiosos, ele sobreviverá como o Consolador que Jesus nos prometeu, conforme bem o definiu Alan Kardec sob a segura orientação dos guris da Humanidade."
Verificamos que na Doutrina Espírita não há quaisquer símbolos ou motivos que induzam o interessado em crer sem compreender e aceitar sem raciocinar.
A dor aguarda fatos e não discussões sem sentido, socorro imediato e consolador no lugar de alucinação e a caridade recomendada pelo codificador.
Anacleto fez observar que as pessoas entravam em desespero e saiam renovadas após a palestra e o atendimento fraterno. 
 E essa era a melhor parte, conforme o ensinamento de Jesus a Marta, "aquela que não era tirada."
Ao final do atendimento, todos se deslocaram para a casa paroquial, a fim de acompanhar o caso de Mauro.

Resumo elaborado por Débora Loures. Favor manter os créditos.

10. RECOMEÇO DIFÍCIL E PURIFICADOR

*Auto obsessão
*Vigilância e Prece
*Sintonia Espiritual

Na casa paroquial, Mauro estava cansado, em poucas horas, após a confissão parecia ter envelhecido anos. Isso mostra o sinal do sincero arrependimento que o dominava.
Buscava Deus no pensamento, mas imperava a vergonha e a culpa. Lembrava-se dos abusos que sofreu na infância pelo pai... à medida que se aprofundava nas deletérias recordações, uma Entidade acerca-se dele, sugestionando ideias suicidas.
Anacleto, sempre vigilante, solicita aos assistentes que se concentrem no centro de força cerebral.
Miranda se espanta ao perceber a habilidade do inimigo ao induzir Mauro ao suicídio, como se tal atitude fosse a única solução do problema e, essa indução Mauro percebia como uma reflexão sua e não uma sugestão do obsessor. (Daí a importância da vigilância até para distinção dos nossos pensamentos e dos sugestionados).
Para Mauro o suicídio fazia sentido...lembrou-se de uma jovem que havia se confessado há pouco tempo...e que solteira, com uma gravidez inesperada, sem o apoio da família, que não aceitaria, e sem o apoio do amante, não viu nenhuma solução além de tirar a própria vida (e da criança também!) O padre, sem muita convicção, tentou ajudar a jovem. Tudo em vão, na noite seguinte a jovem buscou a morte através do gás que a anestesiou até por fim a sua existência terrena.
Com a mente invadida pelo algoz, percebia que esse era o caminho, tirar a vida através do gás, de uma forma repousante, para chegar ao país do nada ou no inferno sem retorno.
O inimigo estava prestes a acionar seu centro de movimentos para que executasse a fuga covarde. Mas Anacleto percebeu a aflição da mãezinha de Mauro e disse-lhe que ela deveria intervir junto ao filho, despertando-o para a realidade.
Assim, Anacleto, Dilermando, Miranda e dona Martina concentraram-se para oferecer-lhe energias próprias para aquela ação. Ela deveria focar o campo mental do filho e chama-lo nominalmente, até ele responder.
“Mauro, ninguém morre. Recorde-se, nesse momento, de Jesus.”
A onda vibracional penetrou no cérebro do sacerdote que experimentou o choque por todo o corpo, despertando da sugestão doentia.
Por conta da força de amor decorrentes da prece, o adversário desconectou-se da mente de Mauro. Percebeu, então, que os outros o observavam com expressão de misericórdia e compaixão.
Experimentando um estado superior de consciência alterada, Mauro percebeu o apelo da mãezinha e a viu, na sua frente, com as mãos estendidas.
Ela diz: “O Senhor deseja a morte do pecado, nunca a do pecador. Não há mal para o qual não exista remédio, nem ação nefanda que possa ser considerada irrecuperável. O teu é um erro hediondo mas o amor do Pai é infinito, e pode albergar todos os crimes para diluí-los, ajudando os criminosos a se recuperarem a fim de auxiliarem as vítimas que infelicitaram.”
“Este é o teu momento de redenção. É o teu momento de expiar. Aproveita este breve instante e recompõe-te mentalmente, preparando-te para experimentares as mais cruas dores e rudes humilhações, decorrentes dos teus próprios atos, mas que te oferecerão os meios para ajudares a todos quantos feriste os sentimentos de pureza e de dignidade, conferindo-te meios para a ascensão que te aguarda.”
A figura da mãe desvaneceu-se deixando uma sensação de paz no coração dilacerado de Mauro. Essa é a resposta dos céus, diante das preces aflitivas da Terra.
Mauro adormeceu, a mãe feliz continuou a vela-lo. Anacleto, Dilermando e Miranda retornavam ao Núcleo Espírita; Miranda pergunta: quem era aquele inimigo de Mauro, que aparece de repente querendo o seu suicídio?
