sábado, 29 de setembro de 2012

Entre a Terra e o Céu - Livro do Mês de Outubro 2012

Conteúdo doutrinário:


Esta obra prima (o trocadilho é proposital) pela singeleza: tem início com a prece sincera de uma jovem, solicitando proteção da mãe (desencarnada), a qual não tinha condições de atendê-la... Aí, então, somos logo esclarecidos quanto à “prece refratada” (aquela que tem o impulso luminoso desviado do endereço original, indo, ou melhor, subindo a Planos Espirituais superiores, de onde o atendimento é prontamente deflagrado). Dessa forma, “apenas” uma prece desencadeia todo o texto deste livro.

A trilha narrativa é toda ela embasada na família, no que ela representa de dramas cotidianos, de conflitos multiplicados, de processos obsessivos instalados, tudo isso no lar — mas, sobretudo, fala da Bondade de Deus, propiciando permanentes oportunidades de reconstrução, através reajustes, quase sempre dolorosos, mas de benéficos resultados morais.

O reajuste familiar — talvez o mais fundamental dos objetivos divinos da reunião consangüínea de seres (a família) sob um mesmo teto (o lar) — desemboca, invariável e vitoriosamente na harmonia, na paz e no amor!

O aguilhão da culpa é aqui descrito com cores fortes, num alerta de fantástico valor pedagógico.

Há, ainda, até onde sabemos, ao menos um ensino espírita inédito: o referente aos chacras,

Reverberando lições do Mestre Jesus encontramos momentos de sublime leitura, quando personagens em demorado litígio se predispõem agora (“enquanto estão a caminho”...) ao perdão, em lances dramáticos de reconciliação.

A ação protetora do Plano Espiritual, jamais negada aos encarnados e aos desencarnados é expressão maior nesta obra, a espelhar o Amor do Criador para com todas as Suas criaturas.

SINOPSE

Cap I – Em torno da prece – O potencial de atendimento da prece tem infinitos degraus, sendo diretamente proporcional ao degrau evolutivo daquele que a faz. Se alguém nutre desejo de perpetrar uma falta não estará em prece e sim em “invocação”. Para o bem ou para o mal nossas aspirações sintonizam, respectivamente, mentes elevadas ou mentes estagnadas na ignorância — a escolha é nossa, tanto quanto o alcance das conseqüências, felizes ou infelizes.

Cap II – No cenário terrestre – Deparamo-nos aqui com uma prece refratada (comovedora) e aprendemos sobre a relatividade do livre-arbítrio, ou “fatalidade relativa”. O capítulo mostra ainda a infeliz teia que prende vários personagens (encarnados e desencarnados), sendo auxiliados graças ao apelo feito ao Plano Espiritual por uma jovem bondosa, cuja encarnação houvera sido organizada em “Nosso Lar”.

Cap III – Obsessão – Num caso de grave obsessão (entre dois Espíritos — desencarnado, o obsessor, e encarnado, o obsidiado) é-nos esclarecido que uma separação brusca entre ambos, pode ocasionar graves conseqüências para a obsidiado, talvez a morte do corpo (!).

Cap IV – Senda de provas – Intenções podem ser atenuantes ou agravantes para todo aquele que formula idéias e nelas se fixa. Desejos são forças mentais coagulantes, ensejando ações venturosas ou de dolorosas resultantes.

Cap V – Valiosos apontamentos – O mar é fonte inesgotável de fluidos reconfortantes para enfermos encarnados e principalmente desencarnados. A enfermidade longa é aqui mostrada como sendo bênção mal aquilatada pela maioria dos doentes que por ela passam ou que, em conseqüência, venham a desencarnar.

Cap VI – Num lar cristão – Mulher abandonada pelo marido educa seus filhos dentro da moral cristã. Vemos preciosa reunião familiar de preces e estudos referentes aos ensinos de Jesus — principalmente a excelência de benesses desencadeadas pelo perdão das ofensas.

Cap VII – Consciência em desequilíbrio – O capítulo leciona-nos sobre o problema da culpa: um criminoso (no caso, um Espírito desencarnado) fixou na mente o crime que cometeu (assassinato) e as últimas expressões da vítima; vive perturbado há décadas, embora a própria vítima já tenha até reencarnado. Essa imagem se revitaliza cada dia em sua memória.

Cap VIII – Deliciosa excursão – Mães (Espíritos encarnados, no desdobramento do sono) são levadas por Espíritos benfeitores ao Plano Espiritual para visitar filhos seus, desencarnados em pouca idade. O deslocamento, por volitação, justifica o título do capítulo. O esquecimento do passado tem aqui vigorosa defesa, por constituir bênção divina, nem sempre assim considerada.

Cap IX – No Lar da Bênção – É importante colônia educativa de Espíritos desencarnados, ainda crianças. Vemos o caso de um ex-suicida que na reencarnação seguinte morre afogado no mar. Na Espiritualidade, seu perispírito apresenta profunda chaga na garganta, que o atormenta sem cessar.

Cap X – Preciosa conversação – São citados valiosos ensinamentos referentes aos Espíritos desencarnados quando ainda crianças. Geralmente, tais Espíritos, em vidas passadas, eram muito inteligentes, dominadores e egoístas. Após períodos mais ou menos longos de purgação, recebem a bênção de nova reencarnação, retornando necessitados de silêncio e solidão que lhes proporcione desvencilharem dos envoltórios inferiores em que se enredaram. É citado o infeliz e largamente praticado ato do “infanticídio inconsciente e indireto” de terríveis conseqüências para as mulheres que se comportam “mais fêmeas que mães”, na forte expressão do capítulo.

Cap XI – Novos apontamentos – Inércia e trabalho, atraso e adiantamento espirituais: eis o que leciona este capítulo, demonstrando o quanto o serviço e o servir são bênçãos. Recebemos preciosos ensinamentos sobre os templos de oração (em particular, a visão espiritual das diferentes missas católicas).

Cap XII – Estudando sempre – Heranças genéticas (dos pais) e heranças espirituais (de nós mesmos) são expostas: no primeiro caso, à luz da lei de sintonia e atração; no segundo, por merecimento. A dor é vista como concessão do Pai Celestial, para nosso próprio reajuste (!).

Cap XIII – Análise mental – O fantástico porvir da cirurgia psíquica é aqui noticiado. Reflexões sobre Freud (Sigmund Freud – 1856/1939) apontam a verdade incompleta de sua obra, na qual há ausência do bálsamo curativo aos problemas da alma. São explicadas como se processam as modificações do perispírito, pelas emoções. É citada a realização de uma regressão espiritual, mas sob rígido controle espiritual.

Cap XIV – Entendimento – Vítimas e criminosos são postos frente à frente, sob amparo de Benfeitores espirituais, com vistas a harmonizarem-se.

Cap XV – Além do sonho – O sonho, sob a ótica da vigília: enquanto o corpo se refaz pelo sono, a alma invariavelmente procura o lugar ou o objeto a que imanta o coração. (Daí a recomendação espírita de, ao se preparar para dormir, criar o hábito da oração, precedida de leitura evangélica).

Cap XVI – Novas experiências – É narrado o encontro, no Plano Espiritual, de dois encarnados (desdobrados pelo sono) — um, acusador terrível; o outro, humilde, pedindo perdão. Os fatos que os unem remontam a passado longínquo.

Cap XVII – Recuando no tempo – Com auxílio do Espírito benfeitor, o acusador recobra a memória de vida passada, onde se vê também criminoso...

Cap XVIII – Confissão – Temos aqui o depoimento-confissão de dois Espíritos que se envolverem num drama passional (atração pela mesma mulher), do que resultaram complicadas e funestas conseqüências futuras, não só para ambos como para a própria mulher.

Cap XIX – Dor e surpresa – O capítulo prossegue no fio narrativo das reminiscências dos personagens que se atrelaram em desatinos do passado. Sobressai o ensinamento de que os Espíritos protetores, visando resolver desavenças de contendores, proporcionam-lhes, com rígida segurança, recordações de vidas passadas. Não obstante, tanto no sonho como na vigília de ambos, impedem a lembrança de determinados lances. Isso porque, do contrário, o equilíbrio mental de tais excursionistas ao passado poderia ficar seriamente comprometido.

Obs: A lição deste capítulo parece-nos trazer um alerta quanto à TVP (Terapia de Vidas Passadas), no sentido de que no Plano Espiritual a regressão de memória é feita com rígido controle e seleção das recordações, algumas das quais são obstadas. No plano material, quem tem tal competência?)

Cap XX – Conflitos da alma – Salvo melhor juízo, este capítulo inaugura na Literatura Espírita o milenar estudo esotérico (da filosofia hindu) sobre os 7 (sete) principais chacras — centros de força — localizados no perispírito. Como acréscimo, temos valiosas considerações espíritas.

Cap XXI – Conversação edificante – Reflexões magníficas sobre a problemática das doenças e da dor, resultantes dos nossos maus atos, fixando sintomas no psiquismo e fazendo irromper variadas patologias no corpo físico.

Cap XXII – Irmã Clara – É-nos mostrada a diferença entre doutrinar e transformar: no primeiro caso é exigida força magnética capaz de operar sobre a mente de quem está em recuperação; no segundo, só o sentimento sublimado (amor) do doutrinador poderá operar a renovação da alma de quem se ajuda. A palavra é sempre dotada de energias elétricas específicas. A voz, uma das mais deslembradas bênçãos divinas, é também uma das mais mal empregadas. Jamais a indignação (mesmo que justa, como por exemplo, ante atos deliberadamente contrários às Leis de Deus) deverá se manifestar vestida de cólera.

Cap XXIII – Apelo maternal – Esclarecimentos sobre os danos causados pelo ciúme. O capítulo expõe como age a força do amor na transformação de quem alimenta idéias de destruição. O Espírito protetor, ao ajudar alguém nos descaminhos da cólera, cita, de passagem, que ele próprio espera, “há vinte e dois séculos” (!), pela redenção de uma criatura que lhe é cara, mas que ainda não se inclinou em sua direção.

Cap XXIV – Carinho reparador – Ceder, no caminho áspero, via de regra traz recomposição da harmonia em nossas vidas. O lar não é apenas domicílio de corpos, mas sim, um ninho de almas, onde a provação e a dor são abençoadas instrutoras-guias que nos aproximarão mais e mais de Deus.

