Data da reunião: 30/05/2018
1.
Compromissos iluminativos
Na Colônia Redenção,
Manoel Philomeno observa a Terra. Observava a natureza que o cercava com imenso
júbilo, orava e refletia...
Recordava
carinhosamente sua última experiência evolutiva na Terra, onde fora abençoado
pela luz da Doutrina Espírita... refletia o tanto que era grato por tão
profundos ensinamentos da Codificação.
“Enquanto
no corpo, deixara-me conduzir pela certeza das elucidações dos Imortais,
procurando pautar a conduta nas rigorosas diretrizes do dever, descobrindo, a
partir de então, a alegria existencial e a felicidade relativa que todos
podemos fruir quando nos comprometemos com os ideais de libertação da
ignorância e de construção do bem no mundo íntimo à nossa volta.”
Na erraticidade Miranda
percebia o significado da fé racional proposta pelo Espiritismo, e a
legitimidade de seus postulados iluminativos.
Refletia na grandeza
Divina, diante da pequenez do homem, ainda tão soberbo, diante de suas
conquistas intelectuais, não enxergam que tudo provém do Fluido Cósmico
Universal, que é criação de Deus.
Miranda estava há
alguns dias na Colônia Redenção, de onde partem com frequência, Espíritos
comprometidos com o progresso da Humanidade em reencarnações desafiadoras. (*)
“A
Comunidade é constituída por uma sociedade de mais de um milhão de habitantes
desencarnados, e nela se desenvolvem cuidadosos programas para a iluminação de
consciências, não faltando os departamentos de assistência e socorro àqueles
que retornam extenuados e desnorteados pelas vicissitudes e pelos insucessos
que se permitiram.”
Esses Espíritos
retornam ao plano físico repletos de esperanças e projetos de edificações
libertadoras, aspirando a felicidade. Porém, quando na carne, as antigas
imperfeições e vícios, ainda predominantes, as inclinações para o mal, os
‘duelos’ com antigos adversários do pretérito, alteram o planejamento
reencarnatório, e tombam em seus próprios equívocos.
Manoel Philomeno nos
informa que as organizações de benemerência e caridade, na Colônia, multiplicam-se,
com objetivo de ministrar cursos e lições para os futuros reencarnantes. Como
se fosse uma reciclagem, de como não proceder errado novamente na carne.
Mostra-nos também,
educandários avançados de pesquisas, que mais tarde serão concretizados
materialmente na Terra, recebendo estudiosos ávidos de conhecimento. Tudo que
existe na Terra é uma pálida cópia das colônias espirituais.
A Colônia Redenção foi
fundada por nobres Entidades, um pouco antes da independência do Brasil, está
situada sobre um grande centro urbano. Inicialmente, acolheria abolicionistas,
pessoas que lutavam pela independência do Brasil, republicanos, inspirando-os
nas conquistas das metas que abraçaram, sem abusar dos métodos que utilizariam.
“Em
consequência, graças à abnegação dos seus fundadores, entre os quais se
destacou a futura abadessa Joana Angélica de Jesus, que também seria mártir das
lutas fratricidas, durante a independência do Brasil, na Bahia, desenvolvera-se
com o apoio de iluminados heróis da fé e da caridade, que rumaram para a Terra
oportunamente, contribuindo para torna-la menos inditosa, mais humanizada e
melhor espiritualizada.”
Joana Angélica veio com
o seu planejamento reencarnatório, e nele estava incluído o programa de
libertação das consciências e de autoiluminação. Sua tarefa era a unificação de
diversas tendências religiosas que estavam no plano físico, de modo que a fé
dos escravos com seus cultos animistas e raízes africanas, pudesse contribuir
com as propostas cristãs e doutrinarias vindas da Europa. Os conflitos
religiosos eram lamentáveis e muitas vezes sangrentos, decorrentes da
intolerância dos indivíduos, mas quando as religiões falam sobre amor e
fraternidade, respeito ao próximo, certamente estão caminhando em direção a
Deus.
“Por
essa razão, antropólogos, psicólogos e teólogos se reuniam no Departamento
dedicado às Religiões para estudar os melhores métodos de integração dos
diferentes fiéis com as suas convicções na sociedade dominante, evitando-se
choques e distúrbios infelizes naqueles turbulentos dias do passado.”
