sábado, 24 de março de 2018

NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA - Quinta Parte


NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA - Quinta Parte
Data da Reunião: 28/02/2018
21. ROGATIVA / SOCORRO
O espírito de Manuel Trindade ao desencarnar, depois da fase de perturbação, descobriu toda a trama associada ao rapto da filha, inclusive a sua morte.

Quando Noemi desencarnou, não foi encontrada por Manuel, mas pela esposa traída,  a quem estimulará o marido a matar, sofrendo por muitos anos.

O irmão Artur recebeu Noemi como filha e, a esposa traída como companheira e mãe de Noemi, a fim de que o amor maternal vencesse o ódio.
"Todo desequilíbrio resulta de uma ação que logo será refeita, preservando a ordem, a harmonia que predomina em tudo".

Após o esclarecimento, o Benfeitor recebeu a informação do Departamento de Comunicações que havia chegado orações com pedido de emergência de uma jovem que corria risco de sofrer abuso sexual.

O grupo acompanhado de Dr. Bezerra, em com o pensamento no Cristo, deslocaram-se para o local.

A jovem tentava se libertar dos jovens agressores, ao seu lado uma Entidade a ajudava dando-lhe forças. Sob a imantada mental, os agressores afrouxaram os braços e a jovem, aos prantos, levantou-se.
O Benfeitor entrou em sintonia com o motorista de uma patrulha próxima. Rapidamente a sirene anunciou a passagem, o que fez com que os malfeitores, apesar de tentarem fugir, fossem capturados.

A jovem não quis prestar queixa e foi encaminhada a um posto de saúde, onde foi medicada e depois conduzida ao lar, acompanhada do seu gentil protetor espiritual.
Aos policiais explicou que fora apenas um susto, inspirada, convenceu-os que tudo estava bem. De qualquer forma, os rapazes ficariam durante o carnaval em cárcere, para evitar novas vítimas. 

O motorista comentou com os colegas que nunca passava por aquela via, porém ouviu uma voz vigorosa: "Venha aqui" e ele obedeceu.

O protetor espiritual da moça contou ao grupo que ela tinha ido confortar uma idosa solitária, que lhe recebia ajuda financeira e espiritual. Apesar de saber os perigos de ir desacompanhada, orou e foi ao auxílio da amiga. Ao retornar para a sua casa já era tarde, sendo espírita, orava para que tudo ocorresse bem, quando foi abordada pelos rapazes.
Então, Manoel de Miranda questionou como que aquilo aconteceu, já que ela estava fazendo caridade e em oração. 

O Benfeitor falou que a oração nos imuniza contra o mal e nos dá força para suporta-lo, mas não impede que passassem por adversidades necessárias para a nossa evolução. 
A irmã que já caminhava na seara do bem e sempre estava em oração recebeu a ajuda necessária. O que ocorreu foi devido à débitos cometidos na área da sexualidade e da prepotência que causaram dor naqueles afetados por ela. A aflição que ela passou anulou futuros sofrimentos.

Consciente de ter que passar por aprovações, dispõe-se a renovação pelo amor e pelo trabalho edificante. Desta forma, teve méritos para mudar essa prova na atual existência.

