quinta-feira, 30 de agosto de 2012

União infeliz

Qual o fim objetivado com a reencarnação? Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?

O LIVRO DOS ESPÍRITOS – Questão 167

Dolorosa, sem dúvida, a união considerada menos feliz. E, claro, que não existe obrigatoriedade para que alguém suporte, a contragosto, a truculência ou o peso de alguém, ponderandose que todo espírito é livre no pensamento para definirse, quanto às próprias resoluções. Que haja, porém, equilíbrio suficiente nos casais
unidos pelo compromisso afetivo, para que não percam a oportunidade de construir a verdadeira libertação.

Indiscutivelmente, os débitos que abraçamos são anotados na Contabilidade da Vida; todavia, antes que a vida os registre por fora, grava em nós mesmos, em toda a extensão, o montante e os característicos de nossas faltas. A pedra que atiramos no próximo talvez não volte sobre nós em forma de pedra, mas permanece conosco na figura de sofrimento. E, enquanto não se remove a causa da angústia, os efeitos dela perduram sempre, tanto quanto não se extingue a moléstia, em definitivo, se não a eliminamos na origem do mal. Nas ligações terrenas, encontramos as grandes alegrias; no entanto, é também dentro delas que somos
habitualmente defrontados pelas mais duras provações. Isso porque, embora não percebamos de imediato, recebemos, quase sempre, no companheiro ou na companheira da vida íntima, os reflexos de nós próprios.

É natural que todas as conjunções afetivas no mundo se nos figurem como sendo encantados jardins, enaltecidos de beleza e perfume, lembrando livros de educação, cujo prefácio nos enleva com a exaltação dos objetivos por atingir. A existência física, entretanto, é processo específico de evolução, nas áreas do tempo, e assim como o aluno nenhuma vantagem obterá da escola se não passa dos ornamentos exteriores do educandário em que se matricula, o espírito encarnado nenhum proveito recolheria do casamento, caso pretendesse imobilizarse no êxtase do noivado. Os princípios cármicos desenovelam-se com as horas. Provas, tentações, crises salvadoras ou situações expiatórias surgem na ocasião exata, na ordem em que
se nos recapitulam oportunidades e experiências, qual ocorre à semente que, devidamente plantada, oferece o fruto em tempo certo. O matrimônio pode ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede que os dias subsequentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás. A mudança espera todas as criaturas nos caminhos do Universo, a fim de que a renovação nos aprimore. A jovem suave que hoje nos fascina, para a ligação afetiva, em muitos casos será talvez amanhã a mulher transformada, capaz de impornos dificuldades enormes para a consecução da felicidade; no entanto, essa mesma jovem suave foi, no passado – em existências já transcorridas –, a vítima de nós mesmos, quando lhe infligimos os golpes de nossa própria deslealdade ou inconsequência, convertendo-a na mulher temperamental ou infiel que nos cabe agora relevar e retificar. O rapaz distinto que atrai presentemente a companheira, para os laços da comunhão mais profunda, bastas vezes será provavelmente depois o homem cruel e desorientado, suscetível de constrangê-la a carregar todo um calvário de aflições, incompatíveis com os anseios de ventura que lhe palpitam na alma. Esse mesmo rapaz distinto, porém, foi no pretérito – em existências que já se foram – a vítima dela própria, quando, desregrada ou caprichosa, lhe desfigurou o caráter, metamorfoseando-o no homem vicioso ou fingido que lhe compete tolerar e reeducar. Toda vez que amamos alguém e nos entregamos a esse alguém, no ajuste sexual, ansiando por não nos desligarmos desse alguém, para depois somente depois surpreender nesse alguém defeitos e nódoas que antes não víamos, estamos à frente de criatura anteriormente dilapidada por nós, a ferirnos justamente nos pontos em que a prejudicamos, no passado, não só a cobrarnos o pagamento de contas certas, mas, sobretudo, a esmolarnos compreensão e assistência, tolerância e misericórdia, para que se refaça ante as leis do destino. A união suposta infeliz deixa de ser, portanto, um cárcere de lágrimas para ser um educandário bendito, onde o espírito equilibrado e afetuoso, longe de abraçar a deserção, aceita, sempre que possível, o companheiro ou a companheira que mereceu ou de que necessita, a fim de quitarse
com os princípios de causa e efeito, liberando-se das sombras de ontem para elevar-se, em silenciosa vitória sobre si mesmo, para os domínios da luz.

Do livro "Vida e Sexo" pelo Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

No Mundo Maior - Clube do Livro - Setembro 2012





NA JORNADA EVOLUTIVA

Emanuel faz a introdução do livro, refletindo que milhares de pessoas que morrem todos os dias dos vários cantos do mundo. A maioria são menores de espírito, que não chegaram a ser homens completos, fixaram-se no materialismo cego.

Emanuel se pergunta: Onde albergar espíritos de culturas, bagagens e posição tão diferentes. Como avaliá-los por bitola única? Porém a vida segue a lei natural (lei divina) e não por dogmas estatuídos.

Ele esclarece que a missão de André Luiz é revelar os tesouros de que somos herdeiros felizes na Eternidade, riquezas imperecíveis, em cuja posse jamais entraremos sem a indispensável aquisição de sabedoria e amor.

Os encarnados que compreendem que a experiência humana é escola, cujos degraus são vencidos com a prática incessante do bem, não ser surpreenderão com a narrativa.

1) ENTRE DOIS PLANOS

ANDRÉ e o assistente CALDERARO se encontram com o Instrutor EUSÉBIO,

CALDERARO = servia na crosta da terra atendendo os encarnados em socorro especializado em “psiquiatria iluminada”.

ANDRÉ = ingressou, a pedido seu, na turma de adestramento tendo calderaro como orientador

EUSÉBIO = que se dedicou há muito ao ministério do socorro espiritual, consagrando-se às almas situadas entre as esferas inferior e superior. Eusébio descia a crosta semanalmente para instrução de aprendizes.

Calderaro havia explicado a André que os casos assistidos por ele não tinham continuidade substancial. Ou seja, ele não traçava a rigor programas de assistência.

Ele explicou a que Eusébio lidava com criaturas encarnadas e recém libertas, então sua palestra aproveitava o tempo para melhor aproveitamento, considerando a heterogeneidade de princípios de vários indivíduos, pois dirigia-se a espíritos recém libertos e encarnados libertados durante o sono.

Havia ali cerca de 1200 pessoas de elevado potencial de virtudes, dos quais 80% são aprendizes dos templos espiritualistas. Elas têm boa vontade, exercitam-se na iluminação interior, esforçam-se, mas ainda não criaram a base essencial para uso próprio.

André se perguntava, diante de tanta organização, se havia os encarnados faziam bom uso da assistência organizada e cuidadosa que o plano espiritual oferecia. Calderaro esclareceu que o trabalho tinha como objetivo a manutenção do equilíbrio.

Eusébio iniciou sua fala com oração que emocionou a todos.

2) A PRELEÇÃO DE EUSÉBIO

Eusébio dirigiu-se aos libertos do sono, lembrando que estes venceram pesadas fronteiras vibratórias, adestraram faculdades e sentimentos para a verdadeira vida e que não lembrariam plenamente do encontro quando acordassem.

“ Viva a vontade de Deus, relativamente aos deveres que lhes cumprem, ao serviço que lhes competem. Somos atores do drama evolutivo, usando corpos sagrados, mas perdemos o desejo santificante da existência.”

Eusébio passa a falar do surgimento de filosofias religiosas para o progresso do espírito e as ações de violência cometidas pelos homens em várias épocas e lugares do mundo, em contraponto aos ensinamentos religiosos. Cita Krisnha, Sidarta Gautama, hebreus, Atenas, Roma e guerras,crimes. E lembra que com Jesus a atitude se repete, visto que os seus seguidores foram tratados como criminosos e ainda hoje existem guerras. Ele pergunta à plateia: “Até quando seremos gênios demolidores e perversos?”

Assim atingimos a era moderna em que a Loucura se generaliza e a harmonia mental está se afundando.

“ Se visitas a nossa companhia buscando orientação para o trabalho sublime do espírito , não vos esqueça vossa luz própria.”

Encerrando com prece Eusébio conheceu André e recomendou que ele entrassem em contato com grupo socorrista onde Calderaro era colaborar ativo e que Calderaro levasse André ao serviço de assistência às cavernas.

3) A CASA MENTAL

André expos sua meta a Calderaro: ele pretendia conhecer os que se entretinham na maldade, no crime, na inconformação. Calderaro ponderou que André tinha que mudar a opinião compreendendo a perversidade como loucura, a revolta como ignorância e o desespero como enfermidade, para que possa prestar o socorro a esses espíritos sofredores. Essa é a visão do Cristo.

Ele complementou : “Nosso interesse é o socorro à mente desequilibrada, analisar este último aspecto da sombra que pesa nas almas. Para isso é importante conhecer a loucura na crosta e estudarmos então o cérebro de encarnados e desencarnados em posição desarmônica.”

Em um hospital André e Calderaro visitaram Pedro, um enfermo acompanhado de espírito de sinistro aspecto, Camilo.

O doente estava sofrendo de tensão nos nervos e espiritualmente, Pedro e Camilo, estavam entrelaçados desde o tórax ate a cabeça como prisioneiros. Os dois cérebros eram quase idênticos; intoxicados, loucos, devido ao ódio mutuo.

Calderaro prestou esclarecimentos sobre o funcionamento do cérebro, que se divide em três regiões distintas:

• Sistema nervoso-cérebro inicial, subconsciente,lugar de movimentos instintivos, impulsos automáticos - sumário vivo dos serviços realizados - hábito e automatismo


• Cortex motor, consciente, energia motora, lugar das conquistas atuais –as qualidades nobres que edificamos- esforço e vontade


• Lobos frontais, superconsciente, lugar das noções superiores- ideal e meta superior

Ou seja, possuímos em nós mesmos passado, presente e futuro.

A quebra da harmonia cerebral é consequência de compulsoriamente se arredarem das aglutinações celulares do campo fisiológicos os princípios do perispírito.

20 ESTUDANDO O CÉREBRO

Há 20 anos o Pedro matou Camilo, quando completou maioridade, pois exigiu o pagamento pelos anos de serviço que havia prestado desde a infância. Camilo, o patrão, negou, alegando as fadigas que teve para criá-lo como filho e que lhe daria boa posição nos negócios no futuro, mas não pagaria do serviço pretérito. Em meio à discussão Camilo foi assassinado por Pedro, que em seguida roubou parte da fortuna que estava no cofre, deixando um montante para despistar a polícia. Fingiu sentir a morte de Camilo como se este fosse seu pai, assistiu a família em trâmites burocráticos e mudou-se para um centro industrial com a fortuna roubada, onde se casou com jovem de alma elevada e teve 5 filhos.

Camilo, cedendo de vingança, prejudicou a organização psíquica, através de depressões, pesadelos, deixando-o fatigado, pois Pedro só encontrava alívio no trabalho

Calderaro explicou que “o cérebro real é aparelho dos mais complexos, em que o nosso “eu” reflete a vida. Ainda que permaneça aparentemente estacionária, a mente prossegue seu caminho, sem recuos, sob a indefectível atuação das forças visíveis ou invisíveis.” No cérebro inicia-se o império da química espiritual. Ele é o órgão sagrado de manifestação da mente, em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana. Nos desencarnados é a mente que age no perispírito e nos define a forma.