No século 19, enquanto
aguardavam o surgimento do Espiritismo, cuja mensagem se enraizaria no Brasil,
na Comunidade, estudava-se qual seria a maneira mais eficaz de implantá-lo na
Região, onde fosse possível reunir os militantes de doutrinas espiritualistas,
sob a bandeira da Era Nova, aumentando as perspectivas de compreensão em torno
da vida e dos objetivos essenciais da existência humana na marcha ao encontro
de Deus.
Manoel Philomeno admite
que os resultados foram os melhores, porque até ele foi militante que laborou
muito no Movimento Espírita, quando a Doutrina ainda era bastante desconhecida
da maioria das pessoas.
Recorda-se como
facilmente se integravam ao Movimento os africanistas, católicos, esoteristas e
outros que possuíam tradição mediunistas por conta dos fenômenos observados nas
multidões no Movimento Espírita.
Estudiosos de outras
doutrinas também se interessaram pelo conteúdo doutrinário do Espiritismo,
aceitando o ponto de vista com tranquila compreensão da sua legitimidade e
incorporando suas convicções.
Assim, surgiu um ‘caldo
de cultura religiosa’, onde as pessoas se tratavam com respeito e simpatia.
“Espíritos
nobres, que vieram dessa Colônia, renasceram dessas plagas vinculados ao
Espiritismo, que souberam difundir com elevação e dignidade, deixando pegadas
luminosas, que serviram de roteiro para outros que viriam posteriormente.”
Miranda nos informa que
outros sacerdotes do amor e da caridade, reencarnaram-se também em outras
doutrinas religiosas, para combater a miséria moral e espiritual, laborando
pela renovação social e construindo uma sociedade com mentalidade sem
preconceitos.
“Artistas
de variados campos da beleza e da cultura igualmente foram encaminhados ao
corpo físico, para contribuírem em favor da renovação do povo, no qual os
descendentes dos africanos se tornaram maioria, para que igualmente oferecessem
as mensagens ancestrais em forma de louvor à vida e através dos seus
sentimentos e saudades...”
Heranças da escravidão,
arbitrariedades de governantes e a ganância de exploradores do além mar, sob
amparo de ‘religiosos’, que de longe eram cristãos, gerou lamentáveis dívidas
morais para expressiva multidão de vítimas, que reencarnaram e desencarnaram
sob castelos de ódio e vingança, querendo revidar o mal que padeceram.
Por outro lado, o
testemunho moral de abnegados jesuítas, como Manoel da Nóbrega, Aspicuelta
Navarro e outros, amenizaram na esfera espiritual inferior, os combates de
desespero.
Nesse campo de batalha,
estabeleciam-se obsessões cruéis, quase epidemias, por causa da invigilância,
pois as pessoas não se dão conta que da responsabilidade de cada uma de nossas.
É a lei de causa e efeito posta em prática.
“O
Espiritismo, teria um papel de alta relevância a desempenhar nessa sociedade
comprometida e assinalada pelos efeitos danosos das atitudes desvairadas,
conforme vem ocorrendo com segurança, cumprindo a sua missão de Consolador
prometido por Jesus.”
“A
Comunidade espiritual, programara também o nascimento de inúmeras Instituições
devotadas à sociedade sob a bandeira do Espiritismo Cristão, de forma que se
transformassem em escolas de educação moral e espiritual, como também de
oficinas promotoras de ações enobrecidas, tanto quanto se fizessem ambulatórios
dedicados à saúde física, mental e comportamental que os desvarios obsessivos
ultrajavam.”
Manoel Philomeno,
quando na carne, trabalhava pessoalmente na desobsessão sob a orientação de
Francisco de Assis.
Dessa forma, o
intercâmbio mediúnico tornou-se natural e espontâneo, abrindo espaço para a Era
do amor entre as criaturas.
(*) Consultar livro do
mesmo autor espiritual, Painéis da obsessão, cap. 25
Resumo elaborado por Maria Fernanda Ribeiro. Favor manter os créditos.
2. O poder da oração
Oração
– “força dinâmica, responsável pelo restabelecimento de energias, é
constituída de vibrações específicas que penetram o orante, mantendo-lhe a
vinculação com as Fontes Inexauríveis de onde procedem os recursos vitais.”
O hábito e a
intensidade permitem que oração traga uma conquista da paz e receptividade
permanente de vibrações superiores, capazes de preservar a saúde, satisfação
íntima, inspiração.