A sua prece sincera e a conduta reta, permitiu que ela fosse assistida pelo seu protetor e auxiliada por nós. ..."num momento de provação bem suportada, graças aos valores que já lhe pesam positivamente, liberou-se de largos testemunhos de dor e sombra no futuro."
"O amor anula os erros e pecados, preparando o ser para, testado, superar os impactos descarregadores do comportamento sadio."
Ela triunfou, não complicando a situação dos agressores, que após uma noite detidos, recuperariam a sobriedade e no futuro evitariam ter a mesma atitude.
"Em verdade, nenhuma rogativa honesta, dirigida ao Senhor, fica sem resposta de socorro imediato. Quiçá, não chegue de forma que se pretende, mas, conforme é de melhor para o necessitado, o que expressa o grau de sabedoria que responde."
A oração deve ser pura e simples, com muito amor e fé, 
O  grupo estava retornado, quando o Benfeitor foi abordado por uma senhora desencarnada, que lhe pediu auxílio para a sua filha que acabara de chegar, após um desmaio.
Dr. Bezerra esclareceu que se tratava de um caso de epilepsia suave. Então, o Benfeitor tocou nas têmporas do médico que estava fazendo o atendimento. Era um homem ético, missionário anônimo da "arte de curar", logo portador de excelentes credenciais no campo de ação do auxílio espiritual.
O médico identificou os pensamentos do Dr. Bezerra quanto ao diagnóstico da paciente. Ele recomendou ao acompanhante da paciente a levasse para a casa, para que posteriormente fossem realizados exames específicos e o tratamento correto. E apesar de não ter religião, o médico recomendou que a levasse a um centro espírita, pois ele tinha alguns clientes que tiveram excelentes resultados participando de seções espíritas. 
A mãe agradeceu ao Dr. Bezerra pelo auxílio e foi ficar ao lado de sua filha.
Dr. Bezerra falou que às vezes, é mais fácil lidar com aquele que diz não ter religião e amo o próximo, servindo-o, do que com aquele que se diz religioso, sem amor ao próximo.
Resumo elaborado por Débora Loures. Favor manter os créditos

22. ATENDIMENTO COLETIVO
Busca-se o prazer do momento, que logo passa, esquecendo-se dos momentos que virão. Os gozos indevidos, apressados, prenunciam frustrações que, inevitavelmente, chegarão. Preferindo fruir agora, muitos desperdiçam os melhores recursos da vida, esquecendo-se da misericórdia de Deus, socorrendo-os; onde estiver a necessidade de qualquer porte, muito próxima estará à ajuda do Amor do Pai.

Os inumeráveis acontecimentos daqueles dias, onde muitos receberam apoio e ajuda do plano espiritual, surpreendeu até àqueles trabalhadores mais experientes em trabalhos de natureza espiritual. Em suma, aumentando os problemas, igualmente surgem as soluções.

