NAS FRONTEIRAS
DA LOUCURA - Quinta Parte
Data da Reunião: 28/02/2018
21. ROGATIVA /
SOCORRO
O espírito de Manuel Trindade ao desencarnar, depois da fase de
perturbação, descobriu toda a trama associada ao rapto da filha, inclusive a
sua morte.Quando Noemi desencarnou, não foi encontrada por Manuel, mas pela esposa traída, a quem estimulará o marido a matar, sofrendo por muitos anos.
O irmão Artur recebeu Noemi como filha e, a esposa traída como
companheira e mãe de Noemi, a fim de que o amor maternal vencesse o ódio.
"Todo
desequilíbrio resulta de uma ação que logo será refeita, preservando a ordem, a
harmonia que predomina em tudo".Após o esclarecimento, o Benfeitor recebeu a informação do Departamento de Comunicações que havia chegado orações com pedido de emergência de uma jovem que corria risco de sofrer abuso sexual.
O grupo acompanhado de Dr. Bezerra, em com o pensamento no Cristo, deslocaram-se para o local.
A jovem tentava se libertar dos jovens agressores, ao seu lado
uma Entidade a ajudava dando-lhe forças. Sob a imantada mental, os agressores
afrouxaram os braços e a jovem, aos prantos, levantou-se.
O Benfeitor entrou em sintonia com o motorista de uma patrulha
próxima. Rapidamente a sirene anunciou a passagem, o que fez com que os
malfeitores, apesar de tentarem fugir, fossem capturados.
A jovem não quis prestar queixa e foi encaminhada a um posto de
saúde, onde foi medicada e depois conduzida ao lar, acompanhada do seu gentil
protetor espiritual.
Aos policiais explicou que fora apenas um susto, inspirada,
convenceu-os que tudo estava bem. De qualquer forma, os rapazes ficariam
durante o carnaval em cárcere, para evitar novas vítimas. O motorista comentou com os colegas que nunca passava por aquela via, porém ouviu uma voz vigorosa: "Venha aqui" e ele obedeceu.
O protetor espiritual da moça contou ao grupo que ela tinha ido
confortar uma idosa solitária, que lhe recebia ajuda financeira e espiritual.
Apesar de saber os perigos de ir desacompanhada, orou e foi ao auxílio da
amiga. Ao retornar para a sua casa já era tarde, sendo espírita, orava para que
tudo ocorresse bem, quando foi abordada pelos rapazes.
Então, Manoel de Miranda questionou como que aquilo aconteceu,
já que ela estava fazendo caridade e em oração.
O Benfeitor falou que a oração nos imuniza contra o mal e nos dá
força para suporta-lo, mas não impede que passassem por adversidades
necessárias para a nossa evolução.
A irmã que já caminhava na seara do bem e sempre estava em
oração recebeu a ajuda necessária. O que ocorreu foi devido à débitos cometidos
na área da sexualidade e da prepotência que causaram dor naqueles afetados por
ela. A aflição que ela passou anulou futuros sofrimentos.Consciente de ter que passar por aprovações, dispõe-se a renovação pelo amor e pelo trabalho edificante. Desta forma, teve méritos para mudar essa prova na atual existência.
A sua prece
sincera e a conduta reta, permitiu que ela fosse assistida pelo seu protetor e
auxiliada por nós. ..."num momento de provação bem suportada, graças aos
valores que já lhe pesam positivamente, liberou-se de largos testemunhos de dor
e sombra no futuro."
"O amor
anula os erros e pecados, preparando o ser para, testado, superar os impactos
descarregadores do comportamento sadio."
Ela triunfou, não complicando a situação dos agressores, que
após uma noite detidos, recuperariam a sobriedade e no futuro evitariam ter a
mesma atitude.
"Em
verdade, nenhuma rogativa honesta, dirigida ao Senhor, fica sem resposta de
socorro imediato. Quiçá, não chegue de forma que se pretende, mas, conforme é
de melhor para o necessitado, o que expressa o grau de sabedoria que
responde."