Às 2h da manhã um grupo
pequeno, do qual Miranda fazia parte, se reuniu para seguir para o mundo físico
sob a orientação de Anacleto para estudar fenômenos obsessivos. Anacleto fora
espiritista militante e se dedicara as terapias da doutrina Espírita como meio
de restabelecer a saúde mental e física dos encarnados obsidiados.
A reunião foi iniciada
com exposição do Benfeitor acerca do plano de trabalho para atender os obsidiados
da Terra, que desesperados recorriam a oração frequentemente. A sede de ação seria o Núcleo Espírita,
citado no capítulo anterior. O Diretor do grupo orou rogando inspiração, apoio,
proteção de Jesus e eliminação dos egos, pois que o grupo estava ciente da sua pequenez e de já estiveram em situações
semelhantes aos irmãos que seriam atendidos.
Após a oração ele
explicou que iriam atender Mauro, um jovem sacerdote de cerca de 30 anos, que
orava buscando forças para vencer tendências infelizes de pedofilia e
sadomasoquismo. Embora forjado em sentimentos humanitários e cristãos, perdia
forças, dada as más inclinações que lhe predominavam o íntimo e também porque
estava sob indução de obsessores.
Mauro buscou a religião
como refúgio para se esconder e deter seus desejos, porém não encontrou a paz e
orientação que buscava, mas sim companheiros com desequilíbrios semelhantes. De início tentou seguir hábitos
compatíveis com o sacerdócio, porém o contato com alguns veículos de
informação, em especial a televisão, buscou cenas, vulgares, obscenas,
fotografias, para cultivar seu tormento. Atualmente ele esta envolvido com uma
gangue pornográfica que lhe exige mais crianças. Mauro utiliza-se de sua
condição de religioso para atrair crianças com guloseimas a seu pequeno estúdio
no qual fotografa e grava cenas hórridas, viciando-as e utilizando-as
abertamente no mercado da crueldade.
Mauro esteve em vidas
anteriores em organização jesuítica, onde cometeu arbitrariedades contra
“inimigos” e silvícolas que deveria evangelizar e que hoje o fazem companhia
inspirando seus desejos insanos.
Inspirando pelo
espírito de sua mãe, que acompanha seu sofrimento, vem recorrendo a de oração
sincera, rogando a diminuição de sua angústia. Este apelo chegou até os Centros
de Comunicação Oracional. O instrutor
explicou ainda que a situação de Mauro não se deve apenas às más tendências que
traz em seu íntimo, mas os “seus adversários espirituais encharcam-no de ideias
pervertidas e desejos lúbricos insaciáveis, desvairando-o.”
Naquele momento o grupo
viu acercar-se de Mauro um espírito de aspecto feroz, cheio de anomalias, que o
examinou, percebeu sua intenção de libertar-se pela oração e gargalhando o ou
com palavras vulgares. Usando um chicote, aplicou um golpe em Mauro.
Desequilibrado, a prece de Mauro, transformou-se em emaranhado de palavras desconexas,
refletindo sua perturbação. Os golpes continuaram e Mauro passou a sentir as
dores, atirando-se ao solo em gemidos e gritos surdos de prazer sexual doentio.
Exausto, Mauro dormiu e
desprendido do corpo físico, sendo capturado por seu algoz que o segurou firme,
arrastando-o. O corpo tombado estremecia levemente e uma baba escorria de sua
boca, como em uma crise epilética.
Tomados de compaixão o
grupo seguiu os dois espíritos que rumavam a recinto espiritual de perversão e
deboche.
Miranda aproveitou para
esclarecer dúvidas com o Instrutor, que fraternalmente esclareceu que o
obsessor procedeu daquela forma, porque sabe que Mauro poderá se liberar do
processo obsessivo, se continuar buscando a Deus. Quanto às orações
desesperadas de Mauro, garantiu que elas foram sinceras, embora não houvesse
entrosamento entre a razão e o sentimento.
“Nenhuma
solicitação ao pai Amantíssimo fica sem resposta, seja qual for a natureza do
seu conteúdo, recebendo-a de acordo com o propósito de que se reveste.”
Resumo elaborado por Ana Cecília Santos. Favor manter os créditos.
3 .A comunidade
da Perversão Moral
Embora não nos fosse
possível ver Mauro e seu adversário que se dirigiam para uma região não
identificada, o irmão Anacleto nos conduziu com segurança para fora da cidade.