O Centro de Comunicações captava as rogativas e as distribuía aos mensageiros de paz na direção dos suplicantes, levando em conta que nem sempre é o grau de gravidade que desarvora a criatura, mas o valor que se lhe atribui; na vida são as experiências, os acontecimentos que exercitam o espírito na busca da paz em plenitude.
Surpreendia-nos a multidão que desfilava pelas avenidas. Os bailes numerosos aconchegavam pessoas embriagadas pela ânsia das sensações mais fortes, num crescendo de loucuras até o exaurimento das forças... Visitamos algumas enfermarias onde se recolhiam os desencarnados daqueles dias, em cujo trabalho eram ajudados por familiares voluntariosos, permitindo que durante o exame dos enfermos ali albergados, pudessem os trabalhadores especializados dispensarem esperanças e consolações a um maior número de necessitados.
Na ala dos agitados, chamou-nos a atenção um homem que, embora medicado, gritava, tentando segurar o ventre com sinais de tremenda hemorragia, que parecia permanecer, embora com menor volume. O enfermeiro explicou: “É uma vítima de cruel homicídio. Passeava com a mulher e a filha, observando os blocos que desfilavam, quando dois mascarados à guisa de brincadeira, passaram a perseguir a moça e a senhora, sem qualquer respeito por ambas e pelo pai e marido. Como os dois estranhos estivessem se excedendo o senhor reagiu verbalmente, gerando um atrito, onde ele acabou sendo esfaqueado covardemente, tendo os agressores fugido e o ferido encaminhado ao pronto socorro.”
Dr. Bezerra pareceu penetrar-lhe o íntimo enquanto Manoel Philomeno entrava em prece, suplicando pelo paciente e sua família que enfrentavam nova experiência a partir de então.
O enfermo recebeu do Benfeitor recursos pacificadores que lhe estancaram o fluxo sanguíneo; o doente asserenou, silenciando e penetrando em sono profundo, reparador. O Benfeitor passou novas instruções ao enfermeiro e todos se retiraram.
Olhando para o semblante de Manoel Philomeno ponderou: “Esse é o campo que devemos peneirar... (igual do jargão ‘joio do trigo’)”.
“Munindo-nos de compaixão, somos convidados ao auxílio à educação das almas sem os caprichos de partidos ou interesses pessoais, sem amparar as vítimas, procedendo com malquerença em relação aos algozes, atendendo a todos indistintamente, não julgando. O socorro ao tombado por mãos criminosas é urgente, todavia, o homicida necessita do cerceamento da liberdade para que possa reorientar-se e dignificar-se. A caridade e o perdão não compactuam em convivência pacifica com o erro e a criminalidade. Educar, reeducar são recursos de amor, terapias valiosas que fazem muita falta na Terra.”
Houve uma pausa própria para a reflexão. A seguir ele concluiu: “O irmão que ora visitamos aqui no hospital, poderia ter evitado o acontecimento que fazia parte do seu programa cármico, não em tais ou quais circunstancias. Os seus compromissos negativos propunham-lhe o retorno ao Mundo Espiritual, que poderia ser por acidente, longa enfermidade, homicídio... O silêncio aplicado na provocação do irresponsável é como algodão, de tranquilidade, posto na ferida dolorosa... A vida ensina que sempre ganha aquele que cede, que serve, que perde, por mais estranho que possa parecer; nosso irmão apesar da circunstancia em que veio para cá, faz juz a socorro e assistência mais dilatada que lhe poupará outras aflições. Confiemos sem restrições.”