Calderaro afirma que nervos, zona motora e lobos frontais no corpo carnal traduzem impulsividade, experiência e noções superiores da alma, são campos de fixação da mente encarnada ou desencarnada. Quando há excesso de fixação em um dos setores , há o desequilíbrio e passamos a entrar em contato com inteligências análogas as nossas.

No caso de Pedro e Camilo os dois estão fixados na região dos instintos primários. Calderaro aplicou irradiações magnéticas para repouso de Pedro, que em sono desligado parcialmente do corpo, via seu verdugo e não enxergava André e Calderaro. Eles aguardavam a chegada de Cipriana, porque eram incapazes de socorrer, visto que ainda não amam Pedro e Camilo como irmãos ou filhos, eram, para eles, apenas dois infortunados.

Calderaro explicou a André que :“Não basta ter conhecimento é preciso amar para socorrer, pois só os que amam conseguem atingir as causas profundas.”

21 O PODER DO AMOR

Cipriana aproximou-se dos dois em atitude de oração. Em alguns instantes ela estava circundada de fulgente halo* de santidade, efluiam irradiações. Estendeu as mãos com amoroso magnetismo, os dois passaram a vê-los com assombro e acharam que estavam diante de Maria. Pedro ajoelhou-se em pranto comovido e confessou seu crime com sincero arrependimento. Ouviu de Cipriana:

“o verdadeiro justo é aquele que trabalha e espera no pai”. Mas nunca é tarde. Oraste e chamaste por nós, aqui estamos para estimularmos sua regeneração: faça novo compromisso com a justiça divina. Pedro experimentava alivio por ter nova chance.

Camilo estava indiferente e dizia que nada poderia ter feito, além de odiar, pois fora vítima. Cipriana diz “ a condição de vítima não lhe confere santidade”.

O grupo se dirigiu a casa de Pedro, onde Guilherme, pequeno filho de Pedro, desejava que os irmãos estivessem em casa para orar com ele pela saúde do pai. Cipriana dialogou com Camilo mostrando que Pedro, seu algoz, havia errado, mas construíra uma vida nobre e útil e perguntou o que ele havia construído nesses 20 anos, além de odiar e se sabia por que havia passado por experiência tão amarga.

Cipriana falou de seus sofrimentos quando encarnada: dois filhos morreram na guerra, as duas filhas se desviaram seduzidas pelo prazer e ouro, o marido morreu de lepra e ela foi abandonada por todos, mas sempre tinha esperança em Deus. Camilo arrependido seguiu com Cipriana para buscar regeneração. Pedro foi conduzido ao leito e em breve receberia a visita da família que veria a melhora de saúde com alegria.

Calderaro: “ o coração que ama está cheio de poder renovador. Jesus disse que existem demônios somente suscetíveis de regeneração pelo jejum e pela prece.” (Jejum pela renúncia e da luz da oração, que nasce o amor universal).

*círculo de luz acima da cabeça.

22 AMPARO FRATERNAL

André e Calderaro entraram em aposento modesto, onde Cândida estava preste a desencarnar, no entanto a preocupação com a Julieta exigia providências do plano espiritual. Cândida estava presa ao corpo por fios frágeis. Apesar do envelhecimento precoce de seu corpo, o espírito mostrava a grandeza de alma e o sereno heroísmo.

Julieta estava angustiada. Mãe e filha foram abandonadas pelos filhos. Cândida preocupava-se com futuro da filha, pedia a Deus para não desampará-la.

Cândida perguntou a Julieta pelo dinheiro e esta disse que havia feito um empréstimo, Cândida perguntou por Paulino, pois desejava pedir que cuidasse de sua filha. Cândida deu bons conselhos a Julieta.

Cândida estava em casa de saúde há dez meses e as dificuldades financeiras motivaram Julieta a aceitar cantar e dançar em casa de diversões para complementar a renda. Lá foi atraída por Paulino e aceitou-lhe a proteção passando a viver naquele lugar, de onde só saia acompanhada de Paulino.

Julieta ocultava tudo de Cândida e vivia em perturbações de consciência que lhe afetaram a saúde, avizinhava-se da loucura, pois a mente desvairada emite forças destrutivas. Julieta não estava em condições espirituais de elevar-se ao plano superior, mas as orações de sua mãe a acompanhavam.

Calderaro ministrou recursos magnéticos, mas deixou um pouco da substância escura no cérebro, para que Julieta ficasse enferma e não comparecesse às noitadas.

As 2 horas da madrugada no quarto da casa de saúde os encarnados, Cândida, Julieta e Paulino, desprendidos do corpo encontraram-se na presença de Cipriana. O casal sentia-se humilhado e aflito. Cipriana faz Paulino refletir sobre suas atitudes e pede que ele resgate Julieta afirmando que não a conheceu por acaso. No dia seguinte, nos últimos momentos de vida de Cândida, Paulino esteve no hospital com Julieta e prometeu a ela casar com sua filha. Cândida desencarnou em paz.

“A sociedade humana é venerável em seus fundamentos, mas injusta quando extermina os germes de regeneração espiritual para a vida superior a pretexto de preservar-se.”

23 PROCESSO REDENTOR

Calderaro lembrou que o objetivo do trabalho em curso:“nosso esforço é impedir a consumação dos processos tendentes à loucura”. Como se dá o auxílio?, pergunta André, ao que Calderaro responde: Pela prece íntima ou declarada de zona superior ou do fundo do vale onde se agitam as paixões humanas é o ascendente, independente de formulas dogmáticas.

Eles visitam então um menino de oito anos paralitico, mudo, não consegue sentar, praticamente cego e surdo e que está acompanhado de duas entidades infelizes como ele. Calderaro assiste a mãe do menino com passes nos momentos de oração de horário prefixado.

Há 2 séculos decretou a morte de compatriotas envolvidos em insurreição civil. Valeu-se do momento para vingar desafetos pessoais. Foi perseguido por vários espíritos, restando só os 2 espíritos nesta fase de resgate conclusivo. Ele hoje fixa a mente nos estados primários. Em breve os 2 irão encarnar como irmãos do menino. Hoje o garoto se apavora e se contorce, pois a culpa, o coloca em zona de reminiscência do passado, onde é facilmente alvo dos inimigos.

“a maioria dos casos de alienação mental decorrem da ausência voluntaria ou não da alma à realidade.” Ou seja todo desequilíbrio decorre do afastamento da Lei.

Calderaro reparava as forças nervosas da mãe, cuja mente se enchia de indagações a Deus. Convidou André a falar ao coração da mãe, mas André declinou por não se achar seguro para tal. Calderaro a fez ter pensamentos de confiança em Deus e a reanimou.

8)NO SANTUÁRIO DA ALMA

André e Calderaro entraram a noite em casa nobre, onde Calderaro há tempos assiste Marcelo com fluidos, pois o jovem tem recordações remanescentes do passado aflorando em epilepsia.. Marcelo no passado se impôs de forma ditadora, mas em muitas ocasiões desejou ser bom. Por vários anos rogou, orou e penitenciou-se. Queria libertar-se, mas o remorso é sempre o ponto de sintonia entre devedor e credor. A epilepsia raramente ocorre por alterações cerebrais, em geral enfermidade da alma.

Marcelo já tinha condições espirituais, alcançadas por esforço regenerador, para não sintonizar os perseguidores, mas ao encontrá-los durante o sono, desprendido do corpo, sofria amargas recordações. Após 14 anos, Marcelo passou a rememorar os fenômenos vividos e as crises epilépticas se acentuaram.

Marcelo vem recebendo os passes da mãe e atende as sugestões dos benfeitores, sendo médico de si mesmo, única formula em que o enfermo encontra cura.

Durante o sono Marcelo encontrou-se com André e Calderaro. O jovem contou que tinha intenções de difundir o espiritismo. Quando viu os dois vultos, empalideceu e retornou ao corpo, pois temia o regresso à situação dolorosa. Os espíritos infelizes sumiram. O espírito de Marcelo passou a contorcer-se de amarguras e seu corpo estava preso a convulsões, embora estivesse em boa companhia . Calderaro o acalmou com magnetismo e Marcelo cansado dormiu profundamente.

Calderaro citou os reflexos condicionados de Pavlov :O perispírito de Marcelo lembrava os sofrimentos fora da carne e Marcelo sofre choques psíquicos pois ainda não consolidou o equilíbrio integral.

André compreendia que era impossível exercer a psiquiatria sem considerar o espírito, é preciso socorrer as causas, as origens das perturbações, para isso precisamos dos recursos de Jesus. E que a teoria dos reflexos se aplicava também aos milhares de pessoas irascíveis, que se enraivecem facilmente, viciando os centros nervosos pelos excessos da mente indisciplinada, convertendo-se em portadores do pequeno mal, dementes precoces ou com franjas epiléticas.

“O homem pela sua conduta, pode vigorar a própria alma, ou lesá-la.”

Marcelo em sono voltou a encontrá-los sentindo-se fracassado. Calderaro explicou que precisaria de mais tempo para curar-se, devendo ter fé positiva, fazer o bem, iluminar-se e respondendo a Marcelo, disse que os hipnóticos são uteis apenas na absoluta ignorância mental e para neutralizar células nervosas e atritos no perispírito.

“todos temos um credor divino em Jesus, cuja infinita bondade não nos é lícito esquecer.”

9) MEDIUNIDADE


André tem duvida: alguns estudiosos criaram hipótese de que um médium não teria contato com entidades, mas fenômeno anímico* do próprio médium. A questão teria relação com princípios de Pavlov?

Fonte: internet Calderaro diz: A tese é respeitável e coíbe abusos da imaginação. Porém muitos mediuns fogem ao trabalho, reclama-se deles perfeição absoluta. Muitos espíritos não os aceitam e não entendem que os médiuns irão aperfeiçoar-se com tempo e esforço.

Para o médium ser instrumento exato tem que saber ceder, ser devotado à felicidade do próximo, compreender o bem coletivo, sentimento fraterno e serena superioridade nos atritos com a opinião alheia.


Os animais de Pavlov memorizavam fatos por associações mentais espontâneas, mas a mente humana pode muito mais, não mero reflexos, mas permitir emissões de outra mente.

André foi convidado por Calderaro para assistir Eulália, a médium em processo de formação, para que esta prossiga na tarefa. Eles foram recebidos por espírito que fora médico e que contribuía na proteção aos doentes pobres, os quais nem sempre confiam nas mensagens.

Do grupo de encarnados 8 dos 11 estavam em condições favoráveis a ajuda. Calderaro pede neutralidade a Andre, pois trata-se de ação experimental. A mensagem recebida, através de Eulália, era edificante, mas não tinha características de ser escrita por médico, sendo interpretada como fenômeno anímico, para decepção do médico e amargura de Eulália, que estava em dúvida. Calderaro aplicou passes e Eulália voltou a serenidade e compreensão: “o serviço da verdade pertence ao Senhor e não aos homens.”

Calderaro lembrou que dos lobos frontais do cérebro, centro perispíriticos importantes, há milhões de células esperando para funcionar, mediante esforço (auto educação moral)humano, no setor da espiritualidade. O homem usa apenas, 10% deste potencial.