Vasta área pantanosa e sombria rescendia odores pútridos e uma gritaria enchia
a noite com blasfêmias e gargalhadas.
Irmão Anacleto nos
informou que estávamos entrando numa comunidade totalmente dedicada a perversão
sexual comandada por sicários da Humanidade, onde encontravam inspiração muitos
indivíduos reencarnados e dali procedentes de várias áreas, tais como da
literatura doentia e da arte escabrosa.
Reduto imenso, criado
pelas emanações morbíficas dos habitantes da terra que para lá seguiam por
sintonia vibratória, quando se encontravam parcialmente desprendidas pelo sono
físico.
O deboche e a
insensatez, os desvarios do sexo e dos compromissos morais nos grupos sociais,
a ética, a cultura e a civilização tombam no desalinho, avançando para o
descalabro e servidão.
E assim tem sido
através dos tempos e ainda irá demorar por mais algum tempo, até que o ser
humano adote comportamentos mais elevados e assuma compromissos dignificadores
da vida, adquirindo consciência de si mesmo e responsabilidade perante ao próximo
e a natureza.
Philomeno diz ser
difícil descrever o local e o ambiente de festiva degradação. A tonalidade
avermelhada da iluminação produzia um aspecto terrificante, esfervilhada de
Espíritos de ambos os lados da vida.
Observava-se que muitos
Espíritos misturados ao bando eram vitimas de graves alterações e mutilações no
períspirito.
Figuras estranhas,
semelhantes a figuras mitológicas confundiam-se com outros seres extravagantes
em complexas simbioses de vampirismo. Carros alegóricos que recordavam os
carnavais da Terra, porém apresentando formatos de órgãos sexuais, exibindo
cenas de horror e espetáculos de manifestação da libido, nos quais mesclavam
apresentações de conúbios sexuais entre animais e seres humanos sob o aplauso
da massa desnorteada.
Aquele circo de hediondez
apresentava em cada momento, novos e agressivos quadros enquanto exibiam
sessões de sexo grupal.
Philomeno diz que
aquele antro dava-lhe a ideia de ser o mundo inspirador de alguns espetáculos
da Terra e que ainda não tinha atingido o mesmo nível, mas que dele vem se
aproximando, especialmente durante os desfiles de carnaval.
“Era
naquela região que se inspiravam muitos multiplicadores de opiniões, que ainda
insistem na liberação dos costumes vis, como se já não bastassem o sexo
explicito e vulgar, a violência absurda, a agressividade sem limites, a luxuria
desmedida, o cinismo odiento, o furto desbragado, o desrespeito a tudo quanto
constitui a dignidade humana, descendo a níveis já insuportáveis...”
O Mentor nos alertou
para que mantivéssemos o pensamento elevado no Supremo Amor, sem críticas ou
observações descaridosas.
Pudemos observar que diversos
Espíritos reencarnados, presos por coleiras, seguiam seus algozes e entre eles
encontrava-se Mauro e seu algoz.
Mauro debatia-se para
liberar-se da retenção do algoz para atirar-se no vulcão de asquerosa
sensualidade.
Observamos que crianças
despidas em atitudes obscenas decoravam o carro exótico, inspirando mais compaixão
do que qualquer outro sentimento. Visualizando melhor, constatamos que se
tratava de anões cínicos se passando por crianças e assim despertando os
viciados em pedofilia.
A esdrúxula sociedade
seguiu no rumo das suas furnas e mansardas a fim de continuarem o vil
espetáculo.
Irmão Anacleto convidou-nos
mentalmente a segui-lo discretamente, para que pudéssemos nos afastar de tal
antro. Aproximamos-nos de formosa praia, banhada por raios solares, para que
pudéssemos restaurar nossas forças que momentaneamente estavam exauridas pelos
fluidos morbosos da comunidade da perversão.
Atendendo as nossas
silenciosas interrogações, o Mentor elucidou-nos:
“O
recinto infeliz, onde estivemos é mantido e dirigido por alguns verdugos da
Humanidade, que se nutrem dos pensamentos perversos e lúbricos dos seres
humanos, que sustentam, dessa forma, a estranha coletividade que ali se homizia
e que, longe de qualquer ambição idealista ou espiritualizante, reencarna-se no
mundo físico trazendo as imagens das experiências vivenciadas, procurando
materializá-las posteriormente entre as demais criaturas.