Cap XXV – Reconciliação – O poder do perdão, sob a força de sinceridade plena, opera maravilhas da paz. A oração sem ação é como flor sem perfume. Pequenas caridades no lar contribuem para a harmonia doméstica e a alegria dos que ali residem.

Cap XXVI – Mãe e filho – Comovente reencontro, no Plano Espiritual, entre mãe (espiritualmente renovada para o bem) e o filhinho sofrendo seqüelas do passado, mas sob assistência de Espíritos protetores. Podemos e devemos refletir sobre a excelência dos planejamentos reencarnatórios, elaborados individualmente, mas proporcionando oportunidades para reajustes de vários Espíritos, simultaneamente. Novamente o alerta: recordações do passado não devem ser totalmente despertadas...

Cap XXVII – Preparando a volta – No Plano Espiritual permanecem as seqüelas das doenças dos Espíritos que quando encarnados não somaram condições para delas se libertar. Vemos aqui parte da movimentação espiritual que precede a uma reencarnação.

Cap XXVIII – Retorno – Há absoluta harmonia nas Leis Divinas (no caso, as reencarnações que trazem sofrimento para o que nasce e para os pais...). Ontem, alguém inclinou outrem à queda; hoje, ampara-o no soerguimento... A reencarnação é tipificada por vários ascendentes, sendo que em casos especiais o Plano Espiritual adequa cada corpo físico (através interferência nos cromossomos) ao desempenho de cada missão — no geral, as reencarnações ocorrem por automatismo dos princípios embriogênicos (magnetismo dos pais). É realçado o alto valor da maternidade, na qual a alma permanece por séculos aperfeiçoando qualidades do sentimento.

Cap XXIX – Ante a reencarnação – É explicada cientificamente a redução perispiritual dos reencarnantes. No Plano Espiritual, as crianças desencarnadas, na maioria dos casos, demoram tempo mais ou menos longo para alcançarem crescimento mental, como ocorre no plano físico. Há esclarecimentos quanto à hereditariedade genética.

Cap XXX – Luta por renascer – Vemos aqui o instigante caso de uma mulher grávida que, pelo contato espiritual com o filho (este, Espírito com débitos de consciência), sofre a chamada “enxertia mental”, com reflexos patológicos graves. Então, por sintonia (reciprocidade entre mãe e filho) ocorrem os chamados “sinais de nascença”, que são estados íntimos da futura mãe a se fixarem no futuro filho. São esclarecidos vários desdobramentos que surgem durante a gestação.

Cap XXXI – Nova luta – A reconciliação com os adversários, o mais depressa possível, é a tônica pedagógica cristã deste capítulo. O rancor adoece o coração e deixa o Espírito herdeiro de problemas presentes e futuros. A oração é remédio infalível quando o caso é de inimigos insuportáveis...

Cap XXXII – Recapitulação – O Plano Espiritual sempre encaminha fatos e pessoas de forma a que as adversidades sejam transformadas em harmonia. Aproveitar tais oportunidades será sempre construir os alicerces da paz íntima.

Cap XXXIII – Aprendizados – Vidas curtas na matéria podem representar refazimento perispiritual, para eliminação de matrizes negativas do passado, impressas no perispírito, por descaminhos morais. Moléstias longas e complicadas guardam função específica. Reflexões sobre casamentos imprudentes... Considerações sobre os anjos de guarda.

Cap XXXIV – Em tarefa de socorro – Vemos neste capítulo como o bem produz efeito salutar, gerando merecimento: socorro, nas horas difíceis de quem praticou a caridade e assim granjeia inúmeros amigos espirituais.

Cap XXXV – Reerguimento moral – A bênção da amizade pura expõe o valor de “um ombro amigo” e de como um afeto sincero, que aconselha sem julgar, pode amparar aquele que está em angústias, ferido de remorso.

Cap XXXVI – Corações renovados – O capítulo sinaliza e confirma que quando há divergências pessoais e um dos envolvidos se veste de humildade e oferta entendimento e perdão, na forma de caridade, desata-se o nó e na alma brilha o céu da paz, sob o sol do Amor, sem as nuvens da mágoa ou do ressentimento. E assim, os corações se renovam...

Cap XXXVII – Reajuste – Duas mães amparam o mesmo filho! A mãe encarnada, desajustada por complexo de culpa é levada (em desdobramento pelo sono) à Instituição Espiritual (“Lar da Bênção”), onde seu filhinho, após desencarnar, foi instalado, sob amparo de sua outra mãe (esta, desencarnada), de vida passada. Esse Espírito (o do filhinho desencarnado) teve a vida ceifada na infância, por duas vezes, a seu próprio benefício (refazimento perispiritual).

Cap XXXVIII – Casamento feliz – Comentários edificantes sobre o amor. O matrimônio, quando de alma com alma, forja alicerces da comunhão fraterna e do respeito mútuo. Há alerta enérgico sobre as afeições impulsivas e as paixões fugazes, que no casamento, se logo passam, deixam algemas no cárcere social...

Cap XXXIX – Ponderações – Na vida, há tempo para plantação e tempo para colheita. Na colheita de hoje, estaremos procedendo à reconstrução dos descaminhos nas vidas passadas. Aí, ressurge paralelamente o tempo de nova e alvissareira plantação. A maternidade proporciona, no santuário doméstico, a recomposição das afeições transviadas. Famílias difíceis representam sempre linhas de luta benéfica, a serviço da nossa evolução. Servir(!): privilégio que não devemos esquecer.

Cap XL – Em prece – Ao final desta inesquecível e suave obra encontramos uma encantadora e dulcíssima prece que — perdoem-nos a adjetivação — denominaríamos de “Prece de Casamento”. A saudade que emana do amor purificado leva a paz ao coração de quem assim ama, através o som amigo do vento, o perfume das flores e o brilho das estrelas, com o aceno da luz eterna.

Fonte: http://www.institutoandreluiz.org/sinopse_entreaterraeoceu.html


Fé e conhecimento

E.S.E - Cap. I – Item 8
A Religião e a Ciência são fontes de bem-estar na experiência diária.



Ciência extirpa o tumor.

Religião trata a descrença.

Ciência previne a epidemia.

Religião afasta o desespero.

Ciência pesquisa o Universo.

Religião revela a Eternidade.

Ciência sossega a dor.

Religião alivia a aflição.

Ciência produz o conforto.

Religião promove a paz.

Ciência elimina a infecção.

Religião controla o instinto.

Ciência cura enfermidades.

Religião resolve imperfeições.

Ciência melhora o mundo.

Religião aperfeiçoa a alma.

Ciência prolonga a vida física.

Religião aponta a imortalidade.

Ciência é o saber provado.

Religião é a ideia revelada.



Ciência e Religião devem se entender para o bem de todos, pois o conhecimento sem fé conduz ao fanatismo científico e a fé sem conhecimento, ao fanatismo religioso.

Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.

Ciência e religião


E.S.E - Cap. I – Item 8

Cuidados do corpo? Ciência.

Necessidades da alma? Religião.

Tecnologia? Ciência.

Espiritualidade? Religião.

Estrutura da matéria? Ciência.

Intimidade do Espírito? Religião.

Descobertas? Ciência.

Revelações? Religião.

Mundo físico? Ciência.

Dimensão espiritual? Religião.

Pesquisa do fenômeno? Ciência.

Vivência do sentimento? Religião.

Vida material? Ciência.

Imortalidade? Religião.

Só o fanatismo separa cientistas e religiosos, pois, desde que Allan Kardec codificou a Doutrina Espírita, Ciência e Religião se completam, investigando as leis naturais que regem o universo material e a dimensão espiritual.

Ciência é a fé do conhecimento. Religião é o conhecimento da fé.

Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.



kardec e Jesus


E.S.E - Cap. I – Item 7



Enganam-se aqueles que atribuem a Allan Kardec apenas o interesse científico e filosófico no Espiritismo. O Codificador, em todos os seus passos, dá nítidas demonstrações em contrário, alicerçando a novel doutrina no Evangelho de Jesus.



Falas das vidas sucessivas.

E da renovação íntima.

Exalta o raciocínio na fé.

E a submissão a Deus.

Descortina o mundo espiritual.

E a vida futura.

Desmistifica a morte.

E as penas eternas.

Proclama o bom senso.

E o amor ao próximo.

Disseca a mediunidade.

E a influência moral do médium.

Cita as desavenças do passado.

E o perdão aos inimigos.

Valoriza o progresso intelectual.

E o burilamento da alma.

Ressalta o primado da razão.

E o poder da humildade.

Explica as causas da dor.

E as bem-aventuranças dos aflitos.



Allan Kardec imprime no Espiritismo a essência de sua religiosidade que vem do passado longínquo e se estende à encarnação seguinte, quando o Mestre de Lyon veste a pele trigueira do medianeiro humilde, comprometido, durante toda a existência, com o Evangelho do Cristo.

Kardec e Jesus estão irmanados na obra redentora do Espírito. Jesus, anunciando a Boa Nova. Kardec, revelando o Consolador.

Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

NO DIA DA INCERTEZA


“Nós, porém, temos a mente de Cristo”.  Paulo (I CORÍNTIOS, 2:16)


Para qualquer de nós, chega o minuto das grandes hesitações.


Trabalhamos, por tempo enorme, no encalço de determinada realização e eis que, de chofre, todo o nosso esforço parece perdido...

Buscávamos diretrizes no exemplo de alguém, que aceitávamos como possuindo bastante virtude para guiar-nos a vida e esse alguém falha desastradamente no instante preciso em que mais lhe requisitamos as luzes...

Contávamos com certos recursos para o atendimento a compromissos diversos e esses recursos como que se evaporam, deixando-nos amarguradamente frustrados...

Retínhamos elementos valiosos que nos garantiam segurança e tranqüilidade e, por circunstâncias inelutáveis, nos vemos privados deles, largados à prova, sem alegria e sem direção...

Todos somos surpreendidos pelo dia nublado de incerteza em que nos reconhecemos perplexos.

Por dentro, ansiedade; por fora, consternação...

Não nos sintamos, porém, sozinhos.

Dispomos da mente de Cristo, o Divino Mestre da Alma.

Roguemos a Jesus caminho e sustento.

A hora da incerteza, é, sobretudo, a hora da prece.

Quando a sombra chega é o momento de fazer luz.