A oração deve ser pura e simples, com muito amor e fé,
O grupo estava
retornado, quando o Benfeitor foi abordado por uma senhora desencarnada, que
lhe pediu auxílio para a sua filha que acabara de chegar, após um desmaio.
Dr. Bezerra esclareceu que se tratava de um caso de epilepsia
suave. Então, o Benfeitor tocou nas têmporas do médico que estava fazendo o
atendimento. Era um homem ético, missionário anônimo da "arte de
curar", logo portador de excelentes credenciais no campo de ação do
auxílio espiritual.
O médico identificou os pensamentos do Dr. Bezerra quanto ao
diagnóstico da paciente. Ele recomendou ao acompanhante da paciente a levasse
para a casa, para que posteriormente fossem realizados exames específicos e o
tratamento correto. E apesar de não ter religião, o médico recomendou que a
levasse a um centro espírita, pois ele tinha alguns clientes que tiveram
excelentes resultados participando de seções espíritas.
A mãe agradeceu ao Dr. Bezerra pelo auxílio e foi ficar ao lado
de sua filha.
Dr. Bezerra falou que às vezes, é mais fácil lidar com aquele
que diz não ter religião e amo o próximo, servindo-o, do que com aquele que se
diz religioso, sem amor ao próximo.
Resumo elaborado por Débora Loures. Favor manter os créditos
22. ATENDIMENTO COLETIVO
Busca-se o prazer do momento, que logo passa, esquecendo-se dos
momentos que virão. Os gozos indevidos, apressados, prenunciam frustrações que,
inevitavelmente, chegarão. Preferindo fruir agora, muitos desperdiçam os
melhores recursos da vida, esquecendo-se da misericórdia de Deus,
socorrendo-os; onde estiver a necessidade de qualquer porte, muito próxima
estará à ajuda do Amor do Pai.Os inumeráveis acontecimentos daqueles dias, onde muitos receberam apoio e ajuda do plano espiritual, surpreendeu até àqueles trabalhadores mais experientes em trabalhos de natureza espiritual. Em suma, aumentando os problemas, igualmente surgem as soluções.
O Centro de Comunicações captava as rogativas e as distribuía
aos mensageiros de paz na direção dos suplicantes, levando em conta que nem
sempre é o grau de gravidade que desarvora a criatura, mas o valor que se lhe
atribui; na vida são as experiências, os acontecimentos que exercitam o
espírito na busca da paz em plenitude.
Surpreendia-nos a multidão que desfilava pelas avenidas. Os
bailes numerosos aconchegavam pessoas embriagadas pela ânsia das sensações mais
fortes, num crescendo de loucuras até o exaurimento das forças... Visitamos
algumas enfermarias onde se recolhiam os desencarnados daqueles dias, em cujo
trabalho eram ajudados por familiares voluntariosos, permitindo que durante o
exame dos enfermos ali albergados, pudessem os trabalhadores especializados
dispensarem esperanças e consolações a um maior número de necessitados.
Na ala dos agitados, chamou-nos a atenção um homem que, embora
medicado, gritava, tentando segurar o ventre com sinais de tremenda hemorragia,
que parecia permanecer, embora com menor volume. O enfermeiro explicou: “É uma
vítima de cruel homicídio. Passeava com a mulher e a filha, observando os
blocos que desfilavam, quando dois mascarados à guisa de brincadeira, passaram
a perseguir a moça e a senhora, sem qualquer respeito por ambas e pelo pai e
marido. Como os dois estranhos estivessem se excedendo o senhor reagiu
verbalmente, gerando um atrito, onde ele acabou sendo esfaqueado covardemente,
tendo os agressores fugido e o ferido encaminhado ao pronto socorro.”
Dr. Bezerra pareceu penetrar-lhe o íntimo enquanto Manoel
Philomeno entrava em prece, suplicando pelo paciente e sua família que enfrentavam
nova experiência a partir de então.
O enfermo recebeu do Benfeitor recursos pacificadores que lhe
estancaram o fluxo sanguíneo; o doente asserenou, silenciando e penetrando em
sono profundo, reparador. O Benfeitor passou novas instruções ao enfermeiro e
todos se retiraram.