Momentos depois, o Amigo convidou-nos para nova tarefa: Tratava-se de atendimento a um grande número de sofredores, fixados em região de punições a que se submetem, em área próxima de onde estavam.
O local era um mundo especial, primitivo, pantanoso e nauseante, em grande área urbana. Gemidos e imprecações misturavam-se em aterradora intensidade; o Benfeitor alertou-nos que avançássemos em fila indiana e não nos detivéssemos sob qualquer pretexto. De quando em quando surgiam-nos sombras humanas que se asfixiavam na área pantanosa, levantando-se, gritando, para logo desaparecer no lamaçal pútrido e fétido. O silêncio entre os componentes do grupo era total; meia hora depois do lento e cuidadoso avanço, pararam a borda de um despenhadeiro, donde se via, com dificuldade, um gigantescos abismo. O Benfeitor, profundamente concentrado, utilizando-se de uma corneta de propagação do som, começou a falar:
“Irmãos do sofrimento! A misericórdia do Pai magnânimo chega até vós. Soa o momento da vossa recuperação e próxima paz. Aproveitai! Tentai o arrependimento e vinde, que os esperamos!”
Levantou-se um clamor...blasfemas e ameaças cruzaram o ar pestilento, gritaria ensurdecedora se seguiu, palavras grosseiras, ladridos e uivos animalescos acompanhavam a balburdia.
Entretanto, diversos pediam: “Salvai-nos, anjo de Deus! Socorrei-nos do Inferno...”
Bordoadas e chibatadas estalavam, vingativas, obrigando as vítimas a afundarem no atoleiro imundo, asfixiando-se... havia uma lamina de força – invisível – que nos defendia dos agressores e apedrejadores. Ato continuo, o Mentor ordenou: -Atirai as redes!
Os cooperadores que já estavam acostumados àquele tipo de socorro, lançaram as redes, ocasião em que o Mentor aduziu: - Segurai as redes se estiverdes resolvidos a mudar de vida, a crescer para Deus!
Dezenas de espíritos agarraram-se às cordas entrelaçadas, porém, alguns não conseguiram segurar-se provocando ira e zombaria deles mesmos, revoltados. A operação levou quase ¼ de hora, os recolhidos eram levados em padiolas, enquanto o Benfeitor rezava por eles, ao mesmo tempo em que encerrava a tarefa. No retorno, ele explicou que alguns não conseguiam agarrar-se as redes, pois estas são feitas de substancias retiradas do fluido cósmico, fortes, porém delicadas; dependendo de quem as segurasse, elas poderiam enrijecer-se ou diluir-se... Ninguém ludibria as Leis. Em todo lugar, nem todos que requerem amparo desejam-no realmente; querem liberar-se de situações que lhes desagradam, sem que mudem de comportamento. Choram e sofrem, mas não pretendem a transformação interior, necessitando de penoso aprendizado. Recebendo assistência imediata, os recém libertos foram conduzidos ao Posto Central, para onde todos retornaram, concluída a tarefa.
Manoel Philomeno ficou a meditar!
A lição? A cada um segundo as suas obras.
Resumo elaborado por Adilson Ferreira. Favor manter os créditos