Do livro “Palavras de Vida Eterna” , pelo Espírito Emmanuel, Psicografia Francisco Cândido Xavier

domingo, 23 de setembro de 2012

É diferente

Inúmeros pensadores e líderes religiosos propagaram suas ideias, mas Jesus é diferente. O Divino Messias é a própria lição de amor nos caminhos da vida.



Ensina a honradez, mas com bondade.

Exalta a fé, mas sem fanatismo.

Insiste na paz, mas com trabalho.

Proclama o perdão, mas sem arrogância.

Acentua a justiça, mas com misericórdia.

Convida à humildade, mas sem subserviência.

Afirma a compreensão, mas com discernimento.

Ressalta a caridade, mas sem orgulho.

Anuncia a firmeza, mas com tolerância.

Exalça a resignação, mas sem conformismo.




Os precursores do Cristo, e os que vieram depois, semeando a mensagem do mundo espiritual, deixaram tratados e códigos a serem cumpridos.

Jesus, porém, nada ordenou. Viveu as lições que ensinou e resumiu o roteiro de luz na exortação inesquecível: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.



Adversário íntimo

Jesus e Kardec, cada um na própria dimensão histórica, tiveram opositores implacáveis.




Jesus foi atacado pelos saduceus. Kardec, pelos materialistas.

Jesus foi perseguido pelos sacerdotes. Kardec, pelos religiosos intolerantes.

Jesus foi injuriado pelos escribas. Kardec, pelos teólogos.

Jesus foi ameaçado pelos fariseus. Kardec, pelos fanáticos.

Jesus foi desafiado pelos doutores da Lei. Kardec, pelos mestres da ciência.

Jesus foi incompreendido pelos sábios. Kardec, pelos intelectuais.

Jesus foi hostilizado nas sinagogas. Kardec, nos púlpitos.

Jesus foi torturado com espinhos. Kardec, com agressões morais.

Jesus foi injustiçado pelos juízes. Kardec, pelos críticos.

Jesus foi crucificado à vista de todos. Kardec teve as obras queimadas em público.



O Mestre da Boa Nova e o Professor da Nova Revelação colheram adversários declarados, durante a missão sublime de anunciar e restabelecer as verdades divinas.

De nossa parte, guardemos vigilância e fidelidade aos ideais, para que não nos transformemos, por negligência ou arrogância, em adversários íntimos da causa que abraçamos, recordando que Jesus foi traído pelo discípulo do Evangelho e Kardec tem sido negado por aqueles que mais dizem honrar a Codificação Espírita.

Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.

Consultas espirituais

São inoportunas certas consultas ao mundo espiritual.




Futuro? Você escolhe.

Negócios? Você resolve.

Casamento? Você decide.

Saúde? Você se cuida.

Conflito? Você esclarece.

Dúvida? Você raciocina.

Destino? Você faz.

Dificuldade? Você trabalha.

Separação? Você pensa.

Conduta? Você sabe.



Amparado nas lições do Espiritismo, que revive o Evangelho de Jesus, procure você mesmo resolver os problemas do dia-a-dia, na certeza de que consultas inconvenientes aos Espíritos quase sempre acabam em respostas de Espíritos inconvenientes.



Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.

Evangelho redivivo

O Espiritismo é o Evangelho redivivo.




O Evangelho diz que a fé transporta montanhas. O Espiritismo anota que a força da fé está na razão.

O Evangelho diz que não se põe a candeia debaixo do alqueire. O Espiritismo evidencia a todos a luz do conhecimento espiritual.

O Evangelho diz que é preciso nascer de novo. O Espiritismo acentua a reencarnação como veículo de aperfeiçoamento.

O Evangelho diz que há muitas moradas na Casa do Pai. O Espiritismo refere-se aos mundos habitados, em diferentes escalas de evolução.

O Evangelho diz que se operam curas e milagres. O Espiritismo estuda os fenômenos mediúnicos e suas nuanças.

O Evangelho diz que os aflitos são bem-aventurados. O Espiritismo expõe com clareza as causas das aflições.

O Evangelho diz que os pobres de espírito têm o reino dos céus. O Espiritismo exalta a humildade como virtude essencial.

O Evangelho diz que não se pode servir a Deus e ao dinheiro. O Espiritismo ensina a utilidade providencial da riqueza.

O Evangelho diz que há trabalhadores da última hora. O Espiritismo indica que sempre é tempo para o serviço do bem.

O Evangelho diz que se há de ser perfeito. O Espiritismo assevera que a perfeição é o objetivo da transformação moral.



O Espiritismo desenvolve, completa e explica claramente, e a todos, os ensinamentos evangélicos, guardados sob a forma alegórica, razão pela qual Jesus e Kardec estão sempre afinados.

O Mestre Divino resume o Evangelho nos mandamentos que afirmam o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

O Discípulo Fiel, seguindo-lhe os passos, apresenta a Doutrina Espírita, proclamando com ênfase: “Fora da caridade não há salvação”.



Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.

Consolador Prometido

Deus fala às criaturas, de acordo com a necessidade e o entendimento de cada época.




Moisés aponta a Terra Prometida. Jesus anuncia o Reino de Deus. Kardec descortina o mundo espiritual.

Moisés legisla com ameaça. Jesus exemplifica o perdão. Kardec exalta a caridade.

Moisés aplica a justiça. Jesus usa de misericórdia. Kardec expõe a Lei de Causa e Efeito.

Moisés produz fenômenos. Jesus surpreende com prodígios. Kardec explica a mediunidade.

Moisés age com rigidez. Jesus ensina com bondade. Kardec revela bom senso.

Moisés disciplina. Jesus liberta. Kardec esclarece.

Moisés recebe os Mandamentos. Jesus comunica-se com o Pai. Kardec dialoga com o Espírito de Verdade.

O Espiritismo é o Consolador prometido pelo Cristo, para dar continuidade ao plano divino de conhecimento espiritual.



Moisés, a Lei.

Jesus, o Amor.

Kardec, a Razão.

Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Convite

E.S.E. - Cap. I – Itens 5 a 7


 Espiritismo é obra do Cristo e diz qual é a solução de tuas dificuldades.

Aflição? É a esperança.

Orgulho? É a humildade.

Fraqueza? É a coragem.

Egoísmo? É a caridade.

Violência? É a brandura.

Discórdia? É a fraternidade.

Mágoa? É o perdão.

Contenda? É a paz.

Intolerância? É a indulgência.

Conflito? É o entendimento.

Desespero? É a calma.

Cólera? É a paciência.

Desilusão? É a fé.

Ódio? É o amor.

Diante dos apelos negativos que te perturbam o trajeto evolutivo, a Doutrina Espírita revive o Evangelho de Jesus e te convida à transformação moral.

Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.

Louvor a Kardec

E.S.E. - Cap. I – Itens 5 a 7
Allan Kardec, ao apresentar “O Livro dos Espíritos”, em 18 de abril 1857, surpreendeu o horizonte intelectual e religioso do mundo com o sol de nova doutrina, impregnada de luz e esperança.
Entretanto, mal estudada e mal compreendida, a Doutrina Espírita é vítima da desinformação de muitos adeptos, que contrariam a Codificação Kardequiana.



Cultivam hábitos arraigados de formalismo religioso.

E Kardec alude à adoração em espírito e verdade.

Aceitam revelações sem o exame do bom senso.

E Kardec condiciona a fé ao crivo do raciocínio.

Transformam o passe em gesticulação complexa.

E Kardec fala da naturalidade da ajuda espiritual.

Conduzem com formalismo os atos religiosos.

E Kardec menciona o culto simples e sincero.

Perturbam as instituições com atitudes egoístas.

E Kardec elege a caridade como roteiro de paz.

Divulgam textos sem o resguardo da prudência.

E Kardec lembra os critérios de análise mediúnica.

Tratam o fenômeno como objetivo primeiro.

E Kardec ressalta a transformação moral.

Submetem o socorro do Alto a certo preço.

E Kardec insiste na mediunidade gratuita.

Sucumbem à curiosidade pelas vidas anteriores.

E Kardec salienta o esquecimento do passado.

Renegam o discurso religioso pelo intelectual.

E Kardec reafirma as lições do Evangelho.



O legado Kardequiano é a referência autêntica do Espiritismo e guarda em seu cerne a dimensão do Consolador prometido pelo Cristo.

Respeitemos, pois, todos nós, os espíritas encarnados e desencarnados, a obra doutrinária de Allan Kardec, louvando-lhe o extremado zelo à missão reveladora, até o ponto de voltar à crosta terrestre, em novo corpo, para desdobrar a Codificação do Espiritismo e testemunhar, mais uma vez, o profundo amor a Jesus, em toda uma existência consagrada ao bem.

Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.



Testemunho Espírita

E.S.E. - Cap. I – Item 5
A Doutrina Espírita oferece o roteiro para a transformação moral, mas você resiste a mudanças.


Conclama ao amor. E você se compraz no ódio.

Convoca ao perdão. E você persevera na mágoa.

Convida à caridade. E você persiste no egoísmo.

Acena com a misericórdia. E você mantém a intolerância.

Apela ao discernimento. E você tropeça na confusão.

Sinaliza com a esperança. E você se agita no desespero.

Chama ao entendimento. E você teima na questiúncula.

Concita à humildade. E você recalcitra no orgulho.

Sugere o trabalho nobre. E você adormece no desânimo.

Alicerça a fé no raciocínio. E você se agarra a superstições.



O espírita assume com a consciência a responsabilidade ser fiel aos princípios que abraça.

O Espiritismo é benção do Alto, revivendo o Evangelho de Jesus e você, seguidor de Allan Kardec, tem o compromisso inadiável de testemunhá-lo na própria vida.

Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.

Jesus te convida

E.S.E. - Cap. I – Itens 3 e 4

Jesus te convida a sair do atoleiro da inferioridade para a terra firme da renovação interior;



do orgulho para a humildade;

da ambição para o equilíbrio;

do ressentimento para o perdão;

da indiferença para a fraternidade;

da aflição para a calma;

do egoísmo para a caridade;

da intolerância para a indulgência;

da mentira para a verdade;

do desespero para a esperança;

da discórdia para a compreensão;

da mesquinhez para a bondade;

do ódio para o amor.



Não é fácil seguir o caminho da ascensão espiritual, mas o Evangelho de Jesus é o roteiro certo para a transformação íntima, convidando-te a sair da ilusão do mal para a realidade do bem.


Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.

Não basta

E.S.E - Cap. I – Itens 1 e 2
Observe. Você não pratica o mal, mas não constrói o bem.


Não mente, mas não luta pela verdade.

Não agride, mas não defende o fraco.

Não falseia, mas não assume o certo.

Não mata, mas não ajuda a viver.

Não rouba, mas não doa de si mesmo.

Não erra, mas não desculpa ninguém.

Não destrói, mas não edifica nada.

Não odeia, mas não se entrega à causa nobre.



Há muita gente que enxerga a virtude apenas em evitar o mal. Contudo, Jesus exemplificou, o tempo todo, a atividade no bem.

Não basta simplesmente lavar as mãos. É preciso usá-las no trabalho digno.

Do Livro “Vivendo O Evangelho – Vol. I”, pelo espírito André Luiz. Psicografia de Antônio Baduy Filho.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Vantagens do Perdão

"Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas também vosso Pai Celestial vos perdoará a vós..."


– Jesus (Mateus, 6:14)

Quando Jesus nos exortou ao perdão não nos induzia exclusivamente ao aprimoramento moral, mas também ao reconforto íntimo, a fim de que possamos trabalhar e servir, livremente, na construção da própria felicidade.

Registremos alguns dos efeitos imediatos do perdão nas ocorrências da vida prática.

Através dele, ser-nos-á possível promover a extinção do mal, interpretando-se o mal por fruto de ignorância ou manifestação de enfermidade da mente; impediremos a formação de inimigos que poderiam surgir e aborrecer-nos indefinidamente, alentados por nossa aspereza ou intolerância; liberar-nos-emos de qualquer perturbação no tocante a ressentimento; imunizaremos o campo sentimental dos entes queridos contra emoções, idéias, palavras ou atitudes suscetíveis de marginalizá-los, por nossa causa, nos despenhadeiros da culpa; defenderemos a tarefa sob nossa

responsabilidade, sustentando-a a cavaleiro de intromissões que, a pretexto de auxiliar-nos, viessem arrasar o trabalho que mais amamos; impeliremos o agressor a refletir seriamente na impropriedade da violência; e adquiriremos a simpatia de quantos nos observem, levando-os a admitir a existência da fraternidade, em cujo poder dizemos acreditar.

Quantos perdoem golpes e injúrias, agravos e perseguições apagam incêndios de ódio ou extinguem focos de delinqüência no próprio nascedouro, amparando legiões de criaturas contra o desequilíbrio e resguardando a si mesmos contra a influência das trevas.

Perdão pode ser comparado a luz que o ofendido acende no caminho do ofensor. Por isso mesmo, perdoar, em qualquer situação, será sempre colaborar na vitória do amor, em apoio de nossa própria libertação para a vida imperecível.

Do livro "Aulas da Vida", pelo Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A Independência

O movimento da emancipação percorria todos os departamentos de atividades políticas da pátria; mas, por disposição natural, era no Rio de Janeiro, cérebro do país, que fervilhavam as idéias libertárias, incendiando todos os espíritos. Os mensageiros invisíveis desdobravam sua ação junto de todos os elementos, preparando a fase final do trabalho da independência, através dos processos pacíficos.

Os patriotas enxergavam no príncipe D. Pedro a figura máxima, que deveria encarnar o papel de libertador do reino do Brasil. O Príncipe, porém, considerando as tradições e laços de família, hesitava ainda em optar pela decisão suprema de se separar, em caráter definitivo, da direção da metrópole.

Conhecendo as ordens rigorosas das cortes de Lisboa, que determinavam o imediato regresso de D. Pedro a Portugal, reúnem-se os cariocas para tomarem as providências de possível execução e uma representação com mais de 8 mil assinaturas é levada ao Príncipe regente, pelo Senado da Câmara, acompanhada de numerosa multidão, a 9 de janeiro de 1822. D. Pedro, diante da massa de povo, sente a assistência espiritual dos companheiros de Ismael, que o incitam a completar a obra da emancipação política da Pátria do Evangelho, recordando-lhe, simultaneamente, as palavras do pai no instante da despedida. Aquele povo já possuía a consciência da sua maioridade e nunca mais suportaria o retrocesso à vida colonial, integrado que se achava no patrimônio das suas conquistas e das suas liberdades. Em face da realidade positiva, após alguns minutos de angustiosa expectativa, o povo carioca recebia, por intermédio de José Clemente Pereira, a promessa formal do Príncipe de que ficaria no Brasil, contra todas as determinações das cortes de Lisboa, para o bem da coletividade e para a felicidade geral da nação. Estava, assim, proclamada a Independência do Brasil, com a sua audaciosa desobediência às determinações da metrópole portuguesa.

 Todo o Rio de Janeiro se enche de esperança e de alegria. Mas as tropas fiéis a Lisboa resolvem normalizar a situação, ameaçando abrir luta com os brasileiros, a fim de se fazer cumprirem as ordens da Coroa. Jorge de Avilez, comandante da divisão, faz constar, imediatamente, os seus propósitos, e, a 11 de janeiro, as tropas portuguesas ocupam o Morro do Castelo, que ficava a cavaleiro da cidade. Ameaçado de bombardeio, o povo carioca reúne as multidões de milicianos, incorpora-os às tropas brasileiras e se posta contra o inimigo no Campo de Santana. O perigo iminente faz tremer o coração fraterno da cidade. Não fosse o auxílio do Alto, todos os propósitos de paz se teriam malogrado numa pavorosa maré de ruína e de sangue. Ismael acode ao apelo das mães desveladas e sofredoras e, com o seu coração angélico e santificado, penetra as fortificações de Avilez e lhe faz sentir o caráter odioso das suas ameaças à população. A verdade é que, sem um tiro, o chefe português obedeceu, com humildade, à intimação do Príncipe D. Pedro, capitulando a 13 de janeiro e retirando-se com as suas tropas para a outra margem da Guanabara, até que pudesse regressar com elas para Lisboa.

Os patriotas, daí por diante, já não pensam noutra coisa que não seja a organização política do Brasil. Todas as câmaras e núcleos culturais do país se dirigem a D. Pedro em termos elogiosos, louvando-lhe a generosidade e exaltando-lhe os méritos. Os homens eminentes da época, a cuja frente somos forçados a colocar a figura de José Bonifácio, como a expressão culminante dos Andradas, auxiliam o Príncipe Regente, sugerindo-lhe medidas e providências necessárias. Chegando ao Rio por ocasião do grande triunfo do povo, após a memorável resolução do “Fico”, José Bonifácio foi feito ministro do Reino do Brasil e dos Negócios Estrangeiros. O Patriarca da Independência adota as medidas políticas que a situação exigia, inspirando, com êxito, o Príncipe regente nos seus delicados encargos de governo.

Gonçalves Ledo, Frei Sampaio e José Clemente Pereira, paladinos da imprensa da época, foram igualmente grandes propulsores do movimento da opinião, concentrando as energias nacionais para a suprema afirmação da liberdade da pátria.

Todavia, se a ação desses abnegados condutores do povo se fazia sentir desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, o predomínio dos portugueses, desde a Bahia até o Amazonas, representava sério obstáculo ao incremento e consolidação do ideal emancipacionista. O governo resolve contratar os serviços das tropas mercenárias de Lorde Cochrane, o cavaleiro andante da liberdade da América Latina. Muitas lutas se travam nas costas baianas, e verdadeiros sacrifícios se impõe os mensageiros de Ismael, que se multiplicam em todos os setores com o objetivo de conciliar os seus irmãos encarnados, dentro da harmonia e da paz, sempre com a finalidade de preservar a unidade territorial do Brasil, para que se não fragmentasse o coração geográfico do mundo.

José Bonifácio aconselha a D. Pedro uma viagem a Minas Gerais, a fim de unificar o sentimento geral em favor da independência e serenar a luta acerba dos partidarismos. Em seguida, outra viagem, com os mesmos objetivos, realiza o Príncipe regente a São Paulo. Os bandeirantes, que no Brasil sempre caminharam na vanguarda da emancipação e da autonomia, recebem-no com o entusiasmo da sua paixão libertária e com a alegria da sua generosa hospitalidade, e, enquanto há música e flores nos teatros e nas ruas paulistas, comemorando o acontecimento, as falanges invisíveis se reúnem no Colégio de Piratininga. O conclave espiritual se realiza sob a direção de Ismael, que deixa irradiar a luz misericordiosa do seu coração. Ali se encontram heróis das lutas maranhenses e pernambucanas, mineiros e paulistas, ouvindo-lhe a palavra cheia de ponderação e de ensinamentos. Terminando a sua alocução pontilhada de grande sabedoria, o mensageiro de Jesus sentenciou:

A Independência do Brasil, meus irmãos, já se encontra definitivamente proclamada. Desde 1808, ninguém lhe podia negar ou retirar essa liberdade. A emancipação da Pátria do Evangelho consolidou-se, porém, com os fatos verificados nestes últimos dias e, para não quebrarmos a força dos costumes terrenos, escolheremos agora uma data que assinale aos pósteros essa liberdade indestrutível.

Dirigindo-se ao Tiradentes, que se encontrava presente, rematou:

O nosso irmão, martirizado há alguns anos pela grande causa, acompanhará D. Pedro em seu regresso ao Rio e, ainda na terra generosa de São Paulo, auxiliará o seu coração no grito supremo da liberdade. Uniremos assim, mais uma vez, as duas grandes oficinas do progresso da pátria, para que sejam as registradoras do inesquecível acontecimento nos fastos da História. O grito da emancipação partiu das montanhas e deverá encontrar aqui o seu eco realizador. Agora, todos nós que aqui nos reunimos, no sagrado Colégio de Piratininga, elevemos a Deus o nosso coração em prece, pelo bem do Brasil.

Dali, do âmbito silencioso daquelas paredes respeitáveis, saiu uma vibração nova de fraternidade e de amor.

Tiradentes acompanhou o Príncipe nos seus dias faustosos, de volta ao Rio de Janeiro. Um correio providencial leva ao conhecimento de D. Pedro as novas imposições das cortes de Lisboa e ali mesmo, nas margens do Ipiranga, quando ninguém contava com essa última declaração sua, ele deixa escapar o grito de “Independência ou Morte!”, sem suspeitar de que era dócil instrumento de um emissário invisível, que velava pela grandeza da pátria.