Anacleto informa que Mauro, quando esteve encarnado como Madame X infelicitou muitas vidas, misturava favores sexuais com interesses políticos, tornando-se agente de assembleias perversas, onde praticaram muito mal a várias pessoas. Aquele obsessor fora vitimado por perseguição política e, Madame X fora responsável pela sua queda, conduzindo-o a uma armadilha onde perdera a existência corporal, além da memória enlameada.
Anacleto alerta sobre a responsabilidade das nossas ações, que poderão tornar-se criminosas, caso sejamos invigilantes.
Na instituição, Manoel Philomeno observa o grande número de Espíritos trabalhando no local: alguns no salão doutrinário; grande número de encarnados em desdobramento parcial; muitos desencarnados buscavam setores de socorro para solicitar amparo aos familiares encarnados; muitos que estiveram na instituição pela manhã, foram trazidos em desdobramento para continuar o atendimento; pais que levavam os filhos para terapias espirituais... Era uma colmeia de ação ordenada!
“Tudo respirava o oxigênio do amor e da vida, enquanto o silêncio e a noite amortalhavam no sono físico os homens e as mulheres recolhidos nos lares.”
Anacleto seguiu diretamente à sala mediúnica, onde seria desenvolvida uma ação meritória.
“Não era uma reunião como as anteriores, que tinham por objeto atender aos desvarios dos desencarnados em comunicações mediúnicas. Ali se encontravam alguns Espíritos nobres acompanhados de assessores, que deveriam discutir uma questão de importância que se iria delinear.”
Philomeno percebe a superioridade espiritual de Anacleto que se apagara para estar com aquele grupo para atender aos apelos de dona Martina.
Após os cumprimentos, iniciou-se a reunião que tinha por objetivo o estudo de um plano em benefício de um Espírito que, há várias décadas, experimenta o horror na cidade das paixões servis, cidade que ele auxiliara a erguer antes de reencarnar. Anacleto solicitou compaixão e misericórdia para aqueles irmãos que vivem essa loucura.
Formariam um só bloco de pensamento, que permitisse atravessar as barreiras da comunidade de perversão, para auxiliar, sem julgamentos, para servir os que necessitassem.
Anacleto, então, começa a narrar a história do marques de Sade: alguns o consideram grande novelista, outros o veem como grande portador de distúrbios mentais e emocionais, especialmente no que diz respeito a conduta sexual, passou muitos anos de sua vida como praticante de tormentosas aberrações no campo da sodomia e de outras criadas pelo seu desvario.
A verdade é que descendia de uma família das mais nobres e distintas da Provença, nascido em Paris, ingressou na cavalaria aos 14 anos, onde saiu como segundo tenente, fez parte do regimento do rei; chegando ao posto de capitão, após a guerra dos Sete Anos.
Em 1763, regressou a França e casou-se com uma das filhas do presidente Montreuil, mas amava a cunhada que fora mandada para um convento, irmã mais nova de sua esposa. Esse desgosto arruinou a sua vida interior e, a partir desse fato, iniciou os atos de desregramento moral.
Várias vezes foi preso, por causa de seus abusos e barbariedades cometidos com as mulheres que se envolviam com ele, e solto, por conta de seus títulos e nome de família. Numa dessas idas e vindas do cárcere, seduziu a cunhada que fugiu do convento. Foram para a Itália, mas a felicidade durou pouco, porque a jovem desencarnou e ele voltou para a França e continuou a viver na luxúria degenerada.
Passou algum tempo na Bastilha, e naquele cárcere, conseguiu desenvolver um meio para se comunicar com os transeuntes: utilizava um tubo, onde gritava impropérios de maus tratos e perseguições; ele inspirou e estimulou a Revolução de 1789. Contribuiu em favor da destruição da hedionda prisão.
Foi abandonado pela esposa, que não o suportava, embora também partilhasse os desregramentos, recolheu-se num convento; Passou a velhice de uma forma moderada, deixou um imenso legado literário que não se destaca pela qualidade, mas pela vulgaridade.
Desencarnou louco, no manicômio de Charrenton aos 74 anos mal aproveitados. Os seus desregramentos deram lugar a uma designação derivada de seu nome para um tipo de perversão sexual, denominada sadismo.


Resumo elaborado por Maria Fernanda Ribeiro. Favor manter os créditos.

ESTAMOS DE VOLTA!

Olá amigo de ideal espírita, depois de um período, retornamos com nosso estudo de livros espíritas. Agora em novo formato e muito mais inter...