Fundador da Ordem dos Frades menores. Nasceu
em Assis, Itália, em 1181 e morreu em Porciúncula em 1226. Foi canonizado em
1228. Comemora-se o seu dia em 04 de outubro.
Francisco Bernadone era filho de um rico
comerciante de tecidos. Teve uma juventude frívola e descuidada em companhia de
outros jovens boêmios.
A experiência nas lutas entre Assis e
Perúgia e a séria enfermidade conseqüente levaram-no à conversão.
Um dia, na Igreja de São Damião,
pareceu-lhe ouvir uma imagem de Cristo dizer-lhe:
- "Francisco, restaura minha casa
decadente."
Tomou no sentido literal as palavras que
ouvira e vendeu mercadorias da loja de seu pai para reformar essa igreja.
Como resultado, seu pai repudiou-o e
deserdou-o. O jovem saiu de casa, sem dinheiro algum, para unir-se à "Irmã
Pobreza".
Três anos mais tarde, autorizado pelo
Papa Inocêncio III, Francisco e seus onze companheiros tornaram-se pregadores
itinerantes, levando Cristo ao povo com simplicidade e humildade.
Começou assim a Ordem dos Frades
Menores. A sede era na Capela Porciúncula de Santa Maria dos Anjos, perto de
Assis. O número de candidatos à ordem era muito grande e, sendo assim, foi
aberto outro convento, em Bolonha.
Por toda a Itália os irmãos conclamavam
o povo, de classe baixa ou alta, à fé e à penitência. Recusavam posses,
conhecimentos humanos e mesmo promoção eclesiástica.
Poucos dentre eles tomaram as ordens
sacras. O próprio Francisco de Assis nunca foi sacerdote.
Em 1212 ele e CLARA fundaram a primeira
comunidade das clarissas. Nessa época, por duas vezes Francisco tentou ser
missionário entre os muçulmanos, sem resultado.
Só conseguiu seu intento, em parte,
quando acompanhou os cruzados de Gautier de Brienne ao Egito, em 1219.
Pessoalmente, solicitou permanência ao Sultão Malek al-Kamel, mas não teve
sucesso, tanto entre os sarracenos ou com os próprios cruzados, e, depois de
visitar a Terra Santa, voltou para a Itália.
Já em 1217 o movimento franciscano
começara a desenvolver-se como uma ordem religiosa. O número de membros era tão
grande que foi necessária a criação de províncias.
Grupos de frades foram encaminhados para
elas e para fora da Itália, inclusive para a Inglaterra.
Logo após a sua volta do Oriente,
Francisco renunciou à liderança da ordem. Entretanto, durante sua ausência, os
irmãos criaram algumas inovações e, em conseqüência disso, Francisco, apoiado
por seu bom amigo Cardeal Ugolino, apresentou em 1221 uma versão revista da
regra. Tal versão reiterava a pobreza, a humildade e a liberdade evangélica,
das quais ele sempre fora um exemplo.
Mas, antes que a nova regra fosse
finalmente aprovada, teve de sofrer algumas modificações e ser formalizada para
conciliar as diversas opiniões.
Em 1224, enquanto Francisco pregava no
Monte Alverne, nos Apeninos, apareceram-lhe no corpo cicatrizes correspondentes
às cinco chagas do Cristo crucificado, fenômeno chamado de
"estigmatização".
Os estigmas permaneceram e constituíram
uma das fontes de sua fraqueza e dos sofrimentos físicos, que aumentaram,
progressivamente, até que, dois anos depois, ele acolheu a "Irmã
Morte".
Ao longo dos séculos, a admiração por
Francisco de Assis espalhou-se espontaneamente entre os cristãos de qualquer
comunhão e, também, entre outras pessoas.
Há uma forte atração no seu
"Cântico do Sol", no que sabemos sobre ele por meio das Fioretti
("florzinhas") e do Espelho da Perfeição, na sua simplicidade,
integridade, franqueza e nas qualidades líricas de sua vida.
Francisco de Assis, porém, foi mais do
que um individualista inspirado: foi um homem de grande introspeção espiritual,
cujo consumidor amor por Cristo e pela redenção do homem encontrou expressão em
tudo o que disse e fez.
As imagens e pinturas de Francisco de
Assis foram e ainda são seguidamente apresentadas com seus estigmas.
Em 1979 o Papa João Paulo II proclamou-o
santo patrono dos ecologistas.
Fonte: http://www.autoresespiritasclassicos.com/
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