Eis por que o 7 de setembro, com escassos comentários da história oficial, que considerava a independência já realizada nas proclamações de 1 de agosto de 1822, passou à memória da nacionalidade inteira como o Dia da Pátria e data inolvidável da sua liberdade.

Esse fato, despercebido da maioria dos estudiosos, representa a adesão intuitiva do povo aos elevados desígnios do mundo espiritual.

Do livro "Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho", Cap. XIX, pelo Espírito Humberto de Campos, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Saber ouvir

Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VII, item 1

Tumulto e vozerio, nos atritos humanos, pedem um tipo raro de beneficência: caridade de saber ouvir.

São muitos os que cambaleiam, desorientados, à mingua de tolerância que os ouça.

Convém, no entanto, frisar que palavras não lhe escasseiam. Falta-lhes o silêncio de um coração amigo, com bastante amor para ungir-lhes a alma, no bálsamo da compreensão; e, por esse motivo, desfalecem na luta, à feição do motor que se desajusta sem óleo.

Desdobraaas a mesa, ergue abrigo seguro, repartes a veste, esvazias a bolsa, atendendo aos que necessitam... Cede também o donativo da atenção aos angustiados, para que se lhes descongestione o trânsito das idéias infelizes, nas veredas da alma.

Para que lhes prestes, entanto, o amparo devido, não mostres o ar distante dos que não querem se incomodar e nem digas a frase clássica: "pior aconteceu comigo", com a qual, muitas vezes, a pretexto de ajudar, apenas alardeamos egocentrismo, à frente dos outros, sem perceber que estamos a esmagá-los.

É possível que os teus problemas sejam realmente maiores, entretanto, na Terra, ninguém possui medida conveniente para determinar a extensão dos sofrimentos alheios. Desce, pois, do alto nível de tuas dores, minorando aquelas que te pareçam mais simples.

Deixa que o próximo te relacione os próprios desgostos. Se tiveres pressa ou cansaço, não pronuncies respostas tocadas de superioridade ou aspereza, qual se morasse numa cátedra de heroísmo. Faze pausa, mesmo breve, e gasta um minuto de gentileza.

Todavia, sempre que possas, ouve calmamente, diminuindo a aflição que lavra no mundo.

No instante em que te caiba configurar a palavra, dize a frase que esclareça sem ferir ou que reanime sem enganar.

Se as circunstâncias te impelem às referências de ordem pessoal, seleciona aquelas que sirvam aos outros, na condição de escora e esperança.

Sobretudo, em ouvindo, não interrompas quem fala com a vara do reproche.

Geralmente, os que te procuram o entendimento para descarregar as agonias da alma, conhecem de sobra o calibre da cruz que eles mesmos colocaram nos ombros. Rogam-te apenas alguma pequenina parcela de energia que lhes assegurem mais alguns passos, caminho adiante.

Aprendamos a ouvir para auxiliar, sem a presunção de resolver.

O próprio Cristo consolando e abençoando, esclarencendo e servindo, não prometeu a supressãoimediata das provações de quantos o cercavam, mas, sim, apelava, sincero: "Vinde a mim, que eu vos aliviarei".

Do livro "Opinião Espírita", pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz, Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

Buscais e Achareis

Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXV, itens 1 e 2

Ânimo - nas provações.

Coragem - nas boas obras.

Paciência - na dor irreversível.

Esperança - no momento difícil.

Tolerância - na convivência familiar.

Renúncia - no sacrifício indispensável.

Resignação - na enfermidade crônica.

Disposição - nas tarefas do bem.

Humildade - no convívio diário.

Paz - nas atribulações.

********

Jesus disse: "Buscai e achareis". Busca, pois, a inspiração do Alto para todas as horas da vida e acharás em tuas atitudes a presença do Evangelho.

Do livro "Vivendo o Evangelho - Vol.II", pelo Espírito André Luiz, Psicografia Antônio Baduy Filho

Não imagine

Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.XVII, item 10


Ningúem precisa ser asceta para seguir as lições de Jesus. Você quer alguma coisa, mas se contém por receio de ofender os princípios evangélicos.

********

Quer dançar. Dance, mas com respeito.

Quer brincar. Brinque, mas com decência.

Quer usar jóias. Use, mas sem arrogância.

Quer passear. Passeie, mas com moderação.

Quer namorar. Namore, mas com respeitabilidade.

Quer se vestir bem. Vista-se, mas sem ostentação.

Quer se divertir. Divirta-se, mas sem excessos.

Quer se maquiar. Maquie-se, mas sem exagero.

Quer cuidar do corpo. Cuide, mas sem obsessão.

Quer ganhar dinheiro. Ganhe, mas com honestidade.

********

Não imagine que o Evangelho lhe imponha ausentar-se do mundo.

Jesus não se afastou da convivência com pessoas diferentes, esteve na festa de casamento, sentou à mesa do publicano, viveu os costumes de sua época, mas em nenhum momento deixou de ser ele mesmo no cumprimento da vontade de Deus.

Do livro "Vivendo o Evangelho - Vol. II", pelo Espírito André Luiz, Psicografia de Antônio Baduy Filho

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Simplesmente

Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.XVII, itens 1 e 2

Você busca a perfeição com perseverança.

********
Busca no amor. Sacrifica-se. Sofre. E ercebe que ainda tem raiva.

Busca na caridade. Dedica-se. Ajuda. E percebe que ainda é egoísta.

Busca na concórdia. Fala. Argumenta. E percebe que ainda se irrita.

Busca na paz. Conversa. Harmoniza. E percebe que ainda é agressivo.

Busca na humildade. Suporta. Silencia. E percebe que ainda é orgulhoso.

Busca no perdão. Esquece. Contorna. E percebe que ainda se vinga.

Busca na solidariedade. Amapara. Serve. E percebe que ainda compete.

Busca na  paciência. Compreende. Aguarda. E percebe que ainda é agitado.

********

Ninguémé perfeito, mas cada um tem o compromisso de tentar o esforço na prática do bem.

É simplesmente isso que Jesus espera de você.

Do livro "Vivendo o Evangelo vol.II", pelo Espírito André Luiz, Psicografia Antônio Baduy Filho


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A força do hábito


Por que é tão difícil se livrar de costumes e dependências


RESUMO

Quase metade das ações que executamos diariamente não são produto de decisões deliberadas, mas do hábito. Livros recentes mostram como rotinas se tornam vícios, como empresas se aproveitam dos costumes dos clientes para aumentar vendas e como mudanças de hábitos podem reduzir mortes em hospitais.

HÉLIO SCHWARTSMAN

Qualquer comportamento humano é o resultado da interação de uma série de variáveis, que incluem desde inflexíveis características genéticas até detalhes exoticamente mundanos, como a temperatura em que foi deixado o ar condicionado, passando pelo mais puro acaso. Se há uma força que se destaca nessa multidão de impulsos e disposições, é o hábito.

Pesquisadores da Universidade Duke estimaram, num trabalho de 2006, que mais de 40% das ações que executamos diariamente não são produto de decisões deliberadas, mas do hábito. Seria difícil superestimar sua importância.

Hábitos nos permitem executar uma miríade de atividades intimamente associadas a nosso bem-estar e são uma das principais forças a movimentar a economia mundial. A capacidade de modificá-los está intimamente associada ao sucesso de pessoas e empresas.

Do lado negativo, hábitos estão ligados à dependência de drogas e a outros comportamentos destrutivos e são o ponto a partir do qual políticos, publicitários e outros segmentos da mídia tentam (e muitas vezes conseguem) influir em nossas decisões e manipular-nos o comportamento.

O hábito é basicamente uma rotina neurológica pela qual executamos uma tarefa de modo mais ou menos automático, como escovar os dentes, dirigir pelo trajeto de sempre, acender um cigarro após as refeições ou, no caso de uma tartaruga marinha, voltar sempre à mesma praia em que nasceu para depositar seus ovos.

Trata-se de uma ferramenta de aprendizado, a forma favorita da natureza de fixar comportamentos úteis para a sobrevivência. É pelo hábito que a maior parte dos vertebrados navega pelo mundo.

Nós, humanos, ao lado de alguns outros mamíferos, somos um pouco diferentes. Temos uma certa flexibilidade e, por isso, não nos fiamos inteiramente no hábito.

O problema é que o comportamento flexível demanda enormes recursos atencionais e, portanto, energéticos (o sistema nervoso central consome sozinho cerca de 25% do oxigênio que respiramos).

Sempre que pode, o cérebro tenta converter atividades rotineiras em hábitos e, com isso, poupar energia e liberar espaço para outras tarefas.

VÍCIO

Em termos neurológicos, os gânglios basais parecem ser o lugar onde armazenamos nossos hábitos. Essas estruturas primitivas também já foram associadas ao controle de sistemas motores (elas têm um papel importante na doença de Parkinson) e aos centros de recompensa, envolvidos no aprendizado e no vício em drogas.

Um pouco desprezado pelos cientistas, que o viam como algo repetitivo e aborrecido e que evocava os piores momentos do behaviorismo, o hábito está dando sua volta por cima. Nos últimos anos, vários livros detalharam seus mecanismos de funcionamento e destrincharam suas implicações.

Um recente é "The Power of Habit: Why We Do What We Do in Life and Business" [Random House, 400 págs., R$ 79] , de Charles Duhigg. O autor não é cientista nem divulgador de ciência. É repórter de negócios do "New York Times" e começou a se interessar pela força do hábito para modificar comportamentos quando cobria a guerra no Iraque.

No início da ocupação, o país era castigado por episódios quase diários de manifestações violentas. Mas havia uma notável exceção. A pequena cidade de Kufa despontava como ilha de tranquilidade. O responsável pela façanha era um major do Exército dos EUA, que, após analisar vídeos de protestos que descambavam para a violência, resolveu fazer um experimento. Mandou retirar todos os vendedores de comida da praça de Kufa. Deu certo.

O major identificara um padrão, um hábito organizacional. Os manifestantes se juntavam na praça aos poucos e iam atraindo a atenção de passantes, que paravam para observar, engrossando a multidão. Então apareciam os vendedores de comida. Alguém gritava um slogan antiamericano, jogava uma pedra ou uma garrafa e o pandemônio começava.

