DATA
DA REUNIÃO: 30/06/2018
6.
SOCORROS ESPIRITUAIS
Eutímia
perplexa conduziu a criança, que de nada se apercebera, à sua sala. Iniciou um
oração silenciosa par acalmar seu coração, sendo envolvida por Dilermando que a
inspirou ao equilíbrio, pois um escândalo em nada auxiliaria, ao contrário a
mídia os colocaria em situações embaraçosas. Decidiu pedir a uma auxiliar que
levasse o menino à sala de aula, enquanto o conflito permanecia em sua mente,
com auto-interrogações acerca do que realmente havia flagrado. Ponderada,
resolveu aguardar o reencontro com Mauro.
Naquela
noite o benfeitor providenciara atrair o obsessor de Mauro à atividade
mediúnica, contanto com o trabalhador devotado da Casa Espírita Felipe.
Durante
a reunião a mentora Casa trouxe palavras sucintas de orientação, dentre os
médiuns em transe, Ricardo havia se destacado pela psicofonia e psicografia e
demonstrava condições de servir aos objetivos da noite.
O obsessor de Mauro ficara emaranhado nas
vibrações imperceptíveis de Anacleto, sendo conduzido e na hora certa foi
trazido por imantação psíquica para “incorporar-se”
a Ricardo. Ao perceber o que acontecia o obsessor agitou-se e Felipe sereno e
inspirado pelo mentor lhe explicou que não se tratava de uma armadilha e sim um
encontro feliz na Casa de Jesus. Blasfemou e tentou justificar que suas ações
eram justas pois que impostas ao infeliz Mauro. Serenamente o doutrinador que a
vingança é sempre um ato inferior que não tem amparo nos Códigos Superiores.
Por
fim escapou do espírito infeliz uma confissão: “já nem sei se o odeio ou se me
agrada o conúbio com a sua degradação.” Felipe ponderou que os semelhantes se
atraem e lembrou que Mauro se deixava levar a cidade perversa em razão de sua
mente distorcida e vulgar. O espírito endurecido apresentava aspecto de lesma
disforme, bastante deformado e dizia que desejava a morte de Mauro. Mesmo
sentindo-se aprisionado ao corpo do médium, disse que estava ali porque assim
desejava, ao que Felipe concordou e disse que o objetivo do encontro era
proporcionar felicidade ao infeliz obsessor.
O
obsessor afirmou que era feliz pois desfrutava de atividades sexuais com
adultos e crianças. Felipe lembrou que aquele prazer era ilusório fruto de
fixações reminiscentes da vida material, por meio da auto-hipnotização, que
permite vivenciar o que não pode mais ocorrer.
Felipe
o convidou a refletir sobre as energias de paz e esperança que naquele momento
o invadiam e que essa ação terapêutica que estava sendo imposta a ele era
semelhante a ação negativa que ele impunha a Mauro. Por fim o obsessor disse
que nada o faria mudar. Felipe lhe respondeu que sua guerra era íntima e que “Ninguém pode prosseguir por tempo
indeterminado nos propósitos inferiores sem que haja a intervenção divina.”
Felipe
aplicou energias balsamizantes a Jean-Michel, o espírito obsessor de Mauro que
muito blasfemava. Em seguida Felipe lhe disse
que o diálogo estava encerrado e que ele seria mantido em tratamento
especializado.
Miranda
perguntou a Anacleto se não seria uma violência ao seu livre-arbítrio trazer o
obsessor a contragosto. Anacleto explicou que o livre-arbítrio é concessão
divina que tem caráter relativo: O Nosso ato é de misericórdia e de compaixão,
não constituindo violência, porque o seu discernimento encontra-se obliterado
pela paixão alucinada.”
As
paredes da Casa espírita haviam desaparecido na percepção de Miranda, o fluxo
de espíritos era intenso naquele espaço pequeno de socorro. Tudo era
supervisionado pela Mentora da Casa, assessorada por um grupo de especialistas.
Vibrações vigorosas vinculavam uns aos outros trabalhadores, formando um
círculo luminoso. Fora da mesa as tonalidades variavam. Os que tinham o
pensamento indisciplinado não tinham luminosidade.
Na
etapa final dos trabalhos, passes coletivos foram aplicados aos encarnados
presentes, energias condensadas foram dispersadas e Anacleto, convidado pela
Mentora da Casa, transmitiu mensagem final de encorajamento e iluminação a
todos os presentes usando os recursos psicofônicos de Ricardo, transformando o
ambiente em local de vibração intensa de paz, levando à lacrimas de pura emoção
a ambos os planos da vida. A oração de graças proferida por Felipe ocorreu em
meio a um espetáculo de luzes espirituais que traduziam a emoção de gratidão ao
Pai.
Resumo elaborado por Ana Cecília Santos. Favor manter os créditos.
7. PROGRAMAÇÕES
ABENÇOADAS
Após a
conclusão dos trabalhos mediúnicos e os encarnados encaminhado aos seus lares,
o grupo do Irmão Anacleto deu continuidade ao atendimento espiritual junto
àqueles que necessitavam de uma terapia mais acurada. Alguns seriam
transferidos para esfera de ação do Grupo do Irmão Anacleto, enquanto outros
ficariam alocados na instituição espírita.