Olhando para o semblante de Manoel Philomeno ponderou: “Esse é o
campo que devemos peneirar... (igual do jargão ‘joio do trigo’)”.
“Munindo-nos
de compaixão, somos convidados ao auxílio à educação das almas sem os caprichos
de partidos ou interesses pessoais, sem amparar as vítimas, procedendo com
malquerença em relação aos algozes, atendendo a todos indistintamente, não
julgando. O socorro ao tombado por mãos criminosas é urgente, todavia, o
homicida necessita do cerceamento da liberdade para que possa reorientar-se e
dignificar-se. A caridade e o perdão não compactuam em convivência pacifica com
o erro e a criminalidade. Educar, reeducar são recursos de amor, terapias
valiosas que fazem muita falta na Terra.”
Houve uma pausa própria para a reflexão. A seguir ele concluiu:
“O irmão que ora visitamos aqui no hospital, poderia ter evitado o
acontecimento que fazia parte do seu programa cármico, não em tais ou quais
circunstancias. Os seus compromissos negativos propunham-lhe o retorno ao Mundo
Espiritual, que poderia ser por acidente, longa enfermidade, homicídio... O
silêncio aplicado na provocação do irresponsável é como algodão, de
tranquilidade, posto na ferida dolorosa... A vida ensina que sempre ganha
aquele que cede, que serve, que perde, por mais estranho que possa parecer;
nosso irmão apesar da circunstancia em que veio para cá, faz juz a socorro e
assistência mais dilatada que lhe poupará outras aflições. Confiemos sem
restrições.”
Momentos depois, o Amigo convidou-nos para nova tarefa: Tratava-se
de atendimento a um grande número de sofredores, fixados em região de punições
a que se submetem, em área próxima de onde estavam.
O local era um mundo especial, primitivo, pantanoso e nauseante,
em grande área urbana. Gemidos e imprecações misturavam-se em aterradora
intensidade; o Benfeitor alertou-nos que avançássemos em fila indiana e não nos
detivéssemos sob qualquer pretexto. De quando em quando surgiam-nos sombras
humanas que se asfixiavam na área pantanosa, levantando-se, gritando, para logo
desaparecer no lamaçal pútrido e fétido. O silêncio entre os componentes do
grupo era total; meia hora depois do lento e cuidadoso avanço, pararam a borda
de um despenhadeiro, donde se via, com dificuldade, um gigantescos abismo. O
Benfeitor, profundamente concentrado, utilizando-se de uma corneta de
propagação do som, começou a falar:
“Irmãos do
sofrimento! A misericórdia do Pai magnânimo chega até vós. Soa o momento da
vossa recuperação e próxima paz. Aproveitai! Tentai o arrependimento e vinde,
que os esperamos!”
Levantou-se um clamor...blasfemas e ameaças cruzaram o ar
pestilento, gritaria ensurdecedora se seguiu, palavras grosseiras, ladridos e
uivos animalescos acompanhavam a balburdia.
Entretanto, diversos pediam: “Salvai-nos, anjo de Deus!
Socorrei-nos do Inferno...”
Bordoadas e chibatadas estalavam, vingativas, obrigando as
vítimas a afundarem no atoleiro imundo, asfixiando-se... havia uma lamina de
força – invisível – que nos defendia dos agressores e apedrejadores. Ato
continuo, o Mentor ordenou: -Atirai as redes!
Os cooperadores que já estavam acostumados àquele tipo de
socorro, lançaram as redes, ocasião em que o Mentor aduziu: - Segurai as redes
se estiverdes resolvidos a mudar de vida, a crescer para Deus!
Dezenas de espíritos agarraram-se às cordas entrelaçadas, porém,
alguns não conseguiram segurar-se provocando ira e zombaria deles mesmos,
revoltados. A operação levou quase ¼ de hora, os recolhidos eram levados em
padiolas, enquanto o Benfeitor rezava por eles, ao mesmo tempo em que encerrava
a tarefa. No retorno, ele explicou que alguns não conseguiam agarrar-se as
redes, pois estas são feitas de substancias retiradas do fluido cósmico,
fortes, porém delicadas; dependendo de quem as segurasse, elas poderiam
enrijecer-se ou diluir-se... Ninguém ludibria as Leis. Em todo lugar, nem todos
que requerem amparo desejam-no realmente; querem liberar-se de situações que
lhes desagradam, sem que mudem de comportamento. Choram e sofrem, mas não
pretendem a transformação interior, necessitando de penoso aprendizado.