Sem os vendedores de comida, que haviam se tornado um dos gatilhos da rotina de violência, o ciclo não se completava. Os passantes, com fome e sem ter como saciá-la, preferiam ir para casa, desmobilizando os manifestantes.

"The Power of Habit" é um livro gostoso de ler. Duhigg escreve bem e recheia a narrativa com casos humanos e boas histórias sobre empresas, algumas com potencial para nos deixar preocupados, como veremos adiante. Poderia ter sido um pouco mais meticuloso ao descrever a ciência do hábito, mas a verdade é que a neurofisiologia é uma disciplina que não costuma atrair multidões de fãs.

Na versão simplificada, hábitos se materializam como um circuito de três fases. Eles são desencadeados por uma sugestão que funciona como gatilho, disparando a rotina gravada nos gânglios basais. Essas rotinas podem ser tanto físicas (meter os dentes numa barra de chocolate) como mentais (lembrar a infância sempre que se come um biscoito).

Em seguida vem a recompensa, que costuma ser uma boa descarga de dopamina, conhecida jornalisticamente como molécula do prazer. Trata-se de um mecanismo de "feedback" positivo.

Isso significa que, quanto mais o usamos, mais ele se solidifica em nossas mentes. Daí a dificuldade em abandonar velhas práticas, notadamente as que nos fazem mal. Esse mecanismo se manifesta na forma de "craving" (fissura), que é o desejo incontido de executar a rotina despertado pelo gatilho.

Outra implicação é que nunca nos livramos de verdade nossos hábitos, mesmo quando nos esforçamos para mudá-los. A rotina antiga é alterada, mas fica armazenada em algum recôndito de nossas mentes. O bom é que não precisamos reaprender a dirigir sempre que voltamos de férias. O ruim é que, sob estresse, alcoólatras e outras vítimas de dependência podem recair nos velhos padrões.

EMPRESAS

Hábitos não estão limitados a pessoas. Eles também estão presentes na vida de empresas e organizações. Pior ainda, empresas e organizações tentam explorar os hábitos de pessoas, mais especificamente de consumidores, para aumentar seu faturamento.

Um exemplo é o do McDonald's. As lojas seguem uma planta standard e tentam ser o mais parecidas possível, inclusive nas fórmulas de tratamento usadas pelos funcionários. A ideia é que tudo sirva como gatilho para disparar as rotinas de alimentação dos clientes. Eles se sentirão reconfortados e recompensados. E quanto mais forem ao McDonald's, mais quererão voltar.

Um caso assustador narrado por Duhigg é o da rede Target. Grávidas são uma mina de ouro para o comércio, não só porque gastam muito nos enxovais, mas, principalmente, porque esse é um momento em que elas (e os maridos) são particularmente vulneráveis a alterar hábitos de consumo, potencialmente para o resto da vida.

Diante disso, a Target, que vende um pouco de tudo, de móveis e eletrodomésticos a comida, a preços atrativos, resolveu que precisava descobrir quais clientes estavam começando uma gravidez para ganhá-las para todo o sempre.

Para isso contratou o economista comportamental Andrew Pole, que desenvolveu um algoritmo matemático para, com base em alterações bruscas nos itens comprados -coisas como vitaminas, loções, bolsas grandes-, identificar quais estavam grávidas. Aí era só enviar-lhes os cupons certos, com descontos para lindos berços e estoques de fraldas, e fisgá-las.

É claro que nada pode ser tão explícito. Muitos ficariam irritados se descobrissem que seu supermercado xereta o que compram para ampliar vendas. Assim, a Target não poderia só enviar cupons de produtos relacionados a bebês para as grávidas. A solução, genial, foi mandar essa publicidade específica misturada à de outros itens, fazendo parecer que tudo não passou de feliz coincidência.

A moral da história, que dá razão aos paranoicos, é que é preciso ter cuidado ao passar o cartão de fidelidade no caixa. Sua loja favorita pode estar descobrindo seus segredos mais íntimos.

LESÕES

Esses exemplos mundanos podem dar a impressão de que o hábito ocupa um lugar marginal em nossas vidas mentais, mas seu papel é absolutamente central.

Pessoas com lesões nos gânglios basais perdem a capacidade até de decidir o que vão comer ou de abrir uma porta. Sem os atalhos proporcionados pelo hábito, ficam mentalmente paralisadas, impossibilitadas de ignorar os detalhes insignificantes que continuamente inundam nossas cabeças.

Para Duhigg, o segredo para mudar os hábitos é manter o gatilho e a recompensa antigos, mas alterar a rotina. Parece banal e de fato é. O detalhe é que as pessoas nem sempre estão cientes de quais gatilhos disparam seus costumes.

O que programas como o Alcoólicos Anônimos (AA) fazem é oferecer condições para que a pessoa perceba que situações acionam a "fissura" que a leva a beber e substitua a rotina por outras que também produzam satisfação. A visita ao bar é trocada por uma reunião ou conversa com o padrinho.

O autor sustenta que, em princípio, por esse esquema de reconhecimento e substituição, qualquer hábito pode ser modificado. Aqui está o ponto mais fraco do livro de Duhigg. É claro que, em princípio, toda rotina automática pode ser alterada.

Pessoas se curam até da dependência de heroína. Mas, quando vemos as legiões de fumantes incapazes de largar o vício e exércitos de obesos que não conseguem perder peso, vemos que fazê-lo tende a ser mais complicado do que sugere a teoria.

Ao não valorizar devidamente as dificuldades, que são epidemiologicamente aferíveis, Duhigg, se não chega ele próprio a resvalar na literatura de autoajuda, abre uma avenida para seus promotores.

Cuidado, não estou afirmando que todos os títulos de autoajuda são lixo. Muitos de fato o são, mas nem todos. Uma honrosa exceção é "Switch: How to Change Things When Change Is Hard" [Crown Business. 320 págs. R$ 33 mais taxas] , dos irmãos Chip e Dan Heath, com várias publicações na área de negócios.

Embora "Switch" busque auxiliar o leitor a desenvolver estratégias para alterar seus hábitos e os das organizações de que faça parte, está calcado em boa ciência. Enquanto Duhigg caminha pelas sendas da neurociência, os irmãos Heath apostam na psicologia. Para eles, a dificuldade para alterar uma rotina decorre do fato de que nossas mentes são o campo de batalha onde razão e emoção se enfrentam pela supremacia sobre nossas ações. Enquanto o cérebro racional deseja uma silhueta esbelta, o emocional está mais interessado em repetir a sobremesa.

De modo geral, a razão gosta de mudança, enquanto a emoção prefere o conforto da rotina conhecida. Embora costumemos pensar em nós mesmos como seres racionais e ponderados, um enorme corpo de experimentos psicológicos esboça quadro mais complexo.

ELEFANTE

Emoções, para utilizar a imagem do psicólogo Jonathan Haidt, são um elefante; a razão, o condutor desse elefante. O animal obedecerá ao piloto, mas apenas enquanto estiver disposto a fazê-lo. Quando os dois estão de acordo, tudo transcorre bem, mas, quando divergem, o elefante tende a levar a melhor. Ele, afinal, é o mais forte e o mais resistente. Há outras circunstâncias, mais raras, em que o condutor convence o bicho a mudar de ideia. É aí que se inscrevem as mudanças de hábito.

Embora a prosa dos Heath não seja saborosa como a de Duhigg, eles também recorrem a casos interessantes, como o de Donald Berwick, médico e CEO do Institute for Healthcare Improvement.

Berwick queria reduzir o número de mortes por erros de procedimento em hospitais dos EUA. A taxa de "defeito", isto é, de erros como não ministrar a droga certa na quantidade e na hora especificadas, era de absurdos 10% no início dos anos 2000. Na maioria das indústrias, esse índice é inferior a 0,1%. Isso significava que dezenas de milhares morriam desnecessariamente a cada ano.

Nada disso era novidade. Os números eram conhecidos e todos sabiam mais ou menos o que deveria ser feito, mas as mudanças simplesmente não aconteciam. Foi aí que, em 14 de dezembro de 2004, numa convenção de administradores hospitalares, Berwick lançou o desafio. Propôs que, até as 9h de 14 de junho de 2006, ou seja, dali a 18 meses, as pessoas naquela sala salvassem 100 mil vidas.

A plateia ficou chocada, mas Berwick sugeriu que todos ali se comprometessem a implementar seis medidas específicas capazes de produzir enorme retorno. Algumas eram simples, como garantir que a cabeceira da cama de todos os pacientes estivesse com inclinação entre 30° e 45°, modo eficaz de prevenir pneumonia, complicação comum e frequentemente fatal.

Eles concordaram, mas não foi fácil. Aceitar as medidas implicava reconhecer que os hospitais tinham taxa elevada de erros e que produziam mortes desnecessárias, um pesadelo para os departamentos jurídicos. Mas a coisa ganhou força e, dois meses depois do discurso, mil hospitais haviam formalizado adesão à campanha.

Em 14 de junho de 2006, Berwick anunciava que os hospitais participantes da campanha das 100 mil vidas tinham evitado coletivamente 122.300 mortes, segundo cálculos dos epidemiologistas. Mais importante, a maior parte das seis medidas propostas havia sido institucionalizada. Os hospitais dos EUA se tornaram lugares um pouco menos perigosos.

Para os irmãos Heath, a receita da mudança de hábito tem três partes. Primeiro, dirija-se ao condutor do elefante. Muitas vezes, o que parece resistência é apenas falta de clareza. No caso de Berwick, as instruções ao piloto vieram na forma das seis intervenções.

Motive o elefante. O que parece preguiça pode ser só exaustão. O condutor não consegue opor-se ao animal por muito tempo, assim, é preciso colocar o lado emocional para trabalhar a favor da mudança. No exemplo, a motivação é salvar 100 mil vidas em 18 meses.

Modele o caminho. O que parece falha de caráter é às vezes só problema situacional, quando você altera um bocadinho as coisas para que a mudança pareça mais factível, ela se torna mais provável. Berwick modelou o caminho ao criar um sistema simples de adesão que logo se tornou corrente.

TRÁGICO

David DiSalvo, autor de "What Makes Your Brain Happy and Why You Should Do the Opposite" [Prometheus, 280 págs., R$ 43] , tem visão mais trágica. Para ele, o cérebro evoluiu para tornar-se uma máquina de fazer previsões. Para tanto, especializou-se em identificar padrões, antecipar ameaças e forjar narrativas. Ele ama a estabilidade e tem horror à incerteza e à imprevisibilidade, ameaças existenciais.

