quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Teresa de Lisieux


Tereza, como tão singelamente a chamamos é a mesma Terezinha de Lisieux, carmelita em sua última existência que, naturalmente, pertence à falange de Thereza D´Avilla, espírito de categoria superior que reúne sob sua tutela vários grupos de espíritos identificados com seus ideais de renovação e reeducação das almas sob a égide de Jesus.

Assim sendo, Terezinha de Lisieux é uma das tuteladas de Thereza D´Ávilla, cumprindo sob sua orientação uma missão de consolação e esperança junto aos encarnados em processo de regeneração, porquanto, "a importância das missões corresponde às capacidades e à elevação dos Espíritos", segundo nos ensina Kardec em "O Livro dos Espíritos" (questão 571).

Em 25 de dezembro de 1934, D. Pedrita funda a Instituição "Cabana de Antônio de Aquino". Nesta Instituição, surgiu a médium receitista e, talvez, a primeira médium pictógrafa de que se tem noticia, no Brasil: D. Dinorah Simas Enéas. Médium mecânica, os Espíritos levavam de dois a quatro minutos para pintar por suas mãos, em "crayon" ou a óleo.

Foram, assim, retratados, nas Reuniões Públicas, a figura iluminada de Antônio de Aquino e de centenas de outros Espíritos, formando uma galeria de quadros que, até hoje, podem ser admirados na Cabana de Antonio de Aquino.

Em uma tarde, D. Dinorah pintou a óleo o retrato de uma irmã de caridade, lindíssima, com um "bouquet" de rosas, e no rodapé foi escrito:

"Que as rosas do perdão do Céu se desfolhem em chuva sobre vossos corações. Pela graça de Deus, sou Teresa."

Nesse momento, diante dos que admiravam o belíssimo quadro, Icléia revelou pertencer ao grupo espiritual que se reunia em torno do Espírito Tereza, em tarefa dedicada à orientação de crianças e jovens.

Após essa revelação, sempre pela mesma médium, tiveram início as "Aulas de Teresa", sendo que Icléia, através da psicofonia, contava histórias de moral cristã para as crianças que se reuniam na Cabana.

Cremos, então, que Tereza, como tão singularmente a chamamos, é a mesma Teresinha de Lisieux, carmelita em sua última existência e, naturalmente, integrante da falange de Teresa d'Ávila, Espírito de categoria superior, que reúne, sob sua tutela, vários grupos de Espíritos identificados com seus ideais de renovação e reeducação das almas, sob a égide de Jesus.

Sendo assim, Icléia estaria ligada às tarefas dirigidas por Teresinha de Lisieux e esta às de Teresa d'Ávila, porquanto a "importância das missões corresponde às capacidades e à elevação do Espírito" segundo nos ensina Allan Kardec, em "O Livro dos Espíritos" (questão nº 571).

Em 1978, ocorreu um fato que veio, por assim dizer, confirmar a nossa suposição, já que, até então, os Espíritos nada nos haviam revelado que respondesse à pergunta que se fazia, e ainda se faz: Qual das duas é a patrona do nosso Lar: Teresa de Lisieux ou Teresa d'Ávila?

Eis o fato:

Uma pessoa residente em São Paulo telefonou-nos, pedindo - nos um S.O.S... Sua cunhada passara a registrar a presença de um Espírito muito brincalhão, mas que a assustava muito. Ela não sabia o que fazer. Nada conhecia de Espiritismo e tinha medo de buscar soluções equivocadas.

Nessa época, tínhamos relação de amizade com uma médium que, em Brooklin Novo, bairro da capital paulista, mantinha um Centro Espírita muito sério - o Centro Espírita Maria de Nazaré. Fomos, portanto, a São Paulo, para tentar orientar a jovem.

Em chegando com ela ao Centro Espírita, nossa amiga dirigente dos trabalhos nos recebeu meio apressadamente. Havíamos chegado com algum atraso e as tarefas já haviam se iniciado. Mostrou-nos a sala do atendimento fraterno, para onde a jovem foi encaminhada e, pedindo-nos desculpas, disse-nos:

"- Gostaria de mostrar a você a nossa Casa, mas só o farei quando terminarem as tarefas. Para que você não permaneça sozinha, vou encaminhá-la à nossa Cabine de Consultas".

"- O trabalho, disse-nos, desenvolve-se com um grupo de cinco médiuns dispostos em meio círculo. No primeiro dia de consulta, o paciente traz por escrito o seu nome, endereço e o relato das dificuldades que atravessa, entregando tais informações ao responsável pelo setor. Toma passes e se retira".

"-Na semana seguinte, ele volta e dá seu nome apenas. Senta-se, toma passes e, enquanto recebe esse benefício, os cinco médiuns, que só tomaram conhecimento do seu nome naquele momento, vão descrevendo tudo o que lhes é revelado através da vidência, com respeito ao seu problema."

Enquanto nos colocava a par desses procedimentos, ia nos conduzindo pela escada de acesso ao primeiro andar. Entramos numa pequena sala que tinha uma porta de comunicação com outra um pouco maior, onde já se encontravam instalados todos os médiuns videntes e as coordenadoras das tarefas.

Naturalmente, como visitantes, não poderíamos participar do círculo, por isso nossa amiga colocou-nos numa cadeira situada bem na porta de acesso, de modo que pudéssemos apenas assistir ao desenvolvimento das tarefas.

Permanecemos concentradas, em prece, tentando "não atrapalhar..."

O trabalho se processou de modo muito interessante, considerando, principalmente, que nunca assistíramos nada idêntico. Muitos pacientes, vindos de vários Estados, mostravam-se surpresos e emocionados com os resultados apresentados. Alguns choravam, agradeciam, falavam do alívio que sentiam com a orientação dada através desse interessante trabalho mediúnico.

Duas horas já se haviam passado, quando, tendo saído o último paciente, a coordenadora pediu que todos elevassem seus pensamentos a Jesus, para fazer a prece de encerramento.

Logo que a prece foi iniciada, uma das médiuns, que embora estivesse na sala onde se realizara o trabalho, tinha a sua cadeira mais próxima do local onde nos encontrávamos, começou a chorar tomada de uma incontrolável emoção.

Terminada a oração, essa médium se aproximou de nós e nos disse:

"- Minha senhora, perdoe-me as lágrimas, mas o que vi agora foi lindo demais. Não a conheço, mas gostaria que a senhora, inclusive, confirmasse o que me foi mostrado... Quando começamos a oração, vi como que se derramasse sobre o ambiente uma chuva de pétalas de rosas, todas em luz, e surgiu uma freira com vestes resplandecentes. Então, me disse, sorrindo, apontando para a senhora: - É ela quem dirige o meu Lar, no Rio..."

Nesse momento, como não podia deixar de ser, foi a nossa vez de chorar...

Brunilde

(Extraído do livro: SIGAMOS JUNTOS, de Brunilde Mendes do Espírito Santo - editado pelo Lar de Tereza)

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