*que vem da alma

10) DOLOROSA PERDA

Uma mãe desencanada pede socorro a filha que estava enlouquecendo. Cecília, a jovem de nobre quadro social, ignora o trabalho e responsabilidade, com leviandade dominou governantes, burlou a vigilância do pai e subornou empregados. Na vida mundana engravidou sem casar e tenta se livrar do feto, companheiro do passado, que busca redenção através da encarnação. Cecília não aceita o socorro espiritual. Buscou médicos para abortar, mas o plano espiritual interviu de forma a impedir que lograsse êxito. Desvairada usou drogas venenosas e tinha convulsões. Estava acompanhada de uma enfermeira, menos sensível a dor alheia. A mãe a protegia impedindo acesso de entidades perturbadoras no recinto.

Cecília enfocando os aspectos sociais, vibrava ódio pelo feto de 4 meses e este implorava para que esta não lhe tirasse a vida e lhe prometia amor. A mãe falava a alma de Cecília, durante o sono, mostrando a importância da maternidade e de aceitar a vontade de Deus para que ficasse em vitoriosa paz. “o bem retifica sempre.” “todas as lutas terrenas chegam e passam; ainda que perdurem , não se eternizam.” E pede desculpas a filha pelo excesso de ternura que a despreparou para as dificuldades da vida adulta. Cecília volta ao corpo, enlouquecida, solicita intervenção da enfermeira que retira parte do feto. O feto transforma-se em verdugo de Cecília e provoca hemorragia intensa, prejudicando ainda o coração e sistema nervoso. Calderaro orava e grupo de amigos espirituais vieram em auxilio da mãe que permanecia com a filha que iria desencarnar em processo de obsessão recíproca com o verdugo.

11) SEXO

André e Calderaro estão em centro de estudos para mensageiros, onde amigos reúnem-se uma vez por semana informações uteis ao ministério de auxílio aos homens. Haviam 200 espíritos. O mensageiro falava:

Nas causas da loucura no plano físico ou espiritual a ignorância quanto à conduta sexual é um dos fatores mais decisivos. A sede de sexo não se acha no corpo, mas na alma.

“Assim como se submete o diamante ao disco do lapidário para atingir o pedestal da beleza, assim também o instinto sexual, para coroar-se com as glórias do êxtase, há que dobrar-se aos imperativos da responsabilidade, às exigências da disciplina, aos ditames da renúncia.”

Mas “ não desejamos preconizar no mundo normas rigoristas de virtude artificial, nem favorecer regime de relações inconscientes.”

Devido à incompreensão sexual, há incontáveis crimes e processos de loucura. Nos hospícios só os que chegaram no fundo do poço vencidos, mas nos lares há milhões de semi loucos.

O ciúme, insatisfação, desentendimento, incontinência e leviandade alastram o desequilíbrio. Podemos ter compreensão mais ampla, amor espiritualizado. Insta fugir as aberrações e excessos.

. Impossível resolver o assunto em caráter definitivo sem as noções de reparação, evolução, eternidade, responsabilidade. Além de descobrir os males psíquicos relativos ao desregramento sexual e preciso remediá-los. Libertar a mente das malhas do instinto e promover o amor santificante

12) ESTRANHA ENFERMIDADE

André e Calderaro foram ao encontro de humilde entidade em vigília de seu parente Fabrício, o qual sofre de angustia, inquietação, mas ainda não está integralmente desequilibrado, atualmente apresentava neurastenia cérebro -cardíaca,embora fosse no plano espiritual classificado como esquizofrênico. Fabrício tinha imagens torturantes na memória, lembrava um velhinho agonizante que lhe recomendava assistência a 3 jovens, seus irmãos. Calderaro o confortou com magnetismo.

Fabrício não comia, devido aos analgésicos tinha comprometimento orgânico. Ele havia abandonado os irmãos que desencarnaram doentes e pobres, se apropriando da herança. Se Fabrício lembrava do passado sua consciência exigia reparação e se fixava o presente não ficava tranquilo. Procurou os irmãos tardiamente e estes já haviam desencarnado.

Fabrício passou a ver perseguidores, ignorando os recursos da providencia, em independência destrutiva. Não havia esperança para ele. A missão era dar lhe morte digna, antes de perder a razão, pois ele mão tem direito de ferir a família formada de espíritos de boa vontade. Calderaro preparou acesso a trombose.

Fabrício pediu para ver Fabricinho, seu neto, e lhe perguntou ao menino se Deus poderia perdoa-lo, ao que menino afirmou que Deus perdoa sempre e prometeu ao avô orar por ele após a morte. Fabricinho era o pai de Fabrício reencarnado que iria assumir mais trade a direção dos negócios.

Fabrício sofrerá no plano espiritual para sua regeneração, ao final da qual poderá regressar a carne.

13) PSICOSE AFETIVA

André e Calderaro entraram em casa confortável e modesta onde encontraram varias entidades infelizes. Antonina esta em pranto conpulsivo. Ela era órfã de pai e começou a trabalhar aos 8 anos para sustentar a mãe e a irmã, assim passou toda a infância e juventude. A mãe desencarnou quando ela tinha 20 anos. Antonina passou a sacrificar-se pela irmã, que casou com individuo preguiçoso, bêbado e violento, o que a obrigou a permanecer ao lado da irmã para ajudar a criar seus 4 sobrinhos.

Antonina então conheceu Gustavo e passou a ajudá-lo durante os 7 anos de faculdade de medicina, sonhando com matrimônio. Quando Gustavo se formou achou que merecia companheira melhor e humilhou Antonia com frieza e repulsa.

Antonina obteve veneno e pretendia suicidar-se .Sentia que Deus fora injusto. Ela estava desajustada, sem rumo, quase louca. Calderaro a fez dormir, aplicando fluidos calmantes. Passado um tempo, Antonina quase desligada do corpo encontra a mãe Mariana e Marcio, um espírito iluminado ligado a Antonina. Antonina pedia a morte do corpo , quando forte emoção sentiu ao ver Marcio que lembrou o amparo bondoso do plano espiritual que a ninguém abandona, portanto não havia motivo para sentir-se só. Marcio diz a Antonina que ela deveria receber as vantagens da solidão física e honrar seus deveres, amar os que sofrem, se não pode amar um homem, dedicar-se ao amor fraternal. E aconselhou: se você ama Gustavo de verdade, tenha força para esperar encontro com sua alma fora da carne.

“por que razão esperar os rebentos da carne para exemplificar o verdadeiro amor? Jesus não os teve, e, no entanto, todos nos sentimos tutelados de sua infinita abnegação.”

14) MEDIDA SALVADORA

Um companheiro aproximou-se de André e Calderaro e comentou que Antídio havia novamente se vinculado a elementos inferiores, por meio da insistência no álcool, mesmo após melhora obtida com a ajuda plano espiritual que reestabeleceu suas forças. Ele tinha 45 anos e estava quase louco, tinha pesadelos terríveis. Após estudar o caso, Calderaro propôs acentuar a desarmonia do corpo.

Antídio estava em salão de dança, onde pessoas alegres estavam cercadas de espíritos perversos, dados a vampirismo e sarcasmo. André queria saber se a alegria seria falta grave. Calderaro esclareceu:“ a alegria legítima é sublime herança de Deus.”Porém as atitudes primitivas dos presentes não deveriam ser recriminadas, apenas lastimadas. Enquanto dançam, eles deixam de cometer atos condenáveis.

Antídio estava tremendo, pois há uma semana tinha voltado ao vício, com isso veio o esgotamento. Ao redor dele 4 entidades absorviam a s emanações alcoólicas como se Antídio fosse apenas um copo. Calderaro aplicava fluidos magnéticos e ele, semi desligado do corpo passou a ver as entidades infelizes que se apresentavam como víboras, morcegos. Antídio apavorado, passou a pedir socorro e se incomodar com a atitude sarcástica e irônica das entidades. Atendendo as preces da família, Calderaro o fez ter uma nevrose cardíaca, para salvá-lo do hospício e deixá-lo doente por 2 a 3 meses, sofrendo dores na carne mas restituindo devagar a vontade de viver dignamente.

“As mesmas Forças Divinas que concedem ao homem a brisa cariciosa, infligem-lhe a tempestade devastadora. Uma e outra, porém, são elementos indispensáveis à glória da vida.”

15) APELO CRISTÃO

Na véspera da visita de André as cavernas, ele foi ouvir Eusébio que se dirigia a grupo de poucas centenas encarnados católicos-romanos e protestantes. A plateia tinha indivíduos menos dogmáticos, portadores de virtudes, que estavam desligados do corpo durante o sono. Eles se sentiam no paraíso. Eusébio falava que a bondade divina desconhece privilégios, para usufruí-la basta seguir o mestre do amor, Jesus, livrando-se do egoísmo, pois

“Jesus não impôs aos seus seguidores normas rígidas de ação: pedia-lhes amor e entendimento, fé sincera e bom animo para serviços edificantes.” Aguardar o céu menosprezando a terra é insensatez . o irmão caído é nossa carga preciosa, a dificuldade nosso incentivo santo, a dor nossa escola purificadora.

16) ALIENADOS MENTAIS

André e Calderaro foram a hospício na crosta. Calderaro explicou que, com execeção dos casos orgânicos, “o louco é alguém que procurou forçar a libertação do aprendizado terrestre, por indisciplina ou ignorância.” Temos um tipo de suicídio dissimulado, a auto-eliminação da harmonia mental, pela inconformação da alma nos quadros de luta. Diante do obstáculo, as pessoas se entregam a perturbação destruidora, ficam desesperados e descontentes e transformam-se em doentes mentais.

Uma velha louca dizia ser uma marquesa perseguida pela família. Calderaro observou que a maioria sofria de padecimentos expiatórios, são alienados que fogem da realidade, atendendo a situações do passado sem mais razão de ser. Eles fixam suas mentes nas zonas mais baixas da personalidade. Outra doente dizia odiar o marido que queria vê-la.

Um homem esquizofrênico, João, não apresentada possibilidade de recomposição. Em outra vida, ele exerceu magnetismo pessoal para impor sofrimento as mulheres, espíritos que hoje o perseguem.

Calderaro alertou André que nada poderia ser feito por eles e mencionou que em alguns casos a loucura é prova retificadora, porém 90% dos casos de loucura decorrem de falta grave. A desarmonia pode durar várias existências

Em seguida encontraram dois velhinhos em diálogo desconexo. Não haviam prestados trabalhos construtivos, então sentiam os fenômenos senis do corpo entristecer ainda mais a saúde espiritual.

17) NO LIMIAR DAS CAVERNAS

André e Calderaro estavam acompanhados de comissão de sete socorristas, quando Cipriana questionou a ida de André às cavernas, pois ela não poderia admiti-lo na excursão, pois André não tinha o curso de assistência aos sofredores de sombra espessa, mas como Eusébio havia recomendado a participação de André, Cipriana achou por bem deixar André com Calderaro, sem descerem a níveis mais baixos.

André e Calderaro passaram por planície pantanosa com nevoeiro intenso,onde muitos espíritos estavam em desordem e agiam como loucos.