Muitos
desses Espíritos, ora no corpo material, são encontrados no mundo físico
realizando espetáculos chocantes, vivendo em verdadeiras tribos de
promiscuidade primitiva... Tornam-se, assim, representantes do curioso país
espiritual de onde procedem e, telementalizados pelos que ficaram...
Não
são poucos os indivíduos que sentem atração para o mal, para o vício, para as
tendências ancestrais e permanecem receosas, vivendo o claro-escuro da decisão
a tomar. Subitamente, enveredam pelos escusos caminhos...., assumindo
comportamentos que envilecem em atitude de desrespeito aos valores morais e
sociais vigentes, logo transformando-se em lideres e modelos singulares.
Invariavelmente
são arrebanhados por estes representantes perversos que lhes influenciam a conduta.....
Demonstram uma alegria que estão longe de possuir, um cinismo que, em verdade,
é a mascara que esconde as aflições quase insuportáveis que os transtornam,
porém, insensatamente, vinculando-se a esses campeões do desequilíbrio......,
não conseguindo desvincular-se com facilidade. Somente através das dores
excruciantes, das enfermidades dilaceradoras, das angustias morais que os
assaltam é que, encontrando orientação e compaixão, liberam-se das amarras
fortes do mal em predomínio. A grande maioria, porém, desencarna durante este
comportamento doentio e quase todos são arrastados para sórdido campo da
luxuria, sofrendo por decênios e mesmo séculos até o momento em que buscam a
renovação e são socorridos por especialistas...
O
sexo, por sua vez, porque carregado de sensações e de emoções, quando
vilipendiado e exercido com ignorância das suas sagradas funções, transforma-se
em geratriz de tormentos que dão curso a outros vícios e alucinações....
Enquanto
não houver um programa educativo baseado nas finalidades da existência
humana...., permanecerão equivocados os valores éticos”
Irmão Anacleto nos diz
que atualmente, vive-se na terra de uma luxuria exagerada e exibicionismos dos
corpos físicos direcionadas para o comercio e exploração dos mesmos.
E, na hora da morte é
que se dão conta das oportunidades evolutivas perdidas.
Quando chegar o momento
adequado e quando luzir o pensamento de
Jesus nas consciências humanas, o homem e a mulher compreenderão que o sexo
existe para gerar vidas, amparado por emoções enobrecedoras do intercambio de
energias revigorantes.
O Mentor termina a
elucidação dizendo:
“Que possamos
contribuir em favor desse momento, edificando-nos no bem e preservando-nos
interiormente das ciladas do mal e das tentações perturbadoras”
Resumo elaborado por Francisca Passos. Favor manter os créditos.
4.
Obsessão na infância
Todos acorreram à Casa
Paroquial, onde Padre Mauro residia, queriam vê-lo acordar, o que se deu e
puderam comprovar a sua debilidade orgânica. Exalava fluidos deletérios e três
dos seus chacras estavam envoltos por densa energia pastosa. A seguir banhou-se
com água fria tentando recuperar-se. Lembrava-se das cenas bestiais da noite
anterior, mas não as compreendia plenamente, porém identificava a perigosa
trilha que percorria. Com muita dificuldade começou a orar, contestando os
crimes hediondos que vivia praticando; recordou-se do ser perverso que o
arrastava para as misérias morais, como se lhe comandasse a mente em desalinho;
lagrimas banharam-lhe o rosto, o que lhe permitiu orar com mais tranquilidade.
O ambiente psíquico do
quarto onde dormia era deplorável, agasalhando entidades ociosas e viciadas que
ali permaneciam, vigilantes...
Ato posterior,
dirigiu-se ao refeitório para o desjejum, ocasião em que Anacleto convidou a
todos para um trabalho de assepsia psíquica, para diminuir o transtorno
emocional de Mauro.
Silenciosamente o
Mentor iniciou a oração para afastar as Entidades viciosas e quando ato
terminou, raios benéficos do sol completavam a assepsia. Mauro terminara a
refeição, sem haver superado totalmente o mal estar; seguiu então, para o
educandário onde lecionava para crianças, o que confirmaria que o pedófilo, a
fim de ocultar seus instintos, procura atividades respeitáveis que o coloque em
contato com potenciais vítimas; pais invigilantes permitem que seus filhos se
relacionem com indivíduos adultos desconhecidos, demasiadamente generosos,
permitindo-lhes convivência desacompanhada.
