terça-feira, 13 de julho de 2010

Francisco Cândido Xavier




FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Pedro Leopoldo, MG — 02 DE ABRIL DE 1910
Uberaba, MG — 30 DE JUNHO DE 2002

Francisco Cândido Xavier, Chico Xavier ou simplesmente Chico.
Assim inicio o escorço biográfico de uma das mais cativantes personalidades do século passado e que nos deixou logo no início deste século XXI.

Chico atravessou a longa caminhada de sua existência, ao longo de toda uma centúria, distribuindo amor e exemplos de caridade, renúncia, trabalho e dedicação plena ao semelhante. Seguiu em toda a extensão de seu significado o mandamento maior que Jesus nos legou.

Não é fácil falar de criaturas simples, porque a simplicidade encerra em si mesma a grandeza d’alma, a humildade e, de modo muito particular, no caso específico de Chico Xavier, uma vastíssima e milenar cultura interior, resultado, penso eu, de longa caminhada através dos milênios aqui na Terra, e por que não dizer, de anteriores vivências em algum lugar do firmamento distante.

Não fora por suas virtudes, que muito resumidamente menciono acima, como explicarem-se as manifestações de carinho e afeição de parte da comunidade brasileira — de todas as religiões — a alguém que desde criança manifestou intensa ligação com os chamados fenômenos mediúnicos, com visões, vozes, escritos de evidente inspiração espiritual, sedimentando essas faculdades em sua adolescência e maturidade, de tal forma a ser unanimemente considerado o maior médium de nossos tempos?

Por que Assembléias Legislativas, Câmaras Municipais de todo o país lhe dedicaram cidadanias honorárias, a não ser pela sua laboriosa atuação no terreno do bem e do amor ao próximo?

O próprio estado natal, com suas igrejas tradicionais a enfeitarem as cidades mineiras, divulgando na respeitável ótica do catolicismo os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, honrou-o com a condição de Mineiro do Século, na virada do milênio, quando sabemos quão grande é o número de mineiros expressivos e conceituados, no solo das Alterosas, como Santos Dumont e Carlos Drummond de Andrade.

Chico Xavier, de formação católica, tornou-se o ponto de referência do espiritismo — codificado no século XIX, na França, por Allan Kardec — não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. E destacou sempre, com absoluta coerência e respeito pela religião de berço, a importância de todas as religiões, que profligam em essência, o materialismo, que não consola, e mostram que a Misericórdia Divina nos acompanha.
Aos cinco anos perdeu sua mãe, Maria de João de Deus, cujo falecimento deixou o pai, João Cândido Xavier, humilde operário em Pedro Leopoldo, Minas, viúvo com nove filhos, sendo Chico o caçula.

O pai distribuiu transitoriamente os filhos, reunindo-os novamente, anos mais tarde, após casamento em segundas núpcias, com Cidália Batista, criatura boníssima, mas que logo deixaria, por falecimento precoce, esposo e filhos, com uma família enriquecida de mais seis crianças...
Enquanto ficou na casa da madrinha Rita de Cássia, o rigor dessa senhora, a quem Chico sempre endereçou palavras de agradecimento e respeito, o fez lamber feridas de outra criança para curá-las.

No quintal da casa, sob as bananeiras, pôde reencontrar a mãezinha tão amada, Maria de João de Deus, que, em espírito, aparecia-lhe, aconselhando-o a respeitar a madrinha e a confiar em Deus, pois que, com o tempo, ele teria uma segunda mãe amorosa e amiga.

Não pôde freqüentar a escola como desejava, cursando apenas os primeiros anos de letras, devido ao trabalho duro e implacável que atingia altas horas da noite, para ajudar no magro orçamento familiar.
Em 1927, aos 17 anos, ingressou no Ministério da Agricultura pelas mãos de um de seus benfeitores na Terra, o diretor do órgão federal Dr. Rômulo Joviano. Trabalhou na Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo, até sua aposentadoria, com singular exemplo de assiduidade, nunca tendo faltado ao trabalho.

A partir de 1931, já com a supervisão espiritual de seu Benfeitor, o espírito de Emmanuel, suas atividades mediúnicas, que se haviam iniciado de modo mais regular em 1927, ganharam notoriedade com o lançamento de Parnaso de Além Túmulo, obra poética assinada por vates respeitáveis do Brasil e de Portugal. Sucessão de poemas que bravamente resistiram à crítica literária, que, atônita, viu pelas mãos de um simples mineiro, até então desconhecido, descer ao nosso mundo uma catadupa de luzes, sob a inspiração de conhecidos poetas patrícios e de Além-Mar.