Certos grupos, dotados de inteligência conseguiam volitar a pequena altura e outros pareciam chumbados ao solo.

Calderaro esclareceu que alguns espíritos podiam vê-los e mesmo ali haviam postos de socorro e escolas para resgate desses verdadeiros criminosos e que nada lhes faltava para subexistência. O local estava repleto de loucos que fixaram a mente nas zonas mais baixas do ser, que cometeram faltas graves.

Calderaro lembrou André que ele já havia visto espíritos perturbados, outros guardados como múmias, mas que pouco a pouco se erguem. Porém naquele local haviam muitos loucos inteligentes que atraíam-se mutuamente, sofriam sua própria cegueira intima, prisioneiros de si mesmos, com estado mental igual ao que se encontravam no momento da morte física, incapazes de sentir amor e ainda perturbados pelos desequilíbrios dos espíritos que os cercavam. Dali saía a maior parte das encarnações dolorosas submetidas a provas ríspidas.

Nenhuma palavra de luz poderia germinar neste terreno infértil.

18) VELHA AFEIÇÃO

André e Calderaro se depararam com grupo de velhinhos que alucinados achavam que o lodo que os circundava era ouro e temiam ladrões e desejavam retornar aos seus lares levando a riqueza, pois enquanto encarnados, foram avarentos enlouquecidos pela cede de possuir. Um deles perguntou ao grupo se a situação era real ou estavam em um pesadelo, dado o tempo em que estavam fora de casa, André reconheceu o espírito, era seu avô paterno Claudio. André lembrava que o avô só se acalmava na presença de André menino, para quem guardou montante a fim de custear seus estudos para que se tornasse médico.

Calderaro permitiu que André resgatasse Claudio, já sabia da importância da tarefa. André fez-se ver por Claudio e explicou que este havia desencarnado há 40 anos, lembrando o de seu excessivo apego à matéria, mostrou a ilusão em que se encontrava. Claudio confessou que abandou Ismênia sua irmã, descumprindo a promessa que havia feito ao pai. Sentia só e tinha medo. Claudio julgou ser lembrado apenas por André, seu neto. Claudio tinha esperança de que seu neto honrasse seu diploma de médico tornando-se útil e servidor do próximo. Mas André sentia que não havia honrado o avô, sentia-se em débito com ele. André revela-se a Claudio e o envolve em seus braços.

19) REAPROXIMAÇÃO

Cipriana regressa e está feliz com o ocorrido. Interrogando Claudio, ela percebe que este deveria reencarnar e viver em pobreza extrema e em trabalho intenso.

Ismênia estava encarnada e era na crosta jovem, bisneta de Ismênia, morava em modesto lar em Bangu, tinha cinco irmãos, trabalhava na indústria de tecelagem e estava noiva de Nicanor, pedreiro. Os dois não haviam se casado ainda por falta de condições financeiras. Desprendida do corpo durante o sono, a jovem dialoga com Cipriana, que decide levá-la ao encontro de Claudio. Cipriana a cobre com um véu para poupá-la das imagens fortes existentes ao redor do posto de socorro, onde Claudio deveria permanecer por mais 2 anos, preparando-se para as futuras provas de sua encarnação.

Claudio e Ismênia (no perispírito jovem) conciliaram-se e Cipriana propõe que ela o receba como filho, para que este resgate seus débitos. Ismênia aceitou com boa vontade, desejando torná-lo pedreiro como o pai.

20) NO LAR DE CIPRIANA

André e Calderaro visitaram nas zonas inferiores a fundação chamada Lar de Cipriana, uma casa socorrista, de comunidade não pequena, formada por homens e mulheres de aspecto semelhante aos encarnados, sem luminosa expressão. Cipriana passava ali, aquele grande centro de trabalho, grande parte de seu tempo. A fundação era uma escola de reajustamento anímico, de auto-reconhecimento e preparação para indivíduos de boa fé. A organização funcionava sob vigilância dos próprios companheiros que a cada dia melhoravam, pois os colaboradores buscavam o esquecimento do mal, a valorização do bem e esperança em Deus.

Cipriana interage com os companheiros de forma amorosa e assegura a André que o plano traçado para Claudio dará certo, pois haverá amparo à Ismênia. Cipriana faz bela prece e se despede de André com um conselho:

“Que o pai te abençoe. Nunca te esqueça a bondade no desempenho de qualquer obrigação.”

RESUMO FEITO PELA ANA CECÍLIA

* POR GENTILEZA MANTER OS CRÉDITOS DO TEXTO


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Dica de Leitura - "Casos e descasos - na casa espírita"

Casos e Descasos na Casa Espírita reúne histórias que nos ajudam a refletir sobre as dificuldades ocorridas no ambiente da instituição espírita.


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Educação

CONCEITO — A educação é base para a vida em comunidade, por meio de legítimos processos de aprendizagem que fomentam as motivações de crescimento e evolução do indivíduo.
Não apenas um preparo para a vida, mediante a transferência de conhecimentos pelos métodos da aprendizagem. Antes é um processo de desenvolvimento de experiências, no qual educador e educando desdobram as aptidões inatas, aprimorando-as como recursos para a utilização consciente, nas múltiplas oportunidades da existência.

Objetivada como intercâmbio de aprendizagens, merece considerá-la nas matérias, nos métodos e fins, quando se restringe à instrução. Não somente a formar hábitos e desenvolver o intelecto, deve dedicar-se a educação, mas, sobretudo, realizar um continuum permanente, em que as experiências por não cessarem se fixam ou se reformulam, tendo em conta as necessidades da convivência em sociedade e da auto-realização do educando.

Os métodos na experiência educacional devem ser consentâneos às condições mentais e emocionais do aprendiz. Em vez de se lhe impingir, por meio do processo repetitivo, os conhecimentos adquiridos, o educador há de motivá-lo às próprias descobertas, com ele crescendo, de modo que a sua contribuição não seja o resultado do pronto e concluído”, processo que, segundo a experiência de alguns, “deu certo até aqui.

Na aplicação dos métodos e escolha das matérias merece considerar as qualidades do educador, sejam de natureza intelectual ou emocional e Psicológica, como de caráter afetivo ou sentimental.

Os fins, sem dúvida, estão além das linhas da escolaridade. Erguem-se como permanente etapa a culminar na razão do crescimento do indivíduo, sempre além, até transcenderse na realidade espiritual do porvir.

A criança não é um “adulto miniaturizado”, nem uma cera plástica”, facilmente moldável.

Trata-se de um espírito em recomeço, momentaneamente em esquecimento das realizações positivas e negativas que traz das vidas pretéritas, empenhado na conquista da felicidade.

Redescobrindo o mundo e se reidentificando, tende a repetir atitudes e atividades familiares em que se comprazia antes, ou através das quais sucumbiu.

Tendências, aptidões, percepções são lembranças evocadas inconscientemente que renascem em forma de impressões atraentes, dominantes, assim como limitações, repulsas, frustrações, agressividade e psicoses constituem impositivos constritores ou restritivos — não poucas vezes dolorosos — de que se utilizam as Leis Divinas para corrigir e disciplinar o rebelde que, apesar da manifestação física em período infantil, é espírito relapso, mais de uma vez acumpliciado com o erro, a ele fortemente vinculado, em fracassos morais sucessivos.

Ao educador, além do currículo a que se deve submeter, são indispensáveis os conhecimentos da psicologia infantil, das leis da reencarnação, alta compreensão afetiva junto aos problemas naturais de processus educativo e harmonia interior, valores esses capazes de auxiliar eficientemente a experiência educacional.

As leis da reencarnação quando conhecidas, penetradas necessariamente e aplicadas, conseguem elucidar os mais intrincados enigmas que defronta o educador no processo educativo, isto porque, sem elucidação bastante ampla, nem sempre exitosas, hão redundado as mais avançadas técnicas e modernas experiências.

A instrução é setor da educação, na qual os valores do intelecto encontram necessário cultivo.

A educação, porém, abrange área muito grande, na quase totalidade da vida. No período de formação do homem é pedra fundamental, por isso que ao instituto da família compete a indeclinável tarefa, porqüanto pela educação, e não pela instrução apenas, se dará a transformação do indivíduo e conseqüentemente da Humanidade.

No lar assentam os alicerces legítimos da educação, que se transladam para a escola que tem a finalidade de continuar aquele mister, de par com a contribuição intelectual, as experiências sociais...

O lar constrói o homem.

A escola forma o cidadão.

DESENVOLVIMENTO — A escola tradicional fundamentada no rigor da transmissão dos conhecimentos elaborava métodos repetitivos de imposição, mediante o desgoverno da força, sem abrir oportunidades ao aprendiz de formular as próprias experiências, mediante o redescobrimento da vida e do mundo.

O educador, utilizando-se da posição de semideus, fazia-se um simples repetidor das expressões culturais ancestrais, asfixiando as germinações dos interesses novos no educando e matando-as, como recalcando por imposição os sentimentos formosos e nobres, ao tempo em que assinalava irremediavelmente de forma negativa os que recomeçavam a vida física sob o abençoado impositivo da reencarnação.

Expunha-se o conhecimento, impondo-o.

Com a escola progressiva, porém, surgiu mais ampla visão, em torno da problemática da educação, e o educando passou a merecer o necessário respeito, de modo a desdobrar Possibilidades próprias, fomentando intercâmbios experienciais a benefício de mais valiosa aprendizagem.

Não mais a fixidez tradicional, porém os métodos móveis da Oportunidade criativa.

Atualizada através de experiências de liberdade exagerada graças á técnica da enfática da própria liberdade —, vem pecando pela libertinagem que enseja, porqüanto, em se fundamentando em filosofias materialistas, não percebe no educando um espírito em árdua luta de evolução, mas um corpo e uma mente novos a armazenarem num cérebro em formação e desenvolvimento a herança cultural do passado e as aquisições do presente, com hora marcada para o aniquilamento após a transposição do portal do túmulo...

Nesse sentido, Conturbadas e infelizes redundaram as tentativas mais modernas no campo educacional, produzindo larga e expressiva faixa de jovens desajustados, inquietos, Indisciplinados, quais a multidão que ora desfila, com raras exceções, a um passo da alucinação e do Suicídio.

Inegavelmente na educação a liberdade é primacial, porém com responsabilidade, a fim de que as conquistas se incorporem nos seus efeitos ao educando, que os ressarcirá quando negativos, como os fruirá em bemestares quando Positivos.

Nesse sentido, nem agressão nem abandono ao educando. Nem severidade exagerada nem negligência contumaz. Antes, técnicas de amor, através de convivência digna, assistência fraternal e programa de experiências vividas, atuantes, em tarefas dinâmicas.

ESPIRITISMO E EDUCAÇÃO — Doutrina eminentemente racional, o Espiritismo dispõe de vigorosos recursos para a edificação do templo da educação, porqüanto penetra nas raízes da vida, jornadeando com o espírito através dos tempos, de modo a elucidar recalques, neuroses, distonias que repontam desde os primeiros dias da conjuntura carnal, a se fixarem no carro somático para complexas provas ou expiações.

Considerando os fatores preponderantes como os secundários que atuam e desorganizam os implementos físicos e psíquicos, eqüaciona como problemas obsessivos as conjunturas em que padecem os trânsfugas da
responsabilidade, agora travestidos em roupagem nova, reencetando tarefas, repetindo experiências para a libertação.