Recebendo assistência imediata, os recém libertos foram conduzidos ao Posto
Central, para onde todos retornaram, concluída a tarefa.
Manoel Philomeno ficou a meditar!
A lição? A cada um segundo as suas obras.
Resumo elaborado por Adilson Ferreira. Favor manter os créditos
23. TRAMA NA TREVA
Dezoitos sofredores
foram liberados da região de sofrimentos. Tinham permanecidos nos círculos
vibratórios da crosta terrestre, mergulhados nas densas faixas de desespero que
eles mesmo liberaram e mantinham
“A mente plasma, no fluido cósmico, sob o
império da vontade, o que mais ambiciona, vitalizando com ações, que são
decorrência dos desejos acalentados, o que lhe servirá de suporte para elevação
espiritual ou armadilha para a queda”.
“Em lugares onde o comportamento mental é
pernicioso, idêntico em muitas pessoas pela gama de interesses vividos, surgem
redutos de incúria e sofrimento espiritual...”
Onde há concentração
de vibrações superiores, abrem-se vias de comunicação com as Esferas elevadas,
onde os bons Espíritos convivem com as almas que se lhes afinam.
A sintonia é Lei da
Vida. Vivemos onde e com quem desejamos estar, de acordo com a nossa sintonia
psíquica, mesmo quando não estamos encarnados num corpo físico.
Há um intercambio
vibratório em todos e em tudo, respondendo pela harmonia universal.
A festa carnavalesca
continuava frenética, exigindo dos que ali estavam total e exaustiva doação.
Dr. Bezerra foi
informado que as trevas tramavam nefasta cilada. Alguns espíritos maldosos a
espreita de algumas pessoas, alimentavam desejos de vingança, visto que as
circunstancia eram favoráveis para a execução de um plano para anular-lhes a
vida física.
As pessoas em questão
iniciavam-se no estudo da Doutrina Espírita. Não se tratava de um grupo de
moral equivocada.
Joviais e
extrovertidos, brincavam conforme os padrões da mentalidade da época, sem
dar-se conta dos riscos a que estavam expostos.
Eram dois casais que
haviam se aproximado da filosofia espírita em razão da mediunidade que aflorara
em Julia.
Orientados por
abnegado Amigo Espiritual, entraram para os estudos da Doutrina e dos trabalhos
socorristas de uma casa espírita. O Dr. Otávio, esposo de Julia, logo se dispôs
ao atendimento gratuito aos enfermos.
O casal Marcondes e
Raulinda haviam reencarnado com a recomendação de produzir o bem na atual etapa.
Marcondes era
engenheiro civil e acalentava o sonho de realizar uma obra social de amparo,
nos moldes cristãos, embora na época não estivesse vinculado a qualquer
religião. Raulinda com formação no Serviço Social partilhava dos planos do
marido.
Julia, ainda em fase
de conhecimento técnico e educação das faculdades mediúnica, tornava-se
instrumento das Entidades esclarecidas, mas também dos portadores de
perturbação ou maliciosos, com os quais é mais fácil a sintonia mental.
O médium, geralmente,
é espírito endividado em si mesmo, com vasta cópia de compromissos a resgatar,
trazendo matrizes que facultam o acoplamento de mentes perniciosas do
Além-túmulo, que o impelem ao trabalho de autoburilamento, quanto ao exercício
da caridade. Além disso, em considerando seus débitos, vincula-se aos
cobradores que o não querem perder de vista, sitiando-lhe a casa mental,
afligindo-o com o recurso de um campo precioso e vasto.... tentando impedir-lhe
o crescimento espiritual... Criam armadilhas, situações difíceis...., cercam-no
de incompreensões, porque vivem em diferente faixa vibratória, peculiar,
diversa aos que não possuem disposições medianímicas”.