O problema é que, ao desenvolver a capacidade de se defender dessas supostas ameaças, nossos cérebros deixaram para trás subprodutos que jamais conseguiremos desentranhar de nossas atitudes e nossos pensamentos. Exemplos dessas inclinações incluem nossa obsessão por certezas, a confiança excessiva na memória, a disposição para achar que tudo tem um significado especial, a vontade de estar no controle etc.

Embora esses vieses deixem nossos cérebros felizes, isso nem sempre serve a nossos interesses no mundo moderno. Lembre que nossas mentes foram criadas para operar no paleolítico, não em sociedades tecnológicas e plurais.

Folha de S.Paulo

Sintomaticamente, o livro de DiSalvo é o que reúne menos exemplos. É também o que traça panorama mais completo dos recentes achados científicos sobre aspectos salientes da natureza humana. O hábito é um dos personagens, mas, como estamos num romance sem protagonistas, não faz tantas aparições quanto nos outros livros.

Para o autor, os últimos achados da neurociência e da psicologia cognitiva desferem um golpe na literatura de autoajuda, ao mostrar como a maioria dos conselhos são vazios e até fraudulentos. O caminho, diz DiSalvo, é usar a ciência para entender por que nossos cérebros encerram vieses que nos colocam em encrencas e por que temos dificuldade em sair delas.

Curiosamente, DiSalvo finaliza o livro com 50 pérolas de sabedoria extraídas de um corpo que parece consistente de evidências científicas. São conselhos como "cuidado com nossos vieses", "termine o que começou", "crie hábitos úteis" etc. -um fecho paradoxal para um autor tão crítico à autoajuda.

Uma explicação possível é que, entre os pendores inextinguíveis do gênero humano, estão o medo da incerteza com o futuro e a necessidade de estar no controle, que, juntos, asseguram que, enquanto os humanos forem humanos, haverá interesse pela autoajuda. As melhores evidências disponíveis provam que esse é um hábito que não conseguiremos mudar nem com o auxílio de muita ciência.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/47879-a-forca-do-habito.shtml

Suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens no mundo

Segundo a Organização Mundial da Saúde, falta prevenção

POR MARIANA VERSOLATO

Folha de S.Paulo

Uma série de estudos publicada no periódico "Lancet" chama a atenção para um assunto tabu: o suicídio.

Segundo um dos artigos, essa é a primeira causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos. Entre os homens, o suicídio ocupa o terceiro lugar, depois de acidentes de trânsito e da violência.

No Brasil, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens, ficando atrás de acidentes e homicídios.

"Antes as taxas eram maiores na terceira idade. Hoje a gente observa que, entre os jovens, elas sobem assustadoramente", afirma Alexandrina Meleiro, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP.

Entre os jovens, a taxa multiplicou-se por dez de 1980 a 2000: de 0,4 para 4 a cada 100 mil pessoas.

Segundo o estudo, os adolescentes evitam procurar ajuda por temerem o estigma e que rumores sobre seus pensamentos suicidas se espalhem pela escola.

Há outra mudança no perfil dos que cometem suicídio. O risco, que sempre foi maior entre homens, tem aumentado entre as meninas.

Segundo Meleiro, isso se deve a gestações precoces e não desejadas, prostituição e abuso de drogas.

SILÊNCIO

O problema, porém, é negligenciado, como mostram dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). A entidade afirma que os casos de suicídio aumentaram 60% nos últimos 45 anos e que 1 milhão de pessoas no mundo morrem dessa forma por ano.

No Brasil, estima-se que ocorram 24 suicídios por dia. O número de tentativas é até 20 vezes maior que o de mortes. "O suicídio é uma epidemia silenciosa", diz Meleiro.

Segundo a OMS, pouco tem sido feito em termos de prevenção. Os pesquisadores, da Universidade de Oxford e da Universidade Stirling, na Escócia, dizem que mais pesquisas são necessárias para compreender os fatores de risco e melhorar a prevenção.

Uma estratégia é limitar o acesso a meios que facilitem o suicídio, como armas.

"O preconceito em torno das doenças mentais faz com que as pessoas não procurem ajuda", diz Meleiro. Cerca de 90% dos suicídios estão ligados a transtornos mentais.

Ela diz que as pessoas costumam dar sinais antes de uma tentativa. "Acredita-se que perguntar se a pessoa tem pensamentos suicidas vai estimulá-la, mas isso pode levá-la a procurar ajuda."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cienciasaude/50192-suicidio-e-a-segunda-maior-causa-de-morte-entre-jovens-no-mundo.shtml

EQUILÍBRIO SEMPRE

E - Cap. XXIV - Item 7


Todos somos chamados, de vez em vez, a administrar a verdade, aqui e ali, entretanto, a verdade, no fundo, é conhecimento e conhecimento solicita dosagem para servir.

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Necessário instituir a civilização, entre os companheiros ainda empenachados na selva.

Para isso, não começaremos por trazê-los à discussão, em torno da relatividade, mas também, a pretexto de angariar-lhe a confiança, não nos cabe exalçar a antropofagia que nos caracterizava os avós.

Indispensável estender instrução à criança.

Não encetaremos, porém, semelhante trabalho, sentando-a num anfiteatro, destinado ao ensino superior, mas também, sob a alegação de conquistar-lhe o interesse, ao lhe permitiremos um bisturi nas mãos frágeis.

°°°

Contemplando a paisagem na qual se estruturou a organização da Doutrina Espírita, com a serenidade de quem examina um quadro admirável, após a formação de todas as minudências que o integram, reconhecemos a superioridade dos espíritos sábios e magnânimos que orientaram a Codificação do Espiritismo, estudando-lhes a presença na obra de Allan Kardec.

Eles induzem o inesquecível missionário à observação das mesas girantes e à pesquisa dos fenômenos magnéticos, entretanto, em momento algum, fogem de salientar as finalidades morais do intercâmbio entre encarnados e desencarnados.

Permitem-lhe aceitar o apoio de amigos prestigiosos para o rápido lançamento dos volumes que lhe competia editar, em tempo reduzido, todavia, em tópico nenhum, arrastam o ensinamento espírita às inclinações e paixões de natureza política.

Concordam em que se recorra a certas imagens da teologia em voga, contudo, em nenhum lugar, preconiza ritualismo e superstição, em nome da fé.

Inspiram-lhe carinhoso respeito e profunda gratidão por todos os médiuns que lhe prestaram concurso, no entanto, a título de auxiliá-los ou de garantir-lhes a subsistência, não endossam qualquer aprovação à mediunidade remunerada.

°°°

Todos encontramos aqueles que se valem das nossas possibilidades de informação e esclarecimento, no tocante às verdades dos espíritos, entretanto, para agir acertadamente, recordemos o exemplo dos instrutores da Vida Maior, nos primeiros dias do Espiritismo.

Tolerar acessórios, sem transigir com o essencial.

Dosear a verdade, sem estimular a mentira.

Amparar o bem sem encorajar o mal.

Compreensão nobre, mas equilíbrio, sempre.

Do livro "Opinião Espírita", Cap. 34, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz, Psicografias de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

O MESTRE E O APÓSTOLO

E - Cap. 1 - Item 7


Luminosa, a coerência entre o Cristo e o Apóstolo que lhe restaurou a palavra.

Jesus, o Mestre.

Kardec, o Professor.

Jesus refere-se a Deus, junto da fé sem obras.

Kardec fala de Deus, rente às obras sem fé.

Jesus é combatido, desde a primeira hora do Evangelho, pelos que se acomodam na sombra.

Kardec é impugnado desde o primeiro dia do Espiritismo, pelos que fogem da luz.

Jesus caminha sem convenções.

Kardec age sem preconceitos.

Jesus exige coragem de atitudes

Kardec reclama independência mental.

Jesus convida ao amor.

Kardec impele à caridade.

Jesus consola a multidão.

Kardec esclarece o povo.

Jesus acorda o sentimento.

Kardec desperta a razão.

Jesus constrói

Kardec consolida.

Jesus revela.

Kardec descortina.

Jesus propõe.   Kardec expõe.

Jesus lança as bases do Cristianismo, entre fenômenos mediúnicos.

Kardec recebe os princípios da Doutrina Espírita, através da mediunidade.

Jesus afirma que é preciso nascer de novo.

Kardec explica a reencarnação.

Jesus reporta-se a outras moradas.

Kardec menciona outros mundos.

Jesus espera que a verdade emancipe os homens; ensina que a justiça atribui a cada um pelas próprias obras e anuncia que o Criador será adorado, na Terra, em espírito.

Kardec esculpe na consciência as leis do Universo.

Em suma, diante do acesso aos mais altos valores da vida,Jesus e Kardec estão perfeitamente conjugados pela Sabedoria Divina.

Jesus, a porta.

Kardec, a chave.   Do livro "Opinião Espírita", Cap. 2, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz,Psicografias de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

EXAMINEMOS A NÓS MESMOS

L - Questão 919

O dever do espírita-cristão é tornar-se progressivamente melhor.
Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima.
Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário.
Testa a paciência própria: - Estás mais calmo, afável e compreensivo?
Inquire as tuas relações na experiência doméstica: - Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa?
Investiga as atividades que te competem no templo doutrinário: - Colaboras com mais
euforia na seara do Senhor?
Observa-te nas manifestações perante os amigos: - Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes?
Reflete em tua capacidade de sacrifício: - Notas em ti mesmo mais ampla disposição de servir voluntariamente?
Pesquisa o próprio desapego: - Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses terrestres?
Usas mais intensamente os pronomes "nos", "nosso" e "nossa" e menos os determinativos "eu", "meu" e "minha"?
Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos somente por ti, estão presentemente mais raros?
Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma?
Dissipaste antigos desafetos e aversões?
Superastes os lapsos crônicos de desatenção e negligência?
Estudas mais profundamente a Doutrina que professas?
Entendes melhor a função da dor?
Ainda cultivas alguma discreta desavença?
Auxilias aos necessitados com mais abnegação?
Tens orado realmente?
Teus idéias evoluíram?
Tua fé raciocinada consolidou-se com mais segurança?
Tens o verbo mais indulgente, os braços mais ativos e as mãos mais abençoadoras?
Evangelho é alegria no coração: - Estás, de fato,mais alegre e feliz intimamente, nestes três últimos anos?
Tudo caminha! Tudo evolui! Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo!
Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que te não vejas na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor.
Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida.
Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária.
Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade de reconsiderar diretrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil...