A educação encontra no Espiritismo respostas precisas para melhor compreensão do educando e maior eficiência do educador no labor produtivo de ensinar a viver, oferecendo os instrumentos do conhecimento e da serenidade, da cultura e da experiência aos reiniciantes do sublime caminho redentor, através dos quais os tornam homens voltados para Deus, o bem e o próximo.

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Joanna de Ângelis

ESTUDO E MEDITAÇÃO:

(...) A educação, convenientemente entendida, constitui a chave do progresso moral.

Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres, como se conhece a de manejar as inteligências, conseguir-se-á corrigi-los, do mesmo modo que se aprumam plantas novas. Essa arte, porém, exige muito tato, muita experiência e profunda observação (...)

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 917).

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“Desde pequena, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho (...)”

(O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo 14º, item 9).  

 Do livro "S.O.S.Família", pelo Espírito Joanna de Angelis, Psicografia Divaldo Pereira Franco

Deveres dos Pais

Por impositivo da sabedoria divina, no homem a infância demora maior período do que em outro animal qualquer.

Isto, porque, enquanto o Espírito assume, a pouco e pouco, o controle da organização fisiológica de que se serve para o processo evolutivo, mais fácil se fazem as possibilidades para a fixação da aprendizagem e a aquisição dos hábitos que o nortearão por toda a existência planetária.

Como decorrência, grande tarefa se reserva aos pais no que tange aos valores da educação, deveres que não podem ser postergados sob pena de lamentáveis conseqüências.

Os filhos — esse patrimônio superior que a Divindade concede por empréstimo —, através dos liames que a consangüinidade enseja, facultam o reajustamento emocional de Espíritos antipáticos entre si, a sublimação de afeições entre os que já se amam, o caldeamento de experiências e o delinear de programas de difícil estruturação evolutiva, pelo que merecem todo um investimento de amor, de vigilância e de sacrifício por parte dos genitores.

A união conjugal propiciatória da prole edificada em requisitos legais e morais constitui motivo relevante, que não deve ser confundida com as experiências do prazer, que se podem abandonar em face de qualquer
conjuntura que exige reflexão, entendimento e renúncia de algum ou de ambos nubentes.

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Os deveres dos pais em relação aos filhos estão inscritos na consciência.

Evidentemente as técnicas Psicológicas e a metodologia da educação tornam-se fatores nobres para o êxito desse cometimento Entretanto, o amor — que tem escasseado nos processos modernos da educação com
lamentáveis resultados — possui os elementos essenciais para o feliz desiderato.

No compromisso do amor, estão evidentes o Companheirismo o diálogo franco, a solidariedade, a indulgência e a energia moral de que necessitam os filhos, no longo processo da aquisição dos valores éticos, espirituais, intelectuais e sociais.

No lar, em conseqüência, prossegue sendo na atualidade de fundamental importância no complexo mecanismo da educação.

Nesse sentido, é de essencial relevância a lição dos exemplos, a par da assistência constante de que necessitam os caracteres em formação, argila plástica que deve ser bem modelada.

No capítulo da liberdade, esse fator basilar, nunca deixar esquecido o dever da responsabilidade. Liberdade de ação e responsabilidade dos atos, ajudando no discernimento desde cedo entre o que se deve, Convém e se pode realizar.

Plasma, na personalidade em delineamento do filhinho, os hábitos salutares.

Diante dele, frágil de aparência, tem em mente que se trata de um Espírito comprometido com a retaguarda, que recomeça a experiência a penates, e que muito depende de ti.

Nem o excesso de severidade para com ele, nem o acúmulo de receios injustificados, em relação a ele, ou a exagerada soma de aflição por ele.

Fala-lhe de Deus sem cessar e ilumina-lhe a consciência com a flama da fé rutilante, que lhe deve lucilar no íntimo como farol de bênçãos para todas as circunstâncias.

Ensina-lhe a humildade ante a grandeza da vida e o respeito a todos, como valorização preciosa das concessões divinas.

O que lhe não concedas por negligência, ele te cobrará depois...

Se não dispões de maiores ou mais valiosos recursos para dar-lhe, ele saberá reconhecer, e, por isso, mais te amará.

Todavia, se olvidaste de ofertar-lhe o melhor ao teu alcance também ele compreenderá e, quiçá, reagirá de forma desagradável.

Os pais educam para a sociedade, quanto para si mesmos.

Examina a tua vida e dela retira as experiências com que possas brindar a  tua prole.

Tens conquistas pessoais, porqüanto já trilhaste o caminho da infância, da adolescência e sabes de moto próprio discernir entre os erros e acertos dos teus educadores, identificando o que de melhor possuis para dar.

Não te poupes esforços na educação dos filhos.

Os pais assumem desde antes do berço com aqueles que receberão na condição de filhos compromissos e deveres que devem ser exercidos, desde que serão, também, por sua vez, meios de redenção pessoal perante a consciência individual e a Cósmica que rege os fenômenos da vida, nos quais todos estamos mergulhados.

Do livro "S.O.S.Família", pelo Espírito Joanna de Ângelis, Psicografia Divaldo Pereira Franco

Estudo Evangélico no Lar

Na expressiva república do lar, onde se produzem as experiências de sublimação, estabelece o estatuto do Evangelho de Jesus como diretriz de segurança e legislação de sabedoria, a fim de equilibrares e conduzires com retidão os que aí habitam em clima familial.

Semanalmente, em regime de pontualidade e regularidade, abre as páginas ulgurantes onde estão insculpidos os “ditos do Senhor” e estuda com o teu grupo doméstico as sempre atuais lições que convidam a maduras ponderações, de imediata utilidade.

Haurirás inusitado vigor que te fortalecerá do íntimo para o exterior, concitando-te à alegria.

Compartirás, no exame das questões sempre novas na pauta dos estudos, dos problemas que inquietam os filhos e demais membros do clã, encontrando, pela inspiração que fluirá abundante, soluções oportunas e simples para as complexas dificuldades, debatendo com franqueza e honestidade as limitações e os impedimentos, que não raro geram atrito, estimulando animosidade no conserto de reparação na intimidade doméstica.

Penetrarás elucidações dantes não alcançadas, robustecendo o espírito para as conjunturas difíceis em que transitarás inevitavelmente.

Ensejar-te-ás diálogos agradáveis sob a diamantina claridade da fé e a balsâmica medicação da paz, estabelecendo vigorõsos liames de entrosamento anímico e fraternal entre os participantes do ágape espiritual.

Dramas que surgem na família; incompreensões que se agravam; urdiduras traiçoeiras; pessoas em rampa de perigo iminente; enfermidades em fixação; cerco obsessivo constritor; suspeitas em desdobramento pernicioso; angústias em crises a caminho do autocídio; inquietações de vária ordem em painéis de agressividade ou loucura recebem no culto evangélico do lar o indispensável antídoto com as conseqüentes reservas de esclarecimento e coragem para dirimir equívocos, finalizar perturbações, predispor à paz e ajudar nos embates todos quantos aspirem à renovação, entusiasmo e liberdade.

Onde se acende uma lâmpada, coloca-se um impedimento à sombra e à desfaçatez...

No lugar em que a ordem elabora esquema de produtividade, escasseia a incúria e se debilita a estroinice.

O convite do Evangelho, portanto, — lâmpada sublime e lei dignificante — tem caráter primeiro.

Da mesma forma que a enxada operosa requisita braços diligentes e a terra abençoada espera serviço de proteção e cultivo, a lavoura do bem entre os homens exige trabalho contínuo e operários especializados.

Começa, desse modo, na família, a tua obra de extensão à fraternidade geral.

Inconseqüente arregimentar esforços de salvação externa e falires na intimidade doméstica, adiando compromissos.

Faze o indispensável, da tua parte, todavia, se os teus se negarem compartir o ministério a que te propões, a sós, reservadamente na limitação da tua peça de dormir, instala a primeira lâmpada de estudo evangélico e porfia...

Se, todavia, os teus filhos estiverem, ainda, sob a tua tutela, não creias na validade do conceito de deixá-los ir, sem religião, sem Deus... Como lhes dás agasalho e pão, medicamento e Instrução vestuário e moedas, oferta-lhes igualmente o alimento espiritual, semeando no solo dos SeUS espíritos as estrelas da fé, que hoje ou mais tarde se transformarão na única fortuna de que disporão, ante o inevitável trânsito para o país do além-túmulo..

Não te descures.

A noite da oração em família, do estudo cristão no lar, é a festiva Oportunidade de conviver algumas horas com os Espíritos da Luz que virão ajudar-te nas provações Purificadoras, em nome daquele que é o Benfeitor vigilante e Amigo de todos nós.

Do livro "S.O.S Família", peo Espírito Joanna de Ângelis, Psicografia Divaldo Pereira Franco

Jesus Contigo

Dedica uma das sete noites da semana ao Culto Evangélico no Lar, a fim


de que Jesus possa pernoitar em tua casa.

Prepara a mesa, coloca água pura, abre o Evangelho, distende a

mensagem da fé, enlaça a família e ora. Jesus virá em visita.

Quando o Lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu.

Quando a família ora, Jesus se demora em casa. Quando os corações se

unem nos liames da Fé, o equilíbrio oferta bênçãos de consolo e a saúde

derrama vinho de paz para todos.

Jesus no Lar é vida para o Lar.

Não aguardes que o mundo te leve a certeza do bem invariável. Distende,

da tua casa cristã, a luz do Evangelho para o mundo atormentado.

Quando uma família ora em casa, reunida nas blandícias do Evangelho,

toda a rua recebe o benefício da comunhão com o Alto.

Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Céus a prece da

comunhão em família, todo o edifício se beneficia, qual lâmpada ignorada,

acesa na ventania.

Não te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus familiares.

Continua orando fiel, estudando com os teus filhos e com aqueles a quem amas as diretrizes do Mestre e, quanto possível, debate os problemas que te afligem à luz clara da mensagem da Boa Nova e examina as dificuldades que te perturbam ante a inspiração consoladora do Cristo. Não demandes a rua, nessa noite, senão para os inevitáveis deveres que não possas adiar. Demorate no Lar para que o divino Hóspede aí também se possa demorar.

E quando as luzes se apagarem à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, como Ele procura fazer, a fim de que, ligado a ti, possas, em casa, uma vez por semana em sete noites, ter Jesus contigo.

Do livro "S.O.S Família", pelo Espírito Joanna de Ângelis, Psicografia Divaldo Pereira Franco

Cristo em Casa

Contrapondo-se à onda crescente da loucura que irrompe avassaladora de toda parte e domina penetrando os lares e os destroçando, o Evangelho de Jesus, hoje como no passado, abre larga faixa para a esperança, facultando a visão de um futuro promissor onde os desassossegos do coração não terão ensejo de medrar.

A par da lascívia e do moderno comércio do erotismo, que consomem as mais elevadas aspirações humanas na indústria da devassidão, as sementes luminosas da Boa Nova, plantadas na intimidade do conjunto familiar, desdobram-se em embriões de amor que enriquecem os espíritos de paz, recuperando os homens portadores das enfermidades espirituais de longo curso e medicando-os com as dádivas da saúde.