Irmão Anacleto, Philomeno e Dilermando
rumaram à Casa Paroquial com a finalidade de trazerem Mauro a reflexão através
do desdobramento pelo sono. Em seguida se dirigiram ao Lar da Professora
Eutímia, que permanecia com a mente em torvelinho.
De origem de família bem estruturada e mãe dedicada de duas crianças entre 8 e
10 anos. O esposo, um homem sério e voltado para as questões religiosas que
professavam em bases cristãs.
Ao entrarem, depararam com alguns
Espíritos amigos que ali se domiciliavam. Tudo transpirava paz e bem-estar.
Irmão Anacleto adentrou o quarto e após
breve diálogo com os Espíritos amigos, trouxe em desdobramento parcial, a Sra.
Eutímia, que seria conduzida à Entidade espírita, onde deveriam dar continuidade
aos trabalhos de renovação das almas.
Na Casa espirita estavam Mauro, sua mãe,
D. Eutímia e Jean-Michel que de quando em quando se agitava.
A pedido do Mentor, Philomento e
Dilermando foram convidados ao recolhimento pela prece. Havia uma psicosfera de
paz e gratidão a Deus.
Após a prece, todos foram despertados.
O Mentor explicou-lhes que estavam
reunidos em nome de Jesus, com a finalidade de estudarem o drama envolvendo o
sacerdote Mauro. Foi solicitado que não estranhassem aquele acontecimento, pois
que era mais comum do que podia parecer, em razão dos fenômenos da vida terem
sua causa em programações na Esfera da realidade.
D. Eutímia, mais desperta, identificou
Mauro e teve receio. O instrutor disse que tudo estava sob controle. Mauro por
sua vez, não pôde se furtar ao constrangimento imposto pela sua consciência
culpada.
Antes que Jean-Michel pudesse intervir, O
Irmão Anacleto esclareceu:
“O grave assédio de Mauro à criança, constitui crime hediondo... Sem diminuir-lhe
a responsabilidade..., é justo considerarmos que o mesmo se encontra fora do
equilíbrio emocional e racional, vitimado por conflitos hórridos e sob a
injunção de forças desconexas do mundo espiritual inferior, que o aturdem e
comandam mentalmente. Açodado na libido pelo vicio mental e pela ação nefasta
de um perseguidor espiritual, planejava abusar da inocência de uma criança.
Felizmente não teve tempo para consumar o infeliz programa.”
O objetivo daquela reunião era de se evitar maiores danos à criança, de
criar prejuízo moral para a escola, bem como o de encontrarem uma melhor
solução para atender o infrator.
Todo o erro pode ser reparado antes que seja transformado em uma
tragédia. E, aquele era o momento de ser dada a Mauro a oportunidade de
reparação, a fim de que ele pudesse se libertar dos tormentos que o assediava
desde o berço. Anacleto esclarece que Mauro trazia em seus sentimentos heranças
odientas, e os laços que o vinculavam aos lugares que habitava eram vigorosos.
Irmão Anacleto esclarece que a melhor solução naquele momento não era de
caráter punitivo ao infrator e sim ter como objetivo reeducar. Assim, foi
sugerido que a professora entrasse em contato com a autoridade religiosa
superior, e que os fatos fossem narrados com serenidade para que fosse
encontrada uma solução ideal e que exigisse a transferência do sacerdote.
Anacleto diz acreditar que o Bispo, sendo notificado a respeito da gravidade do
comportamento do sacerdote saberia como encaminhar a questão a instancia
superior, caso seja necessário.
O objetivo não era ocultar o erro nem agir de forma conivente com o
comportamento moral do paciente. O paciente precisava de tratamento e não de exposição.
O afastamento do infrator do convívio infantil, impedindo novos contatos com
vítimas em potencial, seria uma terapia eficiente e de grande efeito moral.
Anacleto pede que confiem na prudência e nos bons ofícios da esclarecida
professora. Ao termino dos esclarecimentos, a professora tinha lágrimas nos
olhos. Forrada pelos sentimentos de sua fé religiosa, podia compreender que ao
pecador se deve conceder a benção da reparação.
Imbuída de sentimentos fraternos, levantou e se aproximou de Mauro,
falando-lhe que buscaria providencias cautelosas conforme as diretrizes que lhe
foram oferecidas. Mauro abraçou-a, agradecendo com sinceridade.
Dirigindo-se a Mauro, o Mentor diz que ele não ignorava a extensão do
erro cometido. Reconhecia que se tratava de um crime grave, que ocultava as
aflições, justificada por ele mesmo, por ter passado pela mesma situação na
infância.
Anacleto diz que a raiz daqueles erros, estavam em seu passado
espiritual, que tinham sido marcados pelo deboche e pelo desrespeito a outras
vidas. “Ninguém atinge esse patamar de miséria sem que não haja transitado
pelos pântanos das paixões sórdidas e asfixiantes”.
