quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A língua

"A língua também é um fogo." Tiago - 3:6
 
A desídia das criaturas justifica as amargas considerações de Tiago, em sua epístola às comunidades do Cristianismo.
 
O início de todas as hecatombes do planeta localiza-se, quase sempre, no mau uso da língua.
 
Ela está posta entre os membros do organismo humano como o pequeno leme de uma embarcação poderosa, como lembra o grande apóstolo de Jerusalém. Em sua potencialidade está o recurso sagrado de criar, como o leme de proporções reduzidas foi instalado para conduzir.
 
A língua guarda a centelha divina do verbo mas o homem, de modo geral, costuma desvia-la de sua função grandiosa para o pântano de cogitações subalternas, e aí temos como fonte de quase todos os desvarios da Humanidade sofredora, cristalizada em propósitos mesquinhos, à mingua de humildade e de amor.
 
A guerra nasce da linguagem dos interesses criminosos, insatisfeitos. As grandes tragédias sociais se originam da linguagem dos sentimentos inferiores.
 
Poucas vezes, a língua do homem há consolado e edificado aos seus irmãos; notemos, porém, que a sua disposição é sempre ativa para excitar, disputar, deprimir, enxovalhar, acusar e ferir desapiedadamente.
 
O discípulo sincero encontre, nos apontamentos de Tiago, uma tese brilhante para todas as suas experiências.
 
E, quando chegue a noite de cada dia, será justo que interrogue a si mesmo: - "Terei hoje utilizado a minha língua como Jesus utilizou a dele?"
 
Do livro "Segue-me" pelo Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

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