Enquanto campeia a caça desassisada aos estupefacientes e barbitúricos, aos narcóticos e aos excessos do sexo em desalinho, a mensagem do Reino de Deus cada semana, na família, representa remédio valioso que consegue recompor das distonias psíquicas aqueles que jazem anestesiados sob o jugo de forças ultrizes e vingadoras de existências pretéritas.

Há mais enfermos no mundo do que se supõe que existam. Isto porque, no reduto familiar raramente fecundam a conversação edificante, o entendimento fraterno, a tolerância geral, o amor desinteressado... Vinculados por compromissos vigorosos para a própria evolução, os Espíritos reencarnam-se no mesmo grupo cromossomático, endividados entre si, para o necessário reajustamento, trazendo nos refolhos da memória espiritual as recordações traumáticas e as lembranças nefastas, deixando-se arrastar, invariavelmente, a complexos processos de obsessão recíproca, graças ao ódio mantido, às animosidades conservadas e nutridas com as altas contribuições da rebeldia e da violência.

Em razão disso, o desrespeito grassa, a revolta se instala, a indiferença insiste e a aversão assoma...

A família, em tais circunstâncias, se transforma em palco de tragédias sucessivas, quando não se faz aduana de traições e insídias...

Estimulando os desajustes que se encontram inatos nos grupos da consangüinidade, a hodierna técnica da comunicação malsã tem conspirado poderosamente contra a paz do lar e a felicidade dos homens.

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Cristo, porém, quando se adentra pelo portal do lar, modifica a paisagem espiritual do recinto.

As cargas de vibrações deletérias, os miasmas da intolerância, os tóxicos nauseantes da ira, as palavras azedas vão rareando, ao suave-doce contágio do Seu  se modificam as expressões da desarmonia e do desconforto, produzindo natural condição de entendimento, de alegria, de refazimento.

Cristo no lar significa comunhão da esperança com o amor.

A Sua presença produz sinais evidentes de paz, e aqueles que antes experimentavam repulsa pelo ajuntamento doméstico descobrem Sintomas de identificação, necessidade de auxílio mútuo.

Com Jesus em casa acendemse as claridades para o futuro, a iluminar as sombras que campeiam desde agora.

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Abre o “livro da vida” e medita nos “ditos do Senhor” pelo menos uma vez na semana, entre aqueles que vivem Contigo em conúbio familiar. Mergulha a mente nas suas lições, embriaga o espírito na esperança, sobre a água lustral da “fonte viva” generosa e abundante, esquece os painéis tumultuados que são habituais e marcha na direção da alegria.

Se não consegues a companhia dos que te repartem a consangüinidade para tal ministério, não desfaleças. Faze-o, assim mesmo.

Se assomam óbices inesperados não descoroçoes, insistindo, ainda assim.

Se surpresas infelizes Conspiram à hora do teu encontro semanal com Ele, não desesperes e retoma as tentativas, perseverando Quando Cristo penetra a alma do discípulo, refá-la, quando visita a família em prece, sustenta-a.

Faze do teu lar um santuário onde se possa aspirar o aroma da felicidade e fruir o néctar da paz.

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Sob o dossel das estrelas, no passado, o Senhor, enquanto conosco, instaurou nos lares humildes dos discípulos o convívio da prece, da palestra edificante, inaugurando a era da convivência pacífica, da discussão produtiva, do intercâmbio com o Mundo Excelso...

Abrindo-lhe o lar uma vez que seja, em cada sete dias, experimentarás com Ele a inexcedível ventura de aprender a amar para bem servir e crescer para a liberdade que nos alçará além e acima das próprias limitações, integrando-nos na família universal em nome do Amor de Nosso Pai.

Do livro "S.O.S. Família", pelo Espírito Joanna de Ângelis, Psicografia Divaldo Pereira Franco

“Senhor, não sou digno de que entres em minha casa"

Mateus: capítulo 8º, versículo 8.

“Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia. Então, semelhantemente aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a adverti-los. O mundo está abalado em seus fundamentos; reboará o trovão. Sede firmes!”

Capítulo 1 — Item 10.

Espiritismo no Lar

“Deus permite que, nas famílias, ocorram essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para uns e, para outros, de meio de progresso.”

Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 4º — Ítem 18.

Todos sabemos valorizar o benefício de um copo dágua fria ou de uma ampola de injetável tranqüilizante, ofertados num momento de grande aflição.

Reconhecemos a bênção do alfabeto que nos descortina as belezas do conhecimento universal e bendizemos quem no-lo imprimiu nos recessos da mente.

Mantemos no carinho do espírito aqueles que nos ajudaram nos primeiros dias da reencarnação, oferecendo-nos amparo e amamentação.

Somos reconhecidos àqueles que nos nortearam em cada hora de dúvida e não esquecemos o coração que nos agasalhou nos instantes dificeis do caminho renovador...

Muitos há, no entanto, que desdenham e esquecem todos os benefícios que recebem durante a vida...

Há um inestimável benefício que te enriquece a existência na Terra: o conhecimento espírita.

Esse é guia dos teus passos, luz nas tuas sombras e pão na mesa das tuas necessidades.

Poucas vezes, porém, pensaste nisso.

Recebeste com o Espiritismo a clara manhã da alegria, quando carregavas noite nos painéis mentais e segues confiante, de passo firme, com ele a Conduzir-te qual mãe desvelada e fiel.

Se o amas, não o detenhas apenas em ti.

Faze mais. Não somente em propaganda “por fora” mas principalmente dentro do teu lar.

No lar se caldeiam os espíritos em luta diária nas tarefas de reajustamento e sublimação.

Na família os choques da renovação espiritual criam lampejos de Ódios e dissenção, que podes converter em clarões-convítes à paz.

Não percas a oportunidade de semear dentro de casa.

Apresenta a tua fé aos teus familiares mesmo que eles não queiram escutar.

Utiliza o tempo, a Psicologia da bondade e do otimismo e esparze as luminescências da palavra espírita no reduto doméstico.

Se te recusarem ensejo, apresenta-o, agindo.

Se te repudiarem conduze-o, desculpando.

Se te ferirem espalha-o amando.

Pelo menos, uma vez por semana, reúne a tua família e felicita-a com o Espiritismo, criando assim, e mantendo, o culto evangélico, para que a diretriz do Mestre seja eficiente rota de amor à sabedoria em tua casa...

Ali, na oportunidade, ouvidos desencarnados se imantarão aos ouvidos dos teus e escutarão; olhos atentos verão pelos olhos da tua família e se nublarão de pranto; mentes se ligarão às outras mentes e entenderão.. Sim, Ouvidos, olhos e mentes dos desencarnados que habitam a tua residência se acercarão da mesa de comunhão com o Senhor, recebendo o pão nutriente para os espíritos Perturbados através do combustível espírita que não é somente manancial para os homens da Terra, mas igualmente para os que atravessaram os portais do além-túmulo em doloroso estado de sofrimento e ignorância.

Agradece ao Espiritismo a felicidade que possuís, acendendo-o como chama inapagável no teu lar, para clarear os teus familiares por todos os dias.

O pão mantém o corpo.
O agasalho guarda o corpo.
O medicamento recupera o corpo.
O dinheiro acompanha o corpo.

Seja o Espiritismo em ti o corpo do teu espírito emboscado no teu corpo, a caminhar pelo tempo sem fim para a imortalidade gloriosa.

E se desejares felicidade na Terra, incorpora-O ao teu lar, criando um clima de felicidade geral.

Do livro "S.O.S Família", pelo Espírito Joanna de Ângelis, Psicografia de Divaldo Pereira Franco

Dentro do Lar

Famílias-problemas!...


Irmãos que se antagonizam...

Cônjuges em lamentáveis litígios...

Animosidades entre filho e pai, farpas filha e mãe...

Afetos conjugais que se desmantelam torvas acrimônias...

Sorrisos filiais que se transfiguram idiossincrasias e vinditas...

Tempestades verbais em discussões extemporâneas...

Agressões infelizes de conseqüências fatais...

Tragédias nas paredes estreitas das famílias...

Enfermidades rigorosas sob látegos de impiedosa maldade...

Mãos encanecidas sob tormentos de filhos dominados por ódios inomináveis.

Pais enfermos açoitados por filhas obsidiadas, em conúbios satânicos de reações violentas em cadeia de ira...

Irmãos dependentes sofrendo agressões e recebendo amargos pães, fabricados com vinagre e fel de queixa e recriminações...

Famílias em guerras tiranizantes, famílias-problemas!

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É da Lei Divina que o infrator renasça ligado à infração que o caracteriza.

A justiça celeste estabeleceu que a sementeira tem caráter espontâneo, mas a colheita tem impositivo de obrigatoriedade.

O esposo negligente de ontem, hoje recebe no lar a antiga companheira nas vestes de filha ingrata e maldizente.

A nubente atormentada, que no passado desrespeitou o lar, acolhe nos braços, no presente, o esposo traído vestindo as roupas de filho insidioso e cruel.

O companheiro do pretérito culposo se reivincula pela consangüinidade à vítima, desesperada, reencontrando-a em casa como irmão impenitente e odioso.

O braço açoitador se imobiliza sob vergastadas da loucura encarcerada nos trajos da família.

Desconsideração doutrora, desrespeito da atualidade.

Insânia gerando sandice e criminalidade alimentando aversões.

Chacais produzindo chacais.

Lobos tombando em armadilhas para lobos.

Cobradores reencarnados junto às dívidas, na província do instituto da família, dentro do lar.

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Acende a claridade do Evangelho no lar e ama a tua família-problema, exercitando humildade e resignação.

Preserva a paciência, elaborando o curso de amor nos exercícios diários do silêncio entre os panos da piedade para os que te compartem o ninho doméstico, revivendo os dias idos com execrandas carantonhas, sorvendo azedume e miasmas.

Não renasceste ali por circunstância anacrônica ou casual.

Não resides com uma família-problema por fator fortuito nem por engano dos Espíritos Egrégios.

Escolheste, antes do retorno ao veículo físico, aqueles que dividiriam contigo as aflições superlativas e os próprios desenganos.

Solicitaste a bênção da presença dos que te cercam em casa, para librares com segurança nos cimos para onde rumas.

Sem eles faltariam bases para os teus pés jornadeiros.

Sem a exigência deles, não serias digno de compartilhar a vilegiatura espiritual com os Amorosos Guias que te esperam.

São eles, os parentes severos nos trajos de verdugos inclementes, a lição de paciência que necessitas viver, aprendendo a amar os difíceis de amor para te candidatares ao Amor que a todos ama.

A mensagem espírita, que agora rutila no teu espírito transformado em farol de vivo amor e sabedoria, é o remédio-consolo para tuas dores no lar, o antídoto e o tratado de armistício para o campo de batalha onde esgrimas com as armas da fé e da bondade, apaziguando, compreendendo, desculpando, confiando em horas e dias melhores para o futuro...

Apóia-te ao bastão da certeza reencarnacionista, aproveita o padecimento ultriz, ajuda os verdugos da tua harmonia, mas dá-lhes a luz do conhecimento espírita para que, também eles, os problemas em si mesmos,
elucidem os próprios enigmas e dramas, rumando para experiências novas com o coração afervorado e o espírito tranqüilo.