Importava agora que a existência de Mauro fosse marcada por novos rumos.
Necessitava de tratamento especializado e de um afastamento de suas obrigações
sacerdotais. Um demorado estudo de si mesmo e reeducação dos hábitos, começando
pelos mentais. As imagens de intercâmbio com outros doentes morais devem ser
interrompidas, visto que elas trazem altas cargas de sensações perturbadoras.
Mauro foi informado que ao acordar teria nítidas lembranças dos
acontecimentos do qual havia participado. Um novo programa seria delineado e
deveria ser seguido com os olhos postos no amanhã feliz. “Somente o bem
incessante te constituirá refúgio e garantia de saúde moral sob as bênçãos de
Jesus”
Jean- Michel questionou se o infeliz não iria pagar por seus Crimes.
Onde estava o cumprimento das Leis e como era possível acobertar tanta miséria,
através de artifícios piegas de compaixão e de terapias de mentiras? Mauro era
um criminoso consciente e deveria responder pelo mal que vinha praticando contra
a pobre infância.
Com serenidade o Irmão Anacleto respondeu: “Se considerarmos a questão
do crime no caso em discursão, o responsável não é somente aquele que transita
no corpo físico, mas também o nosso astuto amigo. ...Com que autoridade
reclamas justiça, tu que tens sido o execrando comparsa do exausto hospedeiro
das tuas vis sensações? Acreditas que os teus sofismas perturbem a claridade do
nosso raciocínio? Enganas-te.... estamos habituados a lidar com vítimas e
algozes, com psicopatas aferrados ao sexo em desalinho, desde o período em que
nos encontrávamos na Terra”...
O Mentor então pediu que Jean-Michel ficasse em silencio que logo mais
falaria com ele. Jean-Michel, aquietou-se embaraçado.
Irmão Anacleto deixou claro que vem se dedicando a sexologia há muito
tempo. Começara quando ainda se encontrava no corpo físico. Sua folha de
serviços prestados aos enfermos e a outros portadores de distúrbios na área
genésica era grande, havendo sido designado por Instância superior para a
tarefa na qual todos se encontravam investidos.
Dando prosseguimento, O Mentor orientou a Sra. Eutímia que conversasse
com o esposo e com ele buscasse um contato com o Sr. Bispo, pondo-o a par de
tudo, evitando que a imprensa irresponsável, que se compraz no lixo das
misérias humanas, divulgasse a situação de forma escandalosa.
D. Eutimia questiona se perante as Leis de Deus, um sacerdote que jura
ser fiel a verdade e a conduzir as ovelhas que o Pai lhes confiou, ficará
impune diante de tal conduta e como ficam as vítimas.
Mentor responde: “Ninguém foge as Leis de Deus que vigem em
toda parte e que estão escritas na consciência de todos ”.
Mauro não poderá fugir de si mesmo, dos desmandos que se permitiu, do
remorso que o dominará por longo período.
“A punição divina ao pecado mortal nunca se
faz de maneira destrutiva do pecador, mas de forma que o edifique, convidando-o
a reparar todos os danos perpetrados, mediante ações dignificantes e
restauradoras do equilíbrio”.
Por desconhecimento das causas profundas, é muito difícil o julgamento
correto, que somente a Consciência Cósmica penetra. “... ninguém se libera
da culpa sem padecer-lhe os efeitos danosos e cruéis...”
O Mentor observa que a renovação de Mauro começou a partir do instante
em que se deu conta da própria loucura. A Misericórdia Divina facultar-lhe-ia
um longo período de isolamento clinico, onde iria se reajustar aos padrões de
comportamento saudável, inspirando-o a cuidar de crianças portadoras de
alienações mentais e distúrbios nervosos, assistindo-as, amando-as, sendo
repudiado, maltratado e, as Entidades perversas que as obsediam, sabendo de seu
passado, agirão agressivamente tentando desanimá-lo. Nestes momentos luzirá o
amor do Pai, inspirando-o a prosseguir e sua genitora será o seu anjo da
guarda, insistindo para a sua renovação. Nessa jornada não faltará outros
socorros porque o bem é a coroa da vida e jamais segue a sós.
As crianças danificadas emocionalmente também receberão igualmente o
melhor conforto moral e espiritual.
O Mentor continuando, diz que aprisionar Mauro no cárcere entre
bandidos, onde poderia ser assassinado, como vem ocorrendo no mundo, não iria
deter a eclosão de episódios de pedofilia. Antes irá estimular outros enfermos
a serem mais hábeis, a investirem mais no turismo sexual, que rende fortunas
aos seus exploradores.
O Mentor diz que chegará um dia em que a perversidade desaparecerá da
Terra. A falta de decoro das almas será substituída pela compaixão e pelos
sentimentos de amor com respeito à vida. Estes comportamentos desregrados na sexologia
farão parte da História como pertencentes a um período de brutalidade e
primitivismo da criatura humana, qual ocorre a tantos outros fenômenos do
passado.