Surgiu uma sucessão de livros, romances, crônicas, mensagens, poesia, que, em nossos dias, passam dos 400 (!), e o número aumenta com trabalhos póstumos que estão surgindo, jóias guardadas por amigos do saudoso Chico, e que começam a vir a lume.

Todos os livros tiveram seus direitos autorais doados por Francisco Cândido Xavier a editoras espíritas que, além de divulgá-los, sem o objetivo de lucro, deveriam obrigatoriamente destinar recursos a tarefas de cunho filantrópico, como orfanatos, asilos, creches e atividades outras de solidariedade às populações carentes de nosso país.

Foi como se o céu dos espíritas subitaneamente se povoasse de novas estrelas, que passaram a ser uma das características das atividades dessa religião: a preocupação com o semelhante, com suas dificuldades materiais e espirituais, com os padecimentos físicos e sofrimentos da alma.

Milhares de milhares de famílias, que perderam entes queridos, receberam por décadas mensagens dos familiares falecidos e puderam encontrar o norte perdido pela dor ingente, que as lágrimas testemunhavam nas reuniões públicas de Pedro Leopoldo e Uberaba.
Quem observava Chico Xavier a ler essas mensagens, após recebê-las, notava que as lágrimas rolavam dos olhos cansados e lhe embargavam a voz, nos últimos tempos enfraquecida pela idade.

Muitas dessas mensagens fazem parte de livros que compõem o vasto acervo psicografado pelo médium de todos os brasileiros, cuja produção editada ultrapassa os vinte milhões de exemplares, dos quais Chico nunca recebeu qualquer centavo. Também as edições de seus livros em inglês, castelhano, francês, italiano, japonês, grego, etc, etc, se multiplicam.

A mudança em 1959 para Uberaba não alterou o rumo de sua vida de sacrifícios, não obstante a merecida aposentadoria como funcionário público federal, ligado ao Ministério da Agricultura.
Continuou a dedicar-se ao semelhante e à vivência integral do Evangelho, mergulhando, madrugada adentro, no exercício das tarefas que abraçara.

Dormia pouquíssimo, não sendo raro avançar a noite até a manhã seguinte. Isso ocorria nas reuniões públicas de Pedro Leopoldo e Uberaba, nas viagens pelo país, quando do recebimento dos títulos de cidadania e nas Tardes-Noites de Autógrafos, muitas das quais presenciei, vendo o Chico despedir-se de todos os que o procuravam, um a um, com uma rosa na mão e mostrando o seu sorriso amigo, já iluminado pelos raios de sol, na manhã que se iniciava.
Em seus comparecimentos freqüentes, a um tempo, na televisão, soube cativar os lares que o viam e ouviam atentamente com sua mensagem de paz e esperança.

Deixou-nos aos 92 anos, do mesmo modo que sempre viveu: sem dar trabalho a ninguém, sem demonstrar sofrimentos, ainda que convivesse com a saúde muito abalada.
Partiu para os Céus, para a sua Pátria Espiritual, sorrindo, como a nos dizer:

— Amados irmãos, eu vos amo muito.
Obrigado por tudo de bom que vocês me proporcionaram. Amemo-nos, uns aos outros, como o Senhor nos amou.

Chico viveu e morreu como um justo, deixando-nos os exemplos de uma alma amiga, despojada de valores outros que não a simplicidade e o respeito a Deus.

Sofreu com o sofrimento alheio, sem, contudo, ocultar-nos seu sorriso generoso, amigo, de quem sempre estava de bem com a vida.

Caio Ramacciotti

Fonte: GEEM

Allan Kardec


Nascido em Lion, a 3 de outubro de 1804, de uma família antiga que se distinguiu na magistratura e na advocacia, Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail) não seguiu essas carreiras. Desde a primeira juventude, sentiu-se inclinado ao estudo das ciências e da filosofia.

Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdun (Suíça), tornou-se um dos mais eminentes discípulos desse célebre professor e um dos zelosos propagandistas do seu sistema de educação, que tão grande influência exerceu sobre a reforma do ensino na França e na Alemanha.

Dotado de notável inteligência e atraído para o ensino, pelo seu caráter e pelas suas aptidões especiais, já aos catorze anos ensinava o que sabia àqueles dos seus condiscípulos que haviam aprendido menos do que ele. Foi nessa escola que lhe desabrocharam as idéias que mais tarde o colocariam na classe dos homens progressistas e dos livre-pensadores.