 23. TRAMA NA TREVA
Dezoitos sofredores foram liberados da região de sofrimentos. Tinham permanecidos nos círculos vibratórios da crosta terrestre, mergulhados nas densas faixas de desespero que eles mesmo liberaram e mantinham
“A mente plasma, no fluido cósmico, sob o império da vontade, o que mais ambiciona, vitalizando com ações, que são decorrência dos desejos acalentados, o que lhe servirá de suporte para elevação espiritual ou armadilha para a queda”.
“Em lugares onde o comportamento mental é pernicioso, idêntico em muitas pessoas pela gama de interesses vividos, surgem redutos de incúria e sofrimento espiritual...”
Onde há concentração de vibrações superiores, abrem-se vias de comunicação com as Esferas elevadas, onde os bons Espíritos convivem com as almas que se lhes afinam.
A sintonia é Lei da Vida. Vivemos onde e com quem desejamos estar, de acordo com a nossa sintonia psíquica, mesmo quando não estamos encarnados num corpo físico.
Há um intercambio vibratório em todos e em tudo, respondendo pela harmonia universal.
A festa carnavalesca continuava frenética, exigindo dos que ali estavam total e exaustiva doação.
Dr. Bezerra foi informado que as trevas tramavam nefasta cilada. Alguns espíritos maldosos a espreita de algumas pessoas, alimentavam desejos de vingança, visto que as circunstancia eram favoráveis para a execução de um plano para anular-lhes a vida física.
As pessoas em questão iniciavam-se no estudo da Doutrina Espírita. Não se tratava de um grupo de moral equivocada.
Joviais e extrovertidos, brincavam conforme os padrões da mentalidade da época, sem dar-se conta dos riscos a que estavam expostos.
Eram dois casais que haviam se aproximado da filosofia espírita em razão da mediunidade que aflorara em Julia.
Orientados por abnegado Amigo Espiritual, entraram para os estudos da Doutrina e dos trabalhos socorristas de uma casa espírita. O Dr. Otávio, esposo de Julia, logo se dispôs ao atendimento gratuito aos enfermos.
O casal Marcondes e Raulinda haviam reencarnado com a recomendação de produzir o bem na atual etapa.
Marcondes era engenheiro civil e acalentava o sonho de realizar uma obra social de amparo, nos moldes cristãos, embora na época não estivesse vinculado a qualquer religião. Raulinda com formação no Serviço Social partilhava dos planos do marido.
Julia, ainda em fase de conhecimento técnico e educação das faculdades mediúnica, tornava-se instrumento das Entidades esclarecidas, mas também dos portadores de perturbação ou maliciosos, com os quais é mais fácil a sintonia mental.
O médium, geralmente, é espírito endividado em si mesmo, com vasta cópia de compromissos a resgatar, trazendo matrizes que facultam o acoplamento de mentes perniciosas do Além-túmulo, que o impelem ao trabalho de autoburilamento, quanto ao exercício da caridade. Além disso, em considerando seus débitos, vincula-se aos cobradores que o não querem perder de vista, sitiando-lhe a casa mental, afligindo-o com o recurso de um campo precioso e vasto.... tentando impedir-lhe o crescimento espiritual... Criam armadilhas, situações difíceis...., cercam-no de incompreensões, porque vivem em diferente faixa vibratória, peculiar, diversa aos que não possuem disposições medianímicas”.
“É um calvário abençoado a fase inicial do exercício e desdobramento da mediunidade.... é o meio de ampliar, desenvolver o treinamento do sensitivo, que aprende a discernir o tom psíquico dos que o acompanham, em espírito, tomando conhecimento das leis dos fluidos e armando-se de resistência para combater as más inclinações que são os imãs a atrair os que se encontram em estado de erraticidade inferior”.
O exercício da mediunidade requer atenção e disciplina íntima, perseverança e assiduidade no exercício, estudo cuidadoso da Doutrina, da faculdade e de si mesmo, a fim de alcançar as finalidades superiores a que a mesma se destina.
“Qualquer médium que fuja do estudo e do exercício correto das suas faculdades medianímicas...., encontra-se em período de obsessão, sob comando equívoco...”.
Julia ainda não se firmara nos postulados e na adoção do comportamento espírita, embora sendo pessoa de dons morais e culturais elevados, pressentia que muito na sua vida iria mudar, a partir de então.