Mauro precisava da ajuda de todos, considerando que a vida são bênçãos e
que todo “aquele que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra”.
Em seguida o Benfeitor dirigiu-se a Jean-Michel que se apresentava
aturdido com o que ouvira. Perdera o discernimento e tombara no abismo do ódio,
da perversão moral e da criminalidade, não tivera o ensejo de refletir em torna
da vida, dos objetivos essenciais ao crescimento para Deus. Dava-se conta do
engodo que se permitira. Quase atoleimado, ouviu o Benfeitor falar.
“Chegou o momento de te libertares também da
canga odienta do sofrimento bestial, que em nada te ajuda, antes, mais te
alucina. Hipnotizado pelo prazer selvagem, já perdeste o rumo dos teus nefandos
objetivos, que eram de perseguição... tornando-te vítima de ti mesmo e dos teus
planos diabólicos Renascerá na carne, chagado e aflito, com os estigmas que
cravaste nos tecidos sutis do Espirito”.
O futuro de Jean-Michel seria marcado por uma infância de anomalias
mentais e físicas de vária natureza. Seria visitado por seus companheiros de
depravação e teria suas energias exploradas. Mauro seria o seu benfeitor.
O Mentor diz que sempre que for possível estarão com ele. Não lhe
faltará ajuda no cumprimento do dever. Jean-Michel, encolheu-se, desejando
esconder as formas degeneradas, caindo em prantos.
Neste momento Mauro assumiu a forma de Madame X, a antiga dama dos tempos
de Napoleão. Abraçou Jean-Michel, pedindo perdão para que juntos possam
reabilitar-se de todo o mal que fizeram através do bem que possam fazer. Naquele abraço foi selado o compromisso de
resgastes futuros.
Finalizando, o Benfeitor recomendou que retornassem ao corpo físico e
recordassem do abençoado sonho no país da Realidade.
Terminada
a reunião, os participantes foram encaminhados a seus lares, com exceção de
Jean-Michel que seria encaminhado para outro lugar, onde seria preparado para
futura reencarnação.
Resumo elaborado por Francisca Passos. Favor manter os créditos.
8. ATENDIMENTO
FRATERNO
Ao acordar D
Eutímia estava eufórica e otimista, sentiu urgente necessidade de conversar com
o marido. Ela era acompanhada pelos amigos espirituais para que sua memória não
sofresse bloqueio. Narrou ao esposo com
naturalidade o que havia presenciado, explicou que temia um escândalo na escola
e o sonho que tivera. Estava decidida a conversar com o bispo e seu marido
concordou em acompanha-la no próximo domingo.
Anacleto convidou
o grupo a visitar Mauro na Casa Paroquial, onde ele desperto, mostrava-se
envolto em angustias, sobressaltado. Após saudar a mãe de Mauro, Anacleto se
aproximou e o aconselhou a orar, recordar-se do exemplo de Jesus que nos
momentos finais na Terra, sofreu e mesmo não tendo culpa, não recusou o cálice
de amarguras. Anacleto buscava inspirá-lo a não fugir, não buscar
justificativas. Mauro conseguia captar a influência do mentor e em singela
capela ajoelhou-se, fechou os olhos e abriu o Evangelho, permitindo que seus
dedos fossem conduzidos pelo benfeitor para escolher a passagem de Jesus no
Horto das Oliveiras. Mauro chorou emocionado em sua leitura, experimentando
sofrimento, abatimento íntimo intenso e plena lucidez de seus atos infelizes.
Mauro pensou em
se confessar com o bispo, rogar-lhe perdão, auxílio, misericórdia e
oportunidade para recomeçar longe dali. A decisão partia de seu livre arbítrio,
pois não havia sugestão dos amigos espirituais para assim proceder. Aproveitando a ova psicosfera, Anacleto convidou
o grupo a deixar Mauro com seus pensamentos, pois o paciente necessitava
ouvir-se, assumir compromissos, sendo apenas assessorado pela mãezinha.
A genitora passou
a recordar Heraldo pai de Mauro, que a havia abandonado pouco antes de
desencarnar. Ela não havia recebido notícias do esposo no plano espiritual e
preocupava-se fraternalmente com ele. Orou com ternura e perdão, rogando
misericórdia e compaixão pois julgava que Heraldo, como qualquer criatura de
Deus, era merecia ser alcançado pelo amor divino.
Com o amanhecer,
o grupo passou a acompanhar os atendimentos fraternos da instituição onde
estavam albergados. A atividade reunia duas equipes: encarnados e
desencarnados, cada qual com um responsável.
Os companheiros
que militavam naquela Casa Espírita era, treinados espírita e psicologicamente
e periodicamente reavaliados e reciclados, de modo a promoverem cooperação
bondosa e sensata, a luz da doutrina Espírita.
As pessoas que
desejavam orientação eram reunidas em uma sala ampla, recebiam esclarecimento
por meio de leitura e comentários de uma página espírita e recebiam passes
coletivos. Os que desejassem podiam seguir ao atendimento pessoal, discreto e
carinho em salas diversas.