Na escola, alguns
colegas notaram a palidez quase mortal do professor, que alegou distúrbios
gástricos, porém, o alarido infantil dos alunos estimulou a disposição orgânica
do sacerdote. Subitamente aproximou-se dele uma criança de seus oito anos,
sorridente e inundada de encantamento, e seus pensamentos se dirigiram para a
presença grosseira de seu genitor, que o acariciava e abusava de sua inocência,
há algum tempo; começou a transpirar e a sentir uma arritmia cardíaca. Sem
perceber, o jovenzinho dizia-lhe palavras de ternura e carinho, e da alegria de
o haver reencontrado.
Tentando manter-se
equilibrado, soltou a mão do garotinho, que se pôs a correr para encontrar os
amiguinhos, entretanto, Mauro não conseguia apagar a imagem de seu pai e o
fazia com um sentimento de ódio. Por outro lado, pensava que era o caminho para
a alucinação, já que sempre saía das infelizes experiencias sem alegria e
dominado pela culpa; acreditava-se um monstro e não podia raciocinar com
clareza e encontrar uma explicação que o acalmasse.
Nesse passo, o irmão
Anacleto aproximou-se para aplicar-lhe energias restauradoras do equilíbrio, o
que permitiu Mauro sentir-se renovado e, sentindo-se aliviado, voltou para o
educandário. Nessa primeira visita a um Educandário para Crianças, o grupo pôde
observar que todas as crianças eram acompanhadas por Espíritos, alguns felizes,
e outros por entidades cruéis que desde cedo perturbavam-nas vinculando-as
psiquicamente; diria-se até diagnosticadas como obsidiadas.
Apesar de saber-se que
a criança é sempre um Espírito velho, e nessa fase da vida recebe sempre maior
apoio, o Orientador esclareceu que muitos processos de obsessão tem seu inicio
fora do corpo físico, quando criminosos e viciados em geral reencontram suas
vitimas no Além Túmulo como se fossem imantadas a elas, muitas vezes é
continuidade da ocorrência procedente da Erraticidade; gera graves conflitos
entre pais e filhos, alunos e professores e na vida social entre coleguinhas.
Fazem parte dessas síndromes, irritação, agressividade, perversidade,
indiferença emocional, distúrbios psicológicos, enfermidades físicas, resultantes
da interferência de Espíritos perversos uns, traiçoeiros outros, vingativos
todos eles...
Como exemplo Anacleto
apontou para uma garotinha de seus sete anos, loura de olhos claros e cabelos
encaracolados, que gritava e agredia a coleguinha com palavras e gestos
vulgares, que foi retirada pela Mestra da cena chocante. Uma obsessa, explicou
ele, que no lar é tida como teimosa e recalcitrante, apesar dos castigos
físicos, que lhe aplicam os pais, confusos e desinformados, incluindo também o
psicólogo no que tange a real situação da garotinha.
Mais uma provável
futura candidata a terapias muito violentas e inócuas, em grande parte, pois só
alcançam os efeitos, não erradicando a causa central.
Os débitos contraídos
no pretérito são muito graves e a reencarnação é o melhor instrumento para a
sua reparação.
Continuando sua
explanação, o Benfeitor elucidou que inúmeros casos de autismo, quando
detectados na primeira infância, procedem de graves compromissos negativos com
a retaguarda espiritual do ser, que renasce com as marcas correspondentes no perispírito,
que se encarrega de imprimir as deficiências que lhe são necessárias para o
refazimento. Por uma lei de afinidade, os Espíritos renascem no mesmo grupo
consanguíneo com o qual agrediram a ordem e desrespeitaram os deveres. A medida
que atingem a maturidade e a idade adulta, manifestam a mágoa contra a
sociedade através da refeição, críticas ásperas e desprezo... Quando a
Humanidade tiver maior conhecimento Espírita, muitos transtornos
infanto-juvenis serão evitados, graças às terapias preventivas, a terapêutica
bioenergética, a água magnetizada e a psicoterapia da bondade. Já em ambiente
propicio os Benfeitos da Vida Maior poderiam também conduzir os desafetos a um
tratamento de desobsessão, levando o quadro em questão à melhor conclusão.
“O
Pai não deseja a morte do pecador, mas sim a do pecado”, como bem esclareceu
Jesus, o Psicoterapeuta por excelência.
A obsessão a ninguém
poupa em período algum da existência física ou mesmo após a desencarnação.