Quem vivencia a beleza das paisagens elevadas e, tendo vencido os obstáculos, já não se adapta aos antigos lugares de baixa vibração, donde procede...
Os inimigos tramavam contra o casal. Buscavam uma forma de surpreendê-los, utilizando-se da mediunidade de Julia.
Julia sugere ao grupo que, como despedida do carnaval já que começariam uma nova vida, baseada nos postulados espíritas, fossem participar da festa carnavalesca. Dr. Otavio ponderou que não deveria haver excessos.
E, assim foram distrair-se.
No ambiente carregado de energias densas de baixo teor vibratório, Julia terminaria por assimilar altas cargas de fluidos perniciosos, que lhe perturbaria o equilíbrio. As entidades adversárias, que conhecem as fraquezas humanas, por também as possuírem, contavam com esse trunfo.
Dr. Bezerra, Philomeno e uma equipe de trabalhadores se dirigiram ao local. Observaram que os desafetos reunidos em reduto próprio, uma casa de jogatina e comércio carnal, que agora fora transformada em local de ociosos e vagabundos de ambos os lados da vida, faziam planos de vingança.
Eram seis espíritos de expressões animalescas. O dirigente não ocultava o ódio que sentia por um dos casais. Disse aos demais que somente ele e mais dois estavam diretamente envolvidos na vingança em questão, mas que a causa pertencia a todos os injustiçados. O outro casal ficaria por conta deles. Estando todos de acordo, os comparsas aplaudiram o plano.
Passando ao plano de vingança, disse que atiraria um maníaco sexual, embriagado, sobre Julia para gerar confusão, mas antes a induziria a fazer uso de bebida e a sentir o odor do lança-perfume e em seguida atuaria sobre Otavio para que cedesse aos apelos da mulher amada. Os demais se encarregariam de Marcondes e Raulinda.
E, então, quando todos estivessem aturdidos, traria o maníaco sexual, que seria fácil de ser encontrado, criando uma situação de discussão e agressão.
Com a mente aturdida com os acontecimentos, a cruel entidade faria com que saíssem em precipitação e entrassem no carro, fazendo com que colidissem com outro automóvel, árvore ou fosse arremessado ao abismo, o que fosse melhor.
Com o planejamento feito, partiriam para a execução.  Nesse momento o Dr. Bezerra fez-se perceber.
Dr. Bezerra diz não querer interferir nos planos do grupo e, aquele era o momento de buscarem a paz, e diz: “O desequilíbrio é ácido a queimar quem o transporta”...
O dirigente do bando propõe que partam dali sem dar ouvidos ao Dr. Bezerra. Os espíritos que o acompanhavam pareciam paralisados, mais pela irradiação do bondoso mensageiro, do que pelos argumentos proferidos por ele.
Bezerra pede que observem que a vingança não trouxe felicidades e sim, só mais sofrimento para eles. Se alguém os magoou, ao buscar a vingança, estarão cometendo o mesmo erro. Tal atitude só alimentaria mais ódio. Até quando viveriam assim?
Bezerra diz ainda: “Só o amor ao próximo como a vós mesmos solucionará a dificuldade”.
“Veneno com veneno mata mais. O antídoto da vingança, que é o perdão, liberta a vitima e felicita o cobrador”.
Entre o grupo de cooperadores do Dr. Bezerra, encontrava-se um sacerdote, que atendendo ao convite mental do instrutor, aproximou-se e estendeu as mãos aos atônitos sofredores.
Em meio ao silencio espontâneo, ouvimos o obsessor exclamar: “Frei Arnaldo!...”.
Subitamente o obsessor, emocionado, caiu de joelhos e disse que precisava confessar que era um desventurado, que precisava do perdão de Deus para que pudesse rever a querida mãe.
O sacerdote o convidou para que juntos se confessassem e arrependessem-se sinceramente.
O Dr. Bezerra trouxe então uma amorosa anciã, que abraçou o infeliz, dizendo que o Senhor havia ouvido a prece deles. O infeliz obsessor jogou-se nos braços de sua mãe, como se fora uma criança indefesa, a chorar.
Os demais, diante do inesperado, cederam ao apelo e pediram ajuda, sendo todos conduzidos ao posto de socorro.
Miranda diz que só depois ficou sabendo que fora a prece da genitora, em favor do filho em crise de loucura, que o Centro de registrou captou, merecendo atendimento, com o qual se liberavam os alegres jovens, que não se deram conta da trama urdida nas trevas que os envolveria...
Resumo elaborado por Francisca Passos. Favor manter os créditos