O grupo
acompanhou três atendimentos fraternos:
1)
Uma mulher em
quadro obsessivo bem caracterizado foi atendida por uma senhora trabalhadora da
casa, de aspecto gentil e claridade espiritual. Uma entidade afável a inspirava
a palestra de modo a afastar momentaneamente o obsessor.
Ainda ofegante, a
obsidiada apenas comentou que sua vida era um verdadeiro inferno e isso a
tornava uma criatura insuportável em casa, no trabalho e consigo mesma. Algo a
amedrontava: algum médium havia revelado o processo obsessivo em que estava
envolvido e ela buscava consulta com Ricardo para auxiliá-la. A trabalhadora explicou que havia uma triagem
para encaminhamento a Ricardo, em razão da grande procura, dos casos mais
graves.
Julgando
portadora de caso grave, a senhora queria confirmar com a trabalhadora que
estava de fato obsidiada, porém a gentil ouvinte esclareceu que
“Todos o somos, porque momentos há em nossas
vidas em que o desequilíbrio nos toma conta, e atraímos Espíritos ociosos,
perversos, vingativos, dos quais não sabemos como libertar-nos.”
“Acredito sim,
que você vem agindo sob inspiração perturbadora, como é natural, em face dos
muitos problemas que relata, mas isso não a deve afligir, porque se encontra
onde poderá receber reforço de coragem e recursos para a libertação.”
A trabalhadora
enfatizou a necessidade da oração e vigilância e recomendou a leitura do Evangelho
Segundo o Espiritismo, passes, palestras e estudos do Espiritismo, para
libertar-se não só do obsessor, mas ajudar os que também estão na mesma
situação.
Miranda observou
que o atendimento prestado evitou o interrogatório desnecessário, que o
atendente mais ouviu que falou e que aconselhou conforme a doutrina, não caindo
em achismos e interpretações de sua vivência.
2)
Uma senhora foi
encaminhada a uma jovem atendente pouco experiente, embora psicóloga.
Inquieta a
senhora passou a narrar seu sofrimento conjugal. Seu casamento de 10 anos
passava por crise sexual: o marido com quem tinha relação sexual equilibrada,
passou a visitar motéis e assistir filmes eróticos, pornográficos, exigindo
dela conduta semelhante. O sentimento de ultraje, repulsa e nojo a invadia, ao
mesmo tempo que temia a separação, caso se recusasse a ceder aos caprichos do
esposo. Buscava uma resposta objetiva sobre o que deveria responder ao marido.
A atendente
tranquila, começou a explanação fazendo-a entender que seu drama era usual,
pois que “o sexo tornou-se objeto de perturbação e de infelicidade.” Ela
lembrou que o matrimonio é um contrato social e moral, que envolve laços de
amor na edificação de uma família, portanto de resultados espirituais para
ambos os cônjuges.
No entanto, de
forma bastante sensata, afirmou que não caberia a ela dizer como deveria
proceder, o que iria ferir seu livre arbítrio. Que entendia que o companheiro
estava doente, necessitava de terapia com um sexólogo. Sugeriu que o casal
conversasse serena e sinceramente, que a senhora buscasse a oração para se
manter serena e amando o esposo desajustado. Recomendou O Evangelho Segundo o
Espiritismo, O Livro dos Espíritos e convidou o casal a frequentar a casa, para
usufruir da atmosfera psíquica de amor e paz.
Agradecida a
senhora partiu beneficiadas pelas palavras amigas e pelos fluidos do assistente
espiritual.
3)
Um casal de meia
idade, de face amargurada e debilidade orgânica foi recebido por um trabalhador
afável que percebeu pelo tremor e silêncio a angústia de seus corações. Diante
de saudação carinhosa, deixaram-se dominar por lágrimas de saudade do filho
único que haviam perdido em um acidente cruel. A dor os fazia pensar em morrer,
pois a vida não tinha mais sentido. Buscaram a casa espírita para saber se o filho
ainda vivia e se estava bem no plano espiritual.
O atendente
explicou que ninguém perde um filho, pois q a morte não é o fim da vida, apenas
o começo de uma nova etapa. Lembrou então do sofrimento de Maria com a morte de
Jesus na Cruz e de sua aparição em espírito três dias depois. Convidou o casal
a refletir sobre Jesus e afirmou que o filho estava bem, caso o acidente não
tenha resultado de imprudência ou desequilíbrio. Em poucas palavras e de forma
simples explicou a reencarnação, a lei de ação e reação e a felicidade de
retornar a pátria espiritual, libertando-se do corpo material. Por fim, ele os
encaminhou ao atendimento com Irmão Ricardo, enquanto o atendente espiritual
aplicava passes reconfortantes.
Nos três
atendimentos Miranda notou que fisicamente eram anotados nomes e endereços e
que espiritualmente essas informações eram repassadas pelo Mentor espiritual a
um membro da equipe de visitadores a fim de oferecer assistência espiritual
conforme a receptividade dos que ali buscavam ajuda.