Do livro "S.O.S. Família", pelo Espírito Joanna de Ângelis, Psicografia Divaldo Pereira Franco


Tarefas

Gostarias de servir, guindado porém, aos altos postos, e dirimirias muitas dificuldades, Solvendo os aflitivos problemas que esmagam o povo.
Preferirias atuar em relevantes compromissos, onde a própria atividade se convertesse em repressão ao crime de todos os matizes.
Desejarias abraçar missões especiais, no mundo das pesquisas científicas ou no campo das ciências sociais, abrindo horizontes claros para a Coletividade.
Pretenderias o trabalho nas altas esferas religiosas, comentando as necessidades das massas junto aos administradores do mundo e sugerindo roteiros iluminativos quanto libertadores.
Estimarias a liderança na Coletividade favorecido pelos recursos que enxergas nos outros, e lamentas serem inúteis onde se encontram...
No entanto, não sabes as lutas das posições frontais.
Desconheces, talvez, que todos eles, Convidados pelas leis a atenderem as dificuldades dos outros homens, são, igualmente, homens em dificuldade.
Atormentam-se, sofrem, choram e vivem com a máscara sobre o cariz, conforme os figurinos da política infeliz ou os modelos da cultura em abastardamento.
Lutam contra máquinas emperradas e odiosas.
Muitas vezes são vencidos.
Alçaram-se às culminâncias do poder sem base para os pés.
São iguais a ti mesmo.
A posição de relevo não faz o caráter reto.
A mudança de governo não opera repentina mudança de moral.
O problema social é mais complexo do que parece.
Podes, todavia, muito fazer. Não de cima, mas de onde te encontras.
O suntuoso palácio subalterniza-se ao alicerce que serve de apoio à construção.
Se o sacerdócio que anelas não te alcança o ideal, recorda que o lar é a escola da iniciação primeira para qualquer investidura. Todos aqueles que se notabilizaram, no mundo, passaram pelas mãos anônimas do domicílio familiar, onde se apagaram os pais e os mestres na extensão de sacrifícios grandiosos e desconhecidos.
A ferramenta humilde que rasga o solo onde repousará o monumento é irmã do buril que talhou a pedra.
A enxada gentil que prepara a terra é companheira da pena que sanciona as leis agrárias de justa distribuição de terrenos.
Todas as tarefas do bem são ministérios divinos em que devemos empenhar a vitalidade, sem esmorecimento nem reclamação.
Sem as mãos da humilde cozinheira, as mãos do sábio não poderiam movimentar o progresso humano...
Cumpre, pois, o dever que te cabe, com a alma em prece, e embora não sejas notado na Terra, demorando-te desconhecido, recorda que Jesus, até agora, é o Grande Servidor Anônimo, a ensinar-nos que a maior honra da vida é o privilégio de ajudar e passar adiante, servindo sempre e sem cansaço.

Do livro "S.O.S. Família", pelo Espírito Joanna de Ângelis, Psicografia Divaldo Pereira Franco

sábado, 4 de agosto de 2012

DEPRESSÕES

Se trazes o Espírito agoniado por sensações de pessimismo e tristeza, concede ligeira pausa a ti mesmo, no capítulo das próprias aflições, a fim de raciocinar.

***

Se alguém te ofendeu, desculpa.

Se feriste alguém, reconsidera a própria atitude.

Contratempos do mundo estarão constantemente no mundo, onde estiveres.

Parentes difíceis repontam de todo núcleo familiar.

Trabalho é Lei do Universo.

Disciplina é alicerce da educação.

Circunstâncias constrangedoras, assemelham-se a nuvens que aparecem no firmamento de qualquer clima.

Incompreensões com relação a caminhos e decisões que se adote são empeços e desafios, na experiência de quantos desejem equilíbrio e trabalho.

Agradar a todos, ao mesmo tempo, é realização impossível.

Separações e renovações representam imperativos inevitáveis do progresso espiritual.

Mudanças equivalem a tratamento da alma, para os ajustes e reajustes necessários à vida.

Conflitos íntimos atingem toda criatura que aspire a elevar-se.

Fracassos de hoje são lições para os acertos de amanhã.

Problemas enxameiam a existência de todos aqueles que não se acomodam com estagnação.

***

Compreendendo a realidade de toda pessoa que anseie por felicidade e paz, aperfeiçoamento e renovação, toda vez que sugestões de desânimo nos visitem a alma, retifiquemos em nós o que deva ser corrigido e abraçando o trabalho que a vida nos deu a realizar, prossigamos à frente.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

NOTA ESPÍRITA

Afirmaste, tantas vezes, sem dinheiro e que, por isso, não podes auxiliar.


Que ingratidão, ante a generosidade da vida!

Dizes que te faltam recursos para aliviar o doente e tuas mãos não podem balsamizar-lhes as feridas.

Proclamas que no dispões de finanças para escorar um amigo alienado mental, em tratamento em um sanatório, e, com teus olhos e ouvidos, conservas a possibilidade de transformar em valores de bem e mal que enxergues o escutes, imunizando muita gente contra a loucura.

Asseveras que no reténs os meios precisos para garantir a instrução de um companheiro na escola e possuis a palavra como instrumento de luz, capaz de rechaçar desentendimentos e sombras.

Alegas que não consegues remunerar o trabalhador habilitado para socorrer-te o trato de solo e deténs contigo o poder de plantar a semente assegurar a limpeza da fonte.

Trabalho inteligente é privilegio que a vida te confiou.

Os Espíritos Angélicos são realmente ministros de Deus que brilham nos Céus e fazem prodígios, executando tarefas gloriosas.

Não olvides, porém, que, a despeito de tuas falhas e imperfeições, em te confrontando com eles, junto de nossos irmãos da Terra, se quiseres servir, podes fazer muito mais.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito Albino Teixeira, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

AJUDA-TE HOJE

Sim, nas leis da reencarnação, quase todos nós, os filhos da Terra, temos o passado a resgatar, o presente a viver e o futuro a construir.

Lembremo-nos, assim, de que, nas concessões da Providência Divina, o nosso mais precioso lugar de trabalho chama-se “aqui” e o nosso melhor tempo chamase “agora”.

Detenhamo-nos, por isso, na importância das horas de hoje.

Ontem, perturbação.
Hoje, reequilíbrio.
Ontem, o poder transviado.
Hoje, a subalternidade edificante.
Ontem, a ostentação.
Hoje, o anonimato.
Ontem, a incompreensão.
Hoje, o entendimento.
Ontem, o desperdício.
Hoje, a parcimônia.
Ontem, a ociosidade.
Hoje, a diligência.
Ontem, a sombra.
Hoje, a luz.
Ontem, o arrependimento.
Hoje, a reconstrução.
Ontem, a violência.
Hoje, a harmonia.
Ontem, o ódio.
Hoje, o amor.

Diz-nos a sabedoria de todos os tempos — “Ajuda-te que o Céu te ajudará” —, afirmativa sublime que nos permitimos parafrasear, acentuando: “Ajuda-te hoje, que o Céu te ajudará sempre”.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito André Luiz, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

ABENÇOA E AUXILIA

A vida oferece infalível receita em favor de nossa paz.


Se a incompreensão nos aflige, abençoa e auxilia.

Se a discórdia ameaça, abençoa e auxilia.

Se a dificuldade aparece, abençoa e auxilia.

Se a crítica nos vergasta, abençoa e auxilia.

Se a maldade nos bate à porta, abençoa e auxilia.

Se a irritação nos procura, abençoa e auxilia.

Se o problema se agrava, abençoa e auxilia.

Se o desânimo intenta arrasar-nos, abençoa e auxilia.

Se a injúria nos visita, abençoa e auxilia.

Se a provação surge mais exigente, abençoa e auxilia.

Se o afeto de alguém nos abandona, abençoa e auxilia.

Ainda mesmo nos dias em que a lágrima seja a única presença em nosso coração para o trabalho a fazer, abençoa e auxilia sempre, porque abençoando e auxiliando estaremos, em toda a parte, com o auxílio e com a benção de Deus.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito de Bezerra de Menezes, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

NA INTIMIDADE DOMÉSTICA

A história do bom samaritano, repetidamente estudada, oferece conclusões sempre novas.

O viajante compassivo encontra o ferido anônimo na estrada.

Não hesita em auxiliá-lo.

Estende-lhe as mãos.

Pensa-lhe as feridas.

Recolhe-o nos braços sem qualquer idéia de preconceito.

Conduze-o ao albergue mais próximo.

Garante-lhe a pousada.

Olvida conveniências e permanece junto dele, enquanto necessário.

Abstém-se de indagações.

Parte ao encontro do dever, assegurando-lhe a assistência com os recursos da própria bolsa, sem prescrever-lhe obrigações.

Jesus transmitiu-nos a parábola, ensinando-nos o exercício da caridade real, mas, até agora, transcorridos quase dois milênios, aplicamo-la, via de regra, às pessoas que não nos comungam o quadro particular.

Quase sempre, todavia, temos os caídos do reduto doméstico.

Não descem de Jerusalém para Jericó, mas tombam da fé para a desilusão e da alegria para a dor, espoliados nas melhores esperanças, em rudes experiências.

Quantas vezes surpreendemos as vítimas da obsessão e do erro, da tristeza e da provação, dentro de casa !

Julgamos, assim, que a parábola do bom samaritano produzirá também efeitos admiráveis, toda vez que nos decidirmos a usá-la, na vida íntima, compreendendo e auxiliando os vizinhos e companheiros, parentes e amigos, sem nada exigir e sem nada perguntar.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

QUANDO PUDERES

Quanto puderes, não te afastes do lar, ainda mesmo quando o lar te pareça inquietante fornalha de fogo e aflição.
Quanto te seja possível, suporta a esposa incompreensiva e exigente, ainda mesmo quando surja aos teus olhos por empecilho à felicidade.
Quanto estiver ao teu alcance, tolera o companheiro áspero ou indiferente, ainda mesmo quando compareça ao teu lado, por adversário de tuas melhores esperanças.
Quanto puderes, não abandones o filho impermeável aos teus bons exemplos e aos teus sadios conselhos, ainda mesmo quando se te afigure acabado modelo de ingratidão.
Quanto te seja possível, suporta o irmão que se fez cego e surdo aos teus mais elevados testemunhos no bem, ainda mesmo quando se destaque por inexcedível representante do egoísmo e da vaidade.
Quanto estiver ao teu alcance, tolera o chefe atrabiliário, o colega leviano, o parente desagradável, ou o amigo menos simpático, ainda mesmo quando escarneçam de tuas melhores aspirações.

*-*-*

Apaga a fogueira da impulsividade que nos impele aos atos impensados ou à queixa descabida e avancemos para diante arrimados à tolerância porque se hoje não conseguimos realizar a tarefa que o senhor nos confiou, a ela tornaremos amanhã com maiores dificuldades para a necessária recapitulação.

*-*-*

Não vale a fuga que complica os problemas, ao invés de simplificá-los.
Aceitemos o combate em nós mesmos, reconhecendo que a disciplina antecede a espontaneidade.
Não há purificação sem burilamento, como não há metal acrisolado sem cadinho esfogueante.