Nascido sob a religião católica, mas educado num país protestante, os atos de intolerância que por isso teve de suportar, no tocante a essa circunstância, cedo o levaram a conceber a idéia de uma reforma religiosa, na qual trabalhou em silêncio durante longos anos com o intuito de alcançar a unificação das crenças. Faltava-lhe, porém, o elemento indispensável à solução desse grande problema.

O Espiritismo veio, a seu tempo, imprimir-lhe especial direção aos trabalhos.

Concluídos seus estudos, voltou para a França. Conhecendo a fundo a língua alemã, traduzia para a Alemanha diferentes obras de educação e de moral e, o que é muito característico, as obras de Fénelon, que o tinham seduzido de modo particular.

Era membro de várias sociedades sábias, entre outras, da Academia Real de Arras, que, com concurso de 1831, lhe premiou uma notável memória sobre a seguinte questão: Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da época?

De 1835 a 1840, fundou, em sua casa, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia comparada, Astronomia, etc., empresa digna de encômios em todos os tempos, mas, sobretudo, numa época em que só um número muito reduzido de inteligências ousava enveredar por esse caminho.

Preocupado sempre com o tornar atraentes e interessantes os sistemas de educação, inventou, ao mesmo tempo, um método engenhoso de ensinar a contar e um quadro mnemônico da História de França, tendo por objetivo fixar na memória as datas dos acontecimentos de maior relevo e as descobertas que iluminaram cada reinado.

Entre as suas numerosas obras de educação, citaremos as seguintes: Plano proposto para melhoramento da Instrução pública (1828); Curso prático e teórico de Aritmética, segundo o método Pestalozzi, para uso dos professores e das mães de família (1824); Gramática francesa clássica (1831); Manual dos exames para os títulos de capacidade; Soluções racionais das questões e problemas de Aritmética e de Geometria (1846); Catecismo gramatical da língua francesa (1848); Programa dos cursos usuais de Química, Física, Astronomia, Fisiologia, que ele professava no Liceu Polimático; Ditados normais dos exames da Municipalidade e da Sorbona, seguidos de Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas (1849), obra muito apreciada na época do seu aparecimento e da qual ainda recentemente eram tiradas novas edições.

Antes que o Espiritismo lhe popularizasse o pseudônimo de Allan Kardec, já ele se ilustrara, como se vê, por meio de trabalhos de natureza muito diferente, porém tendo todos, como objetivo, esclarecer as massas e prendê-las melhor às respectivas famílias e países.

Pelo ano de 1855, posta em foco a questão das manifestações dos Espíritos, Allan Kardec se entregou a observações perseverantes sobre esse fenômeno, cogitando principalmente de lhe deduzir as conseqüências filosóficas. Entreviu, desde logo, o princípio de novas leis naturais: as que regem as relações entre o mundo visível e o mundo invisível. Reconheceu, na ação deste último, uma das forças da Natureza, cujo conhecimento haveria de lançar luz sobre uma imensidade de problemas tidos por insolúveis, e lhe compreendeu o alcance, do ponto de vista religioso.

Suas obras principais sobre esta matéria são: O Livro dos Espíritos, referente à parte filosófica, e cuja primeira edição apareceu a 18 de abril de 1857; O Livro dos Médiuns, relativo à parte experimental e científica (janeiro de 1861); O Evangelho segundo o Espiritismo, concernente à parte moral (abril de 1864); O Céu e o Inferno, ou A justiça de Deus segundo o Espiritismo (agosto de 1865); A Gênese, Os Milagres e as Predições (janeiro de 1868); A Revista Espírita, jornal de estudos psicológicos, periódico mensal começado a 1º de janeiro de 1858. Fundou em Paris, a 1º de abril de 1858, a primeira Sociedade espírita regularmente constituída, sob a denominação de Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, cujo fim exclusivo era o estudo de quanto possa contribuir para o progresso da nova ciência. Allan Kardec se defendeu, com inteiro fundamento, de coisa alguma haver escrito debaixo da influência de idéias preconcebidas ou sistemáticas. Homem de caráter frio e calmo, observou os fatos e de suas observações deduziu as leis que os regem. Foi o primeiro a apresentar a teoria relativa a tais fatos e a formar com eles um corpo de doutrina, metódico e regular.

Demonstrando que os fatos erroneamente qualificados de sobrenaturais se acham submetidos a leis, ele os incluiu na ordem dos fenômenos da Natureza, destruindo assim o último refúgio do maravilhoso e um dos elementos da superstição.