Miranda não cabia
em si de contentamento ao observar o atendimento fraterno realizado. Anacleto
acercou-se dele e explicou
“Quando o amor
dirige os sentimentos e o pensamento, as ações, inegavelmente, são corretas e
dignificadoras. O Espiritismo é a chave que decifra os enigmas existenciais.
Vivê-lo com simplicidade, desvesti-lo das complexidades com que algumas pessoas
desejam envolve-lo, por preterirem sempre as complicações ao equilíbrio, é
dever de todos nós, encarnados e desencarnados, que lhe somos afeiçoados.”
Anacleto convida
Miranda aguardar a noite, quando irão acompanhar o atendimento prestado por
Ricardo aos que lhe foram encaminhados.
Resumo elaborado por Ana Cecília Santos. Favor manter os créditos.
9.
LUTAS E PROVAÇÕES ACERBAS
Anacleto
levou o grupo até o palácio episcopal, para onde Mauro se dirigia. Mauro solicitou
falar com o bispo em particular, pois o assunto era grave. Na capela interna,
de joelhos, Mauro desabafou que havia pecado é que para esse erro não havia
perdão.
O
confessor ficou chocado à medida que os acontecimentos eram relatados, jamais
imaginaria a gravidade da confissão do sacerdote. A sua experiência e sua
sinceridade no cumprimento do dever, permitiu orientar o jovem atormentado.
E
sabendo que apenas a dona Eutimia tinha conhecimento do comportamento
inadequado de Mauro, orientou que este aguardasse até amanhã, pois iria atender
o esposo dela que havia solicitado uma audiência.
O bispo
perguntou a Mauro como ele pôde, durante tanto tempo, agir desta forma,
denegrindo a sua imagem, ferindo vidas em formação. Então, ele pediu que Mauro
retornasse ao lar e se submetesse a pena que ele iria lhe passar. Além disso,
ele não poderia celebrar nenhum ato litúrgico e, sua suspensão iria ser
justificada devido a uma enfermidade.
Ainda
em choque, o confessor disse que não poderia absolvê-lo do pecado, sem saber a
versão da diretora e de consultar os códigos do Direito Canônico. Ele pediu que
Deus o perdoasse, pois ele não era capaz e que ele não fizesse mais nada para
piorar a sua situação. O sacerdote pálido e envergonhado retornou ao lar.
O bispo
era um homem sincero e dedicado ao seu apostolado e conhecia as misérias
humanas, porém a confissão do sacerdote feriu-o profundamente. Assim, após a
saída de Mauro, ele foi até o altar-mor e ajoelhado orou por mais de meia hora,
retornando em seguida as suas atividades.
Anacleto
e o grupo se deslocaram até a Instituição Espírita, para acompanhar o
atendimento fraterno realizado pelo médium Ricardo.
palestra que estava sendo dada era sobre a Conquista da consciência ante o
conhecimento espírita.
Algumas
pessoas assistiam à palestra extasiada umas cochilavam, pois estavam vinculadas
a Entidades que as anestesiavas para que não aproveitassem os benefícios do
aprendizado e nem das energias salutares do ambiente.
Ao
término da reunião doutrinária, aqueles que iriam ser atendidos pelo médium se
acomodaram nos lugares reservados. Bem humorado e jovial, o médium,
amparado pela sua mentora, conversava com os selecionados, transferindo
energias saudáveis aos aflitos, esperança aos alucinados e cépticos e paz
aos desesperados.
Após
saudar o casal que havia perdido o filho de forma trágica, o médium os instruiu
de que a morte era libertadora. Que muitas vezes a sua ocorrência nos
revoltava, devido à perda do ser amado. Porém, se tivéssemos conhecimento da imortalidade,
compreenderíamos que morrer é libertar-se, Mara mais tarde nos reencontramos. A
morte é bem-vinda, não sendo uma tragédia e nem motivo de aflição.
Marcos,
o filho amado, não havia morrido, apenas mudara- se para um Mundo melhor, sem
dores, sem separação e amarguras. Naquele momento estava ali e o médium podia
vê-lo e ouvi-lo.
O
casal, que antes olhavam o médium com simpatia e esperança, começou a chorar e
a mãe de Marcos levantou-se, segurou na mão do médium e começou a perguntar
sobre o filho. Em seguida, foi contida pelo marido.
Ricardo,
comovido com a dor e alegria da mãe, disse que Marcos estava bem e recuperado.
O que parecia um grande mal, na verdade, era uma benção. Fora uma desencarnação
por merecimento. Ele partiu, porque não mereciam, nem ele e nem eles, sofrer,
caso ele permanecesse vivo, pois ficaria em estado vegetativo. Deus que é todo
Todo-Amor amenizou a dor de todos, reconduzindo Marcos ao Lar.
Marcos
agradeceu o carinho que recebeu dos pais e a felicidade que desfrutou durante
os seus vinte e seis anos de vida, o que foi suficiente para alcançar as metas
estabelecidas.
O casal
agradeceu a Deus pela oportunidade de esclarecimento e reflexão. Aquela reunião
mudaria completamente as suas existências.
Ricardo
informou que o filho deles havia recebido toda a assistência ao desencarnar e
que foi recebido pela avó materna, que também estava presente os envolvendo com
doces vibrações.
Durante
algum tempo, o casal ainda foi esclarecido e orientado a estudar as obras
básicas da doutrina espírita, deixando a casa espírita renovado e vitalizado.
Anacleto fez algumas explicações: "a mediunidade com Jesus é uma ponte de
duas mãos que faculta a viagem de ida na direção do Senhor é traz a mensagem de
volta em Seu nome. Por mais se deseje encarcerar o Espiritismo nas faltas
científica e filosófica, dissociando-o dos seus conteúdos
ético-morais-religiosos, ele sobreviverá como o Consolador que Jesus nos
prometeu, conforme bem o definiu Alan Kardec sob a segura orientação dos guris
da Humanidade."
Verificamos
que na Doutrina Espírita não há quaisquer símbolos ou motivos que
induzam o interessado em crer sem compreender e aceitar sem raciocinar.
A dor aguarda fatos e não discussões sem sentido, socorro imediato e consolador
no lugar de alucinação e a caridade recomendada pelo codificador.
Anacleto fez observar que as pessoas entravam em desespero e saiam renovadas
após a palestra e o atendimento fraterno.
E essa
era a melhor parte, conforme o ensinamento de Jesus a Marta, "aquela que não
era tirada."
Ao final do atendimento, todos se deslocaram para a casa paroquial, a fim de
acompanhar o caso de Mauro.
Resumo elaborado por Débora Loures. Favor manter os créditos.
10. RECOMEÇO
DIFÍCIL E PURIFICADOR
*Auto obsessão
*Vigilância e
Prece
*Sintonia
Espiritual
Na casa
paroquial, Mauro estava cansado, em poucas horas, após a confissão parecia ter
envelhecido anos. Isso mostra o sinal do sincero arrependimento que o dominava.
Buscava Deus no
pensamento, mas imperava a vergonha e a culpa. Lembrava-se dos abusos que
sofreu na infância pelo pai... à medida que se aprofundava nas deletérias
recordações, uma Entidade acerca-se dele, sugestionando ideias suicidas.
Anacleto, sempre
vigilante, solicita aos assistentes que se concentrem no centro de força
cerebral.
Miranda se
espanta ao perceber a habilidade do inimigo ao induzir Mauro ao suicídio, como
se tal atitude fosse a única solução do problema e, essa indução Mauro percebia
como uma reflexão sua e não uma sugestão do obsessor. (Daí a importância da
vigilância até para distinção dos nossos pensamentos e dos sugestionados).
Para Mauro o
suicídio fazia sentido...lembrou-se de uma jovem que havia se confessado há
pouco tempo...e que solteira, com uma gravidez inesperada, sem o apoio da
família, que não aceitaria, e sem o apoio do amante, não viu nenhuma solução além
de tirar a própria vida (e da criança também!) O padre, sem muita convicção,
tentou ajudar a jovem. Tudo em vão, na noite seguinte a jovem buscou a morte
através do gás que a anestesiou até por fim a sua existência terrena.
Com a mente
invadida pelo algoz, percebia que esse era o caminho, tirar a vida através do
gás, de uma forma repousante, para chegar ao país do nada ou no inferno sem
retorno.
O inimigo estava
prestes a acionar seu centro de movimentos para que executasse a fuga covarde.
Mas Anacleto percebeu a aflição da mãezinha de Mauro e disse-lhe que ela
deveria intervir junto ao filho, despertando-o para a realidade.
Assim, Anacleto,
Dilermando, Miranda e dona Martina concentraram-se para oferecer-lhe energias
próprias para aquela ação. Ela deveria focar o campo mental do filho e chama-lo
nominalmente, até ele responder.
“Mauro, ninguém
morre. Recorde-se, nesse momento, de Jesus.”
A onda
vibracional penetrou no cérebro do sacerdote que experimentou o choque por todo
o corpo, despertando da sugestão doentia.
Por conta da
força de amor decorrentes da prece, o adversário desconectou-se da mente de
Mauro. Percebeu, então, que os outros o observavam com expressão de
misericórdia e compaixão.
Experimentando um
estado superior de consciência alterada, Mauro percebeu o apelo da mãezinha e a
viu, na sua frente, com as mãos estendidas.
Ela diz: “O
Senhor deseja a morte do pecado, nunca a do pecador. Não há mal para o qual não
exista remédio, nem ação nefanda que possa ser considerada irrecuperável. O teu
é um erro hediondo mas o amor do Pai é infinito, e pode albergar todos os
crimes para diluí-los, ajudando os criminosos a se recuperarem a fim de
auxiliarem as vítimas que infelicitaram.”
“Este é o teu
momento de redenção. É o teu momento de expiar. Aproveita este breve instante e
recompõe-te mentalmente, preparando-te para experimentares as mais cruas dores
e rudes humilhações, decorrentes dos teus próprios atos, mas que te oferecerão
os meios para ajudares a todos quantos feriste os sentimentos de pureza e de
dignidade, conferindo-te meios para a ascensão que te aguarda.”
A figura da mãe
desvaneceu-se deixando uma sensação de paz no coração dilacerado de Mauro. Essa
é a resposta dos céus, diante das preces aflitivas da Terra.
Mauro adormeceu,
a mãe feliz continuou a vela-lo. Anacleto, Dilermando e Miranda retornavam ao
Núcleo Espírita; Miranda pergunta: quem era aquele inimigo de Mauro, que
aparece de repente querendo o seu suicídio?
Anacleto informa
que Mauro, quando esteve encarnado como Madame X infelicitou muitas vidas,
misturava favores sexuais com interesses políticos, tornando-se agente de
assembleias perversas, onde praticaram muito mal a várias pessoas. Aquele
obsessor fora vitimado por perseguição política e, Madame X fora responsável
pela sua queda, conduzindo-o a uma armadilha onde perdera a existência
corporal, além da memória enlameada.
Anacleto alerta
sobre a responsabilidade das nossas ações, que poderão tornar-se criminosas,
caso sejamos invigilantes.
Na instituição,
Manoel Philomeno observa o grande número de Espíritos trabalhando no local:
alguns no salão doutrinário; grande número de encarnados em desdobramento
parcial; muitos desencarnados buscavam setores de socorro para solicitar amparo
aos familiares encarnados; muitos que estiveram na instituição pela manhã,
foram trazidos em desdobramento para continuar o atendimento; pais que levavam
os filhos para terapias espirituais... Era uma colmeia de ação ordenada!
“Tudo respirava o
oxigênio do amor e da vida, enquanto o silêncio e a noite amortalhavam no sono
físico os homens e as mulheres recolhidos nos lares.”
Anacleto seguiu
diretamente à sala mediúnica, onde seria desenvolvida uma ação meritória.
“Não era uma
reunião como as anteriores, que tinham por objeto atender aos desvarios dos desencarnados
em comunicações mediúnicas. Ali se encontravam alguns Espíritos nobres
acompanhados de assessores, que deveriam discutir uma questão de importância
que se iria delinear.”
Philomeno percebe
a superioridade espiritual de Anacleto que se apagara para estar com aquele
grupo para atender aos apelos de dona Martina.
Após os
cumprimentos, iniciou-se a reunião que tinha por objetivo o estudo de um plano
em benefício de um Espírito que, há várias décadas, experimenta o horror na
cidade das paixões servis, cidade que ele auxiliara a erguer antes de
reencarnar. Anacleto solicitou compaixão e misericórdia para aqueles irmãos que
vivem essa loucura.
Formariam um só
bloco de pensamento, que permitisse atravessar as barreiras da comunidade de
perversão, para auxiliar, sem julgamentos, para servir os que necessitassem.
Anacleto, então,
começa a narrar a história do marques de Sade: alguns o consideram grande
novelista, outros o veem como grande portador de distúrbios mentais e
emocionais, especialmente no que diz respeito a conduta sexual, passou muitos
anos de sua vida como praticante de tormentosas aberrações no campo da sodomia
e de outras criadas pelo seu desvario.
A verdade é que
descendia de uma família das mais nobres e distintas da Provença, nascido em Paris,
ingressou na cavalaria aos 14 anos, onde saiu como segundo tenente, fez parte
do regimento do rei; chegando ao posto de capitão, após a guerra dos Sete Anos.
Em 1763,
regressou a França e casou-se com uma das filhas do presidente Montreuil, mas
amava a cunhada que fora mandada para um convento, irmã mais nova de sua
esposa. Esse desgosto arruinou a sua vida interior e, a partir desse fato,
iniciou os atos de desregramento moral.
Várias vezes foi
preso, por causa de seus abusos e barbariedades cometidos com as mulheres que
se envolviam com ele, e solto, por conta de seus títulos e nome de família.
Numa dessas idas e vindas do cárcere, seduziu a cunhada que fugiu do convento.
Foram para a Itália, mas a felicidade durou pouco, porque a jovem desencarnou e
ele voltou para a França e continuou a viver na luxúria degenerada.
Passou algum
tempo na Bastilha, e naquele cárcere, conseguiu desenvolver um meio para se
comunicar com os transeuntes: utilizava um tubo, onde gritava impropérios de
maus tratos e perseguições; ele inspirou e estimulou a Revolução de 1789.
Contribuiu em favor da destruição da hedionda prisão.
Foi abandonado
pela esposa, que não o suportava, embora também partilhasse os desregramentos,
recolheu-se num convento; Passou a velhice de uma forma moderada, deixou um
imenso legado literário que não se destaca pela qualidade, mas pela
vulgaridade.
Desencarnou
louco, no manicômio de Charrenton aos 74 anos mal aproveitados. Os seus
desregramentos deram lugar a uma designação derivada de seu nome para um tipo
de perversão sexual, denominada sadismo.
Resumo elaborado por Maria Fernanda Ribeiro. Favor manter os créditos.