*-*-*

A educação é obra de sacrifício no espaço e no tempo, e atendendo à Divina Sabedoria, --- que jamais nos situa uns à frente dos outros sem finalidade de serviço e reajustamento para a vitória do amor ---, amemos nossas cruzes por mais pesadas e espinhosas que sejam, nelas recebendo as nossas mais altas e mais belas lições.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito Emmanuel, Psicografia Francisco Cândido Xavier.

AS DUAS TRISTEZAS

Há, sim, a tristeza construtiva - aquela que nos impulsiona para a Vida Superior, encaminhando-nos para o trabalho da melhoria íntima, perante a sede de ascensão espiritual.

Existe, porém, a outra - a tristeza destrutiva - que se traja de luto, por dentro do coração, todos os dias, espalhando desânimo e pessimismo onde passa.

Observa a ti mesmo, a fim de que te imunizes contra semelhante doença da alma.

Toda vez que comentamos nossos problemas, exagerando-lhes o tamanho ou dramatizando as dificuldades que nos chegam à existência; sempre que tomamos o tempo alheio, a fim de recordar sofrimentos passados que a Providência Divina já mandou apagar, em nosso benefício, com a esponja do tempo; em todas as
situações nas quais nos pomos a exaltar os preconceitos próprios, desconsiderando a posição e a experiência dos semelhantes; e, na generalidade dos casos em que nos pusermos a lamentar dissidências e desacordos, contendas e mágoas, estamos afastando de nós mesmos os melhores amigos, através da amargura e do ressentimento que destilamos com as nossas palavras.

Naturalmente, cautelosos, esses companheiros preferem distância à partilha indébita de nossas aversões e frustrações, antagonismos e queixas, embora, sempre que generosos e leais, estejam claramente dispostos a apoiar-nos na restauração da própria harmonia.

*

Compreendamos que ninguém estima a permanência num espinheiro e nem escolhe vinagre para brindar os laços diletos, e saibamos fornecer bondade e paz, entusiasmo e otimismo aos que se aproximem de nós, porquanto não há quem não necessite de alguém para executar os deveres que a vida lhe preceitue.

Para isso, nós que sabemos rogar a Deus proteção e bênção, aprendamos igualmente a pedir à Divina Providência nos conceda a precisa coragem para silenciar desapontamentos e lágrimas, de maneira a doar paz e alegria, segurança e consolo aos outros, tanto quanto esperamos esses benefícios dos outros em
auxílio a nós.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

ESMORECER NUNCA

Referes-te aos Mundos Superiores do Espaço Cósmico, qual se a Terra não estivesse localizada nos Céus. E pensas nos Espíritos Angélicos, à feição de inatingíveis ministros do Eterno, mensageiros de forças prodigiosas que jamais alcançarás.

Entretanto, guardas contigo a mesma condição de imortalidade, tocada de dons sublimes que podes claramente desenvolver ao infinito. Por essa razão, convéns saibas que, por muito extensas se te façam as necessidades e as lágrimas, carregas contigo o mais alto poder da vida.

Não creias compartilhem dele tão-somente os sábios e os justos, os santos e os heróis. Por mais ínfima se te mostre a situação, ei-lo contigo por marca de tua origem celeste.

Mesmo que estejas atravessando rudes e escabrosos caminhos de cinza e pranto, para que te soergas de quedas clamorosas, exibindo sinais de poeira e fel, ninguém te pode subtrair essa herança do Criador, de cujo hálito nasceste.

Detém-te a pensar nisto e nunca esmoreças.

Ainda que os imperativos da experiência hu mana te hajam arrojado de luminosas eminências do serviço aos degraus mais obscuros do recomeço, mergulha o próprio coração nas fontes da esperança e rejubila-te, porque Deus te dotou com o Divino privilégio de trabalhar e auxiliar.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito Meimei, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

SE CRÊS EM DEUS

Se crês em Deus, por mais te ameacem os anúncios do pessimismo, com relação a prováveis calamidades futuras, conservarás o coração tranqüilo, na convicção de que a Sabedoria Divina sustenta e sustentará o equilíbrio da vida, acima de toda perturbação.

Se crês em Deus, em lugar nenhum experimentarás solidão ou tristeza, porque te observarás em ligação constante com todo o Universo, reconhecendo que laços de amor e de esperança te identificam com todas as criaturas.

Se crês em Deus, nunca te perderás no labirinto da revolta ou da desesperação, ante os golpes e injurias que se te projetem na estrada, porquanto interpretarás ofensores e delinqüentes, na condição de infelizes,muito mais necessitados de bondade e proteção que de fel e censura.

Se crês em Deus, jornadearás na Terra sem adversários,de vez que,por mais se multipliquem na senda aqueles que te agridam ou menosprezem, aceitarás inimigos e opositores, à conta de irmãos nossos, situados em diferentes pontos de vista.

Se crês em Deus, jamais te faltarão confiança e trabalho, porque te erguerás, cada dia, na certeza de que dispões da bendita oportunidade de comunicação com os outros, desfrutando o privilégio incessante de auxiliar e abençoar, entender e servir.

Se crês em Deus, caminharás sem aflição e sem medo, nas trilhas do mundo, por maiores surjam perigos e riscos a te obscurecerem a estrada, porquanto, ainda mesmo à frente da morte, reconhecerás que permaneces com Deus, tanto quanto Deus está sempre contigo, além de provações e sombras, limitações e mudanças, em plenitude de vida eterna.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

PARA RENOVAR-NOS

Não espere viver sem problemas, de vez que problemas são ingredientes de evolução, necessários ao caminho de todos.

*

Ante os próprios erros, não descambe para o desculpismo e sim enfrente as conseqüências deles, a fim de retificar-se,como quem aproveite pedras para construção mais sólida.

*

Não perca tempo e serenidade, perante as prováveis decepções da estrada, porquanto aqueles que supõem decepcionar-lo estão decepcionando a si mesmos.

*

Reflita sempre antes de agir, a fim de que seus atos sejam conscientizados.

*

Não exija perfeição nos outros e nem mesmo em você, mas procure melhorar-se quanto possível.

*

Simplifique seus hábitos.

*

Experimente humildade e silêncio, toda vez que a violência ou a irritação apareçam em sua área.

*

Comunique seus obstáculos apenas aos corações amigos que se mostrem capazes de auxiliar em seu beneficio com descrição e bondade.

*

Diante dos próprios conflitos, não tente beber ou dopar-se, buscando fugir da própria mente, porque de toda ausência indébita você voltará aos estragos ou necessidades que haja criado no mundo íntimo, a fim de saná-los.Lembre-se de que você é um espírito eterno e se você dispõe da paz na consciência estará sempre inatingível a qualquer injúria ou perturbação.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito André Luiz, Psicografia Francisco Cândido Xavier.

NESTE EXATO MOMENTO

Neste exato momento, você está na situação mais apropriada ao exercício da compreensão e do auxílio:

- na circunstância mais favorável para fazer o bem;

- de coração ligado às criaturas certas, junto das quais precisa trabalhar e harmonizar-se;

- com a tarefa mais adequada às suas necessidades;

- nas responsabilidades justas de que deve desincumbir-se;

- no ponto mais importante para dar o testemunho de sua aplicação à fraternidade;

- de reconhecer que a nossa felicidade é medida pela felicidade que fizermos para os outros;

- de observar que, muitas vezes, vale mais perder para conquistar do que conquistar para perder;

- de ajustar-se à paciência e à esperança para consolidar o próprio êxito no instante oportuno;

- de não esmorecer com a dificuldade, a fim de merecer o benefício;

- de sorrir e abençoar para receber simpatia e cooperação;

E, por isso mesmo, você agora está no momento exato de trabalhar para servir. E, trabalhando e servindo, você adquirirá a certeza de que toda pessoa que trabalha e serve caminha para a frente e, quem caminha para frente, com o bem de todos, encontrará sempre o melhor.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito André Luiz, Psicografia Francisco Cândido Xavier.

DECÁLOGO DO BOM ÂNIMO

1 - Dificuldades? Não perca tempo, lamuriando. Trabalhe.


2 - Críticas? Nunca aborrecer-se com elas. Aproveite-as no que mostrem de útil.

3 - Incompreensões? Não busque torná-las maiores, através de exigências e queixas. Facilite o caminho.

4 - Intrigas? Não lhes estenda a sombra. Faça alguma luz com o óleo da caridade.

5 - Perseguições? Jamais revidá-las. Perdoe esquecendo.

6 - Calúnias? Nunca enfurecer-se contra as arremetidas do mal. Sirva sempre.

7 - Tristezas? Afaste-se de qualquer disposição ao desânimo. Ore abraçando os próprios deveres.

8 - Desilusões? Por que debitar aos outros a conta de nossos erros? Caminhe para frente, dando ao mundo e à vida o melhor ao seu alcance.

9 - Doenças? Evite a irritação e a inconformidade. Raciocine nos benefícios que os sofrimentos do corpo passageiro trazem à alma eterna.

10 - Fracassos? Não acredite em derrotas. Lembre-se de que, pela bênção de Deus, você está agora em seu melhor tempo – o tempo de hoje, no qual você pode sorrir e recomeçar, renovar e servir, em meio de recursos imensos.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito André Luiz, Psicografia Francisco Cândido Xavier.

TUAS DIFICULDADES

Imagina como seria difícil de suportar um educandário em que os alunos tão somente soubessem chorar na hora do ensino. Reportamo-nos à imagem para considerar que sendo a Terra nossa escola multimilenária, urge receber-lhe as dificuldades por lições aceitando-lhe a utilidade e o objetivo.

*

Diante dos obstáculos, ninguém precisa fixar-se no lado escuro que apresentem.

*

Um náufrago, faminto de estabilidade, ao sabor das ondas, não se lembrará de examinar o lodo no fundo das águas, mas refletirá no melhor meio de alcançar a terra firme.

*

Todo minuto de queixa é minuto perdido, arruinando potencialidades preciosas para a solução dos problemas, sobre os quais estejamos deitando lamentação.

*

Toda prova, seja qual for, aparece na estrada, a fim de elastecer-nos a força e aperfeiçoar-nos a experiência.

*

Em síntese, quase toda dificuldade implica sofrimento e todo sofrimento, notadamente aqueles que não provocamos, redunda em renovação e auxílio para nós mesmos, lembrando a treva noturna, em cujo ápice começa a alvorada nova. Saibamos arrostar os impedimentos da vida, sem receá-los. Cada qual deles é
portador de mensagem determinada. Esse é um desafio a que entesoures paciência, aquele outro te impele à sublimação da capacidade de amar no cadinho da provação.

*

Aprendamos, sobretudo, a decifrar os enigmas da existência, na oficina do Bem Eterno. Serve e ompreende.
Serve e suporta. Serve e constrói. Serve e beneficia. Tuas dificuldades – tuas bênçãos. Nelas e por elas, encontrarás o estímulo necessário para que não te precipites nos despenhadeiros do orgulho, e nem te
encarceres nas armadilhas do marasmo, prosseguindo, passo a passo, degrau a degrau, em tua jornada de burilamento e ascensão.

Do livro "Coragem", Pelo Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

ESTAMOS DE VOLTA!

Olá amigo de ideal espírita, depois de um período, retornamos com nosso estudo de livros espíritas. Agora em novo formato e muito mais inter...