Durante os primeiros anos em que se tratou de fenômenos espíritas, estes constituíram antes objeto de curiosidade, do que de meditações sérias. O Livro dos Espíritos fez que o assunto fosse considerado sob aspecto muito diverso. Abandonaram-se as mesas girantes, que tinham sido apenas um prelúdio, e começou-se a atentar na doutrina, que abrange todas as questões de interesse para a Humanidade.

Data do aparecimento de O Livro dos Espíritos a fundação de Espiritismo que, até então, só contara com elementos esparsos, sem coordenação, e cujo alcance nem toda gente pudera apreender. A partir daquele momento, a doutrina prendeu a atenção de homens sérios e tomou rápido desenvolvimento. Em poucos anos, aquelas idéias conquistaram numerosos aderentes em todas as camadas sociais e em todos os países. Esse êxito sem precedentes decorreu sem dúvida da simpatia que tais idéias despertaram, mas também é devido, em grande parte, à clareza com que foram expostas e que é um dos característicos dos escritos de Allan Kardec.

Evitando as fórmulas abstratas da Metafísica, ele soube fazer que todos o lessem sem fadiga, condição essencial à vulgarização de uma idéia. Sobre todos os pontos controversos, sua argumentação, de cerrada lógica, poucas ensanchas oferece à refutação e predispõe à convicção. As provas materiais que o Espiritismo apresenta da existência da alma e da vida futura tendem a destruir as idéias materialistas e panteístas. Um dos princípios mais fecundos dessa doutrina e que deriva do precedente é o da pluralidade das existências, já entrevisto por uma multidão de filósofos antigos e modernos e, nestes últimos tempos, por João Reynaud, Carlos Fourier, Eugênio Sue e outros. Conservara-se, todavia, em estado de hipótese e de sistema, enquanto o Espiritismo lhe demonstrara a realidade e prova que nesse princípio reside um dos atributos essenciais da Humanidade. Dele promana a explicação de todas as aparentes anomalias da vida humana, de todas as desigualdades intelectuais, morais e sociais, facultando ao homem saber donde vem, para onde vai, para que fim se acha na Terra e por que aí sofre.

As idéias inatas se explicam pelos conhecimentos adquiridos nas vidas anteriores; a marcha dos povos e da Humanidade, pela ação dos homens dos tempos idos e que revivem, depois de terem progredido; as simpatias e antipatias, pela natureza das relações anteriores. Essas relações, que religam a grande família humana de todas as épocas, dão por base, aos grandes princípios de fraternidade, de igualdade, de liberdade e de solidariedade universal, as próprias leis da Natureza e não mais uma simples teoria.

Em vez do postulado: Fora da Igreja não há salvação, que alimenta a separação e a animosidade entre as diferentes seitas religiosas e que há feito correr tanto sangue, o Espiritismo tem como divisa: Fora da Caridade não há salvação, isto é, a igualdade entre os homens perante Deus, a tolerância, a liberdade de consciência e a benevolência mútua.

Em vez da fé cega, que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inabalável, senão a que pode encarar face a face a razão, em todas as épocas da Humanidade. À fé, uma base se faz necessária e essa base é a inteligência perfeita daquilo em que se tem de crer. Para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é para este século. É precisamente ao dogma da fé cega que se deve o ser hoje tão grande o número de incrédulos, porque ela quer impor-se e exige a abolição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio.

Trabalhador infatigável, sempre o primeiro a tomar da obra e o último a deixá-la, Allan Kardec sucumbiu, a 31 de março de 1869, quando se preparava para uma mudança de local, imposta pela extensão considerável de suas múltiplas ocupações. Diversas obras que ele estava quase a terminar, ou que aguardavam oportunidade para vir a lume, demonstrarão um dia, ainda mais, a extensão e o poder das suas concepções.

Morreu conforme viveu: trabalhando. Sofria, desde longos anos, de uma enfermidade do coração, que só podia ser combatida por meio do repouso intelectual e pequena atividade material. Consagrado, porém, todo inteiro à sua obra, recusava-se a tudo o que pudesse absorver um só que fosse de seus instantes, à custa das suas ocupações prediletas. Deu-se com ele o que se dá com todas as almas de forte têmpera: a lâmina gastou a bainha.

O corpo se lhe entorpecia e se recusava aos serviços que o Espírito lhe reclamava, enquanto este último, cada vez mais vivo, mais enérgico, mais fecundo, ia sempre alargando o círculo de sua atividade.

Nessa luta desigual não podia a matéria resistir eternamente. Acabou sendo vencida: rompeu-se o aneurisma e Allan Kardec caiu fulminado. Um homem houve de menos na Terra; mas, um grande nome tomava lugar entre os que ilustraram este século; um grande Espírito fora retemperar-se no Infinito, onde todos os que ele consolara e esclarecera lhe aguardavam impacientemente a volta!