24. OS SERVIÇOS PROSSEGUEM
Poder do pensamento
Serviços dos Espíritos
Somos todos filhos de Deus
Os trabalhadores espirituais continuavam laborando incansavelmente: eram apelos de desencarnados que solicitavam apoio e socorro por familiares que se deixavam arrastar pelos dias extravagantes de folia pagã; espíritos eram recolhidos para atendimento em outros planos; encarnados e desencarnados que eram libertos de processos obsessivos... equipes especializadas movimentavam-se dentro e fora do Posto Central.
Naquela madrugada de quarta-feira de cinzas as pessoas, ainda, entregavam-se a última gota do prazer exorbitante.
Dr. Bezerra estava no Acampamento Central coordenando os serviços e detalhando a remoção dos pacientes. Ficou estabelecido que aquela construção permaneceria como um Pronto Socorro para o cotidiano conturbado da cidade, mas também para os futuros carnavais.
O novo Núcleo de Emergência funcionaria também como local de aprendizado para os futuros cooperadores do socorro espiritual.
O ministério do bem não possui limites... a psicosfera em torno da cidade ainda era muito densa, principalmente nas áreas de maior agitação.
A cidade começava a refazer-se da exaustão.
Bezerra reuniu os colaboradores mais próximos a fim de formular agradecimentos por aqueles quatro dias de trabalho, ininterruptos. Os que estavam trabalhando em outras paragens participaram da oração coletiva através de aparelhos instalados em diversos módulos e sincronizados com os subpostos.
Estavam todos em paz pelo dever cumprido!
Transfigurado, Bezerra disse-lhes sobre as valiosas experiências daqueles quatro dias e que jamais seriam esquecidas.
“Vivemos o dever fraternal, ao lado do próximo em sofrimento, sem que excogitássemos, em demasia, dos motivos e razões da aflição que o assaltou. Candidatemo-nos ao socorro, e oportunidades não nos faltaram, como não nos serão escassas, se estivermos vigilantes e dispostos ao seu atendimento. Ao trabalhador cuidadoso nunca falta o que fazer.”
Ainda frisa sobre não nos entregarmos ao desespero nos momentos de turbulência.
“Quem adia o momento da ação libertadora mais se algema à desdita, retardando, sem motivo, a própria libertação, e esse somente chega quando o homem se ilumina interiormente com a verdade, acionando os recursos do amor a benefício do próximo.”
“O nosso ontem é largo... Demora-se assinalado por escombros de sombras, que aguardam remoção. O amanhã, porém, é infinita concessão de esperança para a felicidade. O hoje, todavia, é o divisor do tempo, o momento decisivo, o convite imediato à ação que não pode esperar. Não o posterguemos, a fim de não perdermos o veículo da oportunidade correta, alongando penas e aumentando responsabilidades...”
Bezerra nos informa que o conhecedor da Doutrina Espírita não pode resistir ao chamamento da transformação de si mesmo e do planeta.
Ao término da prece, o Mentor, lentamente retornou à feição habitual...vários cooperadores agradeceram a oportunidade do trabalho, naqueles quatro dias de aprendizagem enobrecedora.
Junto a Bezerra, ficaram apenas alguns cooperadores, dentre eles, Miranda. Foram visitar os irmãos que desencarnaram durante o carnaval: Ermance estava em sono reparador, junto da avó Melide; Fábio e o colega também se refaziam através do sono, sob a assistência de D. Ruth, que informou sob o estado de adaptação da família após o golpe da desencarnação do jovem.
A senhora Melide, por conta da dor selvagem, que dominava os pais de Ermance, queria promover um encontro de pais e filha durante o sono. E Bezerra esclarece: “...Ermance não pode, nesta situação, ser perturbada por qualquer ruído, necessitando de repouso profundo. A visita dos pais perturbá-la-ia muito, em razão da zoada mental de que se encontram acometidos, no aturdimento e desespero, terminando por alcançar a jovem através de perigosos dardos de desconforto e saudade...”
Então ficou decidido que a irmã Melide iria, durante o sono dos pais de Ermance, encontrá-los e tentar acalmá-los.
O Mentor conclui: "Somente lhe recordamos, que os filhos, por mais amados, não são propriedade nossa, pertencendo antes a Deus.”
Miranda estava refletindo sobre a zoada mental e o Mentor elucidou:
“Em nossa área de ação, o silêncio não é a decorrência de cessação de voz, a parada dos ruídos que ferem o tímpano, como ocorre na Terra. Sendo o pensamento o agente, é natural que, em descontrole, produza tal descarga magnética, especialmente em casos desta ordem, que repercutiriam na enferma como sendo explosão de granadas, gritos, exclamações, o que em verdade, está acontecendo no campo vibratório dos familiares, embora sem ressonância na área física...”
Na terapia do sono, os desencarnados estavam protegidos do desequilíbrio dos parentes.
        “...o impacto emocional dá surgimento a ondas que atiram flechas  certeiras no alvo, produzindo danos lamentáveis, que devem e podem ser evitados.”