“É um calvário abençoado a fase inicial
do exercício e desdobramento da mediunidade.... é o meio de ampliar, desenvolver
o treinamento do sensitivo, que aprende a discernir o tom psíquico dos que o
acompanham, em espírito, tomando conhecimento das leis dos fluidos e armando-se
de resistência para combater as más inclinações que são os imãs a atrair os que
se encontram em estado de erraticidade inferior”.
O exercício da
mediunidade requer atenção e disciplina íntima, perseverança e assiduidade no
exercício, estudo cuidadoso da Doutrina, da faculdade e de si mesmo, a fim de
alcançar as finalidades superiores a que a mesma se destina.
“Qualquer médium que fuja do estudo e do
exercício correto das suas faculdades medianímicas...., encontra-se em período
de obsessão, sob comando equívoco...”.
Julia ainda não se
firmara nos postulados e na adoção do comportamento espírita, embora sendo
pessoa de dons morais e culturais elevados, pressentia que muito na sua vida
iria mudar, a partir de então.
Quem vivencia a beleza
das paisagens elevadas e, tendo vencido os obstáculos, já não se adapta aos
antigos lugares de baixa vibração, donde procede...
Os inimigos tramavam
contra o casal. Buscavam uma forma de surpreendê-los, utilizando-se da
mediunidade de Julia.
Julia sugere ao grupo
que, como despedida do carnaval já que começariam uma nova vida, baseada nos
postulados espíritas, fossem participar da festa carnavalesca. Dr. Otavio
ponderou que não deveria haver excessos.
E, assim foram
distrair-se.
No ambiente carregado
de energias densas de baixo teor vibratório, Julia terminaria por assimilar
altas cargas de fluidos perniciosos, que lhe perturbaria o equilíbrio. As
entidades adversárias, que conhecem as fraquezas humanas, por também as
possuírem, contavam com esse trunfo.
Dr. Bezerra, Philomeno
e uma equipe de trabalhadores se dirigiram ao local. Observaram que os
desafetos reunidos em reduto próprio, uma casa de jogatina e comércio carnal,
que agora fora transformada em local de ociosos e vagabundos de ambos os lados
da vida, faziam planos de vingança.
Eram seis espíritos de
expressões animalescas. O dirigente não ocultava o ódio que sentia por um dos
casais. Disse aos demais que somente ele e mais dois estavam diretamente
envolvidos na vingança em questão, mas que a causa pertencia a todos os
injustiçados. O outro casal ficaria por conta deles. Estando todos de acordo,
os comparsas aplaudiram o plano.
Passando ao plano de
vingança, disse que atiraria um maníaco sexual, embriagado, sobre Julia para
gerar confusão, mas antes a induziria a fazer uso de bebida e a sentir o odor
do lança-perfume e em seguida atuaria sobre Otavio para que cedesse aos apelos
da mulher amada. Os demais se encarregariam de Marcondes e Raulinda.
E, então, quando todos
estivessem aturdidos, traria o maníaco sexual, que seria fácil de ser
encontrado, criando uma situação de discussão e agressão.
Com a mente aturdida
com os acontecimentos, a cruel entidade faria com que saíssem em precipitação e
entrassem no carro, fazendo com que colidissem com outro automóvel, árvore ou
fosse arremessado ao abismo, o que fosse melhor.
Com o planejamento
feito, partiriam para a execução. Nesse
momento o Dr. Bezerra fez-se perceber.
Dr. Bezerra diz não
querer interferir nos planos do grupo e, aquele era o momento de buscarem a
paz, e diz: “O desequilíbrio é ácido a
queimar quem o transporta”...
O dirigente do bando
propõe que partam dali sem dar ouvidos ao Dr. Bezerra. Os espíritos que o
acompanhavam pareciam paralisados, mais pela irradiação do bondoso mensageiro,
do que pelos argumentos proferidos por ele.