A morte, dizia, faz pouco tempo, redobra os seus golpes nas fileiras ilustres!... A quem virá ela agora libertar?

Ele foi, como tantos outros, recobrar-se no Espaço, procurar elementos novos para restaurar o seu organismo gasto por um vida de incessantes labores. Partiu com os que serão os fanais da nova geração, para voltar em breve com eles a continuar e acabar a obra deixada em dedicadas mãos.

O homem já aqui não está; a alma, porém, permanecerá entre nós. Será um protetor seguro, uma luz a mais, um trabalhador incansável que as falanges do Espaço conquistaram. Como na Terra, sem ferir a quem quer que seja, ele fará que cada um lhe ouça os conselhos oportunos; abrandará o zelo prematuro dos ardorosos, amparará os sinceros e os desinteressados e estimulará os mornos. Vê agora e sabe tudo o que ainda há pouco previa! Já não está sujeito às incertezas, nem aos desfalecimentos e nos fará partilhar da sua convicção, fazendo-nos tocar com o dedo a meta, apontando-nos o caminho, naquela linguagem clara, precisa, que o tornou aureolado nos anais literários.

Já não existe o homem, repetimo-lo. Entretanto, Allan Kardec é imortal e a sua memória, seus trabalhos, seu Espírito estarão sempre com os que empunharem forte e vigorosamente o estandarte que ele soube sempre fazer respeitado.

Uma individualidade pujante constituiu a obra. Era o guia e o fanal de todos. Na Terra, a obra subsistirá o obreiro. Os crentes não se congregarão em torno de Allan Kardec; congregar-se-ão em torno do Espiritismo, tal como ele o estruturou e, com os seus conselhos, sua influência, avançaremos, a passos firmes, para as fases ditosas prometidas à Humanidade regenerada.

Extraído de "Obras Póstumas" de Allan Kardec Edição FEB

Evangelho no Lar


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Evangelho em Casa
O Culto do Evangelho em casa - pelo menos uma vez por semana - ser-vos-á uma fonte de alegrias e bençãos.
Renovemos o contato com os ensinamentos de Jesus, tanto quanto nos seja possível, e não somente o lar que nos acolhe se transformará em celeiro de compreensão e solidariedade, mas também a própria vida se nos fará luminoso caminho de ascensão à felicidade real.
Batuira
(Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier do livro “Mais Luz” Edição GEEM)
Roteiro:
Escolher pelo menos um dia da semana e horário para reunião com família.
A pontualidade e a assiduidade são importantes.
Providenciar uma jarra de água para fluidificacão.
Prece de abertura da reunião. Iniciar a reunião com uma prece de abertura.
Ler um trecho de 'O Evangelho Segundo o Espiritismo' e uma mensagem de um livro de Chico Xavier.
Podem ser feitos comentários sobre os temas lidos.
Prece de encerramento, rogando a Jesus a protecão do lar, dos parentes, amigos, dos que sofrem, etc. Terminar a reunião com uma prece de encerramento, rogando a Jesus a proteção do lar e de parentes, amigos, pessoas que sofrem, etc.
Servir a água fluidificada aos presentes.
É desaconselhável qualquer manifestação mediúnica durante a reunião.
Duração: aproximadamente 15 minutos.

Fonte: GEEM

Dica de Livro - Inesquecível Chico


Autores: Romeu Grisi e Gerson Sestini
Editora: GEEM


Sinopse:
O GEEM oferece a você, caro leitor, com este lançamento, um inédito e oportuno depoimento sobre o nosso Inesquecível Chico.
Romeu Grisi e Gerson Sestini nos trazem neste livro sua rica e longa vivência com Francisco Cândido Xavier a partir de 1948, quando Chico ainda morava em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.
Em linguagem agradável, são descritos fatos, revelações e situações inéditas, que lhe exemplificam a mediunidade e exaltam sua alma simples e magnânima.
Há no livro, por exemplo, a curiosa narrativa do encontro de seu irmão, José Xavier, com São Luiz Gonzaga, no Plano Espiritual. O santo italiano, quase que "por acaso", passou a ser o patrono do Centro Espírita Luiz Gonzaga de Pedro Leopoldo. (http://www.geem.org.br/loja_detalhe.asp?id_col=8&id_liv=91 )

ESTAMOS DE VOLTA!

Olá amigo de ideal espírita, depois de um período, retornamos com nosso estudo de livros espíritas. Agora em novo formato e muito mais inter...