Do livro "Opinião Espírita", Cap. 1,  pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz, Psicografias de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A candeia viva


“Ninguém acende a candeia e a coloca debaixo do módio, mas no velador, e assim alumia a todos os que estão na casa.” - Jesus – (MATEUS, 5:15)

Muitos aprendizes interpretaram semelhantes palavras do Mestre como apelo à pregação sistemática, e desvairaram-se através de veementes discursos em toda a parte. Outros admitiram que o Senhor lhes impunha a obrigação de violentar os vizinhos, através de propaganda compulsória da crença, segundo o ponto de vista que lhes é particular.

Em verdade o sermão edificante e o auxílio fraterno são indispensáveis na extensão dos benefícios divinos da fé.

Sem a palavra, é quase impossível a distribuição do conhecimento. Sem o amparo irmão, a fraternidade não se concretizará no mundo.

A assertiva de Jesus, todavia, atinge mais além.

Atentemos para o símbolo da candeia. A claridade na lâmpada consome força ou combustível.

Sem o sacrifício da energia ou do óleo não há luz.

Para nós, aqui, o material de manutenção é a possibilidade, o recurso, a vida.

Nossa existência é a candeia viva.

É um erro lamentável despender nossas forças, sem proveito para ninguém, sob a medida de nosso egoísmo, de nossa vaidade ou de nossa limitação pessoal.

Coloquemos nossas possibilidades ao dispor dos semelhantes.

Ninguém deve amealhar as vantagens da experiência terrestre somente para si. Cada espírito provisoriamente encarnado, no círculo humano, goza de imensas prerrogativas, quanto à difusão do bem, se preserva na observância do Amor Universal.

Prega, pois, as revelações do Alto, fazendo-as mais formosas e brilhantes em teus lábios: insta com parentes e amigos para que aceitem as verdades imperecíveis; mas, não olvides que a candeia viva da iluminação espiritual é a perfeita imagem de ti mesmo.

Transforma as tuas energias em bondade e compreensão redentoras para toda gente, gastando, para isso, o óleo de tua boa-vontade, na renúncia e no sacrifício, e a tua vida, em Cristo, passará realmente a brilhar.

(Do livro: FONTE VIVA, capítulo 81 - pelo Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier – FEB)



Dr. Bezerra de Menezes


Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti - “O Kardec Brasileiro”

Nasceu: 29 de agosto de 1831

Declarou-se espírita: 16 de agosto de 1886

Retornou à pátria espiritual: 11 de abril de 1900

Síntese da sua Vida e Obra

1831 — nasce em 29 de agosto, no Riacho do Sangue. Estado do Ceará sendo seus pais: Antônio Bezerra de Menezes e Fabiana de Jesus Maria Bezerra.

1838 — entra para a escola pública da Vila do Frade.

1842 — continua seus estudos no Rio Grande do Norte Serra do Martins, Vila da Maioridade.

1844 — com 15 anos de idade, substitui algumas vezes o professor nas aulas de latim.

1846 — completa seus estudos preparatórios no Liceu de Fortaleza.

1851 — embarca em 5 de fevereiro para a Corte a fim de fazer o curso de Medicina.

1852 — praticante e interno no Hospital da Santa Casa da Misericórdia.

1856 — doutora-se em Medicina, obtendo em todos os anos do curso a nota “Optima cum Laude”!

1857 — sócio efetivo da Academia Imperial de Medicina.

1858 — Cirurgião-tenente do corpo de saúde do Exército. — Casa-se em 6 de novembro com D. Maria Cândida de Lacerda.

1859 — Redator dos Anais Brasilienses de Medicina até 1861.

1860 — a insistência dos moradores da freguesia de São Cristóvão inclui seu nome na lista de candidatos à vereança do Partido Liberal.

1861 — Empossado no cargo de vereador demite-se do cargo de Secretário interino do Corpo de Saúde do Exército.

1863 — Falece sua esposa D. Maria Cândida de Lacerda em 24 de março, deixando-lhe dois filhos.

1864 — reeleito para o cargo de Vereador para o período 1864/68.

1865 — Casa-se, em 21 de janeiro com D. Cândida Augusta de Lacerda Machado com quem teve sete filhos.

1867 — Presidente interino da Câmara Municipal da Corte. — Deputado Geral pelo Distrito da Corte.

1873 — Reeleito vereador para o Distrito da Corte até 1881.

1875 — Inicia o estudo do Espiritismo.

1877 — Presidente interino da Câmara Municipal da Corte.

1878 — Presidente efetivo da Câmara Municipal da Corte até 1881. — novamente Deputado Geral pelo Distrito da Corte até 1885. — inclusão de seu nome na lista Senatorial do Ceará.

1879 — homenagem dos súditos portugueses residentes na Corte ofertando-lhe seu retrato à óleo em tamanho natural pelo pintor Augusto Rodrigues Duarte.

1885 — encerra suas atividades políticas no posto de Presidente da Câmara Municipal e Deputado Geral pelo Distrito da Corte.

1886 — em 16 de agosto proclama, publicamente, sua adesão ao Espiritismo.

1887 — inicia sob o pseudônimo de MAX uma série de artigos doutrinários espíritas em “O País”, jornal dirigido por Quintino Bocayuva, e no "Reformador”, órgão da Federação Espírita Brasileira.

1889 — Presidente da Federação Espírita Brasileira e do Centro Espírita do Brasil.

1890 — Vice-presidente da Federação Espírita Brasileira. — Representação em defesa do Espiritismo ao Marechal Deodoro da Fonseca.

1891 — Vice-presidente da Federação Espírita Brasileira. — Traduz o livro "Obras Póstumas” de Allan Kardec, editado em 1892.

1893 — Representação em defesa do Espiritismo ao Congresso Nacional.

1894 — Diretor efetivo do Centro da União Espírita de Propaganda no Brasil.

1895 — Presidente da Federação Espírita Brasileira, reeleito Presidente até sua desencarnação ocorrida em:

1900 — dia 11 de abril às 11 horas e 30 minutos no Rio de Janeiro.

Anuário Espírita - 1976



Súplica de amor


Tu, que nos convidaste para o banquete da Boa Nova, embora não dispuséssemos da túnica nupcial, aceitamos a invitação, e aqui estamos.

Tu, que nos convidaste para trabalhar na Tua vinha, embora não tivéssemos condições hábeis para o bom serviço, e assim mesmo nos aceitaste.

Tu, que nos foste buscar perdidos no abismo, depois que tresmalhamos do Teu rebanho, e a ele retornamos.

Tu, sublime amigo dos desventurados, que nunca Te cansaste de chamar-nos ao seio da Tua misericórdia, em nome de Deus, e sempre acompanhas o nosso sucesso dominado pela compaixão, novamente abres os Teus braços, para que repousemos no Teu regaço.

Jesus!

Temos sede de paz.

Anelamos pelo encontro com a saúde integral que somente existe no Teu afável coração.

Permite que, deste conúbio em que desces até nós, e nos mimetizas com as Tuas energias santas, possamos representar-Te em qualquer lugar por onde deambulemos, dizendo a todos que somos os Teus discípulos, francamente fiéis, carregando o madeiro das próprias aflições.

Jesus, Tu que nos amas, ajuda-nos a aprender a amar, de tal forma que a Tua presença em nós anule a dominação arbitrária das nossas paixões, e sejas Tu a dominar-nos interiormente, como um dia penetraste no Teu discípulo, o cantor das gentes, por intermédio de quem passaste a cantar a Tua mensagem.

Segue conosco Senhor, e ajuda-nos a conquistar o nosso mundo interior para que o Teu reino se estabeleça em nós, e se prolongue por toda a Terra.

Filhos da alma, Eia, agora! Não depois, nem amanhã, nem mais tarde. O processo de transformação íntima deve começar neste instante, sem recidivas no mal, sem retorno às situações embaraçosas e perturbadoras.

O Mestre conta conosco na razão direta em que contamos com Ele. Que brilhe, portanto, em nós, a luz que vem dEle, apagando por completo a treva teimosa que permanece nas paisagens do nosso coração.

Bezerra

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento da sua palestra na noite de 2 de agosto de 2012, no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, Brasil.)




ARRIMA-TE EM DEUS


O Senhor te ajuda sempre, enviando-te Seus recursos de Misericórdia nas asas do silêncio... Seu manto de Paz te aquece contra o frio do desânimo... Na luz de cada alvorecer, revela-te a doação permanente do Seu perdão, lembrando-te que cada dia que surge é uma oportunidade nova de retificar o caminho.

Arrima-te em Deus! Ele é tua indestrutível fortaleza. Embora as ondas da descrença se esbatam contra essa rocha divina, é sobe ela que deves erguer o teu refúgio! Prossegue meu irmão, confiante, apesar das lutas!

Ao longo dos milênios, quantas vezes tombaste? Decerto, perdeste a conta de tuas quedas, mas a Justiça Divina não te aniquilou!...Não ouviste, em nenhum momento, a voz de Deus te reduzindo a nada ou lançando sobre ti violentos anátemas, pelo contrário, Sua Misericórdia sempre te ofereceu condições para o reerguimento.

Alma querida, não desfaleças!... Não chores em desalento! O Pai, a cada entardecer, enfeita de cores os pórticos da noite, e para que a treva não a domine, sobre ela estende um manto de estrelas, como a dizer que, seja qual for a hora, a luz te acompanha, a fim de que não percas os rumos divinos.

A Consolação Divina se inicia no momento em que a Compreensão chega ao coração, na certeza de que há tempo de plantar e tempo de colher, e que, embora no dia de hoje a colheita seja amarga, nada te impede de iniciar, agora, uma semeadura de flores e frutos, que surgirão perfumados e sazonados nos dias de amanhã.

Do livro: "Liberta-te alma irmã",pelo Espírito Icléia, Psicografia de Brunilde M. do Espírito Santo, Lar de Tereza


ESTAMOS DE VOLTA!

Olá amigo de ideal espírita, depois de um período, retornamos com nosso estudo de livros espíritas. Agora em novo formato e muito mais inter...