Bezerra pede que
observem que a vingança não trouxe felicidades e sim, só mais sofrimento para
eles. Se alguém os magoou, ao buscar a vingança, estarão cometendo o mesmo
erro. Tal atitude só alimentaria mais ódio. Até quando viveriam assim?
Bezerra diz ainda: “Só o amor ao próximo
como a vós mesmos solucionará a dificuldade”.
“Veneno com veneno mata mais. O antídoto
da vingança, que é o perdão, liberta a vitima e felicita o cobrador”.
Entre o grupo de
cooperadores do Dr. Bezerra, encontrava-se um sacerdote, que atendendo ao
convite mental do instrutor, aproximou-se e estendeu as mãos aos atônitos
sofredores.
Em meio ao silencio
espontâneo, ouvimos o obsessor exclamar: “Frei Arnaldo!...”.
Subitamente o
obsessor, emocionado, caiu de joelhos e disse que precisava confessar que era
um desventurado, que precisava do perdão de Deus para que pudesse rever a
querida mãe.
O sacerdote o convidou
para que juntos se confessassem e arrependessem-se sinceramente.
O Dr. Bezerra trouxe
então uma amorosa anciã, que abraçou o infeliz, dizendo que o Senhor havia
ouvido a prece deles. O infeliz obsessor jogou-se nos braços de sua mãe, como
se fora uma criança indefesa, a chorar.
Os demais, diante do
inesperado, cederam ao apelo e pediram ajuda, sendo todos conduzidos ao posto
de socorro.
Miranda diz que só
depois ficou sabendo que fora a prece da genitora, em favor do filho em crise
de loucura, que o Centro de registrou captou, merecendo atendimento, com o qual
se liberavam os alegres jovens, que não se deram conta da trama urdida nas
trevas que os envolveria...
Resumo elaborado por Francisca Passos. Favor manter os créditos
24. OS SERVIÇOS PROSSEGUEM
Poder do pensamento
Serviços dos Espíritos
Somos todos filhos de Deus
Os trabalhadores espirituais continuavam laborando
incansavelmente: eram apelos de desencarnados que solicitavam apoio e socorro
por familiares que se deixavam arrastar pelos dias extravagantes de folia pagã;
espíritos eram recolhidos para atendimento em outros planos; encarnados e
desencarnados que eram libertos de processos obsessivos... equipes
especializadas movimentavam-se dentro e fora do Posto Central.
Naquela madrugada de quarta-feira de cinzas as pessoas, ainda,
entregavam-se a última gota do prazer exorbitante.
Dr. Bezerra estava no Acampamento Central coordenando os
serviços e detalhando a remoção dos pacientes. Ficou estabelecido que aquela
construção permaneceria como um Pronto Socorro para o cotidiano conturbado da
cidade, mas também para os futuros carnavais.
O novo Núcleo de Emergência funcionaria também como local de
aprendizado para os futuros cooperadores do socorro espiritual.
O ministério do bem não possui limites... a psicosfera em torno
da cidade ainda era muito densa, principalmente nas áreas de maior agitação.
A cidade começava a refazer-se da exaustão.
Bezerra reuniu os colaboradores mais próximos a fim de formular
agradecimentos por aqueles quatro dias de trabalho, ininterruptos. Os que
estavam trabalhando em outras paragens participaram da oração coletiva através
de aparelhos instalados em diversos módulos e sincronizados com os subpostos.
Estavam todos em paz pelo dever cumprido!
Transfigurado, Bezerra disse-lhes sobre as valiosas experiências
daqueles quatro dias e que jamais seriam esquecidas.
“Vivemos o
dever fraternal, ao lado do próximo em sofrimento, sem
que excogitássemos, em demasia, dos motivos e razões da aflição que o assaltou.
Candidatemo-nos ao socorro, e oportunidades não nos faltaram, como não nos
serão escassas, se estivermos vigilantes e dispostos ao seu atendimento. Ao
trabalhador cuidadoso nunca falta o que fazer.”
Ainda frisa sobre não nos entregarmos ao desespero nos momentos de
turbulência.
“Quem adia o
momento da ação libertadora mais se algema à desdita, retardando, sem motivo, a
própria libertação, e esse somente chega quando o homem se ilumina
interiormente com a verdade, acionando os recursos do amor a benefício do
próximo.”
“O nosso ontem
é largo... Demora-se assinalado por escombros de sombras, que aguardam remoção.
O amanhã, porém, é infinita concessão de esperança para a felicidade. O hoje,
todavia, é o divisor do tempo, o momento decisivo, o convite imediato à ação
que não pode esperar. Não o posterguemos, a fim de não perdermos o veículo da
oportunidade correta, alongando penas e aumentando responsabilidades...”
Bezerra nos informa que o conhecedor da Doutrina Espírita não
pode resistir ao chamamento da transformação de si mesmo e do planeta.
Ao término da prece, o Mentor, lentamente retornou à feição habitual...vários
cooperadores agradeceram a oportunidade do trabalho, naqueles quatro dias de
aprendizagem enobrecedora.
Junto a Bezerra, ficaram apenas alguns cooperadores, dentre
eles, Miranda. Foram visitar os irmãos que desencarnaram durante o carnaval: Ermance
estava em sono reparador, junto da avó Melide; Fábio e o colega também se
refaziam através do sono, sob a assistência de D. Ruth, que informou sob o
estado de adaptação da família após o golpe da desencarnação do jovem.
A senhora Melide, por conta da dor selvagem, que dominava os
pais de Ermance, queria promover um encontro de pais e filha durante o sono. E
Bezerra esclarece: “...Ermance não pode, nesta situação, ser perturbada por
qualquer ruído, necessitando de repouso profundo. A visita dos pais perturbá-la-ia
muito, em razão da zoada mental de que se encontram acometidos, no aturdimento
e desespero, terminando por alcançar a jovem através de perigosos dardos de
desconforto e saudade...”
Então ficou decidido que a irmã Melide iria, durante o sono dos
pais de Ermance, encontrá-los e tentar acalmá-los.
O Mentor conclui: "Somente
lhe recordamos, que os filhos, por mais amados, não são propriedade nossa,
pertencendo antes a Deus.”
Miranda estava refletindo sobre a zoada mental e o Mentor
elucidou:
“Em nossa área
de ação, o silêncio não é a decorrência de cessação de voz, a parada dos ruídos
que ferem o tímpano, como ocorre na Terra. Sendo o pensamento o agente, é
natural que, em descontrole, produza tal descarga magnética, especialmente em
casos desta ordem, que repercutiriam na enferma como sendo explosão de
granadas, gritos, exclamações, o que em verdade, está acontecendo no campo
vibratório dos familiares, embora sem ressonância na área física...”
Na terapia do sono, os desencarnados estavam protegidos do
desequilíbrio dos parentes.
“...o impacto
emocional dá surgimento a ondas que atiram flechas certeiras no alvo,
produzindo danos lamentáveis, que devem e podem ser evitados.”
“No mundo é
difícil, para muita gente, fazer silencio oral, quanto mais de ordem mental.”
Manoel Philomeno refletiu sobre o problema da maledicência,
ateando incêndio em ‘palheiros próprios e alheios’. A questão dos ruídos
mentais desgovernados, dos que calam quando não podem agredir, mas reagem com o
pensamento em aluvião de revolta, desejos de vingança, despejando cargas de
magnetismo dissolvente sobre seus opositores ou desafetos.
Os trabalhos continuavam, ainda pela madrugada seriam feitos os
primeiros deslocamentos... às 19h retornariam ao Hospital de Saúde Mental para
as primeiras providências no caso Julinda.
Resumo elaborado por Maria Fernanda Ribeiro. Favor manter os créditos.
25. TÉCNICA DE LIBERTAÇÃO
No hospital Dr. Figueiredo guiou o grupo até Julinda que havia
adormecido devido à alta dose de antidepressivos. Seu espírito dopado era
observado por Ricardo com todo seu ódio e desprezo. Ricardo, pupilo de Elvídio,
não se descuidava das técnicas de obsessão infeliz, mantendo-se vigilante. Ele havia usado o remorso de Julinda como
ponte para dominá-la, impondo a ideia de loucura, fazendo a vítima fixar o
momento do aborto. As irradiações positivas de amor materno, fez com que a ação
obssessora fosse freada.
Ricardo não pode ver os amigos espirituais, mas se afastou
diante da energia que pressentiu. Dr. Bezerra aplicou passes em Julinda-Espírito,
repetindo a experiência em seu corpo. Julinda pode se acalmar em um sono
refazente.
O mentor imantou-a de fluidos especiais, que pareciam
resguardá-la da ação perniciosa do perseguidor.Ricardo retornou ao quarto de
Julinda acompanhado de seu chefe e alguns comparsas, mas Julinda não se abalou
com a presença, apesar de Elvídio ter tentado lançar sobre ela energias
viciadas.
Os amigos espirituais não
eram vistos pelo grupo, mas tudo observavam. Elvídio tinha conhecimento da
assistência espiritual superior, mas considerava sua presa momentaneamente protegida.
Ele prometeu a Ricardo que tomaria providências e explicou que era questão de
tempo, para que voltasse a absorver de seu obsessor. Ricardo não compreendia o que se passava, mas
confiou no seu chefe. Dois espíritos infelizes ficaram a porta do quarto como
sentinelas.
Observando Ricardo agitado pela raiva, o Benfeitor e convidou
Miranda a orar para modificar a psicosfera ambiente, o que afetou Ricardo que
se aquietou e passou a refletir, retrocedendo no tempo e sentindo saudades da
paz de outrora. É necessário socorrê-lo primeiramente, porque sua loucura é
decorrente de dores causadas pela invigilância de Julinda. No estado de sono, ele foi levado pelo grupo
por indução hipnótica e assim teleguiado não despertou suspeitas nos
vigilantes.
Ricardo foi levado a Casa espírita, onde o irmão Genézio Duarte
aguardava o grupo. O médium Jonas, por psicofonia inconsciente, transmitiu as
instruções do diretor. O doutrinador da Casa, Arnaldo, presidente da Sociedade
Espírita, era espírita no sentido correto da expressão: estudioso honesto,
autoditada, vivia a doutrina, esforçando-se para viver conforme as
recomendações de Jesus e Allan Kardec. Arnaldo também tinha alta sensibilidade,
sabendo distinguir a verdade e as mentiras de mistificadores de ambos os lados
da vida. Respeitava os outros e era humilde, não se vestia de falsas
simplicidades desnecessárias, mas também não se deixava influenciar por elogios
destituídos de finalidade.
O Benfeitor teve muito cuidado no ajustamento de Ricardo aos
aparelhos mediúnicos de Jonas, que ao contato com Ricardo estremeceu. Ricardo
foi despertado pelo instrutor e passou a sentir desconforto, com a limitação de
movimentos, tolhido pela educação do dedicado médium. Pensou em reagir, quando
ouviu a própria voz pelos lábios de Jonas: “Que faço aqui?”
O doutrinador fraternalmente explicou a Ricardo o que se passava
e Ricardo disse que não desejava a felicidade, que se sentia preso e que a casa
de oração não era seu lugar, pois tinha como irmãos apenas os sentimentos de
ódio, vingança e desespero. Com raiva, Ricardo tentou agredir o interlocutor,
sem sucesso.
“Num médium espírita
como Jonas, vigilante e em sintonia com os diretores espirituais da reunião, os
atos de violência e vulgaridade não tem curso.
Quando fatos
infelizes de porte, qual esse planejado pelo comunicante, sucederem, o médium é
corresponsável, o grupo necessita de reestruturação, a atividade não tem
suporte doutrinário, nem moral evangélica”
Dr. Bezerra passou a aplicar passes no médium, enquanto o mentor
desprendia Ricardo, que se liberou, partindo na direção de Julinda. Sob as
bênçãos de Jesus, a etapa inicial do trabalho, cujo objetivo era produzir um
choque anímico em Ricardo para colher resultados futuros, foi bem sucedida.
Resumo elaborado por Ana Cecília Barbosa. Favor manter os créditos.
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