Após mais alguns
momentos, seguiram para a sala de Mauro.
Resumo elaborado por Adilson Ferreira. Favor manter os créditos.
5.
Conflito Obsessivo
O grupo entrou na sala de Mauro e se deparou com uma cena dolorosa: Aquela criança que havia cumprimentado o sacerdote, estava sentada no colo dele, enquanto o sedutor a acariciava.
Ao mesmo tempo em que Mauro recordava os abusos do pai, ele ficava mais estimulado e sua mente emitia energia mórbida. Desta forme, atraía o obsessor que se ligava ao seu chakra coronário e imantava-se do hipotálamo até a medula espinhal.
A criança em sua inocência sorria diante das carícias do sacerdote. Este era guiado pelo seu obsessor no crime que iria acontecer.
Neste momento, entrou no recinto, em lágrimas, a mãe desencarnada de Mauro que pediu que Anacleto não permitisse que aquilo acontecesse.
Então, Anacleto mentalizou a diretora da instituição e a trouxe até a sala. Esta estranhando o silêncio no ambiente e a porta trancada, pegou a chave mestra e abriu a porta, interrompendo segundos antes de ocorrer o abuso contra aquela criança.
Espantada, ela gritou, o que fez com que o sacerdote trêmulo e envergonhado tentasse se desculpar, enquanto o obsessor, colérico tentava agredí-la.
Amparada por Anacleto, a diretora tomou a criança das mãos do sacerdote e falou para Mauro se retirar da escola, pois o assunto seria tratado em momento próprio.
Ele ainda tentou justificar o acontecido como um ma-entendido, pois era amigo daquela criança. A diretora manteve a sua rigidez e pediu que ele se afastasse da escola. Mauro, atônito e envergonhado saiu do educandário.
Enquanto, Dilermando, amigo espiritual de Anacleto, inspirava a diretora a ter uma conduta cautelosa para que tudo fosse resolvido a fim de não haver sequelas morais para a criança e sua família, bem como para os demais alunos, Anacleto e o grupo foram acompanhar Dilermando.
Mauro ao chegar à casa paroquial começou a chorar intensamente, enquanto era inspirado ao suicídio pelo seu obsessor. Ele se debatia contra a parede em total desespero.
Sua mãe, em oração, pediu a Deus que se não houvesse perdão, pelo menos uma nova oportunidade fosse dada ao seu filho doente.
Anacleto aplicou bioenergia ao chakra coronário de Mário, desligando o obsessor, que blasfemando se afastou. Em seguida, emitiu energias relaxantes para adormecer Mauro e desta forma prepará-lo para o enfrentamento da situação.
Desprendido do corpo, Mauro foi recebido carinhosamente por todos que ai estavam. A sua face transmitia vergonha, horror, desespero e medo. Ao reconhecer a sua mãe, atirou-se aos seus braços como uma criança assutada. Enquanto a sua genitora tentava lhe acalmar com palavras de ternura, ele acusava o pai do trauma emocional que tinha sofrido.
Sua mãe pediu que ele não acusasse o pai, pois a conduta perversa do genitor não justificava os atos que ele cometia contra aquelas crianças, tirando delas toda a esperança e pureza. Como ele pode perturbar e desorganizar os projetos espirituais de várias vidas, perdendo os valores morais e a dignidade, perguntava ela.
Mauro falou que não merecia a misericórdia e nem o perdão. Ele reconhecia os seus erros, mas não conseguia se libertar.
Sua mãe lhe explicava que à tempos tentava ampará-o e que o plano espiritual procurava lhe proteger e resguardar da doença sórdida, porém ele a nada respondia, mantendo a mente em desequilíbrio. Ele trocava as horas de estudo, prece e caridade por espetáculos de aberração e selvageria.
Porém, agora era o seu momento de retificação e de despertamento através da dor. E deveria seguir as orientações do benfeitor Anacleto.
Neste momento, Mauro percebeu a presença de todos e se espantou. Envergonhado, chorou em silêncio e ouviu as palavras de Anacleto.
O benfeitor falou que todos nós procedemos de mundos de sombras, mas que lentamente iríamos alcançar a angelitude. Essa estrada é imensa e grandiosa, composta de adversidades e desafios. Por este motivo, era compreensível que muitos demorassem na caminhada, por permanecerem vinculados a prazeres inferiores. Somos os atos que cometemos, mas trabalhando podemos alcançar virtudes e santificação.
