terça-feira, 3 de abril de 2012

Falar

“Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim. Não, não...”
Jesus (Mateus, 5:37)

“Espíritos: queremos falar-vos hoje da indulgência, sentimento doce e fraternal, que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual, bem poucos fazem uso.”
(Cap. 1O, Item 16)

Falando, construímos.
Não admitas em tua palavra o corrosivo da malicia ou o azinhavre da queixa. Fala na bondade de Deus, na sabedoria do tempo, na beleza das estações, nas reminiscências alegres, nas induções ao reconforto.

Nos lances difíceis, procura destacar os ângulos capazes de inspirar encorajamento e esperança.

Não te refiras a sucessos calamitosos, senão quando estritamente necessário e ora em silêncio por todos aqueles que lhes sofreram o impacto doloroso. Tanta vez acompanhas com reverente apreço os que tombam em desastre natural!... Homenageia igualmente com. a tua compaixão respeitosa os que resvalam em queda moral, escabroso infortúnio do coração!...

Se motivos surgem para admoestações, cumpre o dever que te assiste, mas lembra que o estopim é suscetível de ser apagado antes da explosão e reprime os ímpetos de fúria, antes que estourem na cólera. Em várias circunstâncias, a indignação justa é chamada à reposição do equilíbrio, mas deve ser dosada como o fogo, quando trazido ao refúgio doméstico para a execução da limpeza, sem que por isso, tenhamos necessidade de consumir a casa em labaredas de incêndio.

Larga à sombra de ontem os calhaus que te feriram... A noite já passou na estrada que percorreste e o sol do novo dia nos chama à incessante transformação.

Conversa em trabalho renovador e louva a amizade santificante. Não te detenhas em demasia sobre mágoas, doenças, pesadelos, profecias temerárias e impressões infelizes; dá-lhes apenas breve espaço mental ou verbal, semelhante àquele de que nos utilizamos para afastar um espinho ou remover uma pedra.

Não comentes o mal, senão para exaltar o bem, quando seja possível extrair essa ou aquela lição que ampare a quem te ou a quem ouve, enobrecendo a vida.

Junto do desespero, providencia o consolo sem a pretensão de ensinar e renteando com a penúria, menciona as riquezas que a Bondade Divina espalha a mancheias, em beneficio de todas as criaturas sem desconsiderar a dor dos que choram.

Ilumina a palavra. Deixa que ela te mostre a compreensão e o amor onde passes, sem olvidar o esclarecimento e sem prejudicar a harmonia. O Cristo edificou o Evangelho por luz inapagável nas sombras do mundo não somente agindo, mas conversando também.

"Livro da Esperança", Cap.26; Pelo Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

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