Quarta Parte
Reunião: 31/01/2018
16. CONSIDERAÇÕES SOBRE SESSÕES MEDIÚNICAS
Neste capítulo observaremos:
-Preparação para a morte
-Valorização da vida
-Comunhão de pensamentos
-Reforma íntima do
trabalhador espírita
Bezerra esclarece que as
sensações são provenientes do momento do sepultamento, onde as famílias não
aceitam a separação dos entes queridos e os chamam desesperadamente,
inconformados, transformando esses sentimentos em “agentes mentais
dilaceradores”, que os alcançam. Eles ouvem as rogativas, porém não compreendem
o que está acontecendo e também não tem preparo para lidar com a situação.
Primeiro Bezerra aplicou uma
carga energética anestesiante em Fábio, que prontamente acalmou-se; fez o mesmo
com seu amigo, que chorava em profunda perturbação.
E elucidou:
“Este
é um dos instantes mais difíceis para o recém desencarnado que perdeu o corpo,
sem dele libertar-se. Há, como é natural, em casos desta e de ordem semelhante,
um apego aos despojos físicos muito acentuado. Demais, os vínculos familiares
são fortes cadeias que amarram as criaturas umas às outras, nestas horas mais
poderosos, quando se percebe a nulidade de qualquer recurso que atenue a
angústia de uma separação, que muitos ainda supõe eternas.”
Dr. Bezerra nos informa que
em tais situações, a morte se transforma em fator que pode deixar o indivíduo
neurótico, psicótico e pode até conduzir a loucura ou ao suicídio.
Nos diz também que as
religiões tradicionais não preparam os seus seguidores para a separação,
desmistificando a morte como sendo um descanso eterno.
“Ao
Espiritismo, com a sua estrutura ético-religiosa firmada no Evangelho de Jesus,
cabe a grandiosa tarefa de diluir das mentes o pavor da morte, educando os
homens sobre a maneira de encará-la, ao mesmo tempo ensinando a VALORIZAÇÃO DA
VIDA”
Então Bezerra começa a
explicar a importância do intercâmbio mediúnico como função consoladora,
aliviando as saudades e dores dos que ficaram, mas também dos que partiram para
o plano espiritual; “ensinando pela dor a correta
vivência do amor.”
As comunicações poderão ser
feitas através da psicografia, da psicofonia, nas materializações ou até mesmo
nas fortes induções mentais de caráter intuitivo.
“Escola
de bênçãos superiores, a sessão de intercambio é medicação para os Espíritos de
ambos os lados da vida, estímulo e prova da sobrevivência, por cujo valiosos
concursos assumem-se responsabilidades morais e coragem para vencer as
vicissitudes do caminho de ascensão...”
Dr. Bezerra alerta que de
tempos em tempos, surgem no próprio movimento espírita pessoas que levantam
bandeiras para que se encerrem as práticas mediúnicas. Essas pessoas sofrem
influencias negativas de entidades perversas que querem acabar com os trabalhos
de mediunidade digna, mas acabam sendo desmascaradas.
Ainda se recorda que Jesus
no Monte Tabor, acompanhado dos discípulos, se transfigurou e, parlamentou
sobre questões de alta relevância, com Moises e Elias materializados.
Atendeu o obsessor que
atormentava o jovem convulsionado e, com a Sua autoridade expulsou o obsessor e
liberou o paciente.
“Ali se realizara uma
perfeita fluidoterapia com o obsesso, socorro ao obsessor e um intercâmbio
superior com os lideres israelitas desencarnados, qual ocorre nos trabalhos
espíritas práticos, sob os rígidos códigos da moral evangélica.”
Então se Jesus utilizava-se
do intercambio espiritual para auxiliar encarnados e desencarnados, porque os
médiuns não poderiam?
Os grupos antimediunistas
alegam excesso de animismo, exagero no mediunismo, que esse período de
manifestações está superado, outros até dizem que a mediunidade é prejudicial à
saúde mental e emocional.
Bezerra nos diz que esses
grupos estão equivocados, o animismo existe, mas cabe ao estudioso da Doutrina
Espírita, ao invés de coibi-lo, educa-lo através do estudo disciplinado e
criterioso, tal qual nos recomenda Allan Kardec em O Livro dos Médiuns.
O intercambio mediúnico é
tão valioso para os encarnados quanto para os desencarnados.