Agora era momento de Mauro superar as consequências dos crimes cometidos.
Mauro, ignorando o que estava acontecendo, perguntou se Anacleto era um anjo julgador ou emissário punitivo. O benfeitor falou que era apenas um irmão que veio auxiliar, atendendo as preces dele e de sua mãe sofredora ao Pai.
Ele veio para despertá-lo ao dever esquecido, e desta forma ressarcir os crimes cometidos. Ninguém estava ai para julgar ou censurar, pois já tinham passado pela estrada terrena, e conheciam as armadilhas que atrasam a caminhada. Todos ali eram seus companheiros de jornada, mais vividos, mais sofridos e mais confiantes no Pai.
Mauro questionou o porquê desse destino cruel, já que fora vítima de seu pai e sabia o sofrimento que tais atos causam em uma criança.
Anacleto esclareceu que todos nós somos viajantes e sobreviventes, e que às vezes temos comportamentos desagradáveis e crucificadores, que são cíclicos até que superemos.
Há muito tempo, que este estigma seguia Mauro, devido a desmandos e desvarios sexuais exercidos no momento em que teve poder na Terra. Anacleto anunciou que Mauro iria recordar cenas gravadas no seu íntimo. Enquanto o corpo dele estava em sono profundo, Anacleto promovia o adormecimento do espírito para que a memória fosse ativada.
Então, ele começou a recordar Paris, início do século, na mansão de M., as orgias comandadas pela Madame X, que tinha ligação com o Palácio de Tulherias, a Mansão de Malmaison, políticos famosos e parasitas sociais.
À medida que lembrava, Mauro assumia as feições e características de Madame X. Ela falava da necessidade da presença de crianças para o banquete de psicopatas e viciados. Em determinado momento, um empregado lhe apresentou uma criança de oito anos que fora retirada à força do pai devotado e trabalhador.
Madame M propôs ao pai a compra de seu filho por moedas de ouro, o que foi prontamente recusado. O pai foi expulso sem piedade e sem a quem reclamar. este com ódio, em pranto e alucinado, desapareceu.
Mauro reconheceu neste pai sofrido o genitor atua, que reencarnou sem perdoá-o, sem saber o motivo dos sentimentos ambíguos que tinha por ele, e desta forma tornou-se o teu algoz infantil.
Claro que ninguém tem o direito de fazer justiça com a própria indignidade, pois as leis soberanas da vida sempre vão levar a reparação. Mas, o ódio semeia venenos que quando absorvidos, intoxicam aqueles que o conservam.
"A Misericórdia Divina permitiu, por meio dessa reencarnação, que reparasse o erro cometido quando nasceste como filho daquele a quem causara dor intensa, para experimentar o gosto amargo da recuperação moral. Porém, isto não justifica as paixões a que te vens atirando."
Novamente, novas lembranças surgiram. Madame X entregava aquela criança assustada a um militar poderoso e desnaturado do Império Napoleônico, que acabara de chegar ao bordel.
Essa criança adaptou-se aquela nova vida de crueldade, mantendo um terrível ódio contra a Madame X e nunca esquecendo a cena de seu bondoso pai recusando as moedas.
"Tudo que aconteceu com ela evou à sua queda moral, e desde que desencarnou, tornou-se o algoz que no momento lhe conduz ao abismo dos prazeres exorbitantes e ao sexo pervertido. Manténs com ele a mesma frequência vibratória, permitindo o controle das tuas forças mentais, fornecendo fluidos venenosos e desejos incontroláveis de prazeres."
Anacleto despertou Mauro após uma pequena pausa. Ele estava angustiado, inseguro e temeroso. Porém, o benfeitor acamou-o, pois agora ele estava entre amigos que desejavam o seu bem, a sua felicidade e o despertar para novas experiencias iluminativas e libertadoras.
"Ao acordar terá uma leve lembrança do que ocorreu, o que permitirá enfrentar as consequências dos seus atos. Jesus sempre estará contigo. Abraças a doutrina religiosa a fim de lhe trazer paz e aguarda o acerto de contas."
Então, a mãe de Mauro o abraçou e despediu-se com ternura. Em seguida, Mauro despertou cansado, confuso e receoso.
Resumo elaborado por Débora loures. Favor manter os créditos.
Próxima reunião: 30/06/2018
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