“No mundo é difícil, para muita gente, fazer silencio oral, quanto mais de ordem mental.”
Manoel Philomeno refletiu sobre o problema da maledicência, ateando incêndio em ‘palheiros próprios e alheios’. A questão dos ruídos mentais desgovernados, dos que calam quando não podem agredir, mas reagem com o pensamento em aluvião de revolta, desejos de vingança, despejando cargas de magnetismo dissolvente sobre seus opositores ou desafetos.
Os trabalhos continuavam, ainda pela madrugada seriam feitos os primeiros deslocamentos... às 19h retornariam ao Hospital de Saúde Mental para as primeiras providências no caso Julinda.
Resumo elaborado por Maria Fernanda Ribeiro. Favor manter os créditos.

25. TÉCNICA DE LIBERTAÇÃO
No hospital Dr. Figueiredo guiou o grupo até Julinda que havia adormecido devido à alta dose de antidepressivos. Seu espírito dopado era observado por Ricardo com todo seu ódio e desprezo. Ricardo, pupilo de Elvídio, não se descuidava das técnicas de obsessão infeliz, mantendo-se vigilante.  Ele havia usado o remorso de Julinda como ponte para dominá-la, impondo a ideia de loucura, fazendo a vítima fixar o momento do aborto. As irradiações positivas de amor materno, fez com que a ação obssessora fosse freada.
Ricardo não pode ver os amigos espirituais, mas se afastou diante da energia que pressentiu. Dr. Bezerra aplicou passes em Julinda-Espírito, repetindo a experiência em seu corpo. Julinda pode se acalmar em um sono refazente.
O mentor imantou-a de fluidos especiais, que pareciam resguardá-la da ação perniciosa do perseguidor.Ricardo retornou ao quarto de Julinda acompanhado de seu chefe e alguns comparsas, mas Julinda não se abalou com a presença, apesar de Elvídio ter tentado lançar sobre ela energias viciadas.
 Os amigos espirituais não eram vistos pelo grupo, mas tudo observavam. Elvídio tinha conhecimento da assistência espiritual superior, mas considerava sua presa momentaneamente protegida. Ele prometeu a Ricardo que tomaria providências e explicou que era questão de tempo, para que voltasse a absorver de seu obsessor.  Ricardo não compreendia o que se passava, mas confiou no seu chefe. Dois espíritos infelizes ficaram a porta do quarto como sentinelas.
Observando Ricardo agitado pela raiva, o Benfeitor e convidou Miranda a orar para modificar a psicosfera ambiente, o que afetou Ricardo que se aquietou e passou a refletir, retrocedendo no tempo e sentindo saudades da paz de outrora. É necessário socorrê-lo primeiramente, porque sua loucura é decorrente de dores causadas pela invigilância de Julinda.  No estado de sono, ele foi levado pelo grupo por indução hipnótica e assim teleguiado não despertou suspeitas nos vigilantes.
Ricardo foi levado a Casa espírita, onde o irmão Genézio Duarte aguardava o grupo. O médium Jonas, por psicofonia inconsciente, transmitiu as instruções do diretor. O doutrinador da Casa, Arnaldo, presidente da Sociedade Espírita, era espírita no sentido correto da expressão: estudioso honesto, autoditada, vivia a doutrina, esforçando-se para viver conforme as recomendações de Jesus e Allan Kardec. Arnaldo também tinha alta sensibilidade, sabendo distinguir a verdade e as mentiras de mistificadores de ambos os lados da vida. Respeitava os outros e era humilde, não se vestia de falsas simplicidades desnecessárias, mas também não se deixava influenciar por elogios destituídos de finalidade.
O Benfeitor teve muito cuidado no ajustamento de Ricardo aos aparelhos mediúnicos de Jonas, que ao contato com Ricardo estremeceu. Ricardo foi despertado pelo instrutor e passou a sentir desconforto, com a limitação de movimentos, tolhido pela educação do dedicado médium. Pensou em reagir, quando ouviu a própria voz pelos lábios de Jonas: “Que faço aqui?”
O doutrinador fraternalmente explicou a Ricardo o que se passava e Ricardo disse que não desejava a felicidade, que se sentia preso e que a casa de oração não era seu lugar, pois tinha como irmãos apenas os sentimentos de ódio, vingança e desespero. Com raiva, Ricardo tentou agredir o interlocutor, sem sucesso.
“Num médium espírita como Jonas, vigilante e em sintonia com os diretores espirituais da reunião, os atos de violência e vulgaridade não tem curso.
Quando fatos infelizes de porte, qual esse planejado pelo comunicante, sucederem, o médium é corresponsável, o grupo necessita de reestruturação, a atividade não tem suporte doutrinário, nem moral evangélica”
Dr. Bezerra passou a aplicar passes no médium, enquanto o mentor desprendia Ricardo, que se liberou, partindo na direção de Julinda. Sob as bênçãos de Jesus, a etapa inicial do trabalho, cujo objetivo era produzir um choque anímico em Ricardo para colher resultados futuros, foi bem sucedida.
Resumo elaborado por Ana Cecília Barbosa. Favor manter os créditos.

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