“Os
chamados excessos mediúnicos não são da responsabilidade das sessões, senão da
desinformação dos experimentadores e pessoas que se aventuram nas suas realizações
desarmadas do conhecimento doutrinário e da vivência das suas execuções.”
Dr. Bezerra ainda nos
informa da importância do estudo de O Livro dos Médiuns para os trabalhadores
da mediunidade, mas que ainda é pouco conhecido até pelos que estudam com
carinho e afinco a Doutrina Espírita.
“Nunca
estarão ultrapassadas as realizações mediúnicas de proveito incontestável, além
do poder que exercem para fazer novos adeptos que então passam a interessar-se
pelo estudo da Doutrina e seu aprofundamento.”
Bezerra ainda nos diz que o
despreparo dos indivíduos que faz com que o trabalho não saia de acordo com o
que se esperava, há necessidade do conhecimento, da preparação doutrinária e
das condições morais do trabalhador, que são fatores predominantes para um bom
resultado das sessões.
“Conforme
as coordenadas mentais que defluem da vivência moral de seus membros – como
ocorre em qualquer atividade – estarão presentes Entidades equivalentes,
oferecendo o que se merece e não o que se deseja. Indispensável, portanto, que
o conhecimento, a cultura doutrinaria tenham como suporte o ESFORÇO MORAL do
aprendiz, a fim se situar-se em clima de paz e privar de convivências
superiores.”
Não podemos ter medo nem
vergonha de sermos Espíritas, ao contrário devemos nos elevar moralmente e
intelectualmente para aprendermos as verdades divinas, mas principalmente
aplica-las na vida em sociedade.
Devemos respeitar todos, em
seus graus evolutivos, mas devemos valorizar os trabalhadores anônimos da
mediunidade, que trabalham os prol dos desencarnados pelo sacrifício, abnegação
e fidelidade, que se dedicam a consolação e caridade que flui e reflui das
sessões mediúnicas sérias: de curas, de fluidoterapia, de desobsessão, de
desenvolvimento ou de educação da mediunidade, de materialização com objetivos
sérios e superiores, favorecendo o exercício de várias faculdades mediúnicas
para a edificação e vivencia do bem.
Esses trabalhadores laboram
na construção do Mundo Novo de amanhã...
Fábio e seu amigo
permaneciam calmos.
Bezerra informa que a irmã
Ruth está ao lado dos familiares para acalmá-los. No momento do desdobramento
do sono físico todos se encontrarão.
“Tudo volverá à normalidade,
enquanto amanhã é dia novo de realizações, que surgirá para todos nós.”
Resumo elaborado por Maria Fernanda Ribeiro. Favor manter o crédito.
17 – APONTAMENTOS NECESSÁRIOS
O último dia de carnaval foi
marcado por excessos de toda natureza. No ar uma psicosfera tóxica e alucinada.
A festa dos sentidos físicos tomava conta das criaturas. Esqueciam-se dos escrúpulos,
confundindo-se em uma linha comum de alienação.
Grupos de trabalhadores
espirituais atentos esmeravam-se nos cuidados aos encarnados imprevidentes,
como se fossem crianças inexperientes em situações difíceis.
Miranda foi convidado para
participar de uma reunião mediúnica. Tratava-se de uma reunião de socorro aos
desencarnados, incluindo consolação a algumas pessoas aflitas pela perda de
familiares queridos.
Para Miranda aquele seria
uma reunião extraordinária, considerando que era dia de carnaval.Irmão Genésio, disse que estava surgindo uma corrente inovadora, com as quais não concordavam, visto que alguns irmãos encarnados preferiam fechar as portas da casa espírita nos primeiros meses do ano, sob a alegação de férias coletivas, o que não fazia sentido, já que o trabalho tinha primazia, conforme citação de Jesus:
“Meu
Pai trabalha até hoje e eu também”.
Irmão Genésio, reconhece a
necessidade do repouso, sendo normal que alguns companheiros, por motivos
óbvios, procurem o refazimento em férias e recreações mas haverá sempre
companheiros dispostos a permanecer, prosseguindo e sustentando algumas
atividades na Casa Espírita. Ajudando e esclarecendo.
Um outro grupo, diz ser
imprescindível que a casa espírita não abra nos dias de carnaval devido a
vibrações negativas.
A Instituição Espírita que
se baseia e se sustenta na doutrina, tem estruturas de defesa em ambos os lados
da vida. Depois, cumpre aos dirigentes maior vigilância, impedindo a
intromissão de desordeiros ou doentes sem condição de ali permanecer.
“Acautelar-se,
em exagero, do mal é duvidar da ação do bem”.
Finalizando o assunto, Genésio
contou o caso de um abnegado servidor que foi se queixar ao seu Mentor sobre as
lutas que vinha travando, através de familiares exigentes, amigos ingratos e
etc. Após listar os vários impedimentos, pediu ao benfeitor que o orientasse na
melhor maneira de proceder.
O benfeitor então contou que
um anjo preparava seu pupilo para vir a terra. Primeiro deu a ele uma
guarda-chuva, tempos depois, galochas, mais tarde um chapéu e uma capa
impermeável sem lhe dar maiores explicações.
Certo dia começou a chover
torrencialmente e o pupilo gritou: Chove! Que faço? O Anjo respondeu: Use o
material que lhe dei... Você tem recebido a luz e o discernimento do Evangelho
e o apoio do mundo espiritual, não como prêmio à inutilidade, senão como recurso
de alto valor para os momentos difíceis que sempre chegam... Use esses tesouros
ocultos que vem guardando e não tema.
Genésio então concluiu: O
médico não teme o contágio do enfermo, porque sabe defender-se.... O espírita
consciente, que não usa argumentos desculpistas, sabe enfrentar vibrações de
teor baixo, armado do escudo da caridade e da prece, partindo para o serviço
que se faz necessário, onde dele precisam.
Por volta das 19:30 horas
dirigiram-se os três à Casa Espírita. O Edifício dividia-se em várias
dependências. Uma parte era dedicada a meninas carentes. Respirava-se alegria
infantil sem exageros. Tudo era simples, agradável e ordeiro.
Espíritos amigos os
saudaram, informando que tudo transcorria em ordem.Foram conduzidos para uma sala que havia sido preparada com antecedência pelos espíritos amigos que já se encontravam no ambiente.
Participantes desencarnados
seriam trazidos para que fosse feita a sincronia fluídica dos mesmos com os
médiuns.
Havia dois jovens
recém-desencarnados e um cavalheiro ansioso, que tentavam o intercâmbio com os
familiares. Sentindo a presença dos entes queridos, choravam, enquanto
recordações surgiam em formas idioplasmáticas, retratando as cenas vividas.
Genésio percebendo meu
interesse, explicou que os dois haviam sido vítimas de acidente. Um de carro e
outro de moto. Já o cavalheiro teve morte natural. O que não os tornava
diferentes.
Todos estavam ansiosos pelo
encontro, a fim de poderem repousar.
A mente da família, fixada
neles, os fazia reviver as lembranças que gostariam de esquecer.
A recordação do instante da
morte era sustentada pelos familiares, obrigando-os a reviver o que poderia ter
sido amortecido em suas memorias.
Desta forma, este
intercâmbio faria com que os familiares, além de serem confortados, teriam
ciência da sobrevivência da alma, através de fatos que os identificariam com
segurança, permitindo que eles remorram (significa morrer de novo, conforme
explicação do Irmão Genésio).
Genésio diz que, a morte do
corpo não desobriga o Espírito de permanecer atado ao mesmo. As impressões que
se demoram, como no caso das partidas mais violentas para o mundo espiritual,
aturdem o ser espiritual que oscilam entre as duas situações vibratórias, a
anterior e a atual, sem fixar-se numa ou noutra.
Chamados pelos entes
queridos, condensam fluidos que deveriam diluir-se.
Terminando o atendimento e
estando os familiares reconfortados, os elos se romperão e finalmente eles
poderão repousar, num sono de morte com fins terapêuticos.
Os familiares sempre desejam
que seus afetos estejam bem, fruindo de felicidades e paz a que nem sempre
fazem jus. As mensagens seriam necessariamente controladas a fim de evitar
lamentações injustificáveis como informações inoportunas.
As comunicações se fazem sob
o amparo dos instrutores para que haja um clima de paz. Nem sempre poderão
escrever com larga lucidez, mas os destinatários não se darão conta. O
importante são as noticiais tranquilizadoras e o conteúdo imortalista de que se
farão objeto.
Demais, para uma comunicação
psicofônica ou psicográfica consciente exige-se prática e conhecimento da
aparelharem mediúnica que vai ser utilizada. Nem todos, predisposto para o
trabalho mediúnico, possuem as condições exigíveis, havendo, desse modo,
soluções próprias, que resolvem a dificuldade.
18. CORRESPONDÊNCIAS DO ALÉM
Após a instrução psicofônica
do Orientador, iniciaram-se as comunicações através de abnegado médium. Como
nada ocorre nem se repete igual, cada ser desperta “post-mortem” com
características que lhes são próprias. Em reuniões mediúnicas sérias, médiuns e
doutrinadores irradiam luzes que diferem na cor e no tom, em sintonia com as
Entidades que se fazem presentes. Na supervisão dos trabalhos, o Mentor ajudava
àqueles com maior dificuldade de comunicação, facilitando grandemente a
delicada operação; ao mesmo tempo, evitava discussões inoportunas, transmitindo
vibrações de amor.
Algumas Entidades mais
rebeldes eram hipnotizadas; por sua vez, induções hipnóticas do doutrinador
porque carregadas de energia faziam-se portadoras do mais alto teor vibratório,
atingindo os Espíritos, que, de imediato, cediam ao sono reparador, sendo
transferidos para os leitos já reservados, para outras providencias
necessárias. Nesse passo, o Irmão Genésio faz o convite para que
acompanhássemos o trabalho do médium Jonas, trabalho esse que merecia destaque;
o corpo dele, em transe profundo, era manipulado pelos Mensageiros Superiores.
Após ligeira conversa com
ele, nesse interim o Mentor nos trouxe um jovem que se acidentara com moto, em
deplorável estado psíquico. Antes de ali chegar, já fora atendido previamente
por abnegada tia desencarnada, também presente, que já o fizera saber do novo
estado em que se encontrava. Na sua confusão mental, pretendia escrever uma
carta familiar, o que foi possível graças a ajuda do Diretor, contornando certa
dificuldade pela falta de treino do próprio missivista; o Mentor, por sua vez,
cuidava de filtrar as palavras e os pensamentos, dando-lhes a forma necessária,
fazendo com que a emotividade do comunicante fosse canalizada para oferecer aos
pais esperanças, e diminuindo o impacto da morte nesse momento difícil para os
familiares. O ato culminante, o da assinatura ao final, foi conseguido com
êxito.
Ato continuo, acercou-se
outro jovem que perecera num acidente automobilístico; o Espírito encarnado que
o atendia, cuidava de escrever com independência mental uma nova carta aos
familiares dentro do estilo do próprio comunicante.
Diante do assombro dos
presentes, o Diretor esclareceu: “A grande sensibilidade do médium poderia
sofrer graves danos se ficasse sob a indução fluídica do comunicante, que, face
ao perturbador estado em que se encontrava, prejudicaria a organização
mediúnica e a saúde do cooperador humano. O caro Jonas atua comandando o corpo
com muita facilidade como se fora um desencarnado e a comunicação é fiel, até
sob o ditado de pessoa analfabeta.”
Apesar da dificuldade
compreensível, o instante da assinatura evidenciou a autenticidade da
caligrafia. Dr. Bezerra cuidou de ajudar a escrita da terceira página, face a
diluição das energias do comunicante.
Uma coisa ficou evidenciada
nesses trabalhos: - nada na Obra Divina se perde e vários são auxiliados nessas
ações socorristas, pois a cada um segundo os seus atos.
O horário chega ao fim e
após as instruções finais, o Mentor, às 21:30 encerrou os trabalhos; as luzes
foram acesas, as páginas psicografadas foram lidas sob emoção geral e hinos
íntimos de gratidão a Deus. Algum tempo depois, todos voltaram ao Posto
Central.
Lá fora, prosseguia a
alucinação carnavalesca...
19 – CONVITE AO OTIMISMO
A Terra possui ao seu redor
faixas vibratórias concêntricas, sendo a mais interna condensada e a mais
externa sutil. Elas são vitalizadas pelas ondas mentais dos habitantes do
planeta, assim como são permeáveis a força psíquica mais sutil.
Por sintonia, os
desencarnados ligavam-se àqueles que são afins moralmente.
A faixa mais condensada é
densamente povoada, aonde a dor e o sofrimento predominam. Essa população que
vive em estado de erraticidade inferior, é levada para lugares ermos, cavernas
e pântanos do planeta, onde estão os culpados e os tombados pelos seus algozes
desencarnados, que os exploram em colônias construídas e governadas por
verdadeiros gênios do mal.
Nessas colônias, a crueldade
predomina e a justiça é realizada pelo governante de forma perversa. Nesses
locais são programados atentados contra os homens, atividades para o extinção
do bem e a instalação dos impiedosos senhores absolutos do planeta. Lutam
contra os Emissários da Luz, que penetram nessas regiões para tarefas
libertadoras, demonstrando-lhes a fragilidade do grupo.
Eles são instrumentos da
Justiça Divina que a todos alcançam, conforme a necessidade de cada um.
Os operários da caridade
trabalham nesses densas regiões de sofrimentos que aprisionam inumeráveis
desencarnados, que passam por momentos ou séculos nessas regiões purgatórias,
até serem libertados e conduzidos para outros planos vibratórios.
Nessas regiões existem
postos de socorro cristão, núcleos de apoio, centros de atendimento, todos
sustentados por abnegados agentes do bem. Estes, sofrem pela ação da carga
fluídica que sustenta essas regiões. São cireneus, que se sacrificam e
renunciam pelo bem ao próximo. Muitos têm títulos de enobrecimento que
permitiriam ir para campos mais elevados e pacíficos, porém preferem ficar
aonde a dor predomina, mesmo que tenham que provar dela.
Nessa última noite de
carnaval, era possível perceber a densa e larga (alguns quilômetros) de faixa
vibratória envolvendo a cidade. Essa faixa era formada pelas vibrações da mente
enlouquecida dos que participavam da festa. Além dessa concentração mental,
havia a influência dos desencarnados que bloqueavam os centros da razão e
estimulavam a ânsia pelo prazer daquela multidão enlouquecida.
Apesar de milhões de pessoas
estarem envolvidas nesse faixa vibratória, outras, mais amadurecidas, utilizavam
o feriado para estudos, meditação, lazer e renovação espiritual. Há um
progresso moral evidente, as atividades que permitem a evolução do ser humano
tem aumentado, o preconceito tem diminuído, os direitos respeitados, as classes
sociais menos favorecidas já não são desprezadas, as leis são mais benignas,
entre outros avanços.
Da mesma forma, que aqueles
que socorrem, ontem estavam mergulhos na ilusão, chegará o dia em que os irmãos
encarnados estarão do mesmo lado, marchando juntos em direção a evolução.
"
O nosso mestre foi o mensageiro da alegria, da esperança e da paz. Todo o
evangelho é um hino de eloquente beleza à vida. Nos Seus passos, ficaram
sementes que ora enflorescem o mundo, modificando a árida paisagem que Ele
encontrou. Mesmo a tragédia do Gólgota, assinalada pelas Suas dores, é o
prenúncio da madrugada da ressurreição em plenitude de luz e felicidade. "
Estamos no momento de
transição moral do planeta. Desta forma, todos esses espíritos presentes nestas
faixas inferiores, ainda ligados aos instintos agressivos, vem reencarnado em
massa, para ter a oportunidade de escolher entre a liberdade ou o exílio.
Deus oferecem oportunidades
iguais a todos. O serviço permitirá o crescimento e as aflições de que são
portadores permitirão a desenvolveram responsabilidades.
Para ajudar, temos
inumeráveis colônias de amor, de criação recente, próximas à Terra, derivadas
da renúncia de apóstolos do bem, que por caridade permaneceram aqui para
iluminar a noite interior dos homens de ambas as esferas da vida.
Na crosta, surgem novos
postos de atendimento e em vários lares, a luz tem moradia, devido ao evangelho
no lar.
O grupo se deslocou em
direção ao hospital, para visitar Noemi.
20 – CAUSAS ANTERIORES DOS SOFRIMENTOS
Na UTI o irmão Arthur
assistia o despertar da filha que adormecera devido à medicação e à hemorragia.
Aos poucos as lembranças retornavam, acompanhadas da dor física. Sem o
perseguidor espiritual a sensação de bem estar durou pouco, pois ela se deixou
impregnar pela mágoa, lamentando não ter morrido. A angústia a dominou, seguida
de revolta e inquietação. O benfeitor sugeriu ao irmão Arthur que inspirasse o
médico a retornar ao leito de Noemi que chorava de forma exagerada só parando
com sedativos que foram misturados ao soro. O genitor envolveu a filha em ondas
calmantes para adormecer, liberando o espírito que continuava em agitação
ruminando vingança.
O diretor explicou que isso era esperado já
que aquele espírito era comprometido e imaturo. A mágoa causa desarticulação
dos equipamentos do sistema nervoso central, interrompendo o ritmo das
respostas.
“A
precipitação, que é irmã da revolta, responde por muitos males que poderiam ser
evitados...”
“Por
isso, cada qual elege e constrói o paraíso ou o inferno que prefere, no íntimo,
passando a vivê-lo na esfera das realidades em que transita.”
O amoroso Guia chamando o
espírito de Noemi à responsabilidade, o acalmou como que despertando de um
pesadelo para encontrar seu pai Arthur. Comovida diante de Arthur, Noemi
chorava esquecendo a ira e os planos de vingança, apenas a dor foi ao encontro
do carinho paterno. Quando recuperou a fala, Noemi questionou a justiça divina,
sentindo-se vítima, porém seu pai mencionando a bondade infinita do criador,
lembrou que o suicídio é atitude de rebeldia das mais vis, não sabendo dizer
qual o espírito mais errado dos três.
“Agir
corretamente, não nos credencia a louros nem prêmios extras,...” “O certo e
iniludível é que ninguém sofre sem uma ponderável razão, nem pessoa alguma que
delinque fugirá de ser recambiado à justiça que nela própria vige, sob a ação
da inderrogável1 Justiça Divina.”
Para facilitar o
entendimento da filha, o pai comparou a vida a um rio, com obstáculos,
impedimentos, que são superados de modo a alcançar o oceano da paz. Explicou
que as reencarnações nos levam ao trabalho contínuo para que aprendamos a tomar
as decisões corretas, superando as dificuldades.
Arthur afirmou que convidou
Bezerra de Menezes para auxiliá-la e agradece à Deus o socorro alcançado. Ao apresentá-lo, Noemi se emociona com a
irradiação do benfeitor julgando estar diante de um anjo de luz. Bezerra
humildemente responde: “sou somente seu irmão...”
Sob seu tratamento, Noemi
recorda uma de suas existências e a cena que vê se passa em outubro de 1832 em
Porto, Portugal, onde ela, viúva com idade inferior a 40 anos, herdara
propriedade e desfrutava de prestígio na comunidade. Ela se viu participando de
reunião política, onde sugeriu o rapto de uma criança de 8 anos, filha de um
considerado traidor miguelista. Eram
dias de luta entre liberais e absolutistas, liderados por D. Pedro IV (que
abdicara no Brasil como D. Pedro I) e príncipe D. Miguel.
O raptor enfurecido com o
choro da criança a enforcou. Sr. Manuel Trindade também desencarnou na ocasião,
tornando-se perseguidor espiritual de Noemi na vida atual.
A criança cresceu em
espírito, aguardando com a avó, a oportunidade que só agora alcançava.
Noemi na vida anterior era
soberba e egoísta, além de tramar o rapto, havia seduzido o capataz das suas
terras, atual Cândido, estimulando-o a assassinar a esposa, que na atual
existência retorna ao seu convívio como Enalda.
Bezerra a convida a praticar
o perdão incondicional e a irrestrita confiança em Deus. Sobre suas perguntas
sobre o futuro, ele esclarece que o tio Agnaldo, irmão de Arthur, irá
convidá-la para sua casa e ela deverá aceitar o convite, pois ele será um
grande amigo capaz de ajudá-la a se refazer após a separação que deve ser
amigável e discreta. Bezerra recomenda que ela não detalhe a traição infeliz.
Com ressentimentos, Noemi
pergunta por Enalda e Cândido e Bezerra responde. “Cada um responde pelos seus
atos.” Eles não ficarão indenes2 a reeducação.
A jovem recebeu assistência,
também ministrada ao corpo por operação fluidoterápica até que um enfermeiro do
posto central chegou para continuar o amparo à Noemi.
Resumo elaborado por Ana Cecília Santos. Favor manter o crédito.
1-
inderrogável = que não pode ser anulado
2-
indene= ileso, intacto, que não sofreu dano
Próxima reunião: 28/02/2018