quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Bem-Aventurados

Bem-aventurados os aflitos

Que, chorando – não se desanimam,

Que, ofendidos – não revidam,

Que, esquecidos pelos outros – não olvidam os deveres que lhes são próprios,

Que, dilacerados – não ferem,

Que, caluniados – não caluniam,

Que, desamparados – não desamparam,

Que, acoitados – não praguejam,

Que, injustiçados – não se justificam,

Que, traídos – não atraiçoam,

Que, perseguidos – não perseguem,

Que, desprezados – não desprezam,

Que, ridicularizados – não ironizam,

Que, sofrendo – não fazem sofrer...

Até agora, raros aflitos da Terra conseguiram merecer as bem-aventuranças do Céu, porque, realmente, com amor puro somente o Grande Aflito da Cruz se entregou ao sacrifício total pelos próprios verdugos, rogando perdão para a ignorância deles e voltando das trevas do túmulo para socorrer e salvar, com sua ressurreição e com o seu devotamento, a Humanidade inteira.


Do livro "ATRAVÉS DO TEMPO", Pelo Espírito de André Luiz, Psicografia de Francisco Cândido Xavier, em Reunião Publica Data